O amor nos tempos do cólera

O amor nos tempos do cólera Gabriel García Márquez




Resenhas - O Amor nos Tempos do Cólera


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adjalina.menezes 29/10/2021

Boa leitura nos tempos de pandemia
O lirismo na escrita de Garcia Marquez é arrebatador e instigante. O título te incentiva a descobrir de que amor o autor trata, e aos poucos se descobre que não se trata apenas de um amor romântico, mas das várias espécies de amor maternal, filial, fraternal dentre outros.
A obra tem pouco a ver com o realismo fantástico de "Cem Anos de Solidão" e mais com o realismo cotidiano, a única coisa que para mim é inacreditável foi a tenacidade do amor de Florentino Ariza por Fermina Daza
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Sonia.Finha 29/10/2021

O amor nos tempos do cólera
Me surpreendi com esse livro, escrita maravilhosa, de início um pouco difícil e cansativa.
García Marquéz, coloca no papel o que realmente acontece na vida, com suas alegrias e tristezas, ele não escreve o amor romântico e sim um amor real e verdadeiro.
Fala de um amor incondicional que começa na adolescência e faz Florentino levar para a vida toda. Fermina deixa de lado esse amor adolescente imaginando que esqueceria. E por motivos convencionais da época, ela se casa com Dr. Juvenal que era um ótimo partido, com relação importante na cidade e de família muito respeitável.
Formando assim um triângulo amoroso, vamos conhecendo o desenrolar da história que dura mais de meio século, em um cenário de muitas guerras e um surto do cólera.
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Mai.lendo 28/10/2021

Gabo sendo Gabo, maravilhoso!!
Eu amo a forma de escrita de Gabo, a forma como consegue passar tão claramente para o leitor a imagem, os locais, o sentimento envolvido nas situações, é extraordinário o poder de escrita de Gabriel Garcia Márquez.
O amor nos tempos do cólera conta a história do romance entre Florentino Ariza e Fermina Daza, que se conhecem ainda jovens, iniciam uma troca de cartas, que é o ponto chave da obra, mas a vida acaba levando os dois por caminhos diferentes, fazendo com que se reencontrem mais de 50 anos depois, e vivam a história que não puderam viver.
O livro pode ter tido uma história arrastada em alguns momentos, mas isso faz com que os personagens possam ser bem construídos, permitindo que a gente conheça cada um deles a fundo, entendendo sua forma de pensar e agir.
É um romance romântico, que nós faz acreditar no amor, na vida, e em viver, independente de qualquer coisa.
?Depois olhou Florentino Ariza, seu domínio invencível, seu amor impávido, e se assustou com a suspeita tardia de que é a vida, mais que a morte, a que não tem limites.?
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Eric Vinicius 26/10/2021

Um embuste
"O amor nos tempos do cólera" é uma obra que engana, do início ao fim.
O primeiro passo em falso me veio logo no começo: por ter "Cem anos de solidão" como um dos romances favoritos, aproximei-me do primeiro livro escrito por Gabriel García Márquez após o Nobel de 1982 confiante de que conseguiria tomar um pouco de ar, depois de algumas leituras sufocantes, recentemente, como "O processo" (Franz Kafka), "1984" (George Orwell) e "Ficções" (Jorge Luis Borges). Sem muito tempo disponível e em meio a tantos desafios vividos neste ano, na esteira da (re)leitura de alguns textos divertidos de Saramago e Verissimo, a também já conhecida escrita maravilhosa de Gabo certamente haveria de me ser um doce alento, com uma experiência leve, inspiradora, saborosa, como são muitas histórias de amor.
Mas não demorei a perceber que, ao apresentar a saga de Florentino Ariza e Fermina Daza - iluminada pela história de seus pais -, o expoente colombiano deixa de lado a "magia" que o consagrou para dar vida a um realismo literário puro, duro e indigesto. Não que sua arte seja desfigurada: aqui também estão presentes algumas de suas virtudes mais marcantes, como o uso soberbo de frases de efeito ("Cada qual é dono de sua própria morte, e a única coisa que podemos fazer, chegada a hora, é ajuda-lo a morrer sem medo nem dor"), o ritmo fluido ("Sigamos em linha reta, reta, reta, outra vez até a Dourada") e o humor inesperado, absurdo, irresistível ("... houve um mico amazônico que suscitava certa compaixão porque tinha semblante atribulado do arcebispo Obdulio y Rey, a mesma candura nos olhos e eloquência nas mãos, mas não foi por isso que Fermina Daza se desfez dele, e sim pelo mau costume que tinha de se comprazer em homenagem às senhoras"). A temática ainda torna oportuno o lirismo exacerbado em alguns trechos, que propositalmente beiram a pieguice, como as hipérboles no namoro epistolar. Contudo, no lugar de filhos nascendo com rabo de porco, mulheres belas ascendendo ao céu e ciganos que profetizam em pergaminhos a história de uma família carregada pelo vento, a obra de 1985 traz um matiz ocre e nauseabundo, assustadoramente verossímil e que se faz presente desde a frase emblemática que inaugura o romance ("Era inevitável: o cheio das amêndoas amargas lhe lembrava sempre o destino dos amores contrariados"). A experiência sinestésica permeia toda a trama, em especial no recorrente odor das valas abertas por onde passam corpos e dejetos humanos, em parte dissipado pelo da pólvora dos canhões que não servem só para matar.
São os efeitos do(a) cólera, palavra empregada ambiguamente, no romance, para se referir tanto à epidemia que se alastrou pela terra natal do autor, no tempo da escrita, como ao perfil das incontáveis guerras civis que se sucederam no país sul-americano, após sua independência, no período que marca a narrativa (entre o fim do séc. XIX e início do séc. XX). Eis, então, a segunda cilada em que caí, a qual serve também para indicar a multiplicidade de assuntos na abordagem e denotar o caráter aberto do livro, típico das grandes obras.
Quanto ao tema central, como o próprio título sugere, "O amor nos tempos do cólera" se revela como uma espécie de ensaio sobre o amor. Na figura do protagonista, projetam-se algumas de suas principais manifestações (ilusórias?): a face platônica, na relação impossível com Fermina Daza (que faz lembrar o universo paralelo que Jay cria - e no qual se aprisiona - para Daisy em "O Grande Gatsby", de Scott Fitzgerald); o lado terno e angustiado, no amparo incondicional da mãe Trânsito Ariza (imaginar as possíveis significações nos nomes insólitos escolhidos para as personagens é uma das várias delícias nas obras de García Márquez); o setor oculto da inveja e do ciúme - de fazerem impressionar até a uma frívola Anna Kariênina -, presente na comodidade inabalável de um casamento estável, próprio das aristocracias, a que a figura principal igualmente se reserva para viver só com sua amada; o prisma da amizade (ou quase isso), na empatia acalentadora de Prudência Pitre e na cumplicidade silenciosa de Leona Cassiani; e também, claro, o viés carnal, no ardor desesperado dos relacionamentos proibidos, vividos luxuriosamente com todas as suas inúmeras mulheres (os rompantes eróticos elegantemente se sobressaem, em meio à narrativa algo monótona do quotidiano de espera infinita de um romântico incorrigível).
É curioso observar esse jogo de opostos feito pelo autor sobre sua principal personagem: à castidade da juventude vivida estoicamente em um quarto de bordel se contrapõe a lascívia irreprimível (nem mesmo pelos limites da moralidade) na meia-idade; a loquacidade das incontáveis cartas perfumadas, escritas como forma de dar vazão aos sentimentos, contrasta com a incapacidade do criador do "Secretário dos Enamorados" em redigir um documento oficial, com a crueza de suas relações e com o próprio aspecto taciturno por que ele passou a ficar conhecido, em todos os meios.
Tudo isso me leva à sensação de que, embora margeie o tema ao longo da obra, Gabriel García Márquez em momento nenhum mergulha no relato de um amor verdadeiro. Não o é a obsessão de Florentino Ariza por Fermina Daza, já que, mais do que por sua musa, o apaixonado é apaixonado, mesmo, por sua própria paixão; decerto, muito menos podem ser caracterizados como tal seus anelos fugazes de volúpia ("não sabia mais dizer se seu costume de fornicar sem esperanças era uma necessidade da consciência ou simples vício do corpo"). Nos tempos do cólera, não há personagens que sejam capazes de amar.
É por essas razões que, já precavido, posso avaliar a epífrase "os sintomas do amor são os mesmos do cólera" como mais um embuste de Gabo. Não senhor, não há espaço para o ódio, onde há o amor. Ele não dói; cura! E se a paixão nos rouba o ar e traz espasmos à altura do ventre, seria uma heresia confundir o egocentrismo de seu sofrimento com um sentimento tão nobre de quem não se deixa perceber a si próprio, por voltar o olhar primordialmente a quem se ama.
Se bem que essa poderia ser, na verdade, uma maneira belíssima de indicar, justamente nas lacunas, a inefabilidade do amor.
Não tem jeito, fui pego mais uma vez: "O amor nos temos do cólera" é, definitivamente, uma obra fantástica dedicada ao amor!
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Mara Islanne 21/10/2021

O amor pode resistir por tantos anos e se encontrar na velhice às portas da morte, quando nada mais parece ter graça em vida, depois de se ter vivido tudo que a vida poderia oferecer?
Florentino Ariza acreditou até o fim e viveu toda sua vida em função de reconquistar, ou conquistar de fato, o amor de Fermina Daza.
Quem lê esse livro esperando um romance meloso, se desaponta. É um romance cheio de percalços, por muitas vezes ultrajante, doentio, triste, porém, muito verdadeiro e humano. A história se dá em um país assolado pela peste do cólera e da guerra, um cenário podre, insalubre.
Não foi fácil chegar até o final, é um livro muito profundo. Chorei, ri muito e fiquei com raiva algumas vezes.
Tem um absurdo gritante que não vou comentar pra não dar spoiler.
Enfim, vale muito a pena a leitura, um dos meus favoritos do ano.
"Pois tinham vivido juntos o suficiente para perceber que o amor era o amor em qualquer tempo e em qualquer parte, mas tanto mais denso ficava quanto mais perto da morte."
Diego Fernandes 22/10/2021minha estante
Eu amo tanto esse livro, quero reler em breve.


Mara Islanne 22/10/2021minha estante
Eu amei também Diego, estou aqui sem saber como começar outro.


Diego Fernandes 22/10/2021minha estante
Hahaha também passei por isso, senti um vazio no peito. Demorei para aceitar que o livro tinha acabado. Hahahaha




maria 20/10/2021

Nem sei mais como elogiar Gabo. Meu 5º livro dele, e o susto com como ele descreve tudo magicamente ainda é o mesmo. Grande obra, importantíssima no momento atual.
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kleyson 08/10/2021

O Gabo sempre vem com uma maneira extraordinária de contar histórias, amei também essa, de amor. Fermina Daza e Florentino Ariza, quanta história! Nos mostrando de alguma forma que nos encontros e desencontros, muito se pode florescer.
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Maira Giosa 07/10/2021

O Amor nos Tempos do Cólera é um dos livros mais aclamados de Gabriel García Márquez - e com razão. Um romance que transcorre durante várias décadas num de seus muito povoados fictícios, mas que evocam a essência da Colômbia no início do século XX: guerra civil, pestes (aqui, o cólera), paisagens repletas das plantações bananeiras, a modorra causada pelo calor e, principalmente, os amores desencontrados.

Para o rolo amoroso, Gabo teve na história de seus próprios pais o ponto de partida: a jovem Luiza Márquez, para esquecer o amor da juventude, Gabriel García - telegrafista e poeta - é enviada numa viagem de um ano para o interior do país, tal como ocorre com os personagens Fermina Daza e Fernando Ariza.

Então, sim, este é um romance em seu sentido mais puro, que acompanha anos de afastamento e solidão do ser amado, correspondências não respondidas e expectativas não correspondidas, dúvidas, arrebatos e impulsos desencabidos. É uma história que demora para mostrar um rumo mas com personagens marcantes e reais. Mais um clássico pra lista!

site: https://www.instagram.com/livrosdamaira/
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Frank 03/10/2021

A palavra cólera tem duplo sentido e pode designar a doença ou o sentimento de fúria. Este segundo significado pode estar se referindo às guerras civis ocorridas ao longo da história.
A história conta o triangulo amoroso, separado por 50 anos de um casamento feliz e uma morte por velhice. É uma história dum realismo cru e até bizarro, impacta pela descrição detalhada de situações nojentas e cruéis.
É interessante perceber que não podemos encontrar na obra o timo herói romantico, perfeito, infalível. Temos personagens obssessivos, infiéis fisicamente, mas que se mantém fiéis no sentimento.
O Florentino Ariza nusca um encerramento feliz pra uma vida infeliz. A Fermina Daza um final feliz pra uma vida feliz e plena. O dr Juvenal emcontra a realização e a glória ainda em vida, antes do fim.
São personagens com pouco a se gostar, justamente por serem realistas.
Bom livro, texto fluído, mas história meio bizarra.
Não me pareceu uma história de amor.
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Rafa 01/10/2021

Esse foi meu primeiro livro do Gabo e certamente já quero mais. A história nos coloca para refletir em diversos momentos, sobre o amor, sobre a vida, sobre escolhas. Nos leva para uma época diferente, mas com acontecimentos não tão diferentes dos que estamos vivendo atualmente.
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renatavisani 22/09/2021


“Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a esse artifício conseguimos suportar o passado”.

400 páginas de escrita magnífica, personagens histéricos e a prova de que a fantasia é o amor mais poderoso no mundo.
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Denise 20/09/2021

Clássico
Tinha grandes expectativas em relação a obra do autor por ter lido várias críticas interessantes sobre sua escrita e criatividade. Para mim foi uma leitura bem diferente das habituais, o que me surpreendeu positivamente. Acompanhar a saga de Florentino Ariza nos leva a refletir sobre o tempo, a morte, a velhice e os caminhos que temos que percorrer para alcançarmos determinado objetivo em nossa trajetória de vida, com todos os seus percalços e aprendizados. A escrita de Gabo é riquíssima em detalhes, o que me fez visualizar os ambientes, situações e até mesmo os personagens apenas com sua descrição de seus trejeitos e personalidades.
Vale muito conhecer a escrita do autor e confesso que estou curiosa para continuar acompanhando sua obra. Li na belíssima edição comemorativa publicada pela editora Record o que visualmente abrilhantou ainda mais a minha experiência de leitura.
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