A peste

A peste Albert Camus




Resenhas - A Peste


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Almir.Custodio 19/07/2022

Uma epidemia na visão de Camus
A Peste foi o primeiro livro de Albert Camus que li, e me chamou atenção pela escrita concisa e direta, mesmo numa história que poderia se alongar o quanto quisesse.

Em A Peste, Camus expõe o que uma doença é capaz de fazer com uma sociedade, e a leitura se mostra interessante uma vez que passamos por algo tão semelhante nos últimos anos. A leitura nos convida a entender os principais pontos de uma epidemia, pela visão de pessoas que estavam na linha de frente ao combate à doença, e pessoas que se sentiam presas pela situação. É interessante ver como o autor consegue captar diversos efeitos que uma epidemia pode causar, seja na economia de uma cidade ou até mesmo no convívio social.
O autor ainda debate as facetas dessa ?peste?, que a grosso modo pode nos parecer somente uma doença altamente transmissível, mas no decorrer do romance ele nos deixa claro que a peste pode ser entendida por outras vertentes. Um diálogo entre Rieux e Tarrou apresenta o embate que cada pessoa tem em si, de propagar uma ?peste social?, na qual referenciam aspectos de existencialismo, ao qual Camus é famoso por sempre abordar.
Ainda segundo a visão do autor, a peste ainda é uma alegoria que trata a invasão da Argélia pelos nazistas durante a segunda guerra mundial, trazendo referências como os ratos e as mostres aleatórias pela peste.
O fim da história é algo que me agradou bastante, uma vez que é visto pela visão de um personagem que sofreu durante a epidemia, e que entende as reais consequências do que a cidade sofreu.
Mesmo trazendo diversos paralelos com nossa realidade, a leitura me agradou muito e recomendo a quem se interessar.
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Arthur 13/07/2022

A peste
Nunca um livro me prendeu tanto quanto "A peste" de Camus, provavelmente isso se deve ao fato de estarmos vivendo uma pandemia que se assemelha muito a mencionada no livro.

Além de fazer uma analogia a invasão nazista durante a segunda guerra mundial, o livro trata de diversos assuntos como moral, morte, exílio e desespero

?O bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos móveis e na roupa, espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços e na papelada, E saiba, também, que viria talvez o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz.
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Renato 12/07/2022

Uma cidade sitiada
Situações limites fazem as pessoas apresentarem aquilo que tem de melhor e de pior, sempre tocando seus extremos. Privados da normalidade por uma epidemia sem cura ou fuga, os moradores de Orã, totalmente fechada e isolada do resto do mundo, são confrontados com a fatalidade que pode alcança-los a qualquer momento. Albert Camus nos introduz neste lugar sufocante pela narrativa de um médico empenhado a dar seu melhor aos infelizes moradores. Cada personagem, a seu modo, é uma faceta do espirito humano reagindo ao inimigo invisível, invencível e opressor. É inevitável fazer associações reais ou metafóricas com nossos dilemas.
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Henrique 08/07/2022

Só 3 estrelas
Não foi um grande livro O estilo narrativo de Camus é bastante pobre e o começo do livro é sofrível. As personalidades são rasas, quase bobas e as reações beiram o clichê. Felizmente, passando da metade do livro, a leitura fica um pouco mais cativante e o estilo sofre um upgrade que fará valer a pena terminar a leitura.
É... três estrelas. Bom livro, mas apenas bom.
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Marco118 25/06/2022

A Peste – Albert Camus
É impressionante de se ver o quanto este livro, escrito há tantos anos, se parece com o que nós vivemos hoje – ou, pelo menos, com o que vivíamos até alguns meses atrás.
Tornou-se, em 2020, um dos livros mais buscados e vendidos por todo o mundo.
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Como pode um autor expressar tão bem os nossos sentimentos, pensamentos, as nossas emoções... ao longo da atual pandemia? A imaginação, às vezes, dá luz ao inimaginável.
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Durante a narrativa, deparamo-nos diversas vezes com passagens, as mais profundas, as mais verdadeiras, as mais poéticas. Era uma obra "à frente de seu tempo".
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Vocês não têm noção da influência que o Albert Camus exerce sobre mim. Ele está, praticamente, fazendo a minha cabeça, moldando a minha personalidade. É um desses escritores com os quais eu daria tudo para poder encontrar. Porque ali, de fato, existia um homem. Existia, ali, um coração que compreendia outros corações.
(Sem contar com o próprio estilo de escrita dele, que me agrada muito. Períodos extensos, rítmicos, bem compostos. O texto flui livremente, sem afetação).
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Quando eu leio em PDF, fico meio travado. Por isso, demorei um pouco pra terminar. Mas foi ótimo, mesmo assim.
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((Não estranhem a forma como preferi organizar a resenha, desta vez. Foram um monte de observações mais ou menos isoladas. Então, achei melhor não ficar emendando tudo. Sou muito ruim de escrever resenhas...))
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alntbr 18/06/2022

A Peste
Mais um acerto na escolha de livro do Camus, apesar de não ter entrado nos meus favoritos como O Estrangeiro. É uma leitura forte, principalmente nesses tempos de pandemia onde pude fazer vários paralelos e simpatizar com os cidadãos de Orã. Porém, nos momentos finais, o baque foi se tornando mais forte. Destinos foram se fechando ou se descobrindo. E no final, pude concluir que é a vida, pensamos que tivemos alguma vitória e depois esquecemos das angústias passadas.
E mais tarde, o mesmo evento pode ocorrer e tudo se repetir.
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Paloma 31/05/2022

Leitura complexa...
Confesso que este não é o tipo de livro que costumo ler. Na realidade foi bem difícil concluí-lo, porém como minha meta é justamente sair da minha zona de conforto literária, o livro foi bem relevante.

Em vários momentos eu fiquei meio abismada com a semelhança entre os relatos do livro e a realidade de pandemia que vivemos recentemente. A leitura me fez refletir sobre tudo que passamos e isso tornou a leitura pouco agradável, pois foram/são tempos difíceis, mas ao mesmo tempo foi uma experiência positiva e acredito que é um livro necessário.
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Lucas1659 23/05/2022

As Grandes Desgraças são monótonas
Comecei a ler esse livro bem no final de 2019. Em meados de 2020, ainda sem conseguir tocar muito nele, pois o semestre na faculdade pesava em cada passo, em cada palavra que eu tinha que escolher consumir. A pandemia e o tempo sobrou, mas só retomei e finalizei a leitura dessa peça em 2021. E só agora em 2022 venho prestar o que achei. Esse livro foi viceral em como é atual.

"(...) as grandes desgraças são monótonas. Nas lembranças dos sobreviventes, os dias terríveis da peste não surgem como chamas cruéis, e sim como um interminável tropel que tudo esmaga à sua passagem" — umas das inúmeras citações que descrevem o arrebatador e agonizante eterno-momento qual foi viver a nossa peste.

"Assim, a doença, que aparentemente tinha forçado os habitantes à solidariedade de sitiados, quebrava ao mesmo tempo as associações tradicionais e devolvia o indivíduo à sua solidão. Isto causava tumultos" — cenário recorrente nas épocas mais criticas em que festas clandestinas cantavam soltas.

Por fim, um discurso que sempre detestei e ouvi com certo desprezo era o de que a pandemia veio para nos unir e fazer crescer. E é claro que esse livro tem uma citação sobre isso, a peste "pode servir para engrandecer alguns. No entanto, quando se vê a miséria e a dor que ela traz, é preciso ser louco, ou cego ou covarde para se resignar à peste".
Menino Aquário 23/05/2022minha estante
Quero muito ler esse




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Renato Filho 11/05/2022

Em uma guerra contra um inimigo invisível e incessante, o leitor acompanha o itinerário do médico, Dr. Bernard Rieux, durante o alastramento e desenvolvimento da "peste" na cidade de Orã que, em determinado momento, depois da descrença inicial das autoridades na gravidade da situação, tem de ser fechada e se encontra de costas para o resto do mundo.
Um texto que deve ser lido aos poucos, tendo em vista que a doença serve como metáfora para a ocupação nazista na Europa e das atrocidades decorrentes, além de diversas outras reflexões e questionamentos possibilitados por essa alegoria.
O leitor ao invés de torcer por "soldados" nessa guerra, torce, no fim, pelo desenvolvimento da ciência e da rejeição da ignorância preconceituosa.
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Clio0 05/05/2022

Um dos livros mais vendidos durante a pandemia da COVID foi uma obra publicamente originalmente em 1947. Por que A Peste se tornou tão popular durante o período de confinamento? A resposta é dolorosamente simples e se revela em quase trezentas páginas de narração minuciosa sobre o ataque de peste bubônica na cidade de Orã.

Há uma grande similaridade entre as medidas descritas e aquelas a que fomos sujeitados não muito tempo atrás... e tem-se que tomar cuidado para que o pasmo não sobrepuje o verdadeiro tema da obra e seu valor intrínseco: A vida não tem significado e seu valor é aquele que lhe é dado.

A história é apresentada pelos olhos do médico Rieux que permanece no município e que apresenta as diferentes facetas que um evento dessa magnitude pode e normalmente acarreta. Assim, temos a discussão teológica, a ideologia, o trauma, o desespero e a vantagem.

Esses arquétipos são revelados na figura de amigos e conhecidos de Rieux que participam não dos acontecimentos - pois não há reviravoltas ou, de fato, qualquer ação na trama. Não que elas sejam inexistentes; cada momento parece ser pensado para que a tragédia pessoal evoque o sentido de que a impotência é o mote da vida.

Nenhum ato ou característica especial infere ou induz a pensar que alguém será poupado por algo que não a simples sorte.

A melhor maneira que encontrei para definir A Peste é que ela em sua proposta filosófica refere-se quase que integralmente a uma crônica de jornal ou um tratado histórico.

Recomendo.
Brenda 06/05/2022minha estante
De camus só li "o estrangeiro" e o "mito de sísifo", já quero chegar nessa obra dele tbm, que parece maravilhosa


Lelouch_ph 18/06/2022minha estante
Eu amei essa obra.




Atalita.Zonzini 04/05/2022

Não sei como pode um livro escrito a tempos passados ser tão atual com esse momento de pandemia que estamos vivendo. Li esse livro no auge do Covid 19 aqui no Brasil e não poderia ter me surpreendido mais com as coincidência da leitura.
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zoozve 28/04/2022

É lindo, é bonito, é silencioso. Uma obra muito boa, estranho perceber que situações de epidemia ou pandemia sempre pareceram e parecem as mesmas em qualquer lugar da terra. Os sentimentos, as ações, os desejos...pareceu que eu estava revivendo esses 2, ou quase 3 anos, que sofremos com a pandemia. Acho que não foi uma boa ideia ter lido este no momento presente, porque por vezes senti angústia, mas foi ótimo pra conhecer o autor, a escrita dele. Excelente obra, de qualquer forma.
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