O Amante de Lady Chatterley

O Amante de Lady Chatterley D. H. Lawrence




Resenhas - O Amante de Lady Chatterley


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Ingrit 30/06/2015

Livro Clássico da literatura mundial, sobre uma mulher, Connie, casada com um baronete inglês, se envolve com outro homem. Através desse envolvimento, a heroína encontra uma razão para viver e, vive em paz com sua atitude. Não achei o livro maravilhoso, mas também não achei ruim. O linguajar do livro é vulgar, mas não me incomodou. O que me causou estranhamento foi a forma comoo amante racionaliza as coisas. Homem bobo, infantil, não me agradou.
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OceaneMontanea 09/04/2015

O AMANTE DE LADY CHATTERLEY

O amante de Lady Chatterley é, sem sombra de dúvidas um dos livros mais ousados de sua época, considerado uma afronta aos costumes e à hipocrisia da sociedade (principalmente da alta) inglesa. D. H. Lawrence ousa falar claramente de sexo, casamento infeliz e mistura de classes sociais através do desejo e da atração física. Lady Chatterley mantém um casamento chato, sem paixão, sem afinidades, com um homem deficiente de guerra, até o momento em que, após outro caso menor com um visitante de seu marido, ela encontra um homem de uma classe muito abaixo da sua, que desperta nela as vontades físicas adormecidas e que a trata de maneira puramente sexual. Longe de esse tratamento ser considerado no livro como algo dramático e subjugante, faz com que Constance Chatterley se sinta viva, bonita, inteira, esperançosa e amada.
Apesar de ser um clássico e de ter essa característica de desconstrução de padrões estabelecidos na sociedade, para mim, o livro não foi uma leitura fluida. Li espaçadamente, por vezes mesmo me arrastando. Não sei se pelo tema, que não me atrai, ou pela protagonista, que não me encantou, o livro não foi uma leitura tão boa quanto pensei que seria por ouvir falar. Quem sabe numa releitura daqui a algum tempo eu consiga enxergar a excelência que já ouvi outras pessoas aclamarem nesse livro.
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patita 28/02/2015

Que 50 tons de cinza que nada!
Quando eu tinha 10 anos eu era uma devoradora de livros, revistas e o que mais me caísse em mãos. Minha mãe escondia os livros “impróprios” na parte mais alta da estante para que eu não pudesse alcançá-los, o que me atiçava mais ainda. Mas eu sempre os alcançava com a ajuda de precárias pilhas de banquetas e almofadas. Desconfio que por isso livros como A Carne, O Cortiço e o aparentemente inocente O Amante de Lady Chaterlley nunca entraram em minha casa. Fico imaginando o furor que este livro causou na época de seu lançamento. O autor foi extremamente ousado. As cenas de sexo são explícitas e bastante descritivas. A descrição dos sentimentos dos personagens também é maravilhosa, é fácil entender porque são daquele modo e reagem de determinada maneira. Enfim, um bom livro. Ah! E me atrevo a sugerir não somente este livro mas também os outros citados nesta resenha à autora de 50 tons de cinza. Aí ela vai entender o que é erotismo.
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TÁSSIA ROCHELLI 19/02/2015

O amante de Lady Chatterley
Lawrence revoluciona com a publicação da sua mais renomada obra, pois na época em que foi publicada, 1928, foi proibida por trazer cenas explícitas de sexo.
Na história temos Constance, Lady Chatterley, uma mulher bonita, jovem e dotada de liberdade desde muito cedo. Viajou bastante, visitou grandes festas e saiu com muitos homens; e Clifford, um aristocrata tímido, que serve na 1ª Guerra mundial. Os dois se conhecem em uma das licenças da guerra de Clifford, e casam-se, vivendo uma lua de mel com duração de um mês.
Após a lua de mel, Clifford volta para a guerra e depois de um tempo regressa para casa em uma cadeira de rodas, morto da cintura para baixo. Constance utiliza seu tempo para cuidar do esposo e da casa (wragby), mas isso a entristece muito, deixando-a doente.
Sem ter uma vida sexual ativa com o esposo, Constance começa a trair o esposo com um de seus amigos que estava de visita em wragby. Michaellis é o primeiro amante de Lady Chartteley, mas não dura muito a relação, pois Constance se cansa do homem. O segundo amante é o guarda-caça da família, Mellors, com quem Constance tem momentos de muito sexo e realização como mulher. Por ele se apaixona, engravida e deixa o marido Clifford, passando a viver uma vida simples e cheia de amor e sexo.
Além de retratar cenas explícitas de sexo, a obra faz uma crítica ferrenha a classe aristocrática, que na maioria das vezes, vive de aparência.
Enquadrado na literatura erótica, O amante de Lady Chatterley, apesar de proibido na época de sua publicação, passa a ser considerado um dos romances mais célebres do século XX, dando a Lawrence o título de um dos maiores renovadores da prosa de ficção desta época.
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Lista de Livros 13/02/2015

Lista de Livros: O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence
“Os homens, gratos às mulheres pela experiência física, deram-lhes um pouco das suas almas. Depois, pareciam mais uma pessoa que perde dez tostões e encontra cinco. O jovem de Connie tinha mau feitio e o de Hilda era trocista. Mas os homens são assim! Ingratos e sempre insatisfeitos; se não são aceitos, odeiam a mulher por não os aceitar; se o são, odeiam-na por qualquer outra razão, ou por nenhuma razão, porque são crianças descontentes e nada os satisfaz, por mais que a mulher faça.”
*
“Não havia lugar para expectativa ou esperança dentro dele. Odiava a esperança. “Uma enorme esperança atravessou a Terra”, era uma frase que tinha lido não sabia onde, e à qual acrescentou “e destruiu na sua passagem tudo o que valia a pena”.”
*
“As pessoas! As pessoas eram todas iguais, com pequenas diferenças. Só queriam dinheiro.”
*
Mais em:

site: https://www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2015/02/o-amante-de-lady-chatterley-d-h-lawrence.html
Monique @librioteca 29/02/2024minha estante
Mais um que está na minha lista faz tempo. Rs


Lista de Livros 22/03/2024minha estante
É um bom livro, mas não seria exatamente aquele que eu indicaria prioritariamente... ?




@fabio_entre.livros 15/11/2014

A liberdade do sexo moderno
Constance, uma aristocrata britânica criada no seio de uma família relativamente liberal, é casada com Clifford Chatterley, que retorna da Primeira Guerra paralítico em consequência do conflito. O casal vive em uma majestosa propriedade rural inglesa, acompanhado apenas de alguns criados e da enfermeira de Clifford (que, posteriormente torna-se governanta da casa). Naquele ambiente bucólico, Constance conhece Oliver Mellors, o guarda-caça do marido e acaba por se envolver em um tórrido relacionamento sexual com ele.
Basicamente é esta a premissa do romance de David Herbert Lawrence; contudo, a obra não fica presa no modelo simplista de mais um livro sobre adultério feminino. Publicada já no século XX, a obra de Lawrence é estruturalmente inovadora em vários aspectos, sendo, sem dúvida, a abordagem sexual aberta um dos mais relevantes. Lawrence utiliza, nas constantes descrições e diálogos eróticos uma linguagem bastante crua e direta, sem eufemismos no que se refere ao ato sexual, que é mencionado em detalhes objetivos. O tratamento liberal dado ao sexo justifica por que “O amante de Lady Chatterley” gerou tanto escândalo na sua época e até problemas judiciais, o que resultou na censura de trechos mais explícitos do livro. Apenas à beira da década de 60 o texto integral foi liberado e chegou a ser conhecido amplamente.
Como já mencionado, o romance difere da maioria das histórias clássicas sobre adultério da literatura ocidental (como ‘Madame Bovary’ e ‘O primo Basílio’), especialmente porque, neste caso, a mulher tem plena consciência de seus atos, não estando seduzida pelo homem, deixando-se levar por inércia e ilusões românticas. Longe disso, Constance foi educada sob frouxos e inovadores princípios morais (já não era virgem quando se casou) e compreende seu papel ‘feminista’ como ser humano ativo, sem a passividade característica das personagens femininas nas obras do século XIX. Lady Chatterley é um símbolo da mulher do novo século, que anseia por liberdade sexual e a alcança tanto em ações quanto em pensamento. Não são raras as ocasiões em que Constance conversa abertamente sobre sexo e orgasmo com o marido inválido (ele deseja um herdeiro e até sugere que ela engravide de alguma ‘aventura’ externa) e com Mellors, de quem realiza as fantasias e vice-versa.
Entretanto, a obra de Lawrence projeta-se além do apelo carnal imperioso dos personagens: ele discute a modernização, acima de tudo; seja a própria concepção moderna do sexo, isto é, o desfrute dele sem o pudor hipócrita e os estigmas das épocas passadas, seja através do conceito mais concreto da palavra ‘moderno’ numa escala global: a industrialização. O livro fala amplamente acerca da industrialização que cada vez mais mecaniza o ser humano e suas relações na sociedade, evidenciando, paralelamente, o contraste entre a zona rural – onde se passa a maior parte da história – e a cidade, que cresce e gera lucros exorbitantes para alguns, enquanto outros são explorados em sua mão de obra.
De uma forma ou de outra, o livro de Lawrence lida com a dualidade; figurativamente, ressaltando a força e vigor instintivo e emocional do ser humano apoiados em um ambiente natural (o campo) e a perda da naturalidade de suas relações (inclusive a intimidade) através do artificialismo moderno e da mecanização da sociedade urbana. Nota-se, por fim, que “O amante de Lady Chatterley” é um romance paradoxal e complexo, insinua-se pelos caminhos da psicologia dos personagens e de questões sociais, as quais se mesclam ao erotismo e resultam em uma obra relevante.


site: http://metamorfosedaleitura.blogspot.com.br/2014/11/a-liberdade-sexual-em-o-amante-de-lady.html
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Larissa Castro 14/09/2014

Análise
Quem diz que os homens não entendem as mulheres, não conhece D. H. Lawrence. O autor, com sua percepção e sensibilidade tamanhas que beiram a genialidade, constrói em Lady Chatterley's Lover uma narrativa que mergulha profundamente no universo feminino de Constance, personagem central, traduzindo para ao leitor de forma bastante original todas as problemáticas que envolvem a vida da mesma, desde a sensação de estar presa e infeliz no próprio casamento até problemas com o corpo e envelhecimento.

D. H. Lawrence, com sua literatura perseguida, censurada, dita como obscena e pornográfica, atribuindo ao autor o título de "escritor maldito", vem a nos apresentar - primeiramente em 1928, através de publicação clandestina na França - o que se trata na verdade de um romance de linguagem tão honesta e direta, tão desmistificadora de convenções sociais, que pode ser chocante ou desconfortável até para a contemporaneidade. Críticas acerca do casamento, da adoração ao dinheiro, da perseguição pela carreira pública visando status social; a colocação de casos extraconjugais na posição de acontecimento natural, a discussão sobre a relação homem/mulher são os temas principais de composição da obra. Lawrence se mostra bastante a frente do seu tempo quando descreve personagens femininas tão sexualmente livres quanto os personagens masculinos, usando a liberdade para desconstruir conceitos antigos de que o sexo estaria sempre ligado ao sentimento amoroso.

"Uma mulher pode receber um homem sem se entregar a ele, ou sem cair em seu poder antes utilizando-se do sexo para adquirir poder sobre ele. Durante a cópula, basta que se contenha, que o deixe chegar ao clímax sem que com ela aconteça o mesmo. Por outro lado, ela pode prolongar o coito e conseguir seu orgasmo sem que o homem seja outra coisa senão mero instrumento." (Cap. 1)

Em um cenário de total melancolia - que representa possivelmente um reflexo geral de herança da guerra, mas que se agrava pelo estado depressivo em que se encontra Constance Chatterley, ao viver com o marido inválido por ferimentos de guerra numa casa distante de todo movimento cotidiano das grandes cidades, em função do mesmo se dedicar totalmente a sua escrita e a sua tão sonhada posição de escritor louvável - a obra parece conter algumas ideias existencialistas, que fica percebido ao leitor através da linha de pensamento da personagem central.

"Vácuo! Aceitar o grande vazio da existência parecia-lhe a única finalidade da vida, com todas as pequenas ocupações compondo o grande todo: nada!"

"Pois é só isso mesmo!" (Cap. 5)

[...] "O nada a envolvê-lo de todos os lados. Sinistro esse existir assim sem vida nenhuma em torno; existir na morte - apenas existir, não viver." (Cap. 10)

Outra exposição da grande sensibilidade de D. H. Lawrence acontece na construção do personagem masculino de grande complexidade psicológica, Oliver Mellors, o segundo e principal amante de Lady Chatterley. Através de Mellors, Lawrence introduz o polêmico assunto de divisão de classes, cujo caráter problemático permeia por toda a obra. Isso porque, apesar de Mellors assumir o posto de guarda-caça da família, o leitor vem a descobrir, à medida que detalhes mais íntimos do personagem vêm sendo expostos, que o mesmo se trata de um homem estudado que já havia pertencido à "classe de intelectuais" no passado, abandonando-a posteriormente por vontade própria, falando em dialeto propositalmente, quando tinha muito interesse em literatura e dominava totalmente o inglês formal, tudo isso por rebeldia às constituições sociais. Nesse ponto, especialmente, Mellors era o total oposto de Clifford, o marido, e de Michaelis, primeiro caso efêmero de Constance, assim como da maioria dos homens da época, pois odiava a busca cega por dinheiro e a forma como a sociedade era agora diferente naquela que ele chamava de "Nova Inglaterra" - podendo tais impressões do personagem constituir caráter autobiográfico, visto que coincidem com algumas opiniões do autor a respeito do tema -. Segundo o próprio Oliver Mellors, o mesmo tinha tudo o que era necessário para assumir uma boa posição no exército, mas não foi de sua vontade seguir este caminho, pois não era do seu interesse a busca pelo poder. Tal característica, segundo o personagem, fazia com que terceiros o definissem como "afeminado" ou pouco másculo. Isso faz com que o leitor infira que Mellors não é uma vítima do destino quando se trata de ocupar a posição de empregado dos Chatterley, mas alguém que assume as conseqüências de suas próprias escolhas, de sua filosofia de vida e visão de mundo.

Se tratando das questões sentimentais, a complexidade não abandona o personagem. O amante aos poucos expõe seus traumas provenientes de relacionamentos passados, especialmente os desagradáveis problemas relacionados à sua esposa, do qual é separado, porém não legalmente divorciado. Ao mesmo tempo que parece completamente envolvido com Constance, principalmente pela compatibilidade que ocorre entre os dois no ato sexual - fator de grande importância para Mellors, visto que o mesmo afirma não ter experimentado tal compatibilidade nunca antes com qualquer outra mulher - ele também hesita em entregar-se emocionalmente à Lady, por vezes retraindo-se, tornando-se frio e distante. Mas seu comportamento e sua insegurança são justificados pelo contexto problemático em que o relacionamento de ambos se encontra: Mellors na situação de amante de sua patroa, pertencente à classe dominante, cujo alto padrão de vida ele jamais poderia proporcioná-la, caso a mesma abandonasse tudo para viver com ele. Mas Constance não se importa, pois além de amá-lo completamente, é possuidora de sua própria quantia de dinheiro, que daria para sustentá-los inicialmente, caso viessem a viver juntos. E é o que realmente acaba acontecendo ao fim da narrativa, com ambos dando entrada ao processo de divórcio de seus respectivos cônjuges, constituindo assim um final feliz, como uma verdadeira obra de romance.

Tal análise é superficial diante do que um estudo profundo da obra poderia oferecer, mas à mesma já mostra um pouco da injustiça sofrida pela rica narrativa de D. H. Lawrence, quando a mesma é citada apenas como obra de conteúdo sexual explícito. Certamente, a riqueza das questões abordadas no livro vão muito além de tal aspecto. Assumindo uma postura honesta e colocando de lado pudores de uma geração - alguns estando presentes na sociedade até os dias atuais - Lawrence nos apresenta uma bela história de amor, mostrando que, apesar de a relação sexual não ter de estar necessariamente associada ao sentimento - focando tal aspecto especialmente no universo feminino através da liberdade sexual de Constance - quando ambos os fatores se unem: sexo e sentimento, alma e corpo, espírito e carne, o resultado pode ser transcendental.
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Luciano Luíz 11/08/2014

O AMANTE DE LADY CHATTERLAY, não é um livro qualquer.

É uma mistura de sexo e amor como nenhum outro.
Ok, o amor de certa forma, está bastante reduzido.

Mas é uma estória e tanto.

DAVID HERBERT LAWRENCE foi um mestre da narrativa.
Também produziu MULHERES APAIXONADAS, outro clássico da Literatura Universal.

Lady Chatterlay tem sua vida virada do avesso, quando seu marido volta aleijado da guerra.

Nisso, um lenhador com sede e fome de sexo, a espreita está.

Mas, isso quem decide é ela.

Dependendo da edição, em alguns momentos, o livro é extremamente picante. A versão da Martin Claret por exemplo, é mais leve...

Mas, independente disso, é um livro maravilhoso e claro, excitante.

Nota: 10

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804
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Henrique 07/04/2014

A história é sobre o relacionamento amoroso entre Lady Chatterley, aristocrata inglesa, e o seu guarda florestal, Mellors. Lady Chatterley era casada com Sr. Clifford, também um membro da aristocracia inglesa, que ficou paralítico em conquência da guerra. A vida ao lado do marido é vazia e entediante, sem falar das restrições sexuais. Lady Chatterley por conta de suas necessidades - sentimentais, existenciais e sexuais - envolve-se com Mellors.

O sexo está entre os principais assuntos. O ato é abordado como forma de purificação para os seus principais personagens, sobretudo para a Lady Chatterley. Mais outros temas se destacam: a busca por um sentido na vida, a ambição do homem, os conflitos de classes, o modelo econômico da sociedade inglesa. Lawrence passa mais tempo discutindo esses assuntos do que o sexo em si. Nesse livro, ele critica duramente o medo, o comodismo, a industrialização, bem como a opressão desse modo de produção sobre a classe trabalhadora.

Para dar voz a essas ideias, elege Lady Chatterley e Mellors como seus representantes. O homem simples, bruto, mas culto, que optou pela vida humilde de um trabalhador braçal, quando poderia pertencer a uma classe mais elevada, desperta o interesse da mulher de um aristrocata, que tinha ambições de ser um grande industrialista. Mellors, de alguma maneira, é o herói; Clifford, o vilão.

Entendemos melhor as mensagens contidas no livro quando lemos a biografia do autor. Lawrence foi um homem que defendia e tentava adotar um modo de vida mais simples e natural. Só não desço a mais detalhes sobre a vida do autor para não entregar a história.

Leitura mais do que recomendada.

P.S. Escrevo contos e poemas eróticos. Caso tenha interesse, acesse o link abaixo.

site: http://apenaobscena.blogspot.com.br/
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Raquel Limoeiro 20/03/2014

O Livro Perfeito
Qualquer que seja o comentário a respeito deste livro, creio que será incompleto, todavia, tentarei. O inicio desta leitura, devo confessar não foi fácil, muitas vezes, a voz da vontade de desistir soava em meus ouvidos, mas fui forte, persisti, e eis que encontro uma forma extraordinária de narrativa, que me fez reiniciar a leitura para melhor entendimento e me vi completamente dominada pelo contexto, pelas frases, pelos pensamentos. Embora, o título seja provocador, há muitas coisas a serem descobertas. O enredo é totalmente encantador, e que acima de tudo nos dá a liberdade para refletirmos a respeito de cada ponto discutido, mesmo sendo favoráveis ou não, ele te suga, ele te instiga. Talvez, minha tentativa de descrever as sensações que esta leitura me provocou não tenha sido totalmente transferida para esse pequeno texto. Mas não posso deixar de esclarecer que de verdade, é difícil escrever sobre os livros perfeitos para cada um de nós. Mas posso simplesmente recomendar e muito a leitura.
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Maria Clara 29/10/2013

Muito se fala sobre "O Amante de Lady Chatterley" ser um clássico da literatura erótica, e ter sido considerado imoral na época de seu lançamento. Publicado em 1928, ele chocava por falar abertamente sobre o sexo e mostrar uma mulher rica se envolver com um homem de classe inferior.

No fundo, o livro continua atual - como se percebe ao ler o comentário do autor sobre a polêmica gerada após a publicação. Mesmo com a imensidão de obras de literatura erótica que temos hoje, o sexo teima em ser um tabu no mundo da literatura, tanto é que muitas pessoas, ao abrirem "50 Tons de Cinza" na rua, são olhadas com reprovação ou como se fossem algo curioso.

Todos que têm algum preconceito com esse tipo de história deviam ler a obra de Lawrence. Ele escreve, livremente e sem "frescuras", sobre algo que faz parte da vida humana, seja fisicamente, seja em pensamentos.

Vale lembrar que "O Amante de Lady Chatterley" não se resume ao sexo. O romance aborda a diferença entre classes sociais, as relações que são formadas entre os seres humanos (fora do âmbito sexual), a necessidade de algumas pessoas de manter as aparências, ainda que se acredite em uma realidade diferente, e a eterna busca humana pela felicidade. É um livro envolvente, que leva à reflexão sobre várias questões da vida em sociedade.
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Aninha 02/08/2013

Antes dos Cinquenta Tons
"E até então, assim era a vida: num vácuo. Quanto ao resto, era uma não existência." (página 65)

Lawrence escreveu essa obra num cenário de dor e sofrimento, pouco antes da sua morte: ele sofria de tuberculose e sua esposa, Frieda, tinha um caso amoroso com um italiano. Além disso, a Europa ainda sofria com as perdas humanas na Primeira Guerra Mundial. A vida não estava fácil...

Daí, podemos entender um pouco o contexto da trama: o baronete Sir Clifford casa-se com Constance em 1917 e pouco depois vai para a guerra. Volta paralítico no ano seguinte e se refugia em Wragby Hall, casarão que fica no campo, perto das minas da família.

"Clifford Chatterley era de classe mais alta que Connie. Ela pertencia à intelligentsia bem de vida, mas ele vinha da aristocracia. [Doris Lessing, tradutora - página 52]

Ele, então, se dedica a escrever, publicar seus textos e sair nas colunas sociais. Se fecha em seu mundo, sem dar a atenção e o devido carinho à mulher. Ela, por sua vez, não tem nada a fazer além de cuidar dele e receber seus amigos para jantares e conversas que a entediam.

Um dia, porém, Constance (Connie) conhece o guarda-caça Mellors, que trabalha para Clifford e mora num casebre na propriedade, e sua vida toma um rumo bem mais intenso e significativo. Os conflitos de classe aparecem, mas o amor entre eles tende a superar todos os obstáculos. Será que vão conseguir?

Na época em foi publicado, o livro foi proibido na Inglaterra e nos Estados Unidos. Hoje é algo água com açúcar se comparado aos Cinquenta Tons de Cinza da vida.

Boa leitura!

site: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2013/07/o-amante-de-lady-chatterley.html
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Dose Literária 28/07/2013

"“A nossa época é essencialmente trágica, e por isso recusamo-nos a ver nela a tragédia.”
Assim começa um dos mais significativos romances que li, não só pela sua importante contribuição à literatura mundial, mas principalmente por sua carga psicanalítica comportamental, diante das questões da essência humana, do amor e sexo, narrado de forma naturalíssima, trazendo o leitor à todas as reflexões que D. H. Lawrence sutilmente propôs, enredadas a história de uma nobre lady da aristocracia inglesa, que, mesmo casada, envolve-se com um, também casado, empregado de seu esposo.
Mas antes de supor que tudo gira em torno de uma história bafônica de traição, livre-se de todo preconceito e ideia moralista e perceba, sinta e reflita sobre o que D. H. Lawrence realmente quis dizer com esta obra.
Constance e Clifford Chatterley casaram-se em 1917, e seis meses depois, o esposo sofre um ataque durante o serviço militar, que o debilita, obrigando-o a retornar para casa, paraplégico e impotente. A esposa, amiga, amorosa, com apenas 23 anos passa a dedicar a vida ao inválido, com zelo, incentivando o então baronete, a tornar-se escritor. Mudam-se para Wragby, a fazenda da família, numa região interiorana da Inglaterra em que a extração do carvão na época movimentava lucros ao grandes e empregos miseráveis aos provincianos...

Continue lendo em...

site: http://www.doseliteraria.com.br/2013/04/1001-livros-o-amante-de-lady-chatterley.html
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