A Jangada de Pedra

A Jangada de Pedra José Saramago




Resenhas - A Jangada de Pedra


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Gustavo 15/05/2013

Romances apocalipticos
Jangada de Pedra não é só um romance, nem somente uma aventura. É uma narração poética do Mestre Saramago que questiona a vida e a moral quando o inesperável impensável acontece. O livro não traz divisões ou marcações gramaticais no que diz respeito as falas dos personagens que seguem em texto corrido.

O romance que envolve os seis personagens é cativante e ousado, desenrolando durante uma viagem épica em busca de significado pessoal. As ironias e desaventuras lembram o clássico Dom Quixote, com certeza uma obra importante da literatura portuguesa.
Guilherme 05/10/2013minha estante
Mas Dom Quixote é uma obra da literatura espanhola.


Gustavo 28/03/2014minha estante
Sim, " uma obra importante da literatura portuguesa" refere-se a Jangada de Pedra




Claudia 13/05/2013

Ao estilo Saramago
Para do referido autor já ir adiantando o estilo, a graça do tal Jangada de pedra está antes na forma que no conteúdo. Conteúdo este que apesar de inusitado, de interessante pouco teria se não fosse ele pintado, com o perdão da inversão das artes e da despropositada rima, por Saramago.
Como pode uma peninsula inteira do continente rebelar lançando- se ao oceno sem rumo mas com determinação, não se sabe nem ficou explicado. Mas o que importa a deriva dos ibéricos quando se encontra o amor, diante de quatro paixões então, nada mais no mundo importa.
Verdade seja dita que atenção e paciência são muito necessárias mas se já foi possível interpretar esse pequeno e amador esforço de explicar já demonstrando e dele, e dele se explique: a resenha, extrair algum sentido, quando muito alguma informação é certo que não será dos maiores desafios e a final praserosa a leitura da verdadeira obra.
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Francieli.Tonello 16/01/2013

Tive um pouco de dificuldade, no início, em engrenar a leitura, mas quando isto aconteceu o livro se apresentou com muita qualidade. Ótimas são as abordagens que o Saramago faz à situações decorrentes do relacionamento humano, sobre morte e o futuro.
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Fran 11/01/2013

Inspirador e fascinante!

Olá Caros Leitores!

Um risco no chão com uma vara de madeira que não desaparece, uma pedra atirada ao mar com força sobrenatural, milhares de estorninhos (pássaros) que acompanham um homem, um novelo de lã azul sem fim que interliga pessoas, a terra a tremer e um cão que não possui cordas vocais, saído não se sabe de onde e tudo isso acontece no dia em que uma fenda se abre e a Península Ibérica, formada por Espanha e Portugal se desprende da Europa e começa a navegar por mar aberto. Isso tudo é A Jangada de Pedra.

Acontecimentos, aparentemente, improváveis e um enorme pedaço de terra a navegar. Joana Carda, Joaquim Sassa, José Anaiço, Pedro Orce, Maria Guavaira e o Cão. Eles são o pano de fundo dessa história fantástica, onde o personagem principal é a terra ou a enorme jangada de pedra.

Todos os personagens irão se interligar ao longo da narrativa buscando respostas ao que aconteceu a cada um. O mundo está em alerta, pois não se sabe o rumo que a península seguirá. Cientistas, governos, curiosos buscam respostas que não tem solução.

Nessa trajetória sem rumo certo, permeada por uma atmosfera apocalíptica, o autor ressalta a capacidade de adaptação e mudança que todos nós, seres humanos, temos e também nossa eterna inquietude com tudo que nos rodeia.

Questões políticas, quotidianas, de vida e literatura se apresentam ao longo da história. Críticas colocadas pelo autor sobre como a Europa descrimina seus dois primos pobres, Espanha e Portugal. Dois países que já foram grandes impérios, navegadores e colonizadores, e que hoje são vistos como fatias menores.

Com a ironia já característica de Saramago e seu humor refinado, aquele que você ri sem saber por que, ele nos leva por essas duzentas e noventa e uma páginas de forma embriagante. Cada palavra, parágrafo te faz refletir e degustar de cada capítulo.

Saramago tem o dom de contar uma história fantástica, em meio a um enredo impensável envolvido por encontros e acontecimentos que se interligam terminando com um desfecho que te faz parar por horas e pensar em tudo a sua volta. Pensar na humanidade, no todo e ao mesmo tempo em gestos pequenos e insignificantes.

A história é contada por múltiplos narradores e eles se alternam ao longo da narrativa, variando entre primeira e terceira pessoa. Não se trata de uma leitura rápida, porém não pelo livro não ser bom, pois é fantástico, mas é um daqueles livros que você deve sorver, degustar. Absorver cada parágrafo e imergir completamente dentro dele. Ele requer toda sua concentração e depois dos três primeiros capítulos não há como parar.

Como já disse, a história é fascinante e inesperada. Você não consegue definir o que vai acontecer, para onde tudo aquilo te leva. Você se questiona, questiona o que está a sua volta e interage completamente naquele mundo, aparentemente inimaginável, mas que vai tecendo um completo sentido, ao menos o foi para mim.

Saramago salienta...

Continue lendo no Blog: http://poesiasprosasealgomais.blogspot.com.br/2012/11/resenha-jangada-de-pedra.html
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Silvana (@delivroemlivro) 25/11/2012

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Blog do Grupo Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2012/09/a-jangada-de-pedra-jose-saramago.html

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Tks!
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Carlos Aglio 04/11/2012

A jangada é de pedra, mas flutua linda e suave na nossa imaginação...
SARAMAGO, José. A jangada de pedra. Companhia das Letras, 2010.

A jangada é de pedra, mas flutua linda e suave na nossa imaginação...

A jangada de pedra tem uma história fantástica com personagens, homens e animais, fantásticos. É literalmente uma viagem numa jangada de pedra, metade portuguesa, metade espanhola, numa escrita sem pontos de interrogação ou exclamação, que não menospreza nem os velhos ditados, ali tão bem expressados com arte que só mesmo o Saramago poderia fazer.
Também, o que se pode esperar de um cara que começa a escrever aos 60 anos, que escreve de forma tão própria, é possuidor de uma imaginação fantástica e ganha um Nobel de Literatura? Saramago é isso, um ser-escritor fantástico – queria eu ter um décimo dessa capacidade!

Experimente só, ler em voz alta e diga-me se esta jangada de pedra não flutua linda e suave!

Bye Carlos Aglio, 07/11/2012
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Flavio P. Oliveira 17/09/2012

Este livro eu gostaria de ter escrito
Este livro eu gostaria de ter escrito...

Saramago nos apresenta uma história inusitada para fazer uma poderosa crítica à comunidade européia e aqueles que consideram Espanha e Portugal como irmãos pobres; todavia, vai além disso. Usando ora das aventuras dos personagens principais ora das novidades e desespero de duas pátrias, Saramago demonstra que a rotina da sociedade disfarçada em aparente organização cívica pode ser demolida adiante um extraordinário evento... Os personagens principais, cada qual, têm motivo ou crença na culpa pessoal, portanto acabam se aventurando em busca de respostas.

Com um começo que nos empurra ladeira abaixo e um final..., Saramago comprime uma deliciosa aventura, uma história belíssima com humor e muitos momentos de angústia; para pensarmos e imaginarmos o que faríamos em situações complicadas e inexplicáveis. É um romance único, que nos leva a pensar que tipo de vida levaríamos se vivêssemos numa jangada de pedra.
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Eduardo 30/04/2012

Tão Novo!
Eu era muito novinho na época que lí esta muralha, rs. Por isso não gostei. Pretendo reler para ver se mudo de opinião sobre este grande autor português.
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sonia 05/03/2012

Meu Saramago preferido.


Esta é uma sátira política deliciosa.
Um dia, um pedaço da Europa se despreende do continente e fica à deriva: uma ponta da península ibérica: Portugal.
Através das notícias de jornais e das reações dos diversos países e organizações políticas do mundo ao fato, vai-se delineando a visão cada um tem de Portugal, revelam-se pré conceitos, rivalidades, interesses, intenções ocultas, afetos, relações em nada ‘politicamente corretas’ mas certamente cômicas na pena magistral de Saramago.
Acontecimentos fantásticos antecedem o acidente e também a sua miraculosa reversão, recolocando no lugar o pobre país, agora ciente do real papel que representa ante os outros agora envergonhados, vulneráveis e expostos em sua maldade, fragilidade ou solidariedade.
A ética, no fundo, é um idéia bonita, na hora de agir somos todos auto centrados.
Guilherme 05/10/2013minha estante
Mas Espanha também não se desprende?


sonia 06/10/2013minha estante
Tem razão, Guilherme,
ele chama tudo de Lusitânia,
é um belo livro.




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Gláucia 17/06/2011

A Jangada de Pedra - José Saramago
Imagine uma rachadura entre Portugal e Espanha e Portugal à deriva como se fosse uma imensa jangada? Saramago sempre tem ideia inusitadas para seus livros e esse é considerado um de seus principais livros pelos críticos. Mas não foi meu preferido, achei muito poético, não faz meu estilo. Mas ainda assim é uma leitura interessante, embora um pouco difícil por ser muito elaborada.
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Fabio Shiva 06/08/2010

A JANGADA DE PEDRA – José Saramago
Demorei a iniciar a leitura deste livro, desestimulado talvez pelo título, que pode sugerir um texto denso, pesado. Ademais, a inesquecível experiência com “Ensaio Sobre a Cegueira” me fazia temer que qualquer novo encontro com Saramago seria anticlimático. Ledo engano! Um texto envolvente (depois, é claro, que nos adaptamos ao “Saramaguês”), inusitado e não poucas vezes divertido, engraçado mesmo. Dei muita risada em algumas passagens. Um tema absolutamente fantástico sendo conduzido com muita sensibilidade por um verdadeiro mestre.
(10.07.2007)
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Márcia Regina 20/06/2010

"A jangada de pedra"

Saramago me encanta pela forma solidária como descreve as pessoas. Não importa que essa descrição envolva mesquinharia, dor e crueldade, existe sempre um carinho imenso pelo homem, impossível não perceber nas palavras a voz de alguém com o coração encharcado de amor pelo mundo.

E isso não implica uma obra tola ou sentimental. Longe disso. Os livros dele têm uma dose forte de ironia, impedem o autoengano e desnudam nossas razões mais básicas, sabem ser engraçados, inteligentes, a leitura fluindo de forma natural, com construções e elaboração na dose exata para passar a sensação que quer transmitir e para nos envolver.

Lembrei bastante de "Ensaio sobre a cegueira". O acontecimento insólito, encontros, medos, fantástico, jornadas inesperadas que desvendam o mundo e a nós mesmos.

Mas o impacto resultante dos dois livros foi distinto. Saí da leitura de "A Jangada de Pedra" com uma frase na cabeça: "O mundo vale a pena, as pessoas são boas". Durante a leitura de "Ensaio sobre a Cegueira", a frase tinha uma variante: "O mundo vale a pena, existem pessoas boas".

Entre um livro e outro, há um caminho de sofrimento e aprendizado. Um caminho provavelmente de desencanto, sim, mas também de humanização, um amadurecimento na forma de ver o homem, com suas diferenças e sua busca inquietante por completude e felicidade.

Quem nunca leu Saramago, talvez tenha algumas dificuldades, principalmente no início, a falta de parágrafos, a pontuação, o ritmo às vezes lento. Não sugeriria o texto como primeiro contato com o autor. Melhor começar com "Caim" ou "O evangelho segundo Jesus Cristo". Porém, quem leu e gostou de outras obras dele, sabe o que quero dizer quando falo que Saramago é um vício. E dos bons.
wmoreira 07/04/2023minha estante
Que linda resenha! Ia até escrever uma, mas desisti. Você disse tudo! Há, acima de tudo, humanidade nos textos de Saramago.




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