Angústia

Angústia Graciliano Ramos




Resenhas - Angústia


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Thamires.Ohtsubo 18/11/2024

Angústia
O título do livro dá nome ao sentimento que me acompanhou boa parte da leitura. A escrita de Graciliano sempre me encantou. E nesse livro não foi diferente, já que ele conseguiu passar o sentimento do seu personagem para quem estava lendo.

Um misto de: ?que leitura arrastada?, com ?do que ele tá falando?? e ?não é possível? me acompanharam por toda livro.

A história em si não achei incrível. Mas a forma com que ela se desenrola e o sentimento que me remeteu foram fortes.
Se a intenção de Graciliano era causar desconforto, angústia no leitor: comigo deu certo.
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Jaime77 17/11/2024

"O amor pra mim sempre fora uma coisa dolorosa"
Esperava mais do que me foi entregue. Quando alguém me falar para não julgar o livro pela capa, estenderei o conselho para "não julgar o livro pela capa, e muito menos pelo título". Não foi uma leitura ruim, mas esperava algo mais existencialista. O título é muito impactante: "angústia", mas no fim é uma história bem comum. Gosto da forma como Graciliano escreve, gosto da forma como desenvolve a história. Talvez o que não tenha me agradado de verdade é a história. Mas se houve algo que ele soube fazer foi transmitir o sentimento. É um livro bom, mas bom como muitos outros clássicos. É um livro próximo da realidade, tão próximo que, em certos momentos, chega a ser cômico - e comum.

"Tento lembrar-me de uma dor humana"

"Água Lava tudo, as férias mais graves cicatrizam"

"O isolamento em companhia de uma pessoa era mais opressivo que a solidão completa"
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maryanalves_ 15/11/2024

Destaques
Lembro-me de um fato, de outro fato anterior ou posterior ao primeiro, mas os dois vêm juntos. E os tipos que evoco não têm relevo. Tudo empastado, confuso. Em seguida os dois acontecimentos se distanciam e entre eles nascem outros acontecimentos que vão crescendo até me darem sofrível noção de realidade. As feições das pessoas ganham nitidez. De toda aquela vida havia no meu espírito vagos indícios. Saíram do entorpecimento recordações que a imaginação completou.

- Angústia

Há nas minhas recordações estranhos hiatos. Fixaram-se coisas insignificantes. Depois um esquecimento quase completo. As minhas ações surgem baralhadas e esmorecidas, como se fossem de outra pessoa. Penso nelas com indiferença. Certos atos aparecem inexplicáveis. Até as feições das pessoas e os lugares por onde transitei perdem a nitidez.

- Angústia, p. 140

Quanto mais me vejo rodeado mais me isolo e entristeço. Quero recolher-me, afastar-me daqueles estranhos que não compreendo, ouvir o Currupaco, ler, escrever. A multidão é hostil e terrível.

- Angústia

O isolamento em companhia de uma pessoa era mais opressivo que a solidão completa.

- Angústia
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VAtor45 08/11/2024

Angústia é tão nojenta, repugnante e asquerosa que te cativa, e prende nessa história miserável de um homem miserável, o qual tem uma mente igualmente miserável de tão perturbada
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lucianem 06/11/2024

Angústia
Li este livro como parte do Desafio Bookster. Não seria uma obra de primeira escolha para mim, mas o desafio é esse sair da nossa zona de conforto e ler obras diferentes daquelas que normalmente escolhemos.
É um livro muito bem escrito e que realmente me colocou no estado de angústia que nomeia a obra, através da narrativa, não linear, da vida de Luis da Silva.
Não gostei muito pelo sentimento que me causou, e não pela estória e a forma como foi contada.
camiscaarvalho 08/11/2024minha estante
A intenção do autor é justamente essa, transpassar ao leitor a angústia do personagem. Vale sempre ressaltar a importância de cruzar a leitura da história com o contexto a qual ela foi escrita, isso facilita o entendimento da obra. Com certeza não é uma obra indicada como primeiro contato com o autor, Vidas Secas e São Bernardo são ótimas, fica a indicação ?




Vilela 06/11/2024

Angústia, Graciliano Ramos.
Obra não linear, Angústia, de Graciliano Ramos, leva o leitor a uma imersão profunda na mente de um narrador em colapso emocional. Publicado em 1936, o romance aborda temas como a alienação, a miséria e a opressão, centrando-se na figura de Luís da Silva, um homem introspectivo e frustrado, atormentado pela própria consciência e pelas humilhações de sua vida.

Com uma narrativa fragmentada e muitas vezes circular, o livro explora o estado mental do protagonista, que se sente esmagado por sua realidade. Os pensamentos de Luís oscilam entre memórias dolorosas, suas obsessões e uma aversão crescente pela sociedade. Em meio a essas reflexões, o leitor é levado a entender a complexidade do sofrimento do personagem, que culmina num ato de desespero.

O estilo de Graciliano Ramos é árido e cortante, adequado à densidade da trama. Ele constrói uma atmosfera sufocante, o que torna o livro uma leitura desafiadora e ao mesmo tempo fascinante, pois revela com maestria o peso da angústia humana. A obra é um retrato sombrio da vida no Brasil das décadas passadas, mas também transcende seu tempo, abordando o isolamento e a opressão do indivíduo de forma universal e atemporal.
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Dayvson.Rodrigues 05/11/2024

O título não diz tudo mas diz muito
Luís da Silva, um homem descontente com a vida e com si - mais com a vida que com si - nos conta sua história e sua desgraça de uma forma não linear.
Fatos simples do dia remetem o protagonista à sua infância e ele narra sua infância sem colocar limites e inícios definidos; um infortúnio o lembra de um diálogo e ele o detalha no meio do acontecido. Assim sentimos como se fosse a mente de Luís e não algo que ele escreve, lembrando instantaneamente e se transportando para o momento,

Cheio de si, Luís é ele próprio uma crítica que critica. Seus devaneios, suas memórias e suas descrições do momento se misturam e, depois que nos confundem, nos aproximam desse personagem que sofre as desgraças que o mundo joga em sua vida mas que mais parecem serem causadas por ele.

Um livro que pega fogo e tem em seu final uma agonia febril com o destino do personagem. A loucura, as memórias, os devaneios, os delírios, a angústia chacoalham quem lê
E a leitura disso aqui é obrigatória
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Bruna 03/11/2024

De uma coisa eu tenho certeza, Graciliano Ramos leu ?Crime e Castigo? de Dostoiévski e ficou bem impressionado com a forma e conteúdo. Luís da Silva é nosso Ródia. São várias semelhanças principalmente nas páginas finais do livro. Porém, diferente do anti-herói russo, o protagonista de Graciliano Ramos não me agradou tanto. Achei um livro extremamente maçante, chato mesmo. Pensei em desistir da leitura em vários momentos, mas toda vez que eu fazia o paralelo com a história de Dostoiévski acabava mudando de ideia. Para os amantes de ?Vidas Secas? saibam que essa é uma obra completamente diferente e difícil de se envolver, oposto da saga da Baleia.
graazifarias 03/11/2024minha estante
Vixe ??




Nada 03/11/2024

Uma leitura densa, mas completamente maravilhosa, precisa está atento aos detalhes que nela carrega, uma ótima recomendação, principalmente para estudantes de psicologia
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spoiler visualizar
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Robtavares 02/11/2024

Gostei não.
Detestei. Leitura lenta. Confusa. Chata! O personagem principal é um CHATO! Livro cansativíssimo! Além de antigo e machista.
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whosraquel 02/11/2024

Eu gostei bastante desse, é bem massudo em todos os sentidos, gosto desse fluxo temporal de ficar indo e voltando pq tem um significado psicológico tudo o que ele fez na vida que levou ele pra aquela situação
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Cleber 01/11/2024

No desafio de Outubro no bookster
Angústia - sentimento escolhido para o mês de outubro no desafio literário do canal Bookster.
E é esse mesmo sentimento que sentimos quando lemos o livro. Quando o protagonista é o narrador fica difícil confiar nos fatos narrados. Graciliano discorre muito bem sobre a angústia, a obsessão e o ciúme.
Gostei da escolha do canal.
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naoeumaresenha 29/10/2024

Há tudo na literatura, há um mundo inteiro. há história. há ciência!

esse livro foi mermo que uma aula sobre era vargas, loucura, desigualdade, e por aí vai?
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