Olhai os Lírios do Campo

Olhai os Lírios do Campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Nessa 20/07/2016

Só damos valor quando perdemos

Foi preciso a Olívia morrer para que o Eugênio mudasse a sua visão da vida através das lições deixadas por Olivia.
" A vida começa todos os dias".
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Valéria Ximenes 28/06/2016

Após ler esse livro me diagnostiquei com a Síndrome de Eugênio
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MAURO FIGUEIREDO 28/06/2016

Uma narrativa não-linear
Escolhi abrir esta série de resenhas com o romance OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO, de Érico Veríssimo. Muitos podem considerar que o livro em questão está longe de representar o melhor da obra desse que é, com certeza, um dos maiores autores brasileiros. No entanto, vale lembrar que um romance pode ser marcante por uma série de aspectos, alguns dos quais guardam pouca ou nenhuma relação entre si. Ademais, as qualidades de um romance que chamam a atenção de um determinado leitor podem passar completamente despercebidas por outro. Não tenho a pretensão de traçar, nas linhas que seguem, um quadro analítico exaustivo de OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO, mas, almejo, apenas, esmiuçar algumas características do romance que marcaram a minha lembrança.
Quando li o romance pela primeira vez, eu deveria ter apenas catorze anos de idade, mas lembro-me de que um dos elementos que mais me surpreenderam foi o fato de a narrativa não se processar de forma linear. Eu estava acostumado com o esquema tradicional e linear, com início, meio e fim, com os primeiros capítulos apresentando a ambientação, a descrição do lugar e a época em que ocorrem os eventos, e as primeiras pinceladas da caracterização dos personagens principais, que vão crescendo e ganhando forma no decorrer da narrativa. Lembro-me que, à época, eu havia acabado de ler O GUARANI, de José de Alencar, que segue um esquema narrativo bastante linear e tradicional. Em OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO, a narrativa, em terceira pessoa, com o chamado narrador onisciente, tem início com um diálogo em um hospital, onde uma paciente agoniza. Eugênio Fontes, que se encontra a léguas e léguas de distância, recebe a notícia por uma chamada interurbana. A partir desse ponto, acompanhamos o protagonista que, ao longo do trajeto da chácara do seu sogro, onde se hospedava, até o hospital, mergulha em uma série de reminiscências, flash-backs, que conduzem o leitor aos primórdios da sua infância pobre e sofrida, até a sua formatura na faculdade de medicina, seu primeiro encontro amoroso com Olívia, e seu casamento com Eunice.
Após cada flash-back, a narrativa volta ao ponto original, com Eugênio no carro que o conduz ao hospital, onde sua amiga e amante agoniza. A maestria do autor se revela nessas idas e vindas que desafiam a linearidade. Tal recurso, quando bem manejado, permite ao leitor comparar e contrastar dois momentos distintos da vida de um personagem, sem se perder nos meandros da história. Ao chegar ao hospital, Eugênio recebe a notícia de que Olívia, o grande e verdadeiro amor de sua vida, e a mãe de sua filha, falecera poucas horas antes. A partir desse ponto, a narrativa assume um desenrolar mais linear.
Poucos foram os autores que li que sabem manejar tão bem o recurso narrativo do flash-back. Érico Veríssimo realmente me surpreendeu, e me surpreende até hoje, no modo como usa esse recurso narrativo para ir revelando, aos poucos, as verdades ocultas do personagem, problematizando cada vez mais as questões que se apresentam.
Um outro aspecto da obra que me marcou bastante diz respeito ao próprio drama que afeta a vida do personagem principal. Eugênio Fontes se encontra em uma bifurcação do seu destino: de um lado, a vida simples e repleta de amor e paz junto a Olívia, sua colega de faculdade e profissão; de outro, um mundo novo, até então desconhecido, pleno de conforto e conquistas materiais, de onde acena a jovem e voluntariosa Eunice, dona de uma posição social muitos e muitos degraus acima da sua. Eugênio encontra-se nessa bifurcação como o narrador do poema THE ROAD NOT TAKEN, de Robert Frost. Ele faz sua escolha. Porém, vários anos mais tarde, seus flash-backs o levam a refazer a trajetória das cinzas, pois um caminho tomado em detrimento do outro é como a água que desce uma cachoeira: não tem volta.
Érico Veríssimo, como um deus, sacrifica seu filho, Eugênio Fontes, para mostrar ao leitor aonde a indecisão e a covardia podem levar um homem. OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO é um romance de formação, no qual o personagem principal passa, ao longo de sua trajetória, por experiências que culminam no seu amadurecimento e redenção. Posso afirmar que o drama vivido por Eugênio me marcou de forma muito profunda, chegando, mesmo, a contribuir para decisões que mais tarde eu vim a tomar na minha vida adulta. É, também, por isso que a literatura é tão importante: não apenas proporciona entretenimento e fruição estética, mas pode, mesmo, transformar vidas, fictícias e reais.








site: https://maurofigueiredoliteratura.wordpress.com/2016/06/28/olhai-os-lirios-do-campo/
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Lili 19/06/2016

Lindo
um dos primeiros livros que li. Me apaixonei e me fez chorar. Nunca mais esquecerei.
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Daniela 19/06/2016

Olhai...
Via esse livro na estante de uma tia desde pequena e sempre tive curiosidade de lê lo. Mas só agora, me dispus a leitura dele. Surpreendeu me por fugir do lugar comuns dos finais de histórias de amor. Em vários momentos os clímax me pareciam fechar a história, mas ainda haviam muitas páginas pela frente. A segunda parte, apesar de mais lenta, tem reflexões profundas, pertinentes e atuais. Como diz a canção, no final ainda somos os mesmos.
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Ray 15/06/2016

Um dos meus livros preferidos
Foi o primeiro livro de Érico Veríssimo que eu li. Peguei emprestado com um vizinho quando tinha uns 13 anos. Me apaixonei. Li e reli várias vezes. É um dos meus preferidos.
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Ka 02/02/2016

Olhai os lírios do campo
Que livro maravilhoso, destacando o lirismo romântico da história de Eugênio, descobrindo que dinheiro não traz felicidade, exatamente nos moldes do romance urbano de 30, de caráter socialista. A imagem que eu tenho de Olívia é de uma mulher forte, segura, determinada, sensível e inteligente que nos provoca realmente a olhar os lírios do campo e as aves do céu.
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Miria80 26/01/2016

Belo e um pouco cansativo
Esse livro possui uma mensagem maravilhosa e várias lições de vida importantíssimas. Eu gostaria muito de dar 4 ou até 5 estrelas, mas em alguns momentos achei que ele ficou muito cansativo, o que fez com que a leitura tivesse um significado duplo para mim: cansativa, porém muito bela! Vale a pena o esforço!
Emanuelle Najjar 27/01/2016minha estante
A maioria dos livros que li do Érico tem esse problema. Começam ótimos, digno de 4 ou 5 estrelas e do nada começam a ficar cansativos. Em casos mais graves até enrolam e destoam da trama. Esse foi o primeiro que li dele.


Miria80 27/01/2016minha estante
É isso mesmo, Emanuelle. Você disse exatamente o que eu estava pensando: começam de uma maneira fantástica, depois vão ficando cansativos. Eu já li ''Clarissa'' e ''Ana Terra'', que foram muito menos cansativos do que ''Olhai os lírios do campo''. Este começou muito bem, mas teve muitos detalhes desnecessários, muitas histórias paralelas e isso foi se tornando cada vez mais cansativo...


Emanuelle Najjar 28/01/2016minha estante
Mi, então evite os livros que vem na esteira de "Clarissa". Eu comecei com Clarissa, não tive paciência pra terminar, mas fui para o segundo, o "Música ao Longe", fui seguindo com a leitura e quis matar a metade dos personagens porque sinceramente o ciclo todo dos personagens de Clarissa foi super cansativo embora houvesse muito o que também valesse a pena. Terminei a leitura sem saber muito o que achar dos livros e me achando quase uma herege por ter achado os livros do Érico muito dúbios em qualidade (nesse ciclo, pelo menos), mas quero ler "O Tempo e o Vento" de qualquer modo.


Miria80 28/01/2016minha estante
Entendi! rs Até que tive uma boa experiência com ''Clarissa'', apesar de alguns personagens serem mesmo muito cansativos! Sempre tive vontade de ler ''O tempo e o vento'', mas acho que depois de ''Olhai os lírios do campo'' fiquei meio traumatizada! Ainda mais levando em consideração a grossura desses livros... rs =)




Vall 06/01/2016

Reflexivo
Não sabia ao certo do que se tratava essa obra, mas como um desafio, decidi começar. Confesso que estou feliz por meu primeiro livro de 2016 ter sido tão reflexivo. Não faz muito o meu tipo de literatura, porém, ele conseguiu me prender pelo modo como a vida era observada e vivida por aquele homem que já tinha sido tão maltratado pelos anos. Os questionamentos sobre tudo que nos rodeia, inclusive sobre Deus, também demonstra o quanto essa obra reflete sobre aquilo que somos e aquilo que podemos ser. O título também me deixou pensativa. Afinal, de que servem os lírios do campo a não ser para serem apreciado com bons olhos? Belíssima obra, belíssimas reflexões.
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Jaque.Vitor 12/10/2015

O que me fez gostar de leitura
Esse foi um ods primeiros livros que li por que a professora de escola obrigou no começo era uma tortura esse livro bem chato mais depois eu comecei a gostar da historia e fez sim valer a pena ler.
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Jéssica 06/09/2015

Um dos melhores livros que já li. Qualquer descrição que faça pode empobrecer a real beleza dessa história. Recomendo!
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Conchego das Letras 08/08/2015

Resenha completa
Este post foi inspirado em outra postagem aqui do blog. Lendo o texto "Livros que fazem chorar" (que você encontra aqui) percebi que não tinha lido nenhum daqueles "fabricadores de lágrimas" e me peguei lembrando quais dos livros que li me fizeram derramar algumas. Sim, os homens também choram e não vejo nenhuma vergonha nisso. Desde que estejamos sozinhos!

Dos pouquíssimos livros que conseguiram a proeza de molhar meus olhos, o melhor disparado e que merece um texto bem caprichado é "Olhai os Lírios do Campo" de Eríco Veríssimo. Veríssimo está empatado com Jorge Amado no ranking de meu escritor brasileiro favorito. As duas obras dele que li são incríveis (a outra foi "Incidente em Antares"), e Érico demonstra uma grandiosa capacidade de análise da realidade em que vivemos.


Escrever este texto me trás lembranças de uma época distante, onde um Marco totalmente diferente existia, cheio de dúvidas e aspirações por entrar num mundo novo que era a faculdade. "Olhai os Lírios do Campo" narra a saga de Eugênio, também conhecido pela alcunha de Genoca, um garoto de auto estima baixa, com vergonha de suas origens e obcecado pela riqueza e o status que ela proporciona, mas que acaba perdendo muito tempo de sua vida dando valor as coisas menos importantes. Não! Eu não me achava nem um pouco parecido com Genoca nem gostava da maioria de suas atitudes, mas compartilhava todas as dúvidas e pensamentos dele. Por isso é inegável a importância deste livro em minha vida, principalmente no valor que dou para as coisas.

Esse é o tema central da história, fazer as pessoas pararem um pouco suas vidas aceleradas e pensarem se realmente estão percebendo as coisas importantes que estão a sua volta. O título do livro faz menção ao sermão da montanha. Este é uma passagem bíblica onde Jesus explica como deve ser a conduta de um cristão na sociedade.

"Estive pensando na fúria com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão de nossa época. Eles esquecem o que tem de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura."

No dia do ápice de sua vida, sua formatura em medicina, quando ele finalmente poderia se livrar das amarras de sua "terrível" origem, Eugênio conhece Olívia, uma outra formanda, e todas as suas concepções, assim como sua vida, sofrem uma drástica mudança. Claro que não do dia para noite, então Genoca ainda tem uma longa caminhada até sua redenção.

A memória e os spoilers não me deixam citar mais sobre o livro para criar um texto digno da obra, mas seria errado deixar de lembrar a profunda emoção que algumas cenas trazem que fazem este livro ser apaixonante, e que também fizeram este bronco, que vos escreve, chorar!

Gostou dessa resenha, feita por Marcola? Quer ver as imagens ou ler outras resenhas? Então entre em nosso Blog!

site: http://conchegodasletras.blogspot.com.br/2015/08/resenha-olhai-os-lirios-do-campo.html#more
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Claudia Beulk - @velejandoporlivros 30/05/2015

Olhai os Lírios do Campo e os Pássaros do Céu
"Olhai os Lírios do Campo", publicado em 1938, foi o romance responsável por alavancar a carreira de Erico Verissimo como escritor. Traduzido em diversas línguas, suas tiragens esgotaram-se rapidamente e é até hoje um dos livros mais vendidos do autor.
Qualquer obra com o nome de Verissimo estampado na capa é uma promessa de leitura envolvente e instigadora ao pensamento, e esta vem até o leitor com esse exato intuito.
A narrativa, dividida em duas partes, centra-se na vida de Eugênio Fontes, contando sobre sua infância pobre, sua ascensão depois de formado médico em meio à alta sociedade e sua evolução como ser humano. Durante a primeira parte, o autor apresenta Eugênio já casado (e frustrado) com Eunice Cintra, mulher rica com quem casou-se por interesse, e em meio ao desespero por saber que Olívia, mulher que ama verdadeiramente está a beira da morte. A vida de Eugênio, desde sua infância é narrada em suas memórias, na viagem de carro de sua propriedade rural até o hospital onde Olívia vive seus últimos momentos. O leitor depara-se com a infância pobre do protagonista, e vê o seu orgulho levá-lo a sonhar alto, estudar medicina para ser uma pessoa importante com alto poder aquisitivo. Na faculdade, ele conhece Olívia, personagem que confirma a força das personagens femininas de Veríssimo. Olívia é responsável pelos poucos momentos de felicidades de Eugênio, no início de suas carreiras como médicos, o apoiando em seus problemas e mantendo um relacionamento amoroso não definido, até Eugênio conhecer Eunice e deixar Olívia para trás, por pura ambição e egoísmo.
Na segunda parte do livro, Eugênio já demonstra como um ser humano, seja ele fictício ou não, pode amadurecer ao longo de sua vida, e grandes acontecimentos o fazem olhar para o mundo de uma maneira diferente, mas não só os grandes acontecimentos detém esse poder, como também os pequenos detalhes, como cartas lidas postumamente. Eugênio descobre aos poucos sua missão e as dificuldades que enfrentará para ser a pessoa que ele é no seu íntimo.
É fácil aos sonhadores angustiados identificar-se com Eugênio ao final da narrativa, um personagem extremamente humano e cheio de sentimentos. Muitas histórias individuas de outras personagens são narradas no decorrer da obra, o que leva o leitor a refletir ainda mais acerca de sua própria vida enquanto lê as tragédias ficcionais que podem ocorrer na realidade com qualquer pessoa no mundo.
Além de comover e até fazer rir, o autor emite diversas críticas, principalmente utilizando-se do núcleo constituído pelo círculo social dos Cintra, onde Eugênio sente-se perdido em meio à futilidade, preconceito e ideais distorcidos.
Um livro acima de tudo visceral com poder de mudar a vida de seus leitores, ou pelo menos fazê-los ter vontade de parar para olhar os lírios do campo e os pássaros do céu...

site: http://ceusinfinitos.blogspot.com.br/
Nise 15/05/2020minha estante
Amiga terminei o livro hoje, amei ?! Ps. Preciso elogiar tuas resenhas, acho digna essa estrutura toda certinha. Só não faço as minhas assim, porque tenho preguiça e me lembra a faculdade ?


Claudia Beulk - @velejandoporlivros 15/05/2020minha estante
Ai que legal amiga! Obrigadaaaa hahahahaha. Na real atualmente até tento fazer umas menos "certinhas" porque percebi que as pessoas preferem ler as mais curtas e descontraídas. Só tento né! hahahahah




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