S. Bernardo

S. Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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Giovanna317 23/04/2024

Não leria novamente. Apesar de admitir uma linguagem fácil, o contexto e a passagem do tempo são difíceis, tornado-o confuso. Entretanto, ele não é ruim, pois propõe uma análise do povo nordestino, apresentando um caráter científico, e não de entretenimento.
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folkpotato 07/05/2021

áspero
é uma leitura brusca e com um protagonista insuportável em diversos sentidos, mas acho que sua narrativa - e sanidade - duvidosa é o que torna a leitura mais instigante. gostei de ver o regionalismo e contexto histórico aplicados. é uma das primeiras obras modernistas que leio e achei super!

(não posso falar sobre os pontos que pra mim foram negativos na leitura porque acho que muito da "ressaca" que senti lendo esse livro é por ser uma leitura obrigatória, o que me desanima um pouco)
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Alessandro117 14/04/2024

Nas passagens de S. Bernado
Em volta de um sítio se desenvolve uma história de conquistas e classes sociais, que se fazem de pano de fundo. Paulo Honório é o cabeça dessa fazendo que a conquistou na base da (des)honestidade.

Eu não esperava o climax que o livro teve, nos moldes de um ciúme obsessivo que me lembrou o de Bentinho em Dom Casmurro.

É um livro muito bom para mim, uma leitura fluida sob uma história intensa de um dos meus autores favoritos.
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gi 07/07/2023

A transformação do homem em monstro
"S. Bernardo" foi uma indicação e eu comecei a ler sem saber absolutamente nada da história. No começo, tive uma certa dificuldade para me situar entre os personagens. Mas depois que me familiarizei com a linguagem, com os personagens e com o ambiente, tornou-se uma leitura prazerosa.

Acompanhar a transformação do nosso protagonista foi muito curioso, principalmente dada a forma que ocorre. O narrador confunde o seu leitor sobre o que é real e o que é sua imaginação. O final foi muito surpreendente!

Sou apaixonada por "Vidas Secas" e agora fiquei impactada com "S. Bernardo". Já estou curiosa para conhecer novas histórias do autor.
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Prissy021 19/07/2022

18. São Bernardo - Graciliano Ramos (2022 - Julho)
?[Romance]
? ?Palavras de arrependimento vieram-me à boca. Engoli-as, forçado por um orgulho estúpido. Muitas vezes por falta de um grito se perde uma boiada.?
? ? ? ?
Complexo; Leitura arrastada; Linguagem difícil; Interessante; Personagens bem construídos; Objetivo

Achei o livro com uma leitura um pouco arrastada e uma linguagem meio complicada por ter alguns termos que eu nunca tinha visto na vida, algumas vezes quis parar de ler mas mesmo assim continuei e valeu a pena.
Senti uma certa complexidade, pois, logo no comecinho da narrativa, o autor fala de alguns personagens e eu fiquei ???? por não fazer ideia de quem eram, mas, no decorrer do enredo, tudo foi se encaixando.
O livro despertou em mim vários sentimentos, sobretudo raiva devido a personalidade de Paulo Honório e seu jeito de tratar os outros, principalmente a sua mulher, mas, conforme os acontecimentos vão sendo apresentados, é possível entender as coisas que o provocaram a se tornar essa pessoa tão amarga e ver o quão bem esse personagem foi construído: aos poucos e de forma sútil.
No final fiquei um tanto paralisada, digerindo tudo o que tinha acabado de ler (sim, foi só no final que tudo fez sentido para mim) e em questão de segundos passei a amar o livro.
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Daniel Lucca 05/07/2023

Clássico
Clássico da literatura brasileira, Graciliano Ramos trás uma versão do Brasil e do brasileiro caipira. Uma viagem na história do Brasil.
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Igor.Ciambelli 17/11/2024

Preciso, direto e poderoso
Bom livro.
Que saudades que estava do Graciliano!

Adorei revisitar aquele ambiente árido cheio de vidas secas. Dessa vez, no entanto, sob a perspectiva do outro lado, do lado de um poderoso fazendeiro profundamente impiedoso e opressor, o qual - embora localizado em uma posição socioeconômica diametralmente oposta a do rude e bruto Fabiano - delineou mais uma vida seca, apesar das conquistas e colheitas que logrou. Um outro tipo de secura.

Paulo Honório é o proprietário da fazenda S. Bernardo no sertão de Alagoas e dotado de uma personalidade também rude e bruta. Protagonista da obra, ele acumula a função de narrador o que provoca uma sensação interessante, considerando que é um personagem ganancioso e violento, pois a narração da história em primeira pessoa constitui - obviamente - uma leitura sob a perspectiva do dito cujo o que faz com que se demore um pouco para notar a falta de empatia e o excesso de crueldade de Paulo Honório e concluir que se trata de um vilão. A corrosão de sua humanidade no decorrer do livro "além de ódio, inspira pena" como bem escreveu Leonardo Waack no prefácio da edição que li (Editora Pé da Letra).

S. Bernardo é um livro preciso, direto e poderoso que proporciona boas reflexões acerca do coronelismo e suas intrínsecas opressões que paradoxalmente depletam a vitalidade não apenas do oprimido, mas também do próprio opressor.
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Francelle 24/01/2017

Melhor maneira de conhecer Graciliano Ramos, com certeza.
Essa foi a primeira obra do Graciliano Ramos que eu li. Portanto, não conhecia nada sobre o estilo da escrita do autor, e só sabia, a respeito dele, que era o autor de Vidas Secas.
Mesmo que São Bernardo não tenha tanta fama quanto Vidas Secas, é um livro tão maravilhoso e escrito com tamanha qualidade, que já me motivou a ler mais do Graciliano.
A história de Paulo Honório e de sua obsessão em possuir tudo e todos ao seu redor nos é contada pelo próprio Paulo, em uma tentativa de se entreter ao escrever um livro sobre sua vida. Ele não tenta, a princípio, nos dar lições de moral. O que encanta na escrita é justamente isso: ele não é um personagem 100% mal e também não é nem um pouco santo, e nos transmite sua forma de pensar e justificativas para suas ações de forma direta, sem pedir desculpas. Conhecemos a fazenda de São Bernardo pelos olhos de seu dono e adorador, e conhecemos um pouquinho de cada personagem que cruza a vida de Paulo, pela ótica dele e sob a teia de seus preconceitos e sentimentos em relação às pessoas. A lição de moral nos é dada no desenrolar da narrativa e pelo rumo que a vida de Paulo Honório vai tomando.
Em certo momento, nos damos conta de que existem muitos Paulos espalhados por aí, preocupados apenas com cifras e posses, esquecendo-se da humanidade e da sensibilidade enquanto acumulando valores desenfreadamente. E podemos perceber, ainda, o quanto alguns temas bem atuais permeiam a história, tais como: as consequências do modo de vida capitalista quando este é levado ao extremo, o machismo (que observamos na relação de Paulo com Madalena) e a valorização do ter em detrimento do ser de cada um. Temas estes abordados com uma grande sensibilidade do autor (em contraste com a brutalidade de pensamentos do personagem principal).
Tive uma certa dificuldade em me acostumar com a escrita por causa de algumas palavras que não costumamos utilizar em pleno 2017, mas com a ajudinha de um dicionário, esse problema foi facilmente superado e a narrativa fluiu de forma tranquila na maior parte do tempo.

Aliás, recomendo demais essa edição da Record: o texto inicial é uma ótima introdução à obra de Graciliano, mesmo tendo menos de uma página; já o texto de apoio escrito por João Luiz Lafetá é esclarecedor e auxilia demais na compreensão do lado psicológico do personagem Paulo Honório, explicitando também a forma de escrita utilizada pelo autor no desenvolvimento de São Bernardo.
Marcos.Azeredo 13/02/2017minha estante
O escritor brasileiro que mais gosto. Seu estilo lembra um pouco Dostoiéviski, sendo sua escrita bem enxuta, seca, árida como é o sertão de suas vidas secas. São Bernardo é o romance de Graciliano Ramos que mais gosto. Não li Memórias do Cárcere, seu relato na prisão.


Rosa Santana 01/04/2017minha estante
Tenho Paulo Honório como um excelente personagem, no plano técnico/ideológico, pensando na luta contra o capitalismo que empreendeu seu autor, GR! Ver o gigantesco dono da fazenda, dos trabalhadores, da mulher e do filho se desmoronar, penso, foi o sonho do seu criador.
Amo esse livro!
Amo Graciliano!
Amo Paulo Honório!
(Ótima sua resenha!)




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Steph.Mostav 04/05/2020

São Bernardo, Paulo Honório e Madalena
O poder da literatura é enorme e, assim como existem livros que nos demonstram esse poder através da relevância das discussões que suas páginas proporcionam, também existem histórias que ilustram o potencial da literatura através da própria literatura. Paulo Honório é um narrador não confiável, que já inicia a narrativa com dois capítulos que ele julga "inúteis" mas que dizem mais sobre o personagem do que a própria apresentação que ele faz de si mesmo. A ideia inicial de Paulo era, através da "divisão do trabalho", atribuir funções aos seus empregados na confecção do texto e cuidar só de colocar o próprio nome na capa, colhendo os futuros frutos da fama com esse projeto. E é isso o que ele faz na fazenda de São Bernardo, explorando o trabalho de funcionários, ameaçando inimigos, conquistando mais fortuna através da força e da coerção. Além disso, logo nestes capítulos iniciais ele trata da distinção entre a "língua de Camões" e a linguagem falada pelo povo, da dúvida com relação à veracidade dos fatos que ele narra, do questionamento quanto à intenção do texto. Só a partir daí ele conta a história de sua vida, de como adquiriu a propriedade de São Bernardo e como conheceu a segunda personagem mais importante do enredo, Madalena. É do conflito entre esses dois personagens que não só são muito diferentes como representam valores opostos que vem grande parte do poder desse romance. Paulo queria submeter o espírito cheio de arte, conhecimento e altruísmo de Madalena assim como submetia os empregados e sofre com o primeiro fracasso em dominar alguém. A conclusão do romance é um dos melhores finais que já li na vida e a impressão que tive do todo pode ser resumida em um trecho do posfácio: "Graciliano tinha mesmo em vista contribuir, com a arte, para transformar a estrutura social. E é conhecido que julgava indispensável viver como um miserável para poder falar do ponto de vista desse miserável. A busca desse real é a expressão estética de S. Bernardo. Através da arte, aproximar-se do real, com a certeza de que tal verdade jamais será atingida na sua essência. O grito de cunho social de que S. Bernardo é portador se faz dentro dessa limitação. Se Paulo Honório, por abraçar caminhos individuais, sem se entrosar nos movimentos coletivos, foi punido, resta ao se terminar a leitura de S. Bernardo a sensação de que o homem, ser político, não pode aspirar à absoluta isenção e à racionalidade. Traz com ele um emaranhado de conflitos internos que lhe turvam necessariamente a razão."
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@laisbello 01/02/2022

Gostei
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Brandi 06/01/2022

Uma Crítica ao Passado e ao Presente
Publicado em 1934, São Bernardo se mantém extremamente atual, em um nível que chega a ser assustador. Através da figura hediondo de Paulo Honório, Graciliano expõe e tece uma crítica mordaz à tudo, ao desprezo pela educação, aos ataques contra a liberdade de imprensa, ao machismo e principalmente as relações de trabalho exploratórias. E isso não é atual só no nível das ideias, mas num igual em que muitas frases ditas por Paulo poderiam muito bem vir de certas pessoas hoje em dia. Como quando ele acusa os professores de doutrinadores ou quando berra sobre uma ameaça comunista. É impressionante e revoltante ver o quanto esse livro é atual. Se você gosta de literatura clássica brasileira (especial Machado de Assis) e/ou desse retrato crítico e preciso da sociedade capitalista, você com certeza vai adorar esse livro.
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cinthia.alencar 27/03/2021

Graciliano retrata como poucos a alma humana
Tentando aqui achar uma boa palavra para definir o que senti lendo essa obra. Foi um misto de raiva, compaixão e um perturbador sentimento de identificação pelo lado humano complexo que todos temos, que vai muito além de ser bom ou ser mau.

Impressionante como Graciliano consegue exprimir o quanto seus personagens duros e brutalizados pelo meio amam e sofrem usando da linguagem igualmente crua e simples de homens como Fabiano, Paulo Honório e tantos outros. Só com muito domínio da arte da palavra e sensibilidade para compreender o outro.

Paro por aqui, porque uma resenha é muito pouco para um livro tão sensacional, tão cheio de camadas, tão completo.

Viva o mestre!

Ps.: Intrigada com a fascinação de G. Ramos em batizar os personagens caninos com animais marinhos. Tubarão, Baleia... ??
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