IvaldoRocha 12/06/2018
Do escritor de Peixe Grande.
Não li ainda “Peixe Grande”, mas espero fazê-lo, porém considero o filme adaptado pelo Tim Burton um dos meus favoritos, quando achei este livro do mesmo autor não pude deixar me interessar por ele.
A história se passa durante a depressão americana, e não tem como ser uma visão alegre e esperançosa de vida, mas o mundo da mágica, bem como dos circos itinerantes irão te atrair.
Os narradores vão se alternando o que de certa forma é interessante, pois nos permite conhecer a história sobre vários pontos de vista. Mas sou obrigado a admitir que determinados momentos as coisas se tornem um tanto confusa. A maneira como se conta a história, embora um tanto original, por vezes fica um tanto chata, páginas de um diário, onde algumas foram arrancadas ou rasuradas, são lidas e interpretadas da melhor maneira possível, tudo como fragmentos, mas não dá pra dizer que você vai ser tentado a abandonar o livro, mas terá que ter um pouco de boa vontade.
No final você percebe que o livro tem seu valor, o final é totalmente fora do esperado, embora de para desconfiar do que aconteceu com “Hannah”, a irmã de “Henry”, a propósito um palíndromo, pode-se ler de traz para frente que é a mesma coisa, talvez seja um mero acaso. A maneira como o real e o imaginário ficam na balança tem certo estilo. E talvez seja necessário que em determinados momentos a verdade tenha uma versão melhorada para podermos encarar a vida.
Gostei, fica pouco acima da média, mas está acima da média. Caso você goste de mágica e principalmente desta época eu recomendo fortemente que leia “Carter e o Diabo” de Glen David Gold, é realmente muito bom e acrescenta uma série de fatos reais à trama o que torna o livro muito interessante. Para este assunto específico é muito melhor, mas ainda vou ler “Peixe Grande”.