Rita Zerbinatti 09/06/2013O Grande GatsbyPara me sentir relativamente melhor sobre as questões da vida, decidi ler O Grande Gatsby.
Eu havia acabado de fechar o primeiro volume da série "As crônicas de gelo e fogo" e pensei: preciso de algo mais delicado.
Meus pensamentos me levaram até o Grande Gatsby, parado na minha estante, só pegando poeira. Dei a chance merecida.
Acontece que esse livro não clareou as minhas questões da vida. Pelo contrário, meus questionamentos só aumentaram, e é justamente isso que um livro deve causar, na minha opinião.
Os personagens foram explorados na medida certa. Você entende cada um deles, mesmo com coisas erradas acontecendo.
O Gatsby era um eterno apaixonado. Obcecado pela Daisy, por 5 anos ficou a espera do momento perfeito para voltar a ter contato com ela. Muitos chamam isso de amor, pra mim vai além disso, se torna obsessão.
São personagens que carregam consigo seus defeitos, são pessoas como a gente, ali ninguém é perfeito. Nem mesmo Nick,nem Gatsby,nem ninguém. E isso me chamou muita atenção.
Gosto da maneira como ele foi desvendando os mistérios aos poucos. Cada capítulo descobríamos uma coisa diferente sobre os personagens.
Foi algo tão perto da realidade que eu cheguei a acreditar ser vizinha do Gatsby, estar ali a todo momento presenciando tudo.
A sociedade é tão cheia de futilidades. Damos pouca importância aos sentimentos, mas valorizamos o dinheiro. Gatsby dava festas glamourosas, muitas pessoas, muito dinheiro, mas afinal, ele era um grande solitário. Nick percebe isso, tem certa pena de Gatsby. Eu também tive pena dele, mesmo não sendo nada perfeito, foi um personagem muito marcante pra mim. Uma personalidade intensa, ferida e solitária. Ele sofre. Todos ali sofrem, de uma maneira ou de outra.
Sem dúvida alguma, vou reler esse livro em breve.