Resenhas - A Volta do Parafuso

Thaysa61 17/11/2020

Vale a pena!
O livro em si é muito gostoso de ler, é um dos poucos que conseguiu me deixar assustada, de fato. Ele requer uma leitura atenta a todos os detalhes, pois deixa algumas pontas soltas pra que o leitor tire suas próprias conclusões, o final me surpreendeu e me deu uma nova visão sobre a história e sobre a narradora. Confesso que não tenho certeza se entendi completamente a história, pretendo reler em breve.

moonlibrary 17/11/2020

Sinceramente, que livro chato.
Esse realmente não foi um livro que me cativou, foi uma narrativa arrastada e confusa e a protagonista é extremamente enfadonha. Felizmente a leitura não foi com nenhuma expectativa pré concebida, caso contrário seria uma grande decepção.

Vivi 16/11/2020

Que obra é essa 100or!!! Acho que Henry é um bruxo ( rsrs). Ele abre um leque de emoções com sua escrita. Eu senti angústia em vários momentos, tive certezas e incertezas e acredito eu que era a intenção desse gênio. Crianças demoníacas ou tão boazinhas quanto se demonstrava? Seria a tutora a louca da história? Porque Miles foi expulso do colégio? O que aconteceu realmente com a tutora? E tantas outras questões nos são apresentadas. E o livro fica ruim? Não , não mil vezes não!
É viciante!!!! E assim vai até a ultima página e cabe a sua imaginação decidir tudo o que aconteceu até aqui.
É um livro que eu com certeza pegaria de novo.
Valeu @lendo.e.acontecendo
Por esse presente maravilhoso!
Claro que li maratonando a série :)

raquelrocha 15/11/2020

interessante
No início fiquei bem intrigada com o livro, mas depois que passa do capítulo 4, a história acaba caindo o ritmo, se tivesse mais páginas e mais desenvolvimento seria uma história impecável, mas pela época, esse livro supriu as necessidades. Vejo que essa história serviu de base para muitos livros e filmes. Uma boa experiência, por te sido um clássico, mas não é melhor classico do gênero que li.

Laura 15/11/2020

Um livro cuja série se saiu melhor...
O cla?ssico ingle?s ?A outra volta do parafuso?, publicado em 1898, inicia-se com a leitura de um manuscrito, o qual conte?m o testemunho de uma governanta, contratada pelo tio de duas crianc?as apo?s a morte dos pais destas,
.
Ao chegar a? mansa?o Bly a governanta encontra Flora e Miles, duas crianc?as excepcionalmente educadas e graciosas. Pore?m, com o passar do tempo, ela percebe a presenc?a de dois fantasmas, um antigo empregado de Bly, Peter Quint, e a antiga governanta, srta. Jessel.
.
Contudo, ao contra?rio do que se esperaria, a governanta demonstra muita coragem e busca fazer de tudo para privar as crianc?as de tais aparic?o?es, mesmo que, para isso, ela se coloque na ?linha de frente?.
.
? ?I??? O?I?I?O:
?A histo?ria criada por Henry James e? super curta e pode ser lida rapidamente. Seu foco na?o e? colocar diversas aparic?o?es de fantasmas, ou perturbac?o?es causadas por esses, mas sim criar um clima de tensa?o, e isso, preciso dizer, que e? bem feito.
.
?Entretanto, ao assistir a adaptac?a?o feita pela Netflix (denominada ?a maldic?a?o da mansa?o Bly?) percebi que o livro realmente aborda a histo?ria de maneira rasa.
.
?Apesar de ser um bom livro, o preca?rio aprofundamento dos personagens, aliado a um final que mais deixa du?vidas do que respostas, fizeram com que os produtores da se?rie criassem um trabalho melhor com a histo?ria.
.
?Sim, pela primeira vez preferi o ?filme? (no caso se?rie) ao livro?
.
?A adaptac?a?o da Netflix cria um passado para a preceptora e consegue ampliar a tensa?o da histo?ria por meio deste. Ale?m disso retrata melhor os personagens adjuvantes, como a sra. Grose, a srta. Jessel e Peter Quint.
.
?Por fim... o livro NA?O e? ruim, apesar de na?o ser uma das histo?rias mais assustadoras que ja? li, ele apenas ?peca? por narrar a histo?ria de maneira ?rasa? (por isso 3??=bom)
.
?PS: com relac?a?o ao ti?tulo, ele peca em sua traduc?a?o por na?o ter um significado expli?cito. Isso ocorre porque o ti?tulo original (?The turn of the screw?) e? uma gi?ria que em portugue?s seria ?a gota d?a?gua?

Duda 13/11/2020

A Volta do Parafuso
Achei o livro bem cansativo de ler, mas apesar disso a história é boa, e o final em aberto é muito bem feita, mas decepcionante ao mesmo tempo, já que não conseguimos descobrir o que o menino fez na escola e se realmente os fantasmas existiam e as crianças os viam ou se era apenas loucura da governanta

Adrícia 10/11/2020

Deixou a desejar
Confesso que esperava um pouco mais de mistério e terror neste livro, principalmente porque li após assistir à série que foi inspirada pelo livro. A história é boa, porém de uma linguagem difícil e enrolada.

PoliAna | @poliana.e.seus.livros 09/11/2020

Dito pelo não dito
É uma historia de fantasma? É uma história relacionamentos abusivos? Ou a narradora é louca, inventando tudo para ter atenção?

Não sei o que pensar nem o que falar sobre esse livro. Preciso ler novamente para ver se, ao menos, consigo criar algumas respostas na minha cabeça, já que o autor não nos ajuda em nada.

Por fim, a escrita é rebuscada, o que torna o livro cansativo em diversos momentos, não sendo indicado para todos os leitores.

Rafael Mussolini 09/11/2020

A outra volta do parafuso
"A outra volta do parafuso" de Henry James (Companhia das Letras, 2011) é um romance norte americano que foi publicado inicialmente em partes na Revista Collier's em 1898. Foi reeditado, se tornou um clássico e recebeu inúmeras adaptações para TV e cinema. Conforme vamos lendo a obra, entendemos o porque de tanta celebração sobre uma narrativa, uma vez que o livro nos leva a uma história de assombrações que carrega consigo muitas camadas e é um exemplo do exercício da literatura enquanto arte. Em "A outra volta do parafuso" cada diálogo, cada descrição de personagens, ambientes e situações parecem cuidadosamente construídos para compor um universo muito bem pensado por Henry James que flerta com suspense, terror e mistério. O arrepio dos pelos da nuca e uma ligeira queda de temperatura em contato com as aparições parecem acontecer de fato enquanto lemos. Henry James consegue evocar sensações através das palavras.

Como o texto de Henry James trabalha muito com sugestões e sensações essa aura não poderia ficar de fora do título da obra. "A outra volta do parafuso" pode nos direcionar para várias formas de interpretação por conta de seu caráter subjetivo, mas acredito que todas elas vão se ligar à ideia de "uma outra maneira de enxergar", "o outro lado do que está posto", "o avesso", "aproximação de um outro estado de realidade", "um ponto de virada". Se existe uma volta do parafuso que aperta e prende, a outra volta do parafuso poderia ser aquela que solta e permite a vivência de um outro paradigma, de um terceiro olho, de algo diferente e "se uma criança dá ao fenômeno outra volta do parafuso, o que me diriam de duas crianças...?

Na história acompanhamos a chegada de uma jovem a uma propriedade para cuidar de duas crianças e ser uma espécie de governanta na mansão Bly. As duas crianças são órfãs e ficaram sob a tutela de um tio rico. Percebemos que a educação e até o afeto que essas crianças receberam sempre foram relegados a empregados da propriedade e esse tio inclusive, passa a maior parte do tempo longe das crianças e uma das condições ao contratar a governanta foi a de que ela deveria tratar de todos os problemas referentes às crianças e à casa sem o consultar. Inicialmente a moça da qual não sabemos o nome se vê vislumbrada pela propriedade campestre e pelas duas crianças que teria que cuidar. A menina se chama Flora e o menino se chama Miles.

Uma das portas de entrada para introdução do clima de apreensão e mistério está na chegada de Miles à propriedade depois de ser expulso do internato em que vivia por motivos que ninguém sabe ao certo. Só sabemos que é período de férias e que Miles não poderá voltar a escola. Henry James nos coloca diante de um personagem que pode ser o mal encarnado ou apenas a vítima de um boato ou injustiça. É isso que a governanta começa a buscar e conta com a ajuda de uma outra empregada da mansão, a preceptora Grose, que apesar de conhecer muito sobre a história da mansão e da família, parece não querer que saibamos disso.

Aos poucos a governanta vai começando a desconfiar de tudo aquilo que até então estava em perfeita ordem aos seus olhos. Seriam essas crianças tão perfeitas? Seria esse um emprego tão satisfatório assim? E esse lugar seria assim tão belo? Tudo isso se agrava quando a moça começa a esbarrar com pessoas que não deveriam estar ao redor da propriedade. Ela logo percebe que é testemunha de aparições de fantasmas de pessoas que supostamente foram funcionários da mansão e passa a desconfiar de que existe alguma relação dessas aparições com as crianças.

"A outra volta do parafuso" é um livro que precisa ser lido com atenção. Seu texto não é de enorme complexidade, mas pede uma atenção maior para absorver detalhes, intenções e até a estrutura que Henry James pensou para a obra. Além de todos os aspectos que disse anteriormente e que prende a atenção do leitor, acredito que esse livro utiliza de um artifício muito perspicaz para nos entreter, que é o uso de diversos elementos da contação de histórias, bem ao estilo das histórias contadas numa roda de amigos ou ao pé de uma fogueira. O livro já se inicia dessa maneira, antes de conhecermos os relatos da governanta onde o primeiro narrador, inicialmente, vai passando um "mel" na boca do leitor, adiando o início da narrativa, como a nos preparar para algo muito surpreendente. O narrador está munido de escritos registrando a história que será contada pela passou que passou pelos fatos.

"O caso, devo dizer, era o de uma aparição surgida numa casa velha semelhante àquela em que estávamos reunidos no momento - uma aparição, das mais terríveis, testemunhada por um menininho que dormia no quarto com a mãe e que a acordou apavorado; acordou-a não para que ela dissipasse seu medo e o tranquilizasse, e ele então voltasse a dormir, mas para que ela própria defrontasse, antes de conseguir fazê-lo, com a mesma visão que o abalara."

Henry James consegue fazer a gente se sentar ao redor dessa fogueira e a esperar ansiosos pelo que vai acontecer. O autor nos ganha já nas primeiras linhas usando a curiosidade como estratégia de imersão. Estamos diante de uma narrativa que bebe da tensão e usa e abusa de um clima psicológico onde as respostas não são importantes e sim as dúvidas.

site: https://rafamussolini.blogspot.com/2020/11/a-outra-volta-do-parafuso-de-henry-james.html

Cardoso 04/11/2020

and within a minute there had come to me out of my very pity the appalling alarm of his being perhaps innocent. It was for the instant confounding and bottomless, for if he were innocent, what then on earth was I?

É curioso que, até hoje, The turn of the screw seja lido literalmente como uma história de fantasmas. Na sua forma, o é, evidente; mas o mínimo conhecimento em psicologia, pedagogia ou mesmo do comportamento cotidiano de crianças e doentes mentais dispersaria a forma, tão bem utilizada, em detrimento do conteúdo, tão bem guardado: duas crianças, necessitadas urgentemente de amparo, nas mãos duma preceptora em estado alucinatório grave.

Prova disso é quando a narradora "analisa" e "compreende" o que as crianças estão dizendo: mesmo sob sua pena, claramente tendenciosa, que com o passar dos anos entendia "com mais clareza" o que havia ocorrido, é possível ver que, pensando nos pequenos como manipuladores e cínicos, eles, simples crianças, estabelecem uma diálogo, um pedido de socorro, unilateral com a babá; com frequência, quando ela põe o que pensa na mesa, estabelecendo o desentendimento, fica patente o desamparo das crianças (e não o "encurralamento", a "descoberta"). Prováveis vítimas de assédio (não se sabe se eles viram demais ou foram alvos, propriamente, de abuso sexual), principalmente Miles aspira por uma escuta, por um ponto de retorno depois de suas andanças em busca de sua pobre "liberdade".

As aparições, na verdade, são mais reais que os irmãos, meros artífices do desejo da autora: crianças, aos seus olhos, "perfeitas" (ou seja, sem personalidade alguma) interceptoras de seus fantasmas. Ms. Grose, desamparada, simplória e supersticiosa, se vê refém das certezas irrefutáveis da colega de trabalho; logo entregando-se à novata, acaba por permitir o desenvolvimento do quadro sintomático delirante.

Quint, de início, não lembra ninguém para a preceptora, mas é referenciado em relação ao patrão — é fácil supor que, na escritura de suas memórias, tenha se invertido a conversa com Grose, tendo a própria identificado o fantasma como o falecido empregado; o fato dela saber que vê Jessel sem nenhuma descrição prévia é significativo. Quint é a representação depravada do patrão na medida em que Jessel é a dela — ela até escreve para o amante! As crianças conectam os fantasmas mas só fazem afastar os vivos.

Por trás disso tudo, a moral vitoriana é alvo de uma virulenta, ainda que discreta, crítica: os silêncios, os modos, as hierarquias, os receios! É claro que acreditar em fantasmas é mais fácil do que uma doce e virgem senhorita perguntar a um garoto, seu patrão, se ele foi estuprado.

Diego 03/11/2020

"O poder que um delírio pode ter de sobreviver à sua refutação por meio de argumentos sensatos."

"A imaginação, porém, tem seu próprio fanatismo, e sua própria crueldade."

Ana Terra 03/11/2020

À beira da loucura
Todo mundo nesse livro está pirando, essa foi a MINHA conclusão da leitura. Eu achei muito legal a maneira como o escritor trata as situações e me levou a crer que ele queria deixar muita coisa em aberto, deixando por escolha do leitor entender o que aconteceu. A única coisa que me pegou foi a escrita, por se tratar de um livro muito antigo, mas tirando isso, muito bom mesmo!

ana 02/11/2020

Uma reflexão sobre obsessão e a natureza humana
Queria dizer que entendi de primeira, mas seria mentira. No começo, parece ser mais uma história de fantasmas, mas ao longo da narrativas é possível perceber um significado oculto por trás de tudo. Ao meu ver, a história pode ser vista como a sedução do mal e a luta da governanta em salvar as inocentes crianças do que tenta as atrair. Com essa pequena descrição, acho que já é possível se ter uma noção da profundidade da história e das várias maneiras de a interpretar

Matheus945 01/11/2020

Gostei muito dessa história, ela ficou em mim por muito tempo, tanto que estou escrevendo a resenha quase 1 mês depois. Me assombrou e me choca sempre que eu lembro do seu final. Porém, tem seus defeitos. Tenho umas coisas que pensei sobre a história.

Primeiro que a história em si não é confiável, já que é daquelas que ouvi alguém contando e to recontando depois de muito tempo. Acredito que isso deixa a história com um tom de lenda urbana. Segundo, as pessoas são muito fracas de espírito kkkk qualquer coisinha e ja ficam muito afetadas, ainda mais em se tratando de criaturas sobrenaturais. Terceiro, capaz dessas crianças viverem melhor sozinhas do que com esses adultos cuidando delas: tio que não ta nem aí pra elas, governanta trata de qualquer jeito, uma babá professora meio sem noção das ideias... Isso que me incomodou mais, essa falta de zelo pelas crianças não ser chocante para ninguém.

Mas o desenvolvimento é muito bom, ver a protagonista enlouquecendo aos poucos sem ter a noção da dualidade dos sentimentos pelas crianças. Amei e recomendo.

Mikael_13 31/10/2020

Leitura interessante, agora já posso assistir a adaptação e comparar com o livro.