O Amante de Lady Chatterley

O Amante de Lady Chatterley D. H. Lawrence




Resenhas - O Amante de Lady Chatterley


339 encontrados | exibindo 286 a 301
1 | 2 | 3 | 20 | 21 | 22 | 23


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Nat 15/11/2017

Constance Chatterley é uma mulher liberal que teve a primeira experiência sexual antes do casamento. Seu marico, Clifford, é um aristocrata conservador. Um mês após seu casamento, ele parte para a guerra, mas volta paraplégico. Eles vão morar na mansão da família do marido, Wragby Hall, mas Constance se deprime com a rotina monótona de sua vida. Ela acaba se envolvendo com o escritor Michaelis, mas não dura muito. Ao se adoentar, ela vai para Londres em busca de tratamento, e quando volta, seu marido propõe que ela tenha um amante, para que ela engravide e eles possam ter uma criança. Num passeio, ela conhece Oliver Mellors, guarda-caça de Clifford, e o escolhe para seu amante.

Eu esperava mais dessa história. Juro. Porque é um clássico, porque vi uma boa propaganda da série da BBC (e por causa das diferenças entre ambas as mídias também), porque eu gosto de romances, e por causa do linguajar dos personagens. Me desiludi muito. O livro é bom, a história é boa, e a polêmica em torno do autor e do tema chama atenção e deixa curioso para ler, mas é só isso. Não consegui me sentir fisgada pela história, teve um ponto que eu já estava arrastando a leitura. O final não foi NADA do que eu esperava, fiquei decepcionada porque pareceu uma história inacabada. Vale a pena por ser clássico, nada mais.

site: https://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2017/11/o-amante-de-lady-chatterley-dh-lawrence.html
comentários(0)comente



Tiago 25/03/2017

TERNURA
“Nossa época é uma época essencialmente trágica de modo que nos negamos a encará-la de modo trágico. Houve cataclismo, estamos entre as ruínas, começamos a construir novas casinhas e acalentar novas e leves esperanças. É uma tarefa árdua: não há um caminho cômodo para o futuro: ou nos contornamos o obstáculo, ou saltamos sobre ele. Precisamos viver, não importando quantos céus tenham vindo abaixo.”
D.H. Lawrence
Filho de um operário analfabeto que havia passado a vida trabalhando nas minas de carvão de Eastwood, Inglaterra, e de uma professora intolerante, D. H. Lawrence, um dos mais polêmicos literários de sua época, viveu exatamente como escreveu: intensamente. O jovem de compleição frágil nascido em 11 de setembro de 1885, tímido, pouco carismático e com nenhum talento para os estudos se tornaria um homem obcecado pela ideia de que o amor era algo puramente abstrato e que não se relacionava de nenhuma forma com as inconstâncias primitivas das necessidades físicas. Lawrence transpôs o conceito de sua época onde o amor físico se transmutava no amor sentimental; ambos se relacionavam como termos devido a sua aparente fluidez natural. Acreditava-se que o sentimento se renovava na forma da atração física e que esta ao perder seu ímpeto natural sedia espaço a serenidade do sentimento fraterno - pensamento no qual o autor do presente texto está completamente de acordo. Esse ciclo alternante entre instinto e ternura, definição inquestionável de amor para os românticos e líricos de sua época, não fazia sentido para o enigmático Lawrence. Casado aos vinte e sete anos com uma alemã de trinta, já mãe de três filhos e irmã do famoso aviador Manfred Von Richthofen, Lawrence despertou a hostilidade de seus conterrâneos ingleses. O que pensar daquele estranho jovem que gostava de realizar trabalhos domésticos, que cozinhava e que era casado com uma mulher alemã, em plena Primeira Guerra Mundial?
Se seu estilo de vida já era estranho aos olhos da sociedade conservadora da Inglaterra da virada do século o que dizer de sua obra, cujos valores estavam plenamente dissociados do senso comum de sua época? Ao escrever a obra “O amante de Lady Chaterley”, Lawrence buscava explorar o poder dos sentimentos circunscritos pelo convívio e pelo companheirismo em oposição às necessidades impostas pelo corpo físico. Os críticos de seu tempo classificaram a obra como pornografia barata. Lawrence chegou a pensar em mudar o titulo para “Ternura” na tentativa de reduzir o impacto negativo da obra. Seriam necessários vários anos para que seu texto conseguisse seu merecido espaço junto às obras mais profundas e ricas de significado da literatura universal.

Em “O amante de Lady Chaterley” vemos a história de Constance Chatterley, uma jovem de 23 anos proveniente de uma família de burgueses liberais, que se casa com Clifford Chaterley, um homem arrogante de 29 anos que pouco tempo depois do casamento parte para os campos de batalha da Primeira Guerra Mundial e retorna vivo, porem paralitico. Certo de que não seria mais capaz de satisfazer as necessidades orgânicas de sua companheira, Clifford, escritor e empresário, mergulha no trabalho e aos poucos se distancia de sua jovem esposa.
Ninguém é capaz de satisfazer completamente outra pessoa; é exatamente nessa brecha aberta por nossas impossibilidades que nascem outros amores, outras formas inexplicáveis de afeto: "Toda partida significa um encontro em algum outro lugar. E cada novo encontro é uma nova ligação". A necessidade incondicional de Constance fruto de um casamento de aparências a leva a se relacionar com outros homens até que finalmente conhece o guarda-caças Oliver Mellors, um homem rude e misterioso que buscou no isolamento a cura por seus fracassos amorosos.
O livro e sem duvida uma das maiores obras literárias de todos os tempos. Lawrence soube abordar de forma inigualável os sentimentos ocultos da imperiosa alma feminina. Ao longo de suas paginas o autor intercala passagens, onde vemos desde uma descrição crua e realista do ato sexual até a linguagem poética com a qual descreve as mudanças ocorridas no corpo e na alma da mulher levada pelo tempo e pelas experiências vividas. Trata-se de um grande dilema na qual a protagonista se vê dividida entre o correto e o incorreto, entre a falha e o excesso o que nos leva a indagar a todo instante ao longo do texto: a mentira seria o mesmo que uma verdade irrelevante?

AUTOR: TIAGO R. CARVALHO

site: http://cafe-musain.blogspot.com.br/2015/11/nossa-epoca-e-uma-epoca-essencialmente.html
comentários(0)comente



Pixiegiggle 11/02/2017

Muito mais do que uma narrativa erótica...
O decadentismo e o desencanto são aspectos muito presentes na obra. Constance Chatterly, a lady do título, encontra-se desconfortável em sua própria pele e percebe o mundo ao seu redor com estranheza e assombro.

A temática social é, talvez, o aspecto mais crucial de todo o enredo. O gradativo declínio da aristocracia e a ascensão do operariado, bem como as alterações na relação entre essas duas classes é o epicentro da narrativa. O erotismo, na história, funciona como um catalisador do "sentir", estabelecendo uma espécie de regresso ao primitivo, a um estado natural da relação dos homens. A história expressa o desencanto e estranheza com relação a esse mundo pós-guerra mundial e contemporâneo que começa a se estabelecer com suas máquinas, fábricas, utilitarismo e superficialidade onde o "sentir" não tem vez. Em contraposição a esse mundo, a natureza é extremamente louvada e passa a ser o recanto espiritual e de fuga ao barulhento e cada vez mais poluído "mundo novo". Nesse contexto, é mais do que conveniente que o refúgio amoroso de Constance e seu amante, Mellors, seja justamente uma cabana no meio do bosque. Lá, todo o barulho e ruído, toda diferença social é dissolvida.

Passando para a análise dos personagens principais...

Para mim, a parasilia de Clifford Chatterly, marido de Constance, pode ser considerada uma metáfora para a estagnação e gradativa degradação da classe aristocrata. Aliás, Clifford passa por uma grande transformação no decorrer do romance. Antes, um homem sensível ligado às artes, ele passa a contemplar assuntos mais práticos e utilitários como máquinas. Porém, ele ainda se mantém preso a sua crença de que o mundo está dividido em "dirigentes e dirigidos" e a plena consciência de que ele se encontra do lado dos dirigentes.

Oliver Mellors, por sua vez, diferentemente de Constance e Clifford, é um personagem que transita livremente pelos "dois mundos". Ele literalmente fala a língua dos dois mundos. Fato que, à princípio, aborrecia Constance quando ele, afim de provocá-la, usava o registro local e "inculto" da comunidade trabalhadora com ela. Com o tempo, Constance passou a gostar dessa outra "língua", atribuindo até um sentido afetivo a ela. Na mentalidade de Constance, por mais que ele pertença a uma classe concebida como inferior, ele já viajou pelo mundo, domina a norma culta da língua e é um homem sensível que aprecia as artes. Ou seja, ele não é um bruto e inculto operário. Ela o marcou como "diferente dos demais" e tenta usar isso como justificativa para legitimar seu amor por ele. De modo geral, Mellors representa a dissolução das barreiras socioculturais que separam a classe aristocrata da classe trabalhadora.

Constance, embora tenha tido uma educação liberal, ainda não estava completamente livre das amarras e estigmas sociais do que era se "comportar bem como uma lady". É muito impressionante acompanhar a sua mudança no decorrer da história. Não só o seu despertar com relação ao sexo, mas também o seu despertar social. Por mais que Constance não goste desse "novo" mundo cinza e industrializado que se instaura ao seu redor, é justamente esse mundo, ainda que com certa resistência, torna seu relacionamento com Mellors possível. Se esse romance tivesse sido escrito no século XIX, o destino de Constance seria o mais trágico possível tal como ocorreu com as famosas e adúlteras ladies Ana Karenina e Emma Bovary.

"O amante de Lady Chatterley" é uma obra quase ensaística, pois apresenta muitos posicionamentos e reflexões interessantes acerca dos mais variados assuntos, sendo os mais frequentes: dicotomia amor/sexualidade, mulher e sexualidade, mundo moderno industrializado, dinheiro, diferenças entre classes sociais, paradigmas ideológicos, etc. Em suma, é uma obra que representa bem as inquietações e contradições do homem do século XX (acho que posso dizer "homem EUROPEU do séc XX"?). Homem que se vê em um mundo que o assombra e que estranhamente o encanta ao mesmo tempo.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Bruno.Fernandes 17/01/2017

Cativante e agradável
Escrita ousada para o início do séc. XX, mas não poderia ser diferente para tratar dos instintos humanos com tamanha lucidez e clareza, do relacionamento sexual com tanta naturalidade. A obra explora dualismos: instinto X pudor, intelectual X corporal, capitalismo X hedonismo, razão X sensibilidade, industrial X natural, sexo X amor até o desfecho surpreendente. Ao final a urgência do instinto natural sobre todas as coisas.
comentários(0)comente



Jane Eyre 20/12/2016

Ousado!
Olá pessoas! Terminei de ler o livro "O amante de Lady Chatterley" e confesso que gostei bastante.
Bom, o livro conta a estória de:

Constance uma linda jovem, cheia de vida e liberal, que se casa com Clifford, um aristocrata conservador e se torna Lady Chatterley senhora de Wragby Hall . Ainda em lua de mel Clifford e convocado para guerra e volta em uma cadeira de rodas. A vida sexual do casal que já não era boa acabou completamente. A solidão que Constance sente na mansão é enorme, seu marido vive em função da "vida da mente" preocupado somente consigo mesmo. Em sua tristeza Constance começa a fazer passeios pelo bosque, onde encontra:

Mellors guarda-caças de Clifford um homem solitário que teve grandes decepções amorosas e deseja viver isolado da sociedade. No início tenta afastar Constance a todo custo, mas a atração de eles sentem um pelo outro é mais forte que eles, então se deixam levar por esta paixão e caem nas garras da hipocrisia da sociedade inglesa da época.

Autor ousado, muito corajoso sem medo de usar palavras consideradas "inapropriadas" para a época. Embora um pouco controverso desenrola a estória de um forma bastante interessante. Dou 4**** para este livro. ;)

comentários(0)comente



Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 30/11/2016

JÁ LI
"O Amante de Lady Chatterley" foi publicado em 1928 e criou polêmica porque aborda um relacionamento extraconjugal (o que já era chocante) entre uma mulher da elite com um homem da classe operária. A presença da classe operária demonstra o progresso da indústria que mencionei anteriormente.

Constance, a tal Lady Chatterley, é casada com Clifford, ambos da elite e ele é descrito como o "marido dos sonhos": bonito, forte, rico e bem humorado. No entanto, Clifford sofreu um atentado na Primeira Guerra Mundial e voltou desta paralisado da cintura para baixo. Por causa disso, ele se torna distante e taciturno, provocando um grande distanciamento de Lady Chatterley. Frustrada sexualmente, Lady Chatterley volta sua atenção para um dos empregados, Oliver Mellors.

Conforme o caso deles se torna mais frequente e ~ caliente ~, o espírito de Constance também vai mudando. Ela fica mais eloquente e mais destemida para expôr suas opiniões em seu círculo social que, por ser bastante elitista, também acaba sendo preconceituoso em relação às classes operárias. Constance passa a adquirir e manifestar pontos-de-vista políticos diferentes e vanguardistas, o que causa um choque na alta sociedade. Depois, as pessoas (inclusive o marido) descobrem seu caso extraconjugal e entendem as razões da sua mudança de comportamento.

Na narrativa em si, não aparece nada muito chocante, portanto, não espere por um romance hot. O caso extraconjugal deles é descrito com bastante sutileza e poucos detalhes, o que pode desapontar alguns leitores.

Recomendo a leitura porque achei vanguardista da parte de Lawrence escrever sobre a libertação sexual da mulher em pleno início do século XX. Estamos quase cem anos à frente desta obra e ainda lutamos pela libertação feminina em muitos aspectos. Por isso, admiro a coragem de Lawrence em escrever uma personagem mulher polêmica e interessante.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com.br/2016/11/rory-gilmore-books-challenge-o-amante.html
comentários(0)comente



Momentos da Fogui 20/11/2016

Momentos da Fogui
Leia a resenha no blog:

http://foguiii.blogspot.com.br/2016/02/o-amante-de-lady-chatterley-dh-lawrence.html

site: http://foguiii.blogspot.com.br/2016/02/o-amante-de-lady-chatterley-dh-lawrence.html
comentários(0)comente



Conchego das Letras 11/07/2016

Resenha Completa
Olá meus caros leitores, aqui estamos para mais uma resenha de clássicos! Dessa vez, vou trazer um livro diferente para vocês, diferente até mesmo do que eu costumo ler. Certo dia, nossa professora de Tópicos de Literatura Universal nos falou sobre o livro O amante de Lady Chatterley e eu resolvi comprá-lo para ler. Resultado? EU AMEI! Querem saber o motivo? Vem comigo!


O escritor é D.H. Lawrence e eu o considero um gênio da Literatura Inglesa. Enquanto todos escreviam de acordo com o que a sociedade permitia, esse escritor inovou! Suas obras foram consideradas obscenas e proibidas para a época, mas ele não desistiu. O amante de Lady Chatterley, por exemplo, circulou clandestinamente por toda a Inglaterra e O arco- Íris foi recusado pelas editoras de Londres e só foi publicado anos depois em Nova York. Nesse sentido, as obras de Lawrence são pertencentes ao movimento literário intitulado Naturalismo e fortes, sensuais e descrevem os verdadeiros sentimentos humanos.

O amante de Lady Chatterley é um livro bastante ousado que narra a vida de Constance, uma jovem escocesa que se casa com um ex-soldado mutilado na guerra. Clifford não pode lhe dar os prazeres carnais e não é um dos melhores maridos do mundo. Na verdade, ele é bastante egoísta e só pensa em si mesmo, principalmente porque ele é inseguro e tem medo de perder Constance para alguém que pode lhe dar aquilo que ele considera banal.


A mulher faz um grande esforço para atender aos seus desejos, ajudando-o em tudo, sendo-lhe amável e gentil, mas Constance não nasceu para levar uma vida de "semivirgindade", como diz seu próprio pai. Primeiro, deixou-se apaixonar por um jovem ator irlandês de melancólica personalidade, mas viu que aquilo não a levaria a nada e voltou para as águas paradas de seu casamento. Cada vez mais infeliz, observa como o mundo é cruel ao seu redor e como seu marido se torna cada dia mais odioso para ela.

Assim, desgostosa de tudo, em um dia extremamente rotineiro, Constance conhece o guarda-caça de Clifford, o misterioso Mellors e começa a sentir coisas que considerava mortas dentro de si. Confusa, primeiro sente-se envergonhada por tais desejos, mas é como se fosse atraída para aquele homem simples, um homem do povo, parte daquele cenário que ela tanto odiava. O desejo de ter um filho também lhe fala alto, ela já não é mais uma jovenzinha e consciente de que Clifford nunca poderia lhe dar isso, Constance se aventura por um caminho perigoso, onde ser Lady Chatterley não é mais importante do que sentir o prazer carnal nos braços de Mellors. Tendo consciência do seu adultério, ela terá de decidir: sua honra ou sua intensa paixão pelo guarda-caça?

Um livro extremamente atual, não só pela liberdade sexual feminina, mas por se situar em um ambiente pós-guerra, numa sociedade como a nossa: dinheiralista, egoísta, industrialista ou simplesmente capitalista. O começo da obra é um tanto maçante, mas depois ela simplesmente fluí e você não consegue deixar a leitura de lado, as cenas consideradas picantes para a época, para nós, é bastante light e necessárias para entender o que a personagem sente. O narrador é onisciente, dando um ar mais plano da obra. Nós conseguimos nos sentir na pele dos personagens. O espaço é bastante aberto, os personagens transitam em ambientes descritos com maestria para nosso deleite, pois conseguimos até mesmo sentir os cheiros dos miosótis que Mellors dá a Constance em um dia de garoa... Enfim, é incomparável!

Vale a pena conferir, pois além de ser um clássico da literatura inglesa, esse livro nos remente as personalidades, anseios e angústias que podem ser encontradas em cada um de nós.
Até a próxima, pessoal, e espero que curtam esta indicação!

CURIOSIDADE:

- O Amante de Lady Chatterley ganhou uma adaptação cinematográfica em 1981, chamada "L'amant de Lady Chatterley". O filme foi protagonizado pela atriz holandesa Sylvia Kristel que faleceu em 2012.


site: https://conchegodasletras.blogspot.com.br/2016/07/resenha-o-amante-de-lady-chatterley-d-h.html#more
comentários(0)comente



caarolparker 15/04/2016

Ainda é polêmico?
Esse livro foi estranho. Considerei a leitura porque era um livro #polêmico quando lançado, com as suas cenas obscenas e explícitas ao público. Porém quando realmente cheguei as tais partes não considerei totalmente chocantes. Até trouxe para ler em público porque sei que ninguém iria olhar por cima do meu ombro #lendonaspalestras
O autor escreve bem, os três primeiros capítulos foram muito bem escritos e dão um impulso para o leitor para ler o resto da narrativa. Em algumas partes, por exemplo, as conversas tediosas de Clifford ou Mellors falando sobre posições políticas.

Um resuminho: Lady se casa com Clifford, mas esse volta cadeirante da guerra. Lady não se importa porque o amor é feito dos pensamentos iguais e apenas a inteligência é suficiente para o amor completo. Porém cansa dessa vida sem #sexo e o PRÓPRIO PAI sugere um amante para apimentar as coisas na vida entediante de dona de casa e cuidadora de Clifford. Então Lady encontra um autor que o marido não curte e dá uns pegas aí, não é suficiente porque ele fala depois de transar sobre assuntos desnecessários que aborrecem Lady.
De repente, Lady descobre #acabana que vai ser sua nova casa para copular, junto é claro do excitante guarda-caça que uma vez o vê nu. E Lady visita essa cabana que é perto da casa do guarda-caça, então sempre se depara com esse majestoso homem.
Um dia estão observando os pintinhos e as galinhas, e Lady fala:
-Queria tanto tocar no pinto...
E como o guarda-caça não é lá muito esperto, pensa AH MAS QUAL DELES ELA TÁ FALANDO, então recolhe um pintinho e dá nas mãos de Lady. Triste porque não era qual ela queria, o guarda-caça pede pra segui-lo até #acabana para mostrar o outro ;)

Pontos positivos: escrita francesa, Lady e Hilda são livres irmãs que copulam com quem quiser e o pai não se mete em nada.
otxjunior 01/02/2018minha estante
kkkkkkkkkk




Eduarda Graciano do Nascimento 31/03/2016

Além da infidelidade
Após o retorno do marido (tendo este ficado paraplégico) da guerra, Lady Constance Chatterley se vê presa num casamento sem amor, sem companheirismo, sem sexo e, consequentemente, sem a possibilidade de filhos. Clifford, o Sr. Chatterley, se torna extremamente dependente de Connie (apelido carinhoso de Constance). Ela é sua enfermeira, confidente e sua distração. Seus dias estão fadados à dedicação integral ao marido e à casa deles.
Com o tempo, Connie começa a sentir um grande vazio em sua vida, sem perspectiva de felicidade no futuro. Filha de um pai relativamente liberal, Connie iniciou-se no sexo ainda jovem e antes do casamento. Seu marido não fora seu primeiro homem. A possibilidade de que tivesse sido o último a afligia imensamente e era um dos motivos de seu aborrecimento cotidiano, que juntando-se à falta de outras companhias que a estimulassem e à empatia excessiva da sociedade da qual fazia parte pelo dinheiro, deixavam-na à beira da depressão.
Após um breve caso com um amigo de seu marido, que acaba de forma decepcionante para Connie, ela se envolve com Oliver Mellors, o guarda-caça da propriedade que, assim como ela, encontra no sexo uma fonte intensa de alegria e prazer, e um dos aspectos que dá, até mesmo, um sentido à vida.

Connie às vezes me irritava, com seus sentimentos inconstantes, e me lembrava uma perua na TPM. Digo às vezes porque na maior parte eu a compreendi e cheguei a ficar angustiada durante a leitura. Michaelis, o primeiro amante dela, também se mostrava instável em certos momentos, era egocêntrico e tinha isso em comum com Clifford. Este é egoísta, mesquinho e um intelectual esnobe (talvez um pseudo-intelectual?). Mellors, por quem Lady Chatterley se apaixona, despreza estes tipos, é o que melhor a compreende, aceita e até mesmo cuida dela. Ainda assim passa longe da perfeição, sendo sarcástico e por vezes ignorante. Tem verdadeiro amor pela solidão e essa antipatia dele com relação à sociedade como um todo faz com que ele adote posturas consideradas impertinentes e um pouco azucrinantes até.
Quanto à estrutura e escrita, não é preciso dizer, mas fiquei surpresa com o quanto O Amante de Lady Chatterley humilha os new adults na questão de descrição do ato sexual. Claro que parte disso se deve à consciência de que se trata de um livro lançado no começo do século passado, mas ainda assim é capaz de chocar. E esse choque não se deve somente à isso, mas também à forte crítica presente. Durante todo o romance, Lawrence nos atinge com constatações sobre a sociedade da época, sua hipocrisia e seu amor pelo dinheiro acima de tudo.
Fico só imaginando a revolta dos senhores de respeito e as mocinhas virgens enrubescendo à menção de John Thomas.
comentários(0)comente



Fogui 29/03/2016

O Amante de Lady Chatterley - D.H. Lawrence
Título original: Lady Chatterleys Lover
Título: O Amante de Lady Chatterley
Autor: D.H. Lawrence
Tradução: Glória Regina Loreto Sampaio
Editora: Abril
Ano: 2004

Não há dúvida que foi o livro mais ousado editado no fim da década de 20. Uma grande patada aos bons costumes da hipócrita sociedade inglesa. O autor expõem de forma clara e precisa assuntos como sexo, casamento infeliz, misturas de classes através do desejo e da atração física e faz um paralelo interessante sobre a vida rural e na cidade.

A Lady do título vive um casamento sem graça, sem paixão, sem sexo, sem afinidades, com um aristocrata e ex-comandante de guerra ferido que ficou paraplégico. Um homem egoísta e hipócrita.

Ao se envolver com um serviçal, a Lady em questão, desperta para vida. Seu corpo a muito adormecido, acorda e tem desejos, sente necessidades físicas, emocionais e claro luxuria. E todo esse calor faz com que a moça se sinta viva, inteira, bonita, amada e com esperança de uma vida mais significativa...

Quer ler a resenha completa e muito mais, visite o blog Momentos da Fogui:

site: http://foguiii.blogspot.com.br/2016/02/o-amante-de-lady-chatterley-dh-lawrence.html
Thamiris 25/09/2016minha estante
undefined




SILVIA 01/03/2016

Um dos meus livros favoritos
Meus comentários estão no Blog através do link abaixo.

site: http://reflexoesdesilviasouza.com/livro-o-amante-de-lady-chatterley-de-d-h-lawrence/
comentários(0)comente



sentilivros 07/11/2015

resenha de O Amante de Lady Chatterley
"Uma mulher pode receber a um homem sem dar-se-lhe, ou sem cair em seu poder - antes utilizando do sexo para adquirir poder sobre ele."
Estamos numa onda de romances eróticos atualmente, porém O Amante de Lady Chatterley foi um revolucionário em sua época.Sendo, inclusive, proibido.

D. H. Laurence acreditava na crença do sangue e da carne acima até do que o intelecto. Isso se reflete em todo o contexto do livro, onde a liberdade sexual (que de certa forma a leitura me remeteu aos anos 70) é aceita e estimulada e as "convenções sociais" duramente criticadas. Eu, particularmente o vi como um "revolucionário".
" Podemos nos enganar com a razão. Mas o que o nosso sangue sente, crê e diz é sempre verdadeiro."
Constance, lady Chatterley, é nova, bonita e casada com Clifford. Este, após um mês de casados ficou debilitado fisicamente por causa de sua participação guerra (1ª guerra mundial). Assim, após seu retorno, tiveram que reaprender a viver juntos e ainda com a nova situação financeira. afinal, a renda se tornou baixa e tiveram que tomar a decisão de ir para o "triste " solar dos Chatterleys.

Clifford apesar de aristocrático era tímido e se " apaixonou" por Constance. forte, lutadora, geniosa, inteligente. Casaram-se durante sua licença do exercito e ao fim desta, voltou "quebrado".

Constance era nova e louca para ter filhos, mas aós a guerra não havia mais essa possibilidade Começou a dedicar-se a sua casa e marido, mas seu forte temperamento e sua personalidade livre começaram a querer submergir-se novamente.

Ela começa a sentir-se só e então acaba por manter um caso com com um dos amigos de Clifford que frequentava a casa regularmente, mas logo se cansa dele. Sua irmã, desconfiada de seu estado de espirito leva-a para passar uns tempos com ela e o pai. e, por isso, eles tiveram que contratar uma enfermeira para Clifford, que acabou se "efetivando". Assim, Constance, começou a ter um tempo só para ela.

Caminhando pelos bosques da propriedade, acha uma cabana e também seu guarda-Caças. É aqui que a história começa...
"Constance vibrou de novo àquela penetração poderosa, inexorável, terrível! O golpe veio como um enterrar de espadas em seu corpo aberto, e podia ser a morte. Agarrou-se a ele, numa súbita agonia de terror..."
Vi uma citação de Alfredo Stherlin, jornalista e escritor da revista Cultura de Setembro/12 que quando li pensei em postá-la na resenha:
" A literatura erótica a meu ver está sendo redescoberta.Madame Bovary e O Amante de lady Chatterley foram escandalos pornográficos em suas épocas. 1857 e 1928 (respectivamente) e hoje são clássicos."
Eu "entendo" a proibição nessa época, pois a linguagem é um tanto explícita e mesmo hoje, muitos romances considerados eróticos não chegam nem aos pés de O Amante de Lady Chatterley.

Eu Super recomendo!!!

site: http://sentimentonoslivros.blogspot.com.br/2013/04/o-amante-de-lady-chatterley-d-h-lawrence.html
comentários(0)comente



339 encontrados | exibindo 286 a 301
1 | 2 | 3 | 20 | 21 | 22 | 23


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR