O Amante de Lady Chatterley

O Amante de Lady Chatterley D. H. Lawrence




Resenhas - O Amante de Lady Chatterley


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Cris 03/10/2023

?Amo as coisas naturais quase à loucura.?
?Quando a alma emocional sofre um choque violento que não mata o corpo, dá a impressão de recuperar-se ao mesmo tempo que o corpo.?

Impedido de ser publicado à época de seu lançamento, em 1928, pelas "palavras inapropriadas" e por tratar de sexo e traição de modo explícito, este romance chega aos dias de hoje como um clássico da literatura. Introdução de Doris Lessing, vencedora do prêmio Nobel.

Poucos meses depois de seu casamento, Constance Chatterley, uma garota criada numa família burguesa e liberal, vê seu marido partir rumo à guerra. O homem que ela recebe de volta está paralisado da cintura para baixo, e eles se recolhem na vasta propriedade rural dos Chatterley. Inteiramente devotado à sua carreira literária e depois aos negócios da família, Clifford vai aos poucos se distanciando da mulher. Isolada, Constance encontra companhia no guarda-caças Oliver Mellors, um ex-soldado que resolveu viver no isolamento após sucessivos fracassos amorosos.

Último romance do autor, O amante de lady Chatterley foi banido em seu lançamento, em 1928, e só ganhou sua primeira edição oficial na Inglaterra em 1960, quando a editora Penguin enfrentou um processo de obscenidade para defender o livro. Àquela altura, já não espantava mais os leitores o uso de "palavras inapropriadas" e as descrições vivas e detalhadas dos encontros sexuais de Constance Chatterley e Oliver Mellors.
O que sobressaía era a força literária de Lawrence e a capacidade de capturar uma sociedade em transição.

Esta edição inclui o texto "A propósito de O amante de lady Chatterley", em que Lawrence comenta a controvérsia em torno do livro e justifica suas intenções literárias, e ainda uma introdução de Doris Lessing, vencedora do prêmio Nobel de literatura em 2007. Um apêndice e notas explicativas situam o leitor na geografia das Midlands e no vasto contexto social e político no qual a trama está inserida.
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Bê. 01/10/2023

O ano é 1928: Ouviu esse estrondo? É tabu sendo estilhaçado
Concluída a leitura, dá pra entender perfeitamente o motivo da sociedade de 1928 ter ficado escandalizada.
Achei de extrema coragem do autor criar uma história de amor baseada em adultério e cenas sexuais explícitas e sua tentativa de mostrar que a sexualidade não deve ser algo temido, oculto ou vergonhoso.
Além disso, o autor ousou, considerando a época, ao abordar durante a narrativa críticas a industrialização, a desumanização das massas proletárias, da concentração de renda e a postura das classes governantes.
Realmente, revolucionário.
Considerando à época, há também posicionamentos criticáveis em que percebemos como o machismo afeta até homens que se consideram ?progressistas?. O autor aparenta defender a existência de fêmeas ?transantes?, mas submissas, doces, sempre cheias de ternura.
Infelizmente, tudo isso é misturados e exposto de forma confusa, em parágrafos longos e prolixos.
Há momentos que fiquei impaciente, porque a narrativa não andava, eram apenas páginas e páginas de reclamação do clima, da paisagem, dos homens que não são homens, das mulheres ?voluntariosas?e etc..
Enfim, achei um pouco tedioso em certos momentos, mas no geral gostei da história, especialmente do avanço que foi retratar a força de uma mulher que ousa viver um amor por inteiro.
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Lua 01/10/2023

Lawrence é um belo escritor,não dá pra negar
Faço das palavras de Doris Lessing (que escreveu a introdução da Penguin) as minhas. "Tendo a guerra como a base emocional de todo o romance".

Fui achando que ia ser um super romance com a descoberta sexual da protagonista mas não é bem assim... infelizmente a protagonista acaba deitando pra macho e tem até uma dependência emocional ali,que nem vou entrar muito a fundo...

O fato é que, o livro tem passagens belíssimas,temas muito relevantes que são muito atuais... e mesmo o autor tendo um passado meio "duvidoso" por assim dizer,eu dei quatro estrelas porque sem dúvidas ele escreveu uma obra que mudou e muda visões de muitas pessoas até hoje!
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@dessa_carine 24/09/2023

Um livro interessante para quem gosta desse tipo de história, realmente eu li pois vi numa série que eu amo a personagem lendo e fiquei interessada.
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Babi.Abreu01 18/09/2023

Não é pra mim
Esse é o terceiro livro desse estilo/gênero (clássico "romântico), que leio, e definitivamente não é pra mim. Gosto de livros com plots, com muitas coisas acontecendo, eu gosto é do caos ?

*Para ler a resenha completa, acesse meu perfil no Instagram: @babibooks01
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Paulo 13/09/2023

Os Diferentes, Vazios Também
Não sei se consigo formar uma opinião concreta desse livro...
Após ter sido fascinado por O Arco-Íris e Mulheres Apaixonadas, fui com grandes expectativas nesse. A escrita de Lawrence é muita boa, muito fluída. Você vai lendo e fica com aquela sensação de querer saber mais, de entender como os personagens vão agir e como vai ficar o desenrolar da vida deles. Mas somente isso, não segura um livro todo.
Esperava que fosse ainda mais explícito, ainda mais intenso.
Lady Chatterley e seu amante, que se diziam tão diferentes de todos, acabam, na realidade, como ao resto do mundo. Vazios e cultuando os prazeres da carne.
Há algo que me deixou muito incomodado também, esses desenhos com um traço africano e infantil o qual não concernem nem um pouco com a obra, o local e os personagens. Pequenos lembretes pelo livro avisando de sua desatualização e o quanto a editora não concorda com o apresentado. Acredito que a tradução possa ser afetada por causa disso.
Paulo 27/11/2023minha estante
Gostaria de fazer um adendo nessa resenha.
Cheguei a conclusão que mesmo Lady Chatterley sendo simples, ao se entregar à descoberta dos prazeres da carne, acabam deixando ela diferente da sociedade inserida sim.




Sabrina 11/09/2023

Tem suas falhas...
Não desconsidero a importância deste livro e como deve ter sido um mensageiro forte em sua época. Mas me incomodou demais a escrita deste autor.
Ele aborda assuntos pertinentes, principalmente assuntos políticos que eram o auge na época em que ele se passa, e nos faz refletir sobre o que é ser livre numa sociedade que sempre tenta nos prender em suas leis e moralidades construídas por sabe sei lá quem. Num manifesto contra a falta de liberdade em um mundo que segue para a modernidade cada vez mais rápido, por que não falar sobre a liberdade do ser mais desprezado, a mulher? E pra mim, a ideia do autor foi até aí. Ele trás Connie como um mártir para seu grande manifesto e a descarta igualmente após o feito; ao mesmo tempo que vemos uma mulher disposta a lutar pelo seu querer, a vemos também se rastejar por um homem que não a responde na mesma altura, trazendo discursos amorosos inexistentes e gritos de protestos contra a raça humana: faz parecer que Connie é apenas uma iludida e Mellors está muito acima de tudo isso.

Resumindo: o livro é um grande protesto sobre a sociedade em que ele foi escrito, mas sem saber de fato o que o escritor está protestando em toda sua angústia (e falas repetitivas), escondido em narrativas escandalosas que usa a mulher como um peão nessa grande Odisséia.
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Aurelio.menezes 06/09/2023

A mulher em 1920!
A retração da crítica ao racionalismo, mostrar que não é só o sentimento racional e sim também o emocional, o fato de ter a quimica e o contato físico importa sim, é logo a mulher ter direito ao orgasmo em 1920, era uma coisa esplendorosa para o autor!
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Duda 06/09/2023

Netflix conseguiu tirar leite de pedra com esse casal viu...
Li esse livro pq vi o filme e gostei muito, adorei ver como ela era livre e no final deu tudo certo para ela, fora q queria ler as cenas explícitas de sexo. E o livro me deu uma rasteira, achei chato, enfadonho e dramático, n ele todo, mas grande parte.

No começo eu estava gostando, teve muitos momentos reflexivos, o autor mostrou como é a vida cotidiana das pessoas, como se dá todo esse relacionamento, a questão da saúde física é mental, os mineradores, os patrões e empregados como eles movimentam as pessoas como peças de xadrez, como se fossem meras coisas. Digamos q gostei de ? do livro mas quando chegou no amante, nessa parte amorosa? li só pq queria acabar.

Connie é uma mulher intrigante q conhece as nuances de um casamento, como se doar tanto a alguém pode ser fatal, descobre como os homens n ligam para os desejos femininos, sente isso na pele e por fim descobre a força de um novo relacionamento, a força do corpo, do toque, algo o qual ela foi provada por tanto tempo, n é atoa q ela se vê apaixonada tão rápido. O toque é poderoso.

No começo esse relacionamento me remeteu a estupro, penso q a primeira vez realmente foi, ao menos como descrito, Connie n estava ali, só uma casca, n teve um diálogo, uma preliminar, um acalento, ela se sentiu suja mas quem n se sentiria? N foi a traição mas o conjunto, na segunda vez foi a msm coisa, ela n sabia oq era pior ficar com esse estranho ou voltar para o marido, para aqla casa vazia. Depois ela se dizia apaixonada mas eles mal conversavam, n tinha uma troca,um diálogo era só sexual, carnal. No fim quem sabe eles realmente se amavam e encontraram algo além do corpo.

A sra.Bolton foi um acréscimo excelente a história, eu adorava as partes dela, como ela lidava com o Clifford, com a Connie, sua esperteza e seus diagnósticos. Clifford é um inválido q n aceitava nenhum toque além do essencial, para ele o importante era a mente e n a de qualquer um, somente a dos ricos. Depois sua fixação mudou e se tornou a mina e por fim aceitou o toque e voltou a ser criança, esse livro tem uma ótima base psicanalítica.

Para mim o autor exagerou demasiadamente no gozo da mulher, ele fez ser algo transcendental como se a própria Connie descobrisse os segredos do universo, como se aqle ato impelisse ela a altas descobertas pessoas só por gozar. O prazer pode ser só prazer, n é so pq é feminino q precisa ser tao poético, fora q vc n faz ideia doq eles fazem soq eles adoram tranzar e o Mellors tem um apetite sexual diferente da maioria.

O final difere muito do filme, afinal a gnt deduz q ficaram juntos mas n é confirmado, Clifford foi mesquinho e n assinou o divórcio e o final bom, foi uma carta de Mellors para ela, um sonho de futuro mas ainda separados. Por último mas n menos importante, Mellors parece um completa babaca, q cara escroto, falas escrotas, o jeito q ele retrata as outras mulheres com quem se relacionou, como trata a filha tinha q ser aviso mais doq suficiente para Connie n querer ficar com ele, quando mais vc conhece ele pior fica e a Connie n pensa nd a respeito disso, só em sexo.
Loghannfp 06/09/2023minha estante
Gostei do título ?




marcelinho 04/09/2023

A dignidade humana é muito cara para mim. Ler as representações de homem e mulher nesse livro, de como o corpo é retratado, da baixa estima relacionada ao prazer sexual, me fez odiar o livro a cada página.

Algo tão bom e de alto favor, que é o sexo, sendo usado de uma forma tão esdrúxula.
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Raquel 29/08/2023

3/5
O livro tem alguns pontos diferentes do filme da Netflix, nesse caso preferi o filme, achei a química entre os protagonistas não tao evidentes no livro.
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Tamy 16/08/2023

Esperava algo diferente... ?
Connie, uma jovem que teve uma vida diferente das outras moças de sua época - muitos contatos com outros homens e uma certa liberdade sexual - casa-se com Clifford, um jovem conservador. Ele é logo mandado para servir na guerra, voltando para casa com o corpo paralisado; a partir de então, sua relação com Lady Chatterley vai esfriando e ela começa a sentir falta de algo mais profundo. Eis então que surge Oliver Mellors, o guarda-caças da propriedade, e Connie vive experiências nunca vividas antes, que mudarão a sua vida?


Esse romance foi impactante para a época de lançamento. Abordar a sexualidade feminina de forma tão explícita, ainda mais de uma mulher casada: um absurdo. Porém, aqui também nos mostra uma mulher frágil, procurando um "porto seguro" nesse outro homem, não apenas sexo, mas uma relação de muita dependência emocional. A proposta foi boa? Sim, mas eu esperava um cenário um pouco diferente? 

Além da vida amorosa/sexual de Lady Chatterley, o romance faz algumas críticas à sociedade industrial da época, ao desemprego, à desigualdade de classes, mostrando a diferença do ponto de vista de Clifford e de Mellors, o guarda-caças. 

Valeu a pena conhecer a história, mas não foi nada que me deixou "uau, que maravilha"... ??
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Maria.Gabrielly 16/08/2023

Muito complexo e profundo
Esse livro é, em grande medida, complexo. A premissa do romance erótico salta a vista, mas a meu ver é mais sobre solidão e os problemas mentais e novos problemas causados pela industrialização na humanidade. A escrita crua é os próprios sentimentos evocados pela mineração e indústria se misturam as práticas sexuais dos personagem, o que ao me ver enriquece demais a experiência de leitura. Poderia ficar aqui falando mil coisas, pq sim, esse livro dá margem pra diversas discussões, mas vou apenas dizer que seria um cinco estrelas, porém o final não me agradou muito
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Maylla9 13/08/2023

Para além da sexualidade
Creio que esse livro é vendido apenas como um livro que foi censurado no início do século XX por abordar abertamente o amor e o sexo.
A sexualidade da Lady Chatterley é passada como algo fora dos padrões, mas na verdade Constance é apenas uma mulher e o livro não trata só sobre isso.
Sim, de fato acompanhamos a história de uma jovem que se casa com um aristocrata inglês durante a Primeira Guerra Mundial e este, após a lua de mel, é mandado ao campo de batalha e retorna em uma cadeira de rodas. Além disso, também volta impotente sexualmente condenando a jovem esposa a viver em celibato. Mas nossa Lady não sente apenas falta de sexo, ela sente falta de atenção, carinho, de ser realmente vista e não ser apenas a pessoa que faz tudo para o marido, que o apoia em todas as suas ideias, que se funde à personalidade dele de tal forma que se anula a ponto de definhar.
Em meio a tudo isso, temos muitas camadas de críticas ao modelo de sociedade da época, à forte industrialização, aos intelectuais, à aristocracia em decadência, entre outras.
O livro é repleto de nostalgia pela ?velha Inglaterra? e cheio de contrapontos com a ?nova Inglaterra?.
A sexualidade de Constance é apenas um dos elementos e este ainda é colocado na história como uma probabilidade para criar um futuro, já que o marido Sir Clifford, coloca a ideia da esposa ter um filho na cabeça de Constance. Não importaria de quem, desde que o filho fosse criado por ele.
A relação de Constance com Oliver Mellors, guarda-caça dos Chatterley, se dá de forma natural, desejo e sentimento mútuo surgindo e com eles, as convenções sociais e relações de classe ficam ainda mais em foco.
Adorei a leitura! Os personagens, ainda que alguns sejam odiosos, são bem construídos e o enredo te prende do início ao fim.
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Liana 20/07/2023

Esperava mais
Vi muitas indicações positivas desse livro e iniciei a leitura com bastante expectativa.

Já de início é possível observar uma visão bastante limitante da mulher. Creio que essa foi a intenção do autor, já que a realidade social da época era exatamente assim.

Ocorre que com o desenrolar do livro, se vê que não só a sociedade limita o espaço feminino, mas a própria personagem principal e seu interesse romântico.

Minha crítica à estória é que a mulher basicamente só serve para o prazer masculino.
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