DIRCE18 29/06/2009
Os aprendizes
Só pra não perder o costume, começarei minha resenha com um preâmbulo. No meu exemplar, de Olhai os Lírios do Campo, tem uma anotação minha: “A vida pode ser bela, maravilhosa, às vezes, se você souber como vivê-la”(desconheço o autor) 24/12/1974. O ano (ontem mesmo) indica que a primeira vez que o li eu era bem jovem e, como bem me lembro, uma romântica incurável o que, com toda certeza, explica o fato de eu ter achado, nessa ocasião, que o livro contava uma linda Love Story , mas com um final( na minha percepção) triste.
Anos mais tarde (ainda com a cabeça nas nuvens, mas, já, com os pés no chão), ao fazer uma releitura, percebi a importância desta obra.
Érico Veríssimo – um querido - ao narrar a trajetória de Eugênio, faz uma crítica ao capitalismo, ao materialismo e às cobranças da sociedade que nem sempre correspondem aos anseios individuais. Eugênio nos é apresentado, como um jovem de origem humilde e ambicioso, capaz de abdicar de um grande amor em nome do materialismo e de uma posição em uma classe social superior. Entretanto, a partir de um telefonema, Eugênio se depara com o seu passado, e começa, então, o seu processo de transformação. Ele,finalmente, aprende que não lhe bastava estar em paz, consigo mesmo, para que sua vida fosse bela ou até maravilhosa, e consegue visualizar o caminho a ser percorrido para que isso acontecesse.
Quanto a mim... tento ser uma boa aluna.