Memórias do Subsolo

Memórias do Subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias do Subsolo


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maltchik. 27/05/2024

Nem mau nem bom, nem crápula nem puro, nem herói nem inseto!
Que viagem foi entrar na cabeça do personagem principal. O cara é completamente perturbado, infeliz, contraditorio a quase todo momento.

O livro é dividido em duas partes, a primeira é frenética. Dostoievski mal da espaço pro leitor respirar jogando ideias, expondo a filosofia, a visão do mundo do narrador. Já na segunda parte foca na vida dele, e em alguns acontecimentos que o fizeram chegar em tal situação.

Pra mim essa n foi uma leitura simples e fluída. É um livro que requer ser lido com atenção e refletindo a cada parágrafo. Mas isso n foi um defeito, a certo ponto isso ajuda ainda mais na imersão.

Confesso que no momento eu talvez n tenha muito conhecimento filosófico, político. E tb de todo o contexto da época em que o livro foi escrito e tenha deixado passar muitas camadas do personagem e da história desapercebidas durante a leitura, mas mesmo assim ainda foi muito interessante. Em uma releitura daqui a algum tempo com certeza aproveitarei mais dessa obra.
Mila Campos 27/05/2024minha estante
eu sou apaixonada por esse livro ?


maltchik. 27/05/2024minha estante
Mila Campos, tb gostei, quero ler outros desse autor


Marcos.Detanico 27/05/2024minha estante
Muito boa resenha, esse livro tá minha lista há muito tempo, mas ainda não tive coragem de começar


maltchik. 28/05/2024minha estante
Marcos.Detanico, se prepara, Dostoievski tava inspirado, principalmente na primeira parte


Zezinholendo 01/06/2024minha estante
Parece muito bom




clarasacra_ 26/05/2024

Paradoxal e confuso
Não sei se leria de novo e me fez questionar minha capacidade intelectual. Como entusiasta da literatura russa, quis conhecer mais sobre Dostoievski e me aventurei em memórias do subsolo. Essa obra dividida em duas partes me surpreendeu, com um protagonista de caráter duvidoso e reflexões profundas com certeza é uma obra de destaque. Porém, confesso que a narração é um pouco engessada e de pouca fluidez. A medida que vamos acompanhando a história temos mais raiva do protagonista, o qual não tem nem seu nome revelado, e essa raiva se mistura com confusão mental, porque caramba ele é chato mas suas reflexões trazem muita identificação. Chega a ser absurdo o quão profundo vai na psíque humana.
nat 28/05/2024minha estante
ok, só aumentou minha vontade de ler agr ??




euliteraria_ 25/05/2024

?O fim dos fins, meus senhores: o melhor é não fazer nada! O melhor é a inércia consciente! Pois bem, viva o subsolo!?

?Juro ao senhores que ter consciência demais é uma doença, uma doença de verdade, perfeita.?

Memórias do Subsolo é dividido em duas partes.
A primeira: a confissão, um diálogo e monólogo no qual ele descreve e revela seus pensamentos mais intuitivos e íntimos. Ele fala mal dele mesmo, o ridiculariza para que tenhamos algo contra ele. Ele se descreve como anti-herói.

?Sou um homem doente... Um homem mau. Um homem desagradável.?

?O que é melhor, uma felicidade barata ou um sofrimento elevado??

Nele vemos um homem claramente perturbado que nunca conseguiu lidar bem com questões emocionais. Mas o mais interessante é que ele tem consciência disso! Ao mesmo tempo que ele critica várias de suas ações, ele também quer ter uma brecha dentro desta sociedade que o despreza. O narrador revela-se incapaz de tomar decisões ou agir com confiança. Tudo isso faz com que ele saia do mundo e migre para o seu subsolo, evitando fantasias sobre a vida e ao mesmo tempo sendo incapaz de fazer algo produtivo para si mesmo.
?Na segunda parte do livro o narrador revela acontecimento que ocorreram em sua vida que foram de suma importância a ele, usando ideias e questionamentos apresentados na primeira parte!

Quanto mais fundo ele vai mais agoniado ele se sente. Em toda narrativa do livro a gente sente que o ser humano é feito apenas de sonhos e de impressões! O homem só faz coisas más por que não compreende sua própria alma.
Podemos chegar à conclusão, que as vezes a vida apresenta o nosso próprio subsolo de nosso próprio pensamento de insignificância!
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Joao Costa 24/05/2024

Complexos
De duas, uma...

Ou eu não estou preparado intelectualmente para ler esse livro, ou ele é realmente ruim... Pois tive baixa compreensão, literatura muito cansativa, não sentia render a história, não me envolvia. Porém tem algo misterioso nesse livro que me atraia a continuar lendo, chegou no fim e não mudou nada minha visão sobre o livro. Complexo... Em outro momento da vida irei voltar a ler. Por enquanto nota 3/5
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WallyMenezes 23/05/2024

Pretendo ler de novo um dia
O protagonista desse livro é simplesmente incrível, ele consegue ser extremamente humano, traz diversos de seus pontos de vista sobre os acontecimentos que lhe aconteceram em 40 anos, porém como toda criatura viva, ele se torna uma mescla de emoções em muitos pontos.

O livro trata muito sobre como o protagonista reagiu a seu isolamento no que chama de "subsolo", o local ao qual se isola do mundo com todo seu enorme orgulho e possível mau caráter, a primeira parte do livro traz aspectos mais psicológicos, o segundo traz suas memórias que comprovam muito de seus ideais como uma pessoa do subsolo.

Creio que o que move o personagem são dois pilares, o primeiro sua crença de vontade, uma crença em total emoção que defende que ele faria o que quiser apenas por sua própria vontade mesmo que isso lhe cause mal, pois a vontade move o ser humano, o segundo é o seu auto julgamento, o protagonista se vê como uma pessoa péssima mas estranhamente inteligente, orgulhosa e nobre, e de fato ele é uma pessoa péssima que tenta se agarrar a esses pontos que criou a toda força e vemos em várias partes do livro.

Esse livro foi incrível do começo ao fim, eu senti um ânimo fervoroso, uma tristeza, uma raiva, o sentimento de pena por uma criatura tão miserável e a sensação real de ver alguém se destruindo, eu tive inúmeras emoções e pretendo reler de novo um dia.
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Madu Olifotet 23/05/2024

E realmente desta vez proponho já da minha parte uma pergunta ociosa: o que é melhor, uma felicidade barata ou um sofrimento elevado? Vamos, o que é melhor?
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vuyazi 22/05/2024

Ter consciência demais é uma doença.
O livro me fez vaguear pelos lugares mais ocultos da minha mente, conforme a narrativa decorria. Fiquei dias e dias pensativa, foi excepcional para meu autoconhecimento. Indico super!

? A "vida viva", por eu estar tão desacostumado com ela, me esmagava a tal ponto que era difícil até respirar.
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cah 22/05/2024

Livro que te causa angústia, uma mistura de ódio e tristeza. A forma que o protagonista conta suas memórias, sempre se desprezando e ao mesmo tempo enaltecendo sua inteligência te causa essa essa sensação.
Amei a experiência da leitura, em muitas partes é fácil de entender os sentimentos do personagem e de até mesmo se identificar com ele. Talvez muitos de nós também estamos no subsolo e basta partir da gente querer sair de lá ou viver preso pra sempre lá.
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gslly.y 21/05/2024

"é opressivo até ser gente"
Quando comecei essa leitura eu não fazia ideia do quanto iria me ver em alguns trechos. e nem sei explicar bem o porquê de ter me identificado com algumas partes, só sei que assim que li aquelas palavras senti elas vivas dentro de mim.

o protagonista tem tanto desespero, há tanta agonia e desprezo nas entrelinhas que foi um pouco sufocante pra mim. ele tem uma visão clara de si mesmo, se vê como uma pessoa doente e má, lhe envergonha ser quem é. ele se entrega a muitos de seus pensamentos e emoções intrusivas, tem gosto em se causar desconforto e em se ver sofrendo. faz questão de chegar à desgraça, ao fundo do poço, ao seu subsolo.

ele se mistura ao desespero dele de tal forma que se vê sem controle algum, se encontra paralisado e conformado. ao mesmo tempo em que se isola dos outros, ainda acaba procurando aprovação e validação alheia. quer ser melhor, quer ser superior, quer dominar. é consumido por si mesmo.
não se permite acesso à "felicidade" e amor não é possível. possui uma verdadeira aversão à "vida viva". no fim, afirma que "temos" vergonha de ser gente com corpo e sangue, que é humilhante. é exatamente assim pra ele.
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Audrey 21/05/2024

A história narra a vida do protagonista que tem diversos conflitos internos, além de ter uma doença no fígado. Ele se autointitula como um homem doente (física e de temperamental), que escolhe ser raivoso com ele mesmo, com a vida e com todos.
No meio do cenário ele se envolve com Liza, uma prostituta, cria expectativas nela e depois a trata igual lixo.
Um homem que sente a necessidade de aprovação dos outros, é um pouco narcisista. Age em certos momentos com vingança perante seus inimigos, mas mais fere a si mesmo e sua autoestima do que os outros.

O livro é um pouco enrolado, precisa fazer um esforço pra entender os contextos e o que está acontecendo, pois é uma linguagem mais implícita, filosófica e reflexiva, mas nada muito difícil, só exige muita atenção na leitura. Não é uma leitura de fácil digestão que rola fluída.
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Rafael Nazar 21/05/2024

O rancor e a dor.
Que livro incrível! Me lembrou um dos meus filmes favoritos, Taxi Driver, do Martin Scorcese. Dostoiévski é definitivamente o maior escritor que já existiu.
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whatsmaryreading 20/05/2024

Um livro pesado, mas interessante.
Ler essa obra-prima de Dostoiévski, foi como descer a um abismo psicológico, onde as contradições da alma humana se expõem em toda sua crueza.

O protagonista sem nome, atormentado por inveja, raiva e medo, nos guia por sua tortuosa jornada interior. Sua narrativa, carregada de ironia e sarcasmo, revela a profunda infelicidade que o consome, fruto de experiências negativas e de uma visão pessimista da natureza humana.

Um dos aspectos mais impactantes reside na dor que a obra provoca ao nos confrontar com características presentes em nós mesmos, muitas vezes reprimidas ou negadas. Através da figura do "homem do subsolo", Dostoiévski nos convida a um exercício de autoanálise profunda e dolorosa, onde somos obrigados a encarar nossas próprias contradições, hipocrisias e lados sombrios.

Ele nos expõe sentimentos que frequentemente tentamos esconder, como inveja, raiva, medo e autodestruição. A obsessão do protagonista com a felicidade alheia e sua incapacidade de se conectar com os outros refletem comportamentos que, em menor ou maior escala, podemos reconhecer em nós mesmos.

É como se estivéssemos diante de um espelho que nos revela a nossa própria hipocrisia, a distância entre o que dizemos ser e o que realmente somos.

É interessante notar como a expressão "fundo do poço", que costumamos usar no dia a dia, ganha uma nova dimensão ao lermos "Memórias do Subsolo". O "subsolo" psicológico do protagonista, marcado por sofrimento e ressentimento, é um verdadeiro poço de escuridão, do qual ele parece incapaz de escapar.

A linguagem de Dostoiévski, embora complexa em alguns momentos, é cativante e envolvente. Sua capacidade de criar personagens memoráveis e de explorar a psique humana torna a leitura de "Memórias do Subsolo" uma experiência inesquecível, mesmo que dolorosa em alguns momentos.
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Day 20/05/2024

Coisa de doido, ta?
Meu deus, oque foi isso?
Memórias do subsolo é um livro controverso, questionável, até, mas gosto de muitos temas abordados por ele.

Gosto de observar o cômico conflito entre a razão e vontade, a racionalidade da ciência e o querer burro e ingrato da essência humana.
Oque se torna ainda mais divertido pelo ponto de vista sarcástico e pessimista do autor, que muitas vezes utiliza na narrativa a mais pura chacota, evidenciando o quão ridícula considera toda essa situação.

Gosto também de como o autor nos abre os olhos para a limitação vinda com o estabelecimento da moralidade.
Como os interesses por trás da ressignificação desses conceitos de: certo ou errado, favorável ou desfavorável, moral ou imoral, estão além do que imaginamos e podemos perceber a olho nu e podem agir, sem que percebamos, como um veiculo de alienação.
Entre outros muitos significados a serem interpretados, desbravados e estudados através desse livro.

Mas minha nota, 3 estrelas se deve mesmo ao mérito do autor de ter conseguido dar voz ao protagonista mais odiável que eu já vi, ou melhor, li.
Nossa senhora, se esse era o objetivo, Dostoiévski está de parabéns, conseguiu. Mesmo entendendo a intenção por trás de tudo aquilo, não consegui me pegar não torcendo para que o livro acabasse logo.
Sinceramente, a segunda parte é uma humilhação sem fim, chega a ser doloroso de se ler.

É um bom livro, mas é uma péssima obra introdutória.
Devia mesmo ter iniciado na literatura dostoievskiana através de ?Noites brancas?, como todos me recomendaram? ?
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Isa_04 19/05/2024

Com esse livro pude ver e sentir outra forma de escrita do autor, são seus traços, mas ao contrário de Noites Brancas, o primeiro que li, esse trouxe uma pegada diferente. Apesar de que os personagens de ambos os livros refletem profundamente o Eu interior de cada um.
Eu iniciei o livro, mas tive que parar e retornar porque achava que algo estava fora do lugar com a minha leitura, um tanto quanto complexa para o meu entendimento. Creio que é um livro que a cada releitura aparecerá um algo novo.
Os capítulos que envolvem sua primeira parte são como o despejar de pensamento e emoções do protagonista, preocupada eu fiquei porque em partes eu me identificava com ele. Cada capítulo transborda um algo, achismos talvez, mas que para os bons observadores sejam coisas que passam diante de nossos olhos mas que não queremos transparecer aos outros, nosso pensamentos e reflexões, que ficam apenas para nós. Como ele disse: ter consciência demais é uma doença. São capítulos bem reflexivos que se lidos calmamente, sem pressa, são de grande valia e ensinamento.
A segunda parte, decerto, envolve suas memórias, os seus pensamentos de quem ele era, de quem queria ser, do que desejou fazer e não fez, daquilo que fez, e que ao longo do tempo sombrearam a sua mente. Essa parte começou com seu realismo impregnado mas que ao fim parecia que teria um pouco do teor "romântico" entre dois, talvez, apaixonados, o que foi uma decepção para mim toda a atitude do protagonista.
Enfim, é um livro para quem realmente goste, apesar de quem goste, as vezes olhe para os personagens e pense "quão louco é esse povo". Não é um livro denso, mas como ele disse é um livro cheio de paradoxismos, que até tentar compreendê-los você pensa se realmente não é em você que está faltando mais reflexão.

"É preciso sair da inércia" - CP
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