Angústia

Angústia Graciliano Ramos




Resenhas - Angústia


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LeiturasDaMabi 05/10/2024

Explosão de sentimentos
Durante a leitura, pude sentir amor, o ódio e a sensação de angústia do personagem, era como se eu estivesse narrando todas as mazelas e um sofrimento sem fim.

Tudo parece certo no começo, mas o desenrolar da história mostra que nem tudo é o que parece. O autor narra de maneira minuciosa o ciúmes, a dor e o sofrimento do personagem, a história foi tão bem escrita que mergulhei na mente dele e, tudo que ele narrava parecia realmente estar acontecendo, por isso, enquanto ele descrevia, eu me sentia na pele do personagem.

É um livro muito pesado e minucioso, creio que essa característica faça parte da escrita de Graciliano Ramos, mas, eu não leria novamente nem se eu me odiasse muito, porém valeu a experiência de conhecer uma narrativa diferente da que estou acostumada, darei uma chance a outras obras, mas essa eu realmente não leria novamente.

Me pergunto como estava a mente do autor na hora de escrever, mas... acho que isso eu dificilmente vou descobrir.
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Léo 05/10/2024

Obra complexa
Romance psicológico que acompanha o complexo Luis da Silva em todas as suas preocupações, que vão desde o seu interesse pela não menos complexa Marina, a antipatia que sente por Julião Tavares (aquele que representa, talvez, aquilo que Luis queria ser?), a falta de dinheiro e as transformações sociais.
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Caio.Crispim 01/10/2024

Uma angústia literalmente.
Luís da Silva é o protagonista do romance que presencia muitas perdas na sua vida, e por conta disso fica amargurado, melancólico e diz: "tudo o que eu queria era ler um romance vazio ou jogar conversa fora com amigos, porém isso não me agrada mais." Ele não consegue mais ver graça nas coisas simples da vida.

E ao longo da narrativa vemos a personalidade de Luís por meio de fluxos de consciência, mostrando-o como alguém ansioso e preocupado com o "e si". E se tal coisa acontecer, e se...

O livro é fragmentado e meio pesado com cenas de homicídio e suicídio, porém recomendo demais a leitura.
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Ivonete 30/09/2024

Obsessivo
Publicado em 1936, Angústia é o terceiro romance do autor.

Narrado em primeira pessoa, a trama central gira em torno da vida monótona e cheia de frustrações de Luís da Silva, que nutre uma paixão não correspondida por Marina, uma jovem vizinha.

Marina acaba se envolvendo com Julião Tavares, um homem que representa tudo o que Luís despreza: riqueza, poder e sucesso fácil. O ciúme e o ressentimento que Luís sente por Julião o consomem, levando-o a uma espiral de ódio e desespero que culmina em um ato de violência.

O romance é marcado por uma introspecção profunda. A linguagem é seca e precisa, mas o livro é denso, por apresentar um monólogo interior e um fluxo de consciência do protagonista, que expressam seu estado emocional.

A narrativa aborda temas como a alienação, solidão, angústia existencial, pobreza, ciúme, paranoia, isolamento e opressão.

O relato de Luís é permeado por memórias fragmentadas de sua infância e decepções na vida adulta, o que contribui para o clima opressivo e sufocante do livro.

A profundidade introspectiva do livro o torna denso e difícil de ler por longos períodos. Precisei avançar lentamente, fazer pausas em alguns momentos, e até voltar a trechos que, inicialmente, passaram despercebidos, relendo-os para uma melhor compreensão.

Angústia é uma obra poderosa, perturbadora, angustiante e obsessiva.

Merece ser lido!
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YsllaC. 30/09/2024

Angústia pouca é bobagem pra Graciliano
Nunca li nada que me cansou TANTO quanto esta bomba.
Leitura arrastada e o livro mais parado que poste, personagem que é a própria definição de desgraça.

Nada presta pra Luis da Silva? nem ele mesmo.

Não recomendo para absolutamente ninguém.
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Madson.nc 27/09/2024

Viver é tão doloroso né...
Angústia. O título perfeito para esse livro. Esse livro é isso: angústia do início ao fim e de volta ao início. Mas não só angústia; também há muita paranoia, nostalgia, saudades, medo, raiva, tristeza, ansiedade, ódio e excitação, muita excitação e muitos desejos. Eu, particularmente, amo livros que são narrados em fluxo de consciência. Gosto desse caos e dos devaneios na narrativa. Acredito que faz sentir que o personagem é tão real como eu, e tão perdido nas ideias, lembranças e embaralhos como todos nós ficamos diante de alguns acontecimentos. Além de ser muito bem escrito, o livro também nos presenteia com um protagonista muito real. Sim, ele sofreu muito, sim, ele tem traumas, mas ele também é egoísta, muitas vezes rude e, muitas vezes, tem um senso de superioridade que, se brincar, nem ele deve perceber que tem às vezes. Mas, ao mesmo tempo, sempre anda de cabeça para baixo, sentindo-se inferior a todos, vivendo no Brasil ? especificamente Alagoas ? dos anos 30, que sofre com a crise de 29 lá dos EUA.

Ler esse livro traz muitas reflexões, mas acredito que uma das mais marcantes é o fato de que, a cada geração, a família foi perdendo um sobrenome. O avô chamava-se Trajano Pereira de Aquino Cavalcante e Silva, seu pai era Camilo Pereira da Silva, e ele era apenas um Luís da Silva. Pobre, bruto, sem família, sem amor, sem Marina.
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Victoria1093 21/09/2024

Parabéns luis da silva por ser a mistura mais bizarra de tesão, ódio, misoginia e paranóia que eu já li
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Jdelmanto 18/09/2024

Definitivamente Angústia
Gostei do livro, muito interessante a ideia da história se passar sempre pela perspectiva do protagonista (dando aquela dúvida se o que se passa é real ou só a percepção dele)
Muito legal também como ele retrata condições/situações históricas do Brasil (Coronelismo, Cangaço, desigualdade social,
Machismo) como a perda de poder e prestígio de uma elite histórica regional (sendo mostrada com a perda dos sobrenomes a cada geração, até chegar no protagonista sem qualquer prestígio)
Única coisa é que achei cansativo em alguns momentos as voltas que o protagonista da na própria cabeça ou na descrição de situações.
De resto livro é ótimo, e o título é bem honesto em muitos momentos fez eu sentir: Angústia
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AndrA65 15/09/2024

Angústia: por um mundo menos perfeito
O maior mérito de Graciliano - e que talvez o tenha tornado tão famoso - sem dúvidas é a estilística. Há quem não goste dele por ser muito amargurado. Eu pessoalmente acho bastante original e ousado.

Apesar desse livro ser bem... Como dizer? Pesado... Eu gosto dele por mostrar como é o sofrimento nu e cru: ?a vida como ela é?, se preferir.

Eu penso no personagem principal, Luís da Silva, como aquela parte em nós mesmos que, apesar de não gostarmos, ainda está lá.

O livro segue o estilo fluxo de consciência, que casa muito bem com a história.
Há quem diga que Luís é uma pessoa horrível por pensar em coisas terríveis. E ele pensa mesmo: assim como eu, como você e como qualquer outro ser humano na história.

Um mundo perfeito nunca é perfeito, só é cheio de mentiras.
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Elisa 15/09/2024

Monótono
O livro tinha tudo para ser bom, uma idéia boa! Realmente você fica angustiada com os pensamentos do personagem. Mas achei o livro muito monótono e com muito devaneios. Isso me dificultou a leitura. Parecia que não saia do lugar. Realmente a expectativa era boa, mas a realidade da leitura foi ruim!
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faay 15/09/2024

?Dar-me-iam água para lavar as mãos??
Angústia, de Graciliano Ramos, é um livro lavrado à risca sob esse maldito sentimento ? por vezes, e por alguns, agradável ?, mas uma das poucas obras que se abocanha e leva para casa, o caminho todo.

Terrinha de Maceió, casebres, areia e moradores que compartilham da Nordeste a sensação de compreender, viver e estar lá. Então, de supetão, as carapanãs infernais (mosquitos, quem preferir) zunem a cabeça de Luís da Silva, nosso protagonista, e o põe para discorrer todo o seu ódio mortal a respeito da sua vida urbana. Os burocratas, empresários, chefes, Juliãos Tavares, as pessoas, as malditas pessoas, e, principalmente, a sua Marina.

Muitos encontrarão elementos, supostamente desnecessários, no cerne do livro, mas já vos adianto! Cada assunto foi essencial para construir a amargura da nossa personagem, mas, sobretudo, mostrar um pouco do escopo de realismo e a maldição de ter que trabalhar como um cão, estabelecer-se em uma precária moradia e, simplesmente, viver como sururu a fim de poucos réis. O dinamismo que nos afronta é explicado pelo mundo em que se insere, e claro, como acompanhar o raciocínio lógico se tudo está depravado? Agora, se o capitalismo não é um dos seus temas tratados em miudeza, cabe agora, eu, concluir tudo isto.

Luís da Silva abraça a loucura. Loucura de um passado cruel nordestino, de uma herança escravista, ainda pela década de trinta. Toda sua angústia foi transmitida em maestria e ouso dizer que não haveria forma melhor desse livro ter sido escrito. Lembranças. Tive lembranças como Luís. Espasmos como Luís. Olhos fundos. A água para lavar as mãos. E a angústia de Luís. O leque de sensações, aqui, nunca será bem especificado, porque a cada página, o leitor ávido, no mínimo, terá cerca de duas doses de desespero, e cinco de identificação. Agora, deixo de reflexão: tudo isso que Luís da Silva aspira, é justificável? Louvável? O nosso ódio aplicado por ele, de fato, merece ser pouco extirpado? Se o é ou não, somente o conteúdo subjetivo poderá responder.

. . .

?Se saísse cunho, iria deitar-me, não tornaria a ver Marina. Tantos tormentos por causa de uma fêmea!?
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Lucas 09/09/2024

O cara era lascado* na vida...
... mas não só pela situação social e econômica dele. A forma como ele observa sua vida e tudo a sua volta torna suas dificuldades mil vezes pior. Um narrador em primeira pessoa sempre me deixa desconfiado. Ele passa o livro inteirinho reclamando! A casa é ruim, a namorada é ruim, a criada é ruim, as pessoas com quem se relaciona são ruins, o bairro é ruim...!!!
Graciliano faz criticas sociais de forma evidente. O cenário político da época provoca isso (tanto que ele para na cadeia).
A leitura é difícil por ser um fluxo de pensamento, mas dá para pegar o ritmo. Da metade pro fim vira uma loucura.
*Talvez arrombado seja um termo melhor.
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docarmo_ 08/09/2024

Angústia
Foi um livro bastante controverso pra mim. Apesar de ter achado interessante a experiência de acompanhar o personagem enlouquecendo e aos poucos perdendo o pouco de estabilidade que tinha, eu fiquei extremamente cansado com essa leitura e com a forma repetitiva que as coisas acontecem, são poucos os momentos em que algo realmente acontece já que o livro no geral é muito parado.
Aqui acompanhamos o personagem Luiz da Silva, um funcionário público com um ordenado abaixo do mínimo, que após se apaixonar por sua vizinha e ser traído por ela com um homem muito mais rico, começar a se afundar na angústia e ressentimento.
O livro trás críticas e reflexões importantes como a perca de prestígio da família do protagonista ao longo das gerações e a desigualdade social enfrentada por ele com diversas pessoas ao seu redor. Os personagens são humanos e verdadeiros, eu realmente consigo perceber a angústia enfrentada pelo personagem ao se sentir impotente em frente a mulher que ele ama se vendendo por luxos que outro homem poderia dar a ela, e ele não podia. Acredito que a experiência do livro seja esse processo do enlouquecendo do Luiz mas pra mim foi cansativo demais. De qualquer forma foi uma boa experiência de leitura, ainda quero ter contato com outras obras do autor.
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Viana53 07/09/2024

Conglomerado de sentimentos ruins.
De cara eu devo dizer que esse é o terceiro livro do Graciliano que leio. Mas notei que existe um padrão Cíclico de iniciar no final para voltar ao inicio, que na realidade é o final. Acontece o mesmo em São Bernardo.
O primeiro contato com às páginas desse livro me trouxeram um pensamento: eu escrevo e escrevia a mesma coisa do mesmo jeito.
A secura das palavras e a forma de transmitir sensações ruins, me sentir lendo minha próprias criações.
Mas agora falando do livro, essa obra parece estar repleta de sensações ruins do início ao fim. Acredito que quem for ler precisa de estar bem, já que participar da mente e da vida do Luís, o protagonista, vai te gerar respingos de tristeza. O livro começa assim: com informações de desconforto. Conhecemos a decadência que antecede o nosso protagonista e depois de nascido experimenta o sentimento de solidão perdendo o pai. Perder o pai gera um abandono tão esmagador que dói. Mas além disso ele nota como o pai morrerá: sem importância.
Por fim vemos o restante da sua vida e como cada escolha parece nunca gerar nada tão bom. Luís é uma vítima da má sorte, da pobreza, da miséria, do Estado e como eu havia dito: da sorte pois parece que não nasceu com nenhuma, seja pra se prédispor a chamar atenção ou para ter a sorte de receber algo que o melhorasse de vida. Azar em tudo.
Em nenhum momento vemos ser feliz pela vida que leva e durante o pouco temp que passa com marina, sua vizinha e por quem se apaixona, é trocado. Sua felicidade não dura nada e não resulta em nada. Ele se culpa. Ele vai até o fim e enfim encontra a loucura que o espreitava por tanto tempo.
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