Olhai os lírios do campo

Olhai os lírios do campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Nathália 27/07/2010

"Apenas uma simples crônica"
(...)Os olhos bondosos,mas um pouco cansados do médico,me olhavam com ternura.Não o olhei diretamente,porém pude notar a fala calma e os gestos delicados e sobretudo era impossível,mesmo que distraída,não se apaixonar por aqueles olhos tão jovens e ao mesmo tempo tão sábios...Fiquei imaginando o percurso de vida e a motivação que o levou a ser médico,tão novo...
Bom,isso tornou-se uma inspiração para eu escrever.
Esse episódio da minha vida lembrou-me de um jovem médico,um pouco frustrado,que há muito tempo eu acreditava que não existia: Eugênio Pontes,o mesmo de "Olhai os Lírios do Campo",que agora mostrou-se vivo e bem próximo a mim(...)

Agradecimentos a Erico Verissimo,por retratar a vida de tão perfeita forma e por dividi-la conosco.
Obrigada!
Luisa 05/10/2013minha estante
Como Eugênio mesmo nota, encontramos os personagens dos livros em carne e osso todos os dias. Em alguns casos, é infelizmente. No caso do Eugênio: ainda bem.




mcapeletto 21/07/2010

Não é uma resenha. É um trecho.
...Se naquele instante - refletiu Eugênio - caísse na Terra um habitante de Marte, havia de ficar embasbacado ao verificar que num dia tão maravilhosamente belo e macio, de sol tão dourado,os homens em sua maioria estavam metidos em escritórios, oficinas, fábricas... E se perguntasse a qualquer um deles: "Homem, por que trabalhas com tanta fúria durante todas as horas de Sol?" - Ouviria esta resposta singular: "Para ganhar a vida". E no entanto a vida ali estava a se oferecer toda, numa gratuidade milagrosa. Os Homens viviam tão ofuscados por desejos ambiciosos que nem sequer davam por ela. Nem com todas as conquistas da inteligência tinham descoberto um meio de trabalhar menos e viver mais. Agitavam-se na terra e não se conheciam uns aos outros, não se amavam como deviam. A competição os transformava em inimigos.

página 272.
Ellen 01/01/2011minha estante
Esse trecho é lindo... Érico Veríssimo escreve com uma sensibilidade fora do comum.




Hannah Jook 04/07/2010

Pode parecer um romancezinho "água com açúcar" e talvez o seja, dependendo do leitor, mas, na minha opinião, um dos mais belos livros que li (e reli). Érico reflete e faz refletir sobre as condições humanas, no decorrer do Livro você torce, odeia, ama, tem compaixão de Eugênio!Formado por personagens complexos, e talvez por isso, humanos, Olhai os lírios do Campo, faz o leitor parar, por um instante, e olhar para si mesmo...quantas vezes não somos "Eugênios", que deixam escapar nossas "Olivias"?Ets livro mostra que sempre é possivel um recomeço...Enfim, recomendo!Erico, sempre Érico!
Fabi 21/01/2015minha estante
O problema então sou eu O.O
Estou arrastando esse livro a mais de um mês e não querendo desistir eu vim ler algumas resenhas pq odeio abandonar livros. Obrigado.


Robson 02/04/2020minha estante
Comungo contigo, Fabi. Fui até o final pelo mesmo motivo pelo qual você segue lendo. Oportunamente vou dar um mergulho por lá para tentar mudar minha opinião já que trata-se de um clássico.


Kátia Brasil 12/04/2020minha estante
Adorei seucomentário Hannah.


Vinícius 27/07/2020minha estante
Na moral, não sei como vocês conseguiram terminar, achei o livro de uma tristeza interminável, parei de ler antes de entrar em depressão. Talvez um dia tente de novo, mas só de lembrar, já fico angustiado com a história, tem um quê de vidas secas neles.




Janaina Rico 28/05/2010

Olhai os lírios do campo
Eu estava envolvida com "Crime e Castigo", uma obra de dois volumes e 600 páginas. Bastante empolgada, na verdade. Mas eis que o Samuel (maridão) veio me visitar aqui no Rio e trouxe alguns livros do Erico Verissimo. Sem interromper Dostoievisky, iniciei a leitura de "Olhai os Lírios do Campo".

Não consegui mais parar. A primeira parte do livro, onde é apresentado o "Eugênio", é instigante. Erico Verissimo mescla passado com presente, e traz a infância e adolescência do personagem junto com a angústia dele de chegar até "Olívia" que se encontra gravemente doente.

Porém não senti a mesma intensidade na segunda parte. O autor filosofa seguidamete, deixando a leitura meio monótona. O então médico Eugênio vive uma crise existencial e muda radicalmente a sua vida e seus valores, ao assumir a paternidade e a profissão.

Excelente livro, mas o próprio Veríssimo reconhece que a Olívia é uma personagem que não existiria na vida real. Concordo com ele. Abaixo segue a transcrição do prefácio do livro.

Com a publicação de Olhai os Lírios do Campo operou-se uma mudança considerável em minha vida. O romance obteve tão grande sucesso de livraria, que se esgotaram dele várias edições em poucos meses, deixando editores e escritor igualmente satisfeitos e perplexos. Tamanha foi a influência desse livro no espírito de certos leitores, que ele teve a força de arrastar consigo os romances que o autor publicara até então em tiragens modestas que levavam quase dois anos para se esgotarem.
Posso afirmar que só depois do aparecimento de Olhai os Lírios do Campo é que pude fazer profissão da literatura.
Como explicar o êxito desse livro? Talvez se deva à sua natureza romântica e ao fato de ter uma "intriga". Olívia transformou-se numa espécie de ídolo dum vasto público, feito principalmente de mulheres. Suas cartas passaram a ter para muita gente um sabor evangélico.
Confesso, entretanto, que não tenho muita estima por esse romance. Acho-o hoje um tanto falso e exageradamente sentimental. Sua popularidade às vezes chega a me deixar constrangido.
Vejamos claramente o que tenho contra ele. Para principiar, a construção. A primeira parte é intensa e cheia dum interesse que jamais enfraquece. Na segunda, porém, esse interesse declina, e a história se dilui numa série de episódios anedóticos sem unidade emocional. Eu mesmo já tratei de justificar esse defeito dizendo que a vida no fim de contas é assim, isto é, não se trata de algo simétrico e arrumado como nos romances bem-feitos. A verdade é que nem eu mesmo consegui aceitar avalidade de meus próprios argumentos.
A dedicação, o altruísmo e a nobreza de Olívia me parecem inumanos. Não convencem. Pouco convincente também é a covardia de Eugênio. A cena em que o vemos a fazer a sua primeira operação, do ponto de vista da mera redação, está razoavelmente bem feita; do ponto de vista da verdade psicológica, porém, é um absurdo. Um homem de estômago fraco e que tem horror ao sangue jamais se dedicaria à cirurgia e, se se dedicasse, com o tempo acabaria por habituar-se a cortar a carne dos pacientes sem que isso lhe provocasse arrepios, náusea ou medo. Acaso não teria ele, como estudante, freqüentado o necrotério e os ambulatórios da Santa Casa?
Ao dar com Florismal, na última releitura que fiz de Olhai os Lírios do Campo, lembrei-me do Cuca Lopes de O Tempo e o Vento. (A parecença, no entanto, é meramente física.)
O pavor de Eugênio ao despertar no quarto escuro do internato numa noite de tempestade (Quem sou? Onde estou?), havia de repetir-se muitos anos mais tarde em O Continente, com Bolívar Cambará na sua noite de angústia, na véspera do enforcamento do negro Severino.
Como Bolívar, o Mr. Tearle de Olhai os Lírios do Campo vivia assombrado pela lembrança dum homem que matara na guerra.
E, como muitas de minhas personagens em diversos romances, Eugênio sente quase todas as emoções no estômago, na forma duma náusea.
Há em Olhai os Lírios do Campo uma filosofia salvacionista barata que me faz perguntar a mim mesmo como pude escrever tais coisa, mesmo levando-se em conta o fato de ter atribuído essa filosofia a personagens do livro.
Não posso, no entanto, afirmar que o romance me desagrade de princípio a fim. Encontro nele páginas que ainda hoje me comovem e parecem das melhores dentre quantas este autor haja escrito en su perra vida, como diria Don Pepe García. Entre elas destaco a cena em que Eugênio à hora do jantar encara o pai, depois de ter fingido não conhecê-lo na rua àquela tarde; e a da visita do mesmo a Florismal, que está à morte num leito da Santa Casa de Misericórdia; e ainda muitos dos diálogos entre Olívia e Eugênio.
Talvez Olhai os Lírios do Campo deva ser considerado mais uma parábola moderna na forma de romance do que um romance propriamente dito.
Seja como for, aqui está o livro, com algumas correções no que diz respeito à linguagem.
Se a história deu prazer a tanta gente (a julgar pelos milhares de cartas que até hoje venho recebendo e por manifestações pessoais de viva voz da parte de incontáveis leitores), não vejo razão para impedir que ela continue a sua carreira.
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Débora 02/04/2010

Uma obra verdadeiramente encantadora, que mostra a vida de Eugênio: desde a infância pobre até sua ascensão social.

Sendo a trajetória de vida desse personagem uma forma de refletir acerca dos valores da humanidade (o que realmente traz felicidade? Amor ou dinheiro?).

Para ajudar o protagonista a atingir a plenitude da honra, há uma série de cartas escritas por Olívia (o grande amor de Eugênio). E, talvez, seja por causa delas que o livro é indubitavelmente emocionante.

"É indispensável trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria também triste e sem beleza. Precisamos entretanto,dar um sentido humano às nossas construções. E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu."
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Jonara 21/03/2010

Este livro é simplesmente maravilhoso e acho que um dos melhores que já li. O livro é dividido em duas partes. A primeira metade mostra os pensamentos de Eugênio enquanto está indo ao hospital para visitar Olívia. Em três horas, ele relembra sua relação com ela, sua infância, sua relação com sua família, os conflitos que passou, a faculdade de medicina e sua vida atual. Ele alterna entre suas lembranças e a angústia de chegar o mais rápido possível. Acho que as suas reflexões nesta primeira parte do livro são algumas das coisas mais tristes e verdadeiras que já li na vida. Não creio que alguém consiga ler este livro com apatia, é impossivel não sofrer nem sentir dor enquanto ele fere as pessoas. Ao menos eu sofri muito por todos os que conviveram com ele, e por ele próprio também.
Olívia é uma personalidade maravilhosa e incrivelmente boa. A segunda parte do livro conta o que houve depois que Eugênio saiu do hospital, e como a influência dela fez ele mudar completamente. É lindo, emocionante e inesquecível.
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Lima Neto 12/04/2010minha estante
esse é um dos melhores livros que li. costumo até dizer que, para mim, ele é "O livro brasileiro do século XX"


Babi 16/02/2011minha estante
Inesquecível.




Carol 16/02/2010

Melhor livro da literatura brasileira, pra mim...
Esse livro peguei no colégio, e já na primeira vez que li, desde a primeira página, o livro ia me conquistando cada vez mais... Uma obra genial, de um ator genial - pra mim um dos melhores do mundo. Esse livro é especial pra mim... A história é uma história que realmente emociona, que nos leva à reflexão;o livro nos faz perceber até onde vai a "miséria humana", e quais são as consequencias de qualquer ato que tenhamos, e como a vida é linda e bela para deperdiçarmos com coisas supérfluas. Meu livro preferido.
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Sinésio 15/02/2010

O dilema de Eugênio soa um tanto melodramático. No fundo, todos nós temos sentimentos de culpa que, volta e meia, nos batem à porta cobrando arrependimento, justificativa, promessa de mudança. Na prática é difícil mudar.
Gostei dos questionamentos que Eugênio fazia sobre a existência de Deus, apesar das respostas clichês da sua amada Olívia.
p.225
"(...) De repente os homens viram que tudo quanto lhes haviam ensinado em casa e no colégio a respeito de Deus, eram lorotas. Descobriram que tinham um corpo cheio de desejos e que para satisfazer esses desejos bastava que eles pulassem o muro das convenções. Ficaram loucos de alegria quando viram que esse muro era feito de fumaça e não de pedra e cal, como parecia. Foi uma corrida maluca. Só ficaram para o lado de cá do muro os tímidos e os doentes."
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Marcela 31/01/2010

"Quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu - Olivia"
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Primeiramente meus agradecimentos a quem me indicou esse livro que estava perdido dentre os demais em um sebo em Curitiba. Valeu Alinitcha, grande indicação. Não me esquecerei jamais dele.
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Quando iniciei Olhai os lírios do campo, fui apresentada a um protagonista pobre, mesquinho e egoísta. Um ser que devido sua posição social, e movido pelo orgulho, procurou crescer não se importando com as pessoas ao seu redor; muitas vezes pisando, magoando e afastando-as de uma forma definitiva. Isso inclui seus pais e seu irmão Ernesto.
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Na primeira metade de "Olhai os lírios", conhecemos o lado negro de Eugênio, sua sede quase diabólica de crescer a todo custo, sem se importar com mais nada. Essa sede, essa ambição, o levou sim aos seus objetivos, mas, no fim, este descobriu que apesar de tudo o que havia conquistado ainda se sentia vazio e frustrado, e que mesmo diante de todo luxo, ainda possuía seus complexos de inferioridade.
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Nesse ínterim, Eugênio foi presenteado pelo autor por uma linda jovem de nome Olivia, que ao contrário de Eugênio, conseguia enxergar muito além do que cifras e ostentações materiais. Olivia e Eugênio viveram uma relação sem cobranças, onde Olivia com seu excesso de bondade manteve-se fiel ao lado do amigo dos tempos da faculdade tentando abrir-lhe os olhos para o que realmente importa.
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As coisas começam a mudar quando infelizmente, algo terrível acontece, e Eugênio se vê perdido.
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Eugênio percebe atraves da dor, que apesar de toda a riqueza que o cercava, não se sentia um homem completo, sentia-se vazio, e isso começou a fazê-lo se questionar sobre toda a sua vida.
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A partir de então, das reflexões sobre as palavras que Olivia lhe dizia, foi enxergando tudo com olhos mais humanos.Aos poucos a ambição que o cegava foi desaparecendo, e Eugênio se transformando.
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Veríssimo nos faz refletir sobre o desapego as coisas materiais, a enxergar antes de tudo, o nosso “eu” humano, antes de mergulharmos somente na ambição cega de querer crescer, crescer e crescer sem se importar com o real sentido da vida. É um livro que te faz refletir, que enriquece o leitor, e não somente uma forma de entretenimento vazio a que estamos habituados nos dias de hoje.
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Adorei.
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Raquel Lima 06/01/2010

Um romance triste.
Ainda não tomei coragem de iniciar minha saga pela saga de Ana Terra e Rodrigo, livros tão falados do Èrico, um dos motivos é que os dois livros que li dele não gostei da sua forma de escrever, achei sem paixão, um espectador. Neste a narrativa é cansativa e a história triste como o protagonista.
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Marlo R. R. López 01/03/2010minha estante
Narrativa do Erico Verissimo, "sem paixão"?




Talita Gomes 05/01/2010

Mara!
Livro maravilhoso, com um enredo emocionante e personagens marcantes...
Vale a pena dar uma conferida.
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Aniêgela 11/05/2010minha estante
O livro da minha vida! :D




Marlo R. R. López 30/12/2009

Olhai os Lírios do Campo foi um livro que me leu.

Quero dizer que é o tipo do livro que transforma em palavras aquilo que está presente dentro do espírito do leitor, e que o leitor nunca soube muito bem descrever. É um livro de fato sensível, comovente, que possui uma trama muito bem amarrada, ao contrário do que muitos falam. Como não tenho palavras suficientes para qualificá-lo, apenas posso dizer que há tempos não lia um romance tão interessante (...)

Resenha completa em: www.artigosefemeros.blogspot.com
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maria 29/12/2009

Impressões
Um livro de verdade, com verdades universais. Por diversos momentos eu me surpreendi com fatos que são vivenciados dia após dia na vida de todos nós, e apesar disso e além disso, a historia é fascinante. Porque nos transporta para a realidade.

Acredito que todo livro tem um momento certo para ler, e sem sombra de duvidas esse momento foi mais que perfeito para mim. Nada acontece por acaso.

Um livro direto, simples e ainda sim profundo. Comovente e romântico.
Uma passagem em especial ficara marcada para mim. Cada livro que leio deixa em mim suas marcas. Esse me trouxe uma lição, que é preciso respeitar nossos ideais.

Ninguém é só bom ou ruim, nessa historia.
Lima Neto 09/01/2010minha estante
eu sou completa e inteiramente suspeito para falar sobre esse livro. o acho um dos mais belos e marcantes livros da literatura brasileiro do século XX. o livro é simples, com um enredo que pode até ser rotulado de comum, com personagens comuns. mas a magia dessa obra está justamente nesse ponto: na sua simplicidade.

o livro é belo e delicado e com uma narrativa muito intensa, forte e marcante, com pssagens capazes de nos arrancar lágrimas, outras de nos arrancar sorrisos devido a uma mais verdadeira e simples paixão.

além de tudo isso, um livro repleto de valores morais, de questionamentos.

enfim, um livro e tanto, uma leitura obrigatória;


Kamila 30/04/2013minha estante
A Olivia, é só boa.




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