Vidas Secas

Vidas Secas Graciliano Ramos




Resenhas - Angústia


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Duda 10/03/2022

Comecei a ler esse livro para o vestibular, meio obrigada. Mas a cada capítulo que passava eu gostava mais e mais. E olha, Graciliano Ramos é um gênio. A forma como o livro vai e vem e em como ele parece não ter fim me encantou!
A narrativa confusa e intima realmente te trazem a sensação de angústia tal qual o personagem está sentindo. Super recomendo!!
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felipe.demattos.94 03/03/2022

Apenas um livro ruim?
Confesso que pensei em abandonar a leitura diversas vezes, fui até o final esperando que o livro entregasse alguma coisa, qualquer coisa.
Infelizmente é mais um livro da literatura brasileira que não tem nada a dizer, e o fato de ainda ser leitura obrigatória para vestibular fala mais do vestibular, do que da própria obra.
Para quem discorda de mim, recomendo Memórias do Subsolo ou até mesmo Crime e Castigo.
Maiara.Reinert 03/03/2022minha estante
Resultado da decadência do nosso ensino. Porque nunca recomendam Dostoievski, Shakespeare, Victor Hugo... ? parece de propósito e é !!




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beca 06/02/2022

uma narrativa circular perfeita e obrigatória em alguns vestibulares do brasil. nenhum dos meus amigos acham esse livro bom. sempre falam que é muito pesado, linguagem cansativa e história um tanto macabra. acho que eles não analisam muito bem, não sei.
na minha opinião, um dos melhores livros que já li em toda minha existência. graciliano ramos utiliza uma linguagem descritiva que nos permite sentir aquilo que o livro tem como foco, a angústia. sentimos o ciúmes do luís da silva, sentimos os traumas, e, principalmente, a culpa que o protagonista continuamente convivia.
algumas edições com ilustrações também impecáveis!
simplesmente, uma das obras mais bem escritas que já li!
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Pedro 02/02/2022

Uma jornada labiríntica
Sem dúvidas, a melhor parte de estar prestando Fuvest foi ler esse livro. Angústia é um daqueles romances em que o leitor se identifica com alguma personagem (no caso, Luís Da Silva, protagonista) e vira um ?aliado? dessa, passando a ?jogar? em seu time. Porém, Luís da Silva é doido, um funcionário público que tem uma visão depreciativa para com o mundo e consigo mesmo, de tal forma que o livro se faz como uma espécie de diário do protagonista.
O livro, ou melhor, o Luís da Silva te prende o tempo inteiro com sua visão unilateral, sórdida, maluca e absurda, mas, ainda assim, a narrativa é tão bem construída que em momentos do livro o leitor se vê ?amigo? de Luís, e passa a concordar com o protagonista, mesmo que, moralmente, o que Luís deseja é completamente errado. Essa aliança feita com o protagonista é o elemento chave para a narrativa ser extremamente envolvente, de forma que sempre queremos saber o que vai acontecer, e passamos a, de alguma forma, incorporar os sentimentos e pensamentos de Luís da Silva, como o ódio por algum personagem do livro, a visão pessimista, entre outras características marcantes da loucura do protagonista.
Mas, resumir o livro apenas à narrativa é reducionista demais. É preciso lembrar que o autor da obra Graciliano Ramos faz parte da Segunda Geração Modernista, portanto Angústia é um romance regionalista, mais especificamente da região de Maceió. Com isso, dá pra entender os motivos de Luís da Silva ser tão negativo, porque por meio dessa ótica, Graciliano consegue fazer críticas sociais, sendo a mais nítida delas a crítica à alta sociedade burguesa do Nordeste do século XX, personificada pela personagem Julião Tavares.
Em suma, Angústia é um livro que prende, tem uma ótima estrutura narrativa, consegue fazer profundas críticas sociais, aborda uma região ?esquecida? do Brasil na época, o Nordeste, mas, como o próprio título diz, é angustiante, especialmente pela constante e única perspectiva do livro todo, pessimista, cética e negativa, tornando a obra não tão agradável para alguns leitores. Particularmente, uma leitura obrigatória para aqueles que querem conhecer mais sobre a obra de Graciliano Ramos, e da Segunda Geração Modernista num geral.

Ps: qualquer semelhança com Crime e Castigo não é coincidência
Bruna 02/02/2022minha estante
Amo esse livro ?




Boodvibes 02/02/2022

Rabiscos de caneta escura numa tela escura.
Um livro bem interessante, bem cabeça. Ao longo da história, as coisas vão se desenrolando e cada frase vai tomando forma no pensar. Mas preciso reler pois não lembro de muitas coisas. Mas é meio uma pegada maquiavéliana, de que as causas, pensamentos, que acontecem, só acontecem devido as ações do sujeito, e que está ligado ao modo de pensar e como lidar com a angústia de fato.
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Tiii 01/02/2022

Terminei angústia faz um tempo já e confesso que comecei com espectativas meio altas apesar de ser um livro de vestibular e classico. Porém, apesar de não ter sido uma total decepção, angústia não foi tão legal assim...Achei o livro meio parado, confuso as vezes e meio difícil de ler...não odiei mas tb não amei...pode ser que quando eu tiver a aula de análise do livro em literatura a minha visão sobre ele mude completamente, mas por enquanto é isso.
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Lucas 29/01/2022

Angústia...
Horrível, brutal, asqueroso e angustiante... Exatamente como posto no título da obra de Graciliano Ramos.
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Jac jac 25/01/2022

Angústia
Sério alguém me explica esse livro KKKKKKKKK
Primeiro livro da lista da fuvest que eu termino e sinceramente n entendi quase nada
O autor tem uma escrita mais complicada pelo livro ser de 1930, pelo menos me trouxe vocabulário ??????
mas ele eh angustiante, foram 300 páginas que não levaram a lugar nenhum, principalmente pelo fato que a cada parágrafo ele volta pro passado e depois vai pro futuro, achei confuso
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Henrick.Machado 22/01/2022

Denso e objetivo
Denso, intrigante, mas objetivo: cumpre perfeitamente a proposta de Graciliano em retratar a Angústia, não apenas enquanto sentimento mas também como ambiente - e também na representação de como a decadência do meio estimula a decadência moral.
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Caio 21/01/2022

Um livro perfeito. Fundamentando-se numa histórica cativante com personagens igualmente cativantes, molda-se nas memórias e na versão da história segundo Luís da Silva e é uma narrativa simplesmente perfeita. A forma como tudo é construído, como, mesmo cometendo um crime, ainda conseguimos ter empatia por Luís, mostram a beleza que esse livro traz. O final é estranhamente aconchegante e me fez sentir como se acabasse de chegar em casa depois de um dia difícil.
O que complica a leitura em certo grau é o uso e abuso de flashbacks e fluxo de consciência que se alteram no meio da linha do tempo normal da história sem nenhum tipo de introdução. Tudo simplesmente aparece e, apesar de ser um charme, pode fazer o leitor quebrar a cabeça no começo, mas logo se acostumando.
Enfim, no final acaba sendo uma leitura prazerosa e bem fluida conforme a história vai se desenrolando. Extremamente recomendável.
Caio 21/01/2022minha estante
***história cativante. Odeio escrever pelo celular




ludwig2 16/01/2022

Protagonista perturbado
Nesse livro acompanhamos o personagem principal e narrador Luís da Silva, que trabalha num jornal do governo, presumo que em Maceió. Uma vizinha nova se muda para a casa ao lado: ela é jovem, tola e ingênua, e captura o interesse de Luís, que tenta se "juntar" com ela.

Na narração, o presente e o passado se misturam: a infância de Luís na velha casa da família no interior, casa do seu avô, o patriarca Trajano; a vida na pequena vila, na sua juventude; o tempo na escola, no exército, nas ruas como um mendigo; o presente, com 35 anos, funcionário público.

Uma leitura muito boa. Percebemos a angústia do protagonista e todos os seus problemas, ao lidar com as pessoas ao seu redor e com o seu trabalho, que o deixam profundamente perturbado. Me lembrou um pouco O Estrangeiro de Camus.
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isa 15/01/2022

há nas minhas recordações estranhos hiatos. fixaram-se coisas insignificantes. depois um esquecimento quase completo. as minhas ações surgem baralhadas e esmoecidas, como se fossem de outra pessoa. penso nelas com indiferença. certos atos parecem inexplicáveis.
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mari 15/01/2022

vida de sururu mesmo
Eu havia colocado muitas expectativas nessa leitura por já ter tido contato com o autor anteriormente e ter adorado. Mas, confesso, Angústia foi um processo literário maçante.
Luís da Silva é o protagonista. Ele narra, de maneira não-linear, os acontecimentos de sua vida angustiante e medíocre. Funcionário de uma repartição, Luís é descendente de um latifundiário maceioense decadente, que nada deixou para sua prole. Protagonista melancólico e extremamente infeliz, Luís não consegue encontrar alegria em nada e a maior parte dos acontecimentos narrados são reclamações, raiva e angústia. Um personagem incômodo, definitivamente.
Esse livro é um mix de sentimentos. Às vezes é compreensível o sofrimento do protagonista, às vezes é entediante saber sobre a vida monótona dele e em muitas vezes tudo que eu sentia era raiva, principalmente pela forma que ele julgava e culpava os outros pelos problemas dele, principalmente Marina. Eu ficaria surpresa se ela conseguisse aguentar um chato desses, isso sim.
Graciliano é um cânone da literatura nacional e "Angústia" é tida como uma de suas obras primas, mas não funcionou muito para mim. Fica a experiência e a possibilidade de uma releitura em um futuro bem distante.
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