Resenhas - A Volta do Parafuso

Melina71 10/07/2024

Parado e com uma tradução pedante
Clássico do terror gótico do séc 19 e curiosamente escrito pelo irmão do William James kkkkkkkkkk

Acho que é um bom exemplo de como a mídia e a velocidade da informação estraga um pouco as experiências de algumas histórias, principalmente de livros de terror

Depois de tanto tempo vendo as mesmas fórmulas, o livro parece um pouco chato, já que todo mundo conhece alguma história de fantasma

Mesmo assim ele ganha pontos na ambientação e na caminhada entre sanidade e loucura da personagem principal

Marcilio Duarte 09/07/2024

Loucura, ideação ou realidade?
Loucura, ideação ou realidade? Neste livro, que inspirou a série "A Maldição Bly", da Netflix, temos uma governanta - cujo nome nunca é revelado - dominada pelo sentimento angustiante de dúvida. Até que ponto Miles e Flora são influenciados pelo comportamento de duas entidades sobrenaturais (Peter Quint e Jessel)? Ou seriam eles crianças dotadas de grande inteligência e capazes de manipular situações, levando a governanta a um estado de semiloucura? Por que a senhora Grose os protege? O que ela esconde?

Dilso 09/07/2024

Narradora suspeita...
Tal como em Dom Casmurro, aqui não dá para confiar no narrador/personagem. Aliás, com o tempo fui percebendo que narradores em primeira pessoa são sorrateiros e só contam, lógico, a sua versão da história (esta eivado de sentimentos bons ou maus e geralmente bem enviesadas). Como dito, percebemos o mesmo em "A outra volta do parafuso", obra considerada de terror [têm fantasmas?] e bastante ambígua... No entanto, nos intestinos do texto, sei que há/é mais do que isso. Está nítido que os não ditos abrigam uma constelação de entrelinhas e críticas mascaradas à sociedade de seu tempo. Quais? Vale a pesquisa. Aposto nisso.

Lu 05/07/2024

Ué.
Senti que faltou uma ligação, uma argamassa, uma conexão.
A história é interessante, mas os diálogos e as divagações da narradora eram meios soltos, às vezes eu me perguntava do que ela estava falando...
Sim, é um livro de 1898, outra época etc. Mas li outros livros dessa mesma época e não senti essa dificuldade, essa falta de conexão.

lilið§¸ðï¸ 04/07/2024

Foi bem difícil terminar esse livro. As vezes parece que está indo em uma direção interessante e do nada para no meio do caminho, tinha tudo para ser bem legal mas não foi

Beth 03/07/2024

Eu adoro histórias de terror, sou uma grande fã de literatura gótica, é esse livro parecia ter todos os elementos pra me prender.

A história é até legal, mas infelizmente a escrita é muuuuito arrastada, muitas vezes eu me perdia em parágrafos desnecessariamente longos e enrolados que traziam pouco ou nada de relevante pra narrativa e só me davam a sensação de que o autor estava enchendo linguiça.

Eu gosto de todo o clima tenso, de suspense, de desconfiança que se constrói entre os personagens principais, mas infelizmente, esses fatores pesaram muito pra mim e não me permitiram ter uma leitura fluida e prazerosa. Uma pena.

Vivica.midors 29/06/2024

Peter e Srta. Jesel?
O livro possui uma narrativa boa. Posso dizer que em alguns momentos me faziam querer ler mais e mais. Mas o final não é tudo isso. Não é ruim mas não é incrível.

Celia.Mattos 29/06/2024

Uma história com suspense e mistério, que nos deixa cheios de perguntas e teorias. Na narrativa um grupo de amigos conta histórias de terror, é contada a história de uma governanta que aceita um emprego para cuidar de duas crianças, sobrinhas de um homem rico, que faz a exigência de não ser incomodado.
Na afastada propriedade, cuidando de Flora e Miles o mistério os cerca quando a governanta começa a ver fantasmas, e acredita que são ex funcionários da casa que querem tomar as crianças sob seus domínios.
História bem construída e instigante, que nos dá margem para muitos enredos.

Rafael3901 29/06/2024

Prometeu tudo e não entregou nada
Um livro que cria em alguns momentos um ar meio assustador, fiquei esperando um susto, um grande acontecimento...mas nada aconteceu. Cheguei dormir nas últimas páginas.

Aline221 28/06/2024

A verdade como perspectiva
Mais do que uma história de fantasmas que introduz o elemento macabro das crianças supostamente malignas, a outra volta no parafuso é um mergulho na mais absoluta incerteza. Os fatos são narrados pela perspectiva da preceptora protagonista, que tem plena certeza do que vê, mas que é contrastada por outros elementos que nos fazem duvidar de sua versão e suspeitar de sua sanidade mental. Temos pistas para qualquer interpretação e esse é o grande êxito da obra, permitindo mais de uma leitura. A tensão está presente de forma gradual, bem como se desse, lentamente, mais uma volta no parafuso, chegando ao ápice no final abrupto e catártico. Foi uma boa leitura.

Cristiane 28/06/2024

A outra volta do parafuso.
É véspera de natal, algumas pessoas estão reunidas para ouvir uma história. Um homem lê um manuscrito que ele guarda por cerca de quarenta anos. Uma governanta que ele nutria respeito ou outro sentimento, lhe contou esta história e deixou com ele estas páginas. Um relato do que ela viveu...
A preceptora muito jovem, responde um anúncio no jornal para cuidar de duas crianças órfãs. O responsável por elas, um tio, passa as informações para jovem e diz que ela é totalmente responsável pelas crianças: Flora e Miles, não quer ser perturbado com os problemas, ela deverá resolve-los sozinhas.
A preceptora vai para Bly, a propriedade rural onde está menina e a Senhora Groves, outra funcionária da fazenda.
A menina é linda, quase um anjo, obediente e tudo mais. Logo em seguida chega o menino acompanhado de uma carta, fora expulso do colégio interno, sem nenhuma explicação.
Aos poucos a preceptora começa a ter visões fantasmagóricas de duas pessoas que morreram: Sr. Quint um secretário do patrão, que morreu em decorrência de uma queda, e a Srta Blair a antiga preceptora...
Um romance ou novela gótica muito gostoso de ler.

Thais 26/06/2024

A volta do parafuso
Em momento nenhum eu me convenci que de fato ela via fantasmas.
Acredito que a beleza dessa obra e acreditar ou não na história dela, porém por eu não acreditar fiquei o tempo todo achando chato.

lelereis 24/06/2024

Perturbador
Dei três estrelas e meia para A outra volta do parafuso não por falta de genialidade do autor ao escrever a obra ? há! isso é o que não faltou para ele, de fato. Mas sim porque não é o meu estilo de gênero, descobri ao lê-lo. Ele me deixou muito inquieta e odiei o fato de não saber se podia confiar na narradora, nas crianças, na sra. Grose, na existência dos fantasmas? Ao mesmo tempo, essa ambiguidade que me deixou arrepiada e aterrorizada durante toda a leitura ? o que é, dentro do gênero, um ponto muito positivo. Ela que traz à tona o gênio do autor, que, obviamente, fez isso de propósito. Você, leitor, está no escuro na trama inteira. E você permanece no breu depois de terminar.
Achei a leitura um pouco complicada, você tem que ler o mesmo parágrafo algumas vezes devido aos diversos devaneios da narradora. Tem momentos que os diálogos parecem não fazer sentido ? fiquei feliz ao saber que era porque, realmente, eles não faziam. Digo, eles eram inconclusos demais. Não se concluía, de modo algum, qualquer assunto, te deixando às margens do conhecimento do que TALVEZ se deu.
Durante a leitura inteira eu não sabia se duvidava ou se acreditava na governanta. As crianças pareciam muito estranhas também (contudo, vale lembrar que nós só as conhecemos através da ótica enviesada da narradora), cheguei até a duvidar da sra. Grose que, no fim do livro, aparentava ser a mais sensata dos personagens, em toda sua simplicidade.
E o motivo da expulsão de Miles da escola? Aquilo me deixou perturbada mesmo. Algumas pessoas interpretaram de forma mais branda, já eu acho que foi da pior maneira possível mesmo. Entretanto, de novo, você fica na incerteza de tudo.
No geral, eu, Letícia, acredito que os fantasmas eram reais. Se as crianças sabiam da existência deles? Fica uma incógnita, mas acho que o Miles sim, se as últimas duas páginas servem de apoio. Acho que a governanta se deixou levar, de tal modo, na missão de provar que os fantasmas existiam, na missão de ?proteger? as crianças (pondo-se em um pedestal e voluntariando-se ao martírio ? mulher de vaidade e soberba exorbitantes! pondo todos em risco nesse teatro de virtude heroica! ela jurava que estava ajudando alguém com aquela insanidade) que resultou naquele final infeliz.
A loucura da governanta recaiu como um tormento sobre as crianças. Essa foi minha visão da história ? existem várias outras interpretações, mas eu enxergo assim.
O que ela deveria ter feito? Primeira aparição, não precisava nem que a srta. Jessel tivesse aparecido ainda: vazar daquela merda de mansão, pelo amor de Deus. Contar para o tio das crianças. Mas nãooo, o orgulho dela não permitiu. Entrar em contato com o tio delas era equivalente ao fim do mundo. Mulher DOIDA (agora estou me exaltando kkkkkkk vou finalizar a resenha).

Gostei do livro. Não amei. Terror psicológico me aterroriza demais. Não sei se vou ler outros livros da mesma estirpe. Henry James é genial. A ambiguidade, que faz o livro ser genial, me incomodou muito. Ao mesmo tempo que gostei dessa característica, não gostei. Não me apeguei à escrita também, prefiro outros autores. É um clássico da literatura mundial, leiam.

Diogo 21/06/2024

Nada como uma preção psicológica para por em frangalhos a mente de uma jovem governanta, e as consequências que pode acarretar na sua vida.

Jucilene 21/06/2024

O livro contém duas histórias: A volta do parafuso e Daisy Miller.
Na primeira, temos a narração de um conto envolvendo fantasmas. A trama é boa e tem bons personagens. Mas tem muitos subentendidos, tantos que, às vezes, eu não consegui entender o que estava acontecendo exatamente. Muitas palavras e frases soltas, mas mesmo na minha ignorância do que estava ocorrendo, ainda foi o suficiente para me deixar apreensiva pelos personagens e ansiosa em saber como se desenrolaria o enredo.
A segunda história acompanha o jovem Winterbourne e seu envolvimento com a jovem Daisy Miller que o encanta e fascina.
Ambas são bem interessantes e com temáticas distintas. É uma leitura que poderia ser enquadrada naqueles livros para se ler em um dia.