S. Bernardo

S. Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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Wagner 30/10/2024

Um livro bom. Direto e de uma linguagem rica e divertida com críticas sociais muito interessantes. Valeu a pena, ainda mais depois de ouvir algumas analises no you tube. enriqueceram muito a experiência.
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Michelle 20/10/2024

São Bernardo
Gira em torno das memo?rias de Paulo Hono?rio, um homem amargurado, de poucas letras e bom faro para nego?cios, que se torna dono da fazenda onde trabalhou na juventude ? a mesma que da? nome ao livro. Paulo Hono?rio narra conflitos pro?prios a? sociedade patriarcal, como a relac?a?o bruta com os empregados, agregados e com a mulher instrui?da com quem se casa, a professora Madalena. Movido por uma ambic?a?o sem limites, ele na?o mede esforc?os para fazer valer suas vontades, sem, contudo, conseguir sossego. Suas atribulac?o?es ? da dificuldade de se expressar a? incapacidade de se relacionar ? acabam levando-o a profunda solida?o
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Lucas.Silva 18/10/2024

Ótima obra de Graciliano Ramos. No enredo, o livro está sendo escrito pelo personagem Paulo Honório. Ele decidiu escrever um e realmente o faz. É perceptível, no decorrer da leitura, que algum acontecimento foi essencial para despertar esse desejo, que na realidade é uma necessidade. A leitura nos leva até a descoberta disso, que mudou completamente a percepção do personagem sobre si.

Paulo Honório é uma pessoa que trabalhou por muito tempo, numa pobreza danada, foi inclusive preso. Ao sair da cadeia, passou a enriquecer através da exploração e violência de outras pessoas (como é na realidade). Para ele, todas as pessoas nasceram para o servir de alguma forma, como se fossem bichos (ele mesmo percebe isso depois), inclusive a esposa. O desejo por casamento não nasce de uma paixão, mas sim do desejo de que ele seja um senhor completo. A mulher, dessa forma, tem como única função servir para a sua imagem.

É da percepção disso que o personagem passa por uma grande crise. Soma-se a isso questões políticas, ideológicas, filosóficas, existenciais etc. Um livro maravilhoso.
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Hilton 17/10/2024

Livro conciso, seco e bruto que começou lento, mas que posteriormente me prendeu a atenção.
Eu não imaginava isso, mas uma história sobre um babaca fazendeiro no meio do nada pode sim ser interessante.
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Dalton17 28/09/2024

SAVE ME LITERATURA NACIONAL!!
De um lado temos um velhote capitalista desumanizado e do outro uma professora querida que possui humanidade, o final infelizmente foi bem realista com esse contraste. Mas confesso que o último capítulo me doeu muito
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Joana 30/08/2024

"O senhor conhece a mulher que possui"
Primeiramente, não gosto de fazer resenha de livro clássico porque eu sempre fico em choque quando pego para ler a infinitude de coisas que as pessoas pensam sobre um livro, mas, ainda sim, gosto de me sentir um pouco mais brasileira quando eu tento conhecer a história do Brasil ou a população brasileira através da leitura.
Em segundo lugar quero destacar o seguinte: não desistam. Com a sua linguagem meio bruta e direita, às vezes a leitura se torna um pouco enfadonha, mas prometo que vale a pena.
A história se passa com a autobiografia do personagem principal, Paulo Honório, e a busca de aumentar sua fazenda, na procura de crescer social e economicamente. Nesse meio tempo, o narrador-personagem depara-se com questões relativas ao ter e ao ser, de sua esposa Madalena.
Madalena, de origem humilde, é descrita como uma pessoa sensível às questões sociais e, logo após casar com Paulo Honório, depara-se com a aspereza de seu marido e a dureza do mesmo em relação aos seus trabalhadores e seus métodos para ascender socialmente.
Eu amei a forma como a narrativa se constrói e como esse narrador ( degenerado pela sociedade capitalista e latifundiária) percebe as pessoas e o mundo a sua volta. Amei a Madalena?? Diva total.
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brenda brenda 03/09/2024

Obra preciosa
Não tinha como começar melhor a ler graciliano ramos. que leitura super interessante e recheada de fatos e detalhes contados de maneira tão direta e bonita. ansiosa para ler algum próximo do autor!
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sallina 10/09/2024

O retrato da aspereza, da vida e da pessoa
Paulo, dono das terras de São Bernardo, narra em primeira pessoa a sua própria história. Como todo relato pessoal, tudo é enviesado, não se sabe onde termina o chão de terra e onde se inicia a brisa da fantasia.

Para alguns uma história de amor (ou da crônica falta dele), para outros uma história sobre o sertão e o sofrimento de seu povo pelos olhos do abusador, mas na verdade torna-se uma história sobre Paulo e o descobrimento de sua própria natureza mutável e intransigente, concomitantemente.

Apesar de uma personalidade dura, comportamentos agressivos autojustificados e uma mente que o guia para a desconfiança, também vemos Paulo em momentos nos quais ele reconhece seus excessos e pena para tentar domá-los. Observa a brutalidade e não a nega, como esperaríamos que fosse. O que acontece é uma gangorra pessoal, ele cria sua própria âncora de certeza de seus atos, mas logo depois questiona as suas próprias certezas, tornando-se ao mesmo tempo seguro e instável em si. A catalisadora de tudo isso é Madalena, mulher letrada que o remexe de dentro pra fora, fazendo-o lidar com opiniões fora de seu eixo e, assim, abrindo a torneira da contradição.

No mais, apesar de um vocabulário denso, com muitas expressões locais, o ritmo eventualmente flui mais naturalmente. É uma obra de leitura rápida, terminei em 2 dias.

Viva graciliano
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Dalila 25/09/2024

Foi o primeiro livro do Graciliano que li, e, baseada em dizeres, eu tinha outra visão da escrita do autor? fui surpreendida com um livro de fácil entendimento, mas muito vasto em seu conteúdo, com gancho pra vários debates importantes.
Considero genial a escolha de abordar tantos problemas sociais pela ótica e com a voz de uma pessoa com pouca instrução, mas talvez isso tenha causado uma confusão entre Paulo (narrador-personagem) e Graciliano (autor). Paulo foi alfabetizado na cadeia, poucos anos antes de escrever o livro; não faz sentido que tenha tanto domínio das letras. Me pergunto até que ponto o autor materializa seu pensamento através do narrador?
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Sarah587 27/09/2024

Me surpreendi
Minha professora pediu para ler esse livro, não esperava que fosse tão bom!! A narrativa do Paulo foi tão ?brasileira?, com a linguagem próxima da língua falada cria uma proximidade muito boa com a história. Além disso, a história se passa em minha terra, Alagoas. Foi fácil imaginar os cenários e amei que até minha instituição de ensino foi citada. Com certeza uma grande obra!
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AndrA65 28/09/2024

Cresceu, cresceu muito...
A releitura é essencial ao leitor. Tão importante quanto ler um novo livro é reler um antigo, quicá se não for mais importante este. São Bernardo cresceu demais para mim, até o coloco em primeiro lugar nos meus romances preferidos do alagoano: São Bernardo e Caetés (ainda me falta ler Angústia); apesar de Vidas Secas ser talvez o mais conhecido, não gostei tanto deste quanto daqueles dois. O último capítulo do livro, aliás, ganhou um destaque que não lhe dei há época da primeira leitura; acredito que este capítulo chamará a atenção dos mais experientes, cuja tendência a remorsos e ao "pudesse faria diferente se tivesse uma nova chance" é maior. Com efeito, esse é um ano em que tenho mesclado releituras às minhas leituras, e isso me tem sido bem proveitoso. Por fim, recomendar São Bernardo é lugar-comum, só acrescento que releiam os livros, é muito bom.
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Monica.Soares 03/10/2024

Uma obra vibrante!
Estou começando a ler Graciliano neste ano. Fiquei curiosa em ler após saber que esteve com doutora Nise da Silveira e que se tornaram bons amigos.
São Bernardo, a princípio, demorou para me cativar, mas insisti em tentar compreender a magnitude que tanto falam.
Valeu a pena insistir e manter a leitura. Para ter uma noção, li metade do livro em 1 dia, vibrando em cada parte da narrativa.
As personagens são bem estruturadas, com múltiplas nuances.
É perceptível os conteúdos históricos em meio à narrativa, que trazem elementos importantes, que denotam o período que o autor está tratando.
Vale a pena ter a experiência de ler Graciliano e ler São Bernardo!
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Anelena 12/10/2024

Árido como a terra e a vida de Paulo Honório
Como pessoa do sudeste, que sempre viveu em cidades grandes, encontrei muita dificuldade no começo do livro - não entendia se certas expressões eram adjetivos, substantivos ou metáforas.

Contudo, ao longo da leitura encontrei e passei a ouvir a voz de Paulo Honório, e imergir em suas memórias. A partir de seu olhar retrospectivo, podemos contemplar sua luta, suas conquistas e seu espírito embrutecido, contado com suas próprias palavras.

Para mim foram temas centrais de suas reminiscências a obsessão com as terras de São Bernardo (que muitos chamam de ganância, mas não concordo) e o relacionamento conflituoso com sua esposa Madalena, moça de coração bondoso que não encontrou guarida na aridez de S. Bernardo e Paulo Honório.

O próprio Paulo, em pelo menos dois momentos emblemáticos, reconhece sua brutalidade, e pondera se ele não teria sido diferente (e mais feliz) se tivesse vivido em outras condições.

Também me pergunto a mesma coisa.
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