Histórias de cronópios e de famas

Histórias de cronópios e de famas Julio Cortázar




Resenhas - Histórias de cronópios e de famas


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Juh 24/06/2024

"Não dão um relógio, o presente é você, é a você que oferecem para o aniversário do relógio."

Em diversos momentos da leitura dessa obra, me senti angustiada, pois achava que não conseguia atingir as metáforas propostas. A certa altura, escolher viver a experiência literária foi a decisão que tomei e que me permitiu construir interpretações mais significativas.

As duas primeiras partes do livro são as que mais me pegaram. Há alguns microcontos de que gostei muito, Preâmbulo às instruções para dar corda no relógio e As linhas da mão são os que mais me tocaram. Vida e morte, família, verdade e mentira, ficção e realidade são temas que percorrem esse livrinho (versão de bolso).

A última parte, Histórias de cronópios e de famas, segue e potencializa a característica non sense de toda a obra.
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Mc Brendinha Carvalhão 23/01/2024

Nonsense fantástico
Alguns contos foram muito divertidos e nonsenses, tipo "perda e recuperação do cabelo" "tia em dificuldades" "etiqueta e precedências" e o que falar de "comportamento nos velórios"? É pra se reler e se admirar da maluquice. Outros não entendi bulhufas.
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romancejunkie 30/08/2023

Contos e outras coisas na faculdade
Eu amo muito muito falar sobre literatura independentemente dos gêneros e subgêneros que ela tem, me faz muito feliz.
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Camila0831 10/01/2023

Fantástico como modo de expor o humano
Aqui, a linguagem do fantástico; ao não se limitar à ação e consequência; nos permite acessar uma faceta humana que dispensa lógica e mostra a verdade por trás da inconsistência do homem, ou de seres que se assemelham aos humanos, sendo isso um defeito. Meu conto preferido, "Propriedade de um sofá", tem indícios de um terror para além da maldade, travessura ou fado, sua presença, sua simples existência, já carrega o peso do medo.
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Cla 28/07/2022

Muito bom
Cortázar é um excelente escritor que nos conduz com muita naturalidade por seu texto (algo incrível, pois escreve de uma maneira nada convencional). Confesso que os contos que mais me encantaram estavam no início do livro, na parte do Manual de Instruções, mas a leitura completa vale muito a pena!
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Carla 23/06/2022

Ironia e fantasia
A escrita de Cortazar é ótima, repleta de críticas e ironias entremeadas por aspectos da escrita fantástica.

Não consegui compreender plenamente todos os contos ou trechos de contos, mas gostei muito de vários e de várias passagens.
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Rafa 22/03/2022

Escolham Cortázar
Escolham Cortázar para um conto por dia, para quebrar a padronização, para abstrair os percalços e encontrar a beleza na desordem, para incentivar a imaginação, para montar quebra-cabeças distorcidos. Leiam Cortázar para calar a secretária que os emudecem, cerceando as palavras, o livre fluxo do dom inventivo. Leiam Cortázar para que aprendam a cantar: "comece por quebrar os espelhos de sua casa, deixe cair os braços, olhe vagamente a parede, esqueça. Cante uma nota só, escute por dentro". Leiam Cortázar para que entendam a necessidade de empenho na "tarefa de amolecer diariamente o tijolo, (...) abrir caminho na massa pegajosa que se proclama mundo". Leiam para resistir à banalização dos dias, da vida cotidiana. "Quebre a cabeça desse macaco, corra do centro em direção à parede e abra caminho". Leiam na incompreensão, porque só o hábito nos faz íntimos, nos revela o sutil embaraço de duas almas que se comunicam. Permitam-se estranhar, porque o estranhamento não é nada além de um primeiro ato de amor.
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vdevinicius 08/08/2021

Fantástico em um sofá, em um cano, em gotas de chuva
Quando os cronópios veem uma tartaruga, pintam nela uma andorinha, porque as tartarugas admiram muito a velocidade. Acho que Cortázar pinta na gente um cronópio e uma fama, porque a gente admira muito essas coisas, que a gente nem sabe o que é e nem sabe, até ler Cortázar, que precisa.
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Tevo 17/07/2021

Histórias malucas.
Nunca tinha ouvido falar sobre Júlio Cortazár. Todavia, durante uma aula de sociologia, descobri esse grande autor argentino, que é um dos ícones da literatura latino-americana e dono de uma obra incrível. Pretendo ler outras obras de realismo fantástico.
Histórias de Cronópios e de Famas é um livro curto e de leitura rápida. Mas em suas entrelinhas existem críticas sociais intensas. Confesso que não compreendi algumas histórias, no entanto, outras despertaram em mim inúmeros sentimentos e cheguei a ter alguns estalos na consciência. É um livro bom, que nos faz refletir sobre a sociedade e em como nos encaixamos nela. Um livro bastante sociológico, mas pintado em tons suaves.
Enfim, recomendo a leitura para os interessados em saber o que são, ou quem são, Cronópios e Famas. Afirmo que é uma boa viagem e acredito que não vai estar perdendo tempo. ??
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Edmar.Candeia 21/02/2021

Menos do que esperava
Primeira obra do autor que que leio. Por gostar de contos, principalmente os curtos, esperava mais da obra. Alguns contos realmente fazer jus a literatura fantástica, outros me deram a sensação de estar faltando um arremate.
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Halley 21/06/2020

Histórias de Cronópios e de Famas é um livro que inspira imagens diferentes do que estaríamos acostumados a construir. O estilo de Cortázar às vezes pesa, mas sempre arrisca. É uma leitura ousada e prazerosa, mas é preciso um pouco de olhos livres.
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Beatriz 10/02/2020

Genial, como qualquer coisa que o Cortázar escreve
Li esse livro uns meses depois de ter lido "Bestiário". Os contos aqui publicados são muito mais breves que os do outro livro, porém igualmente genial. Acredito que poucos autores tem a capacidade de criar uma literatura fantástica tão divertida e engajada como fez Cortázar. Impossível não se apaixonar pelas narrativas e personagens.
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Fabio Shiva 25/05/2019

Fantástica Literatura!
Li esse pequeno grande livro imediatamente após as apaixonantes “Aulas de Literatura” de Julio Cortázar. Aqui temos belos exemplos da Literatura Fantástica, tal como compreendida e praticada pelo autor (inquestionavelmente um mestre no estilo), muitos dos quais foram lidos e comentados em suas aulas.

Na concepção de Cortázar, o fantástico nada mais é que a realidade, quando percebida por uma consciência expandida. Essa chave é fundamental para abrir as portas de seu rico universo simbólico, vivenciando uma deliciosa e lírica aventura.

O livro é composto de narrativas curtas, a maioria de apenas uma ou duas páginas, que estão agrupadas em quatro seções:

1) MANUAL DE INSTRUÇÕES: aqui o autor desafia, com muita sutileza e bom humor, nossas noções de normalidade, ao elaborar meticulosas instruções para atos tão banais quanto “chorar”, “subir uma escada” ou “dar corda no relógio”.

2) OCUPAÇÕES RARAS: avançando na proposta, Cortázar apresenta historietas hilariantes onde o absurdo das situações nos ajuda a perceber o quanto o que consideramos normal é socialmente construído. Gostei especialmente de “Conduta nos velórios”, que narra as aventuras de uma família cuja principal ocupação é invadir velórios de desconhecidos e, de forma gradual e inexorável, conquistar todos os papéis de destaque, reservados para os familiares e íntimos do falecido.

3) MATERIAL PLÁSTICO: ainda um passo além, com verdadeiras pérolas do conto fantástico como “Possibilidades da abstração” e “Fim do mundo do fim”, que narra um apocalipse causado por escritores que não param de escrever e soterram o mundo com papel. É possível sentir que nossa percepção de realidade vai se expandindo ao ler essas histórias.

4) HISTÓRIAS DE CRONÓPIOS E DE FAMAS: a chave de ouro, com pequenas narrativas que conseguem ser ao mesmo tempo enternecedoras e muito engraçadas. Ao fim da leitura, é muito grande a tentação de classificar as pessoas que conhecemos em cronópios, famas e esperanças.

Em resumo: uma obra genial! Sou muito grato ao Universo pela oportunidade de ter lido esse livro no original em espanhol (graças ao P.U.L.A. – Passe Um Livro Adiante), que me possibilitou travar contato direto com a saborosa linguagem de mestre Júlio Cortázar.

Entrevista do autor falando sobre a obra:
https://youtu.be/A7_ttGBvQTc

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2019/05/historias-de-cronopios-y-de-famas-julio.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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Nádia C. 01/05/2019

Você sabe como subir uma escada? Ou para que serve um relógio?
um livro para reaprender a olhar a vida com mais poesia e humor. Em momentos que a realidade parece sufocante, peço para ser levada pela fantasia de Córtazar. .
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Arsenio Meira 03/08/2014

Cortázar e o universo caóticos dos sofás, formigas, cronópios e famas

Numa entrevista à Paris Review, Hemingway disse que o bom escritor precisa, sobretudo, de um detetor de porcarias embutido e à prova de choque. Queria dizer que o maior defeito de um escritor é a ingenuidade, a falta de senso crítico para filtrar tolices e inocências. O pecado da ingenuidade pode acometer, no entanto, alguns dos melhores escritores. Deste mal Cortázar jamais padeceu, penso.

O eco acachapante que advém da obra de Julio Cortázar está no contraste entre o tom neutro, factual do narrador e o absurdo da situação que vive. Ponha-se neste caldo mágico a delicadeza do escritor argentino, que neste instigante "Histórias de cronópios e de famas" fica mais evidente. Como se não bastassem tais atributos, Cortázar mescla humor, ironia e o tal elemento picaresco; a partir daí o que era eminentemente soturno ganha uma inusitada claridade, estranha, é verdade, mas nem por isso menos reluzente, como neste trecho do conto intitulado (o título per si, faz rir) "propriedades de um sofá:

"Em casa de Jacinto há um sofá para morrer.
Quando a pessoa fica velha, um dia a convidam a sentar no sofá que é um sofá igual a todos mas tem uma estrelinha prateada no meio do
encosto. A pessoa convidada suspira, mexe um pouco as mãos como se quisesse afastar o convite e depois senta no sofá, e morre.!" (p. 87).

O que ressai evidente é que, de verdadeiramente inesperado e fantástico é a quebra da regularidade, a quebra de um rotina aparentemente normal, não fosse a origem dos Cronópios e dos Famas. Em alguns contos, a tragédia será pressentida pelo fato de que o narrador perde o controle dos nascimentos, como se um limiar numérico fosse ultrapassado e deflagrasse o desastre; o inusitado de algumas situações, reações aparentemente sem sentido ganham vulto, e a Arte Literária idem.

São microcontos, e não obstante, a capacidade de condensar tudo isso em dois ou três parágrafos, alguns recheados com os ingredientes acima citados, é algo impressionante. O sarcasmo sem delongas, a morte (ah a morte sempre abordada pelo astuto argentino) são duas provas da versatilidade do grande contista que Julio Cortázar foi. O nonsense, o picaresco encontraram uma pista de pouso segura e secreta no discípulo de Borges e Bioy, pois que Cortázar inaugurou o caos contemporâneo, e foi da arte literária um mestre.
Regente Deo 05/08/2014minha estante
Resenha inspiradora, caro colega.


J@n 25/09/2014minha estante
Nunca li Cortázar, mas já tive algumas indicações muito entusiasmadas de leitores aqui do skoob.




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