A outra volta do parafuso

A outra volta do parafuso Henry James




Resenhas - A Volta do Parafuso


767 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


spoiler visualizar
comentários(0)comente



corpsebride 07/08/2024

Eu odeio finais abertos,
Mas, surpreendentemente, esse não foi um deles. Sinto que essa é a primeira vez que me deparo com um final aberto que não me faz pensar que o autor é preguiçoso ou covarde demais para por os pingos nos is.

Optei por ler uma edição de 2008(?) que tinha em casa e a leitura é maravilhosa. A história flui bem, mas é bom parar para analisar algumas situações no livro e focar bem no comportamento de cada personagem porque sua forma de ler as situações e papéis, te dá o seu final para essa história. E acho que o mais interessante da experiência é que cada um vai ter um final diferente.
comentários(0)comente



Fernanda Melo 04/08/2024

Não leia de noite!
Da ambiguidade existente no livro surge a imortalidade dessa obra. Podemos ler e reler, meu caso, e ainda assim não chegamos ao consenso, e que bom!

"Palavras não têm o poder de impressionar a mente sem o horror extraordinário de sua realidade." Edgar Allan Poe
Edição lindíssima da TAG???
comentários(0)comente



Matteus5 03/08/2024

Romanticamente sombrio
A obra é considerada uma grande narrativa gótica do século XIX, mas que se prendeu num passado muito distante. O livro é sim muito bom, porém ele é um tanto maçante e delongado demais. Cada cena é dramatizada de forma exagerada, aparentando ser um roteiro de uma peça de teatro.

A história é simples, uma governanta trabalha com duas crianças numa velha casa e coisas estranhas acontecem. Como disse antes, o desenvolvimento é lento e a obra é exagerada. A título de comparação, os contos de Allan Poe, com a mesma temática e anteriores à Henry, já sabiam aproveitar melhor os cenários e a atmosfera que a novela aqui citada.

No mais, o livro faz jus ao título de clássico, mas também o quebra, uma vez que se prende ao tempo em que foi feito.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Bela 29/07/2024

Um clássico é um clássico. Leitura viciante, capítulos curtos, temas interessantíssimos. O terror que o livro transmitiu não tem comparação. Recomendo ler devagar para pegar as sutilezas, até porque o narrador em 1a pessoa não é 100% confiável, então muito fica aberto para interpretação do leitor. Únicas críticas: queria um epílogo pra fechar e a relação da preceptora com o menino é desconfortável.
comentários(0)comente



leticiarochs 29/07/2024

Razoavel
O livro A Volta do Parafuso por Henry James teve a sua 1ª publicação de 1898, há 126! Do ano dessa publicação 2024, e até hoje esse livro gera uma discussão, pois está muito passível de interpretação pessoal do leitor. Há quem diga que o fantasma que a governanta vê é o fantasma da heterossexualidade compulsória, pois fica muito entre linhas que ela sentia atração pela outra mulher na casa.
Outra interpretação que fica aberta para o leitor é que o fantasma que parece exercer um poder sobre as crianças Flora e Miles é a própria tutora tentando realizar um controle sobre as crianças, pois é seu primeiro emprego, e busca ser perfeita, além do que, as crianças sofrem um abandono parental e ela se vê na posição de superprotetora dos dois.
É um livro clássico, de 200 páginas, o que confere uma leitura de 3h (em média). O grande ponto aqui é o livro não te dá explicações muito bem detalhadas, e os pontos de interpretação são jogados pelo autor e cabe ao leitor capturá-los.
Achei uma leitura interessante
comentários(0)comente



Thales 28/07/2024

Terror psicológico talvez não seja pra mim
Eu sei que o livro é de 1898 e é um clássico. E não é por isso que acabei não curtindo a leitura. Nunca tive resistência em ler clássicos. Porém, meu incômodo maior durante a leitura está na escrita. O livro não tem escrita rebuscada e nem tampouco é mau escrito. É tranquilo de ler. Minha dificuldade mesmo foi o uso excessivo da vírgula para destacar apostos, isso me deixa bem confuso e desinteressado. E quando falo excessivo, é excessivo mesmo. Talvez seja uma característica da escrita de Henry, ou talvez não (talvez a tradução? Não sei.). Eu teria que ler outras obras do autor para tirar esta dúvida. Fiquei distante da história no meu processo de leitura principalmente por esse motivo, mas entendi a história.

A obra é referência para o terror psicológico. Tanto que existem outras obras literárias que tomam este livro como menção, além de séries e filmes adaptadas com base nele também. "A Maldição da Mansão Bly" é um exemplo. Diante disso, não sei se esse gênero (terror psicológico) é pra mim. "A Última Casa da Rua Needless" também segue nessa linha e não curti. Perceber se o narrador é confiável ou não me deixa bem confuso. Também senti falta do aprofundamento dos personagens. Não consegui me conectar (me importar) a nenhum personagem, pois gosto bastante de saber suas particularidades, por mais descritivas que sejam. Enfim... Infelizmente, este ficará como uma experiência ruim de leitura.
comentários(0)comente



lucasfrk 28/07/2024

A volta do parafuso ? comentário
?Acho que todo o mundo de Kafka pode ser encontrado de um modo muito mais complexo nos contos de Henry James. Acho que os dois consideravam o mundo como algo ao mesmo tempo complexo e sem sentido.[?] Ele [Henry James] disse que The Turn of the Screw [A volta do parafuso] era só uma fonte de renda e que ninguém deveria lhe dar importância. Mas não acho que isso seja verdade. Talvez ele tivesse dito: Bom, se eu der explicações, isso empobrecerá a história, porque as explicações alternativas ficarão de fora. Acho que ele fez assim de propósito.?
? Jorge Luis Borges, em entrevista à Paris Review (Ronald Christ, 1967)

A volta do parafuso (1898) é uma ?novela de fantasma? do escritor americano Henry James. É uma obra rarefeita de informações, no intuito de deixar o leitor mais absorto num suspense/terror de caráter psicológico, onde o mal é mais insinuado do que revelado. Narrativa repleta de ambiguidade, o livro permite várias interpretações, ao que elenco duas proposições: I) a governanta está delirando; ou ii) os fantasmas existem (fantasmas esses que seriam extensões sinistras da realidade cotidiana). A obra vai de uma narrativa moldura (história dentro da história), no prólogo, para uma narração em primeira pessoa, no restante do livro (ambas as partes com um narrador-personagem), de modo que o autor, muito habilmente, vai construindo esse texto de caráter dúbio e sugestivo através de uma narradora em primeira pessoa, ou seja, não confiável (aliás, percebo agora que talvez este seja o primeiro livro de um escritor homem com uma narradora mulher que li até agora), de modo que o livro constrói uma relação de persuasão da narradora que se reflete no estilo de James (metalinguagem). 

?Se uma criança dá ao fenômeno outra volta do parafuso, o que me diriam de duas crianças?? [?] ?Ninguém além de mim, até agora, a ouviu. É de fato horrível demais.? [?] ?Ultrapassa todos os limites. Nada que eu conheça lhe chega perto?.? (p. 7)

Assim, o escritor traça uma narrativa de incerteza, estranheza e perversidade, por meio dum estilo que preza pela adjetivação e pelos parágrafos longos, poucos diálogos (mais concentrado nos monólogos internos dessa narradora). Percebam como, ao início, quando começa chega pela primeira vez na casa para trabalhar como governanta, a narradora, deslumbrada, cria em sua cabeça um lugar muito mais paradisíaco quando comprado a suas descrições de quartos e corredores obscuros, sombreados por uma iluminação frágil à base de velas, na medida em que se cria o mote principal da trama. O leitor, portanto, acaba se tornando refém das informações fornecidas por essa narradora suspeita (ela luta com a própria consciência, buscando justificação de outros para expiar sua culpa e suas faltas com as crianças). No prólogo, Henry James, através do personagem Douglas, tenta convencer o leitor de que a governanta é uma personagem muito digna de confiança, ao que ele vai testando essa proposição através das inúmeras desconfianças geradas pelas situações e pelo rebuscamento histriônico da narradora.

??A senhora ficará deslumbrada com o pequeno cavalheiro!? ?Pois bem, creio que é para isso mesmo que estou aqui ? para me deslumbrar. Devo confessar, porém?, lembro que um impulso me levou a acrescentar, ?não é nada difícil me deslumbrar. Já me deslumbrei em Londres!?? (p. 18)

?Era um prazer [?] sentir-me tranquila e justificada; sem dúvida, talvez, refletir também que graças à minha discrição, meu sóbrio juízo e meu severo senso geral de decoro, eu estava dando prazer ? se é que ele pensava nisso! ? àquele a cuja pressão eu cedera. O que eu estava fazendo era o que ele enfaticamente esperava de mim e explicitamente me pedira, e o fato de que, no final das contas, eu me revelava capaz de fazê-lo me proporcionava uma alegria ainda maior do que a por mim antecipada. Em suma, eu me via, confesso, como uma jovem extraordinária, e confortava-me a confiança de que esse fato haveria de se manifestar de modo mais público. Pois bem, eu precisava mesmo ser extraordinária para enfrentar as coisas extraordinárias que em pouco tempo começaram a dar os primeiros sinais.? (p. 29)

??Então a senhora me garante ? pois isto é da maior importância ? que ele era definitiva e assumidamente mau?? ?Ah, assumidamente, não. Eu sabia, mas o patrão não.?? (p. 48)

(Curioso como ela (a narradora-personagem) atribui perversidades aos ditos fantasmas, sendo ela mesma a única a, concretamente, causar algum mal às crianças, visto que, por exemplo, Miles morre em seus braços, enquanto ela tenta convencê-lo de que o fantasma de Quint os observa.)

Se cria, então, uma multiplicidade de sentidos, de maneira que James não está preocupado em determinar e/ou impor um significado a sua obra, mas deixar que o público, a sua revelia, explore os meandros dos signos implícitos ? e explícitos no livro. Seria este livro uma novela sobre a luta contra o mal incorpóreo que tenta se apossar da carne humana ou sim uma alegoria ? uma ?história de amor? ? para a repressão sexual advinda duma sociedade moralista da era Vitoriana? Várias são as possibilidades de leitura da obra. O terror é criado, desta forma, na imaginação do leitor, por entre informações fragmentadas (?[?] talvez tivesse me poupado ? bem, logo se verá do quê.?, p. 74).

O livro é tão acachapante que ajudou a fundar uma nova escola crítica, a neocrítica, ou nova crítica, onde se estabeleceu uma cisão entre autor e obra, de modo que esta vale por si própria, sem necessidade de biografismos implícitos nas narrativas. Quero ainda dar destaque para o excelente prefácio de Jorge Luis Borges ? ao qual lerei algumas de suas obras daqui alguns dias, ou semanas ? nesta edição da Ediouro, e ressalta essa dicotomia entre realidade e irrealidade das aparições, a coexistência ou não do bem e do mal no menino Miles e na menina Flora, bem como a credibilidade da narradora. Por fim, o livro é realmente muito bem escrito (não gosto desta expressão, mas paciência), só deixo ressalvas quanto a mudança de narração do prólogo para o enredo principal, posto que os estilos de escrita se assemelham bastante sendo que se tratam de narradores diferentes (o que se esperaria, para o bem da verossimilhança, que sejam diferentes). No mais, elogios ao brilhantismo do título (uma boa sacada) e ao imenso poder de economia narrativa de Henry James.

?Estava bem claro que, por meio dos pequenos artifícios tácitos com que ele, mais ainda do que eu, cuidava de preservar minha dignidade, fora-me necessário apelar a Miles para que não continuasse a exigir de mim o esforço necessário para igualar-me a ele nos termos de sua verdadeira capacidade. [?] Eu só podia seguir em frente tomando a ?natureza? como minha confidente e levando-a em conta, tratando minha monstruosa provação como um esforço numa direção estranha, é claro, e desagradável, mas algo que exigia, afinal, para manter uma fachada serena, apenas outra volta do parafuso da virtude humana comum.? (p. 135)
comentários(0)comente



bia | @biatalendo 25/07/2024

Cheio de camadas que tu não imagina.
Acho que tem um momento da leitura que tu para, põe o livro de lado e pensa: nesse mato tem coelho.
Ao passo que é legal ler sem nenhuma informação de outros sobre a leitura, saber que tu deve olhar além do que o Henry escreve, é crucial pra tu se sentir um pouco mais intrigado com essa história de fantasma.
Eu já sabia de muita coisa porque sou obcecada pela série Bly, e vejo o quão o Mike conseguiu pegar a essência do livro para por na série, no entanto, aqui, a profundidade é sobre outra coisa.
Não se limite à apenas o que Henry escreveu, ele é quase como um autor neutro, não confiável. Meus insights só vieram depois que eu, de fato, terminei o livro.
Fiquei surpresa com a forma que mulheres foram retradas aqui. Um livro no final dos anos 1800, escrito por um homem, e as protagonistas são realmente intrigantes e inteligentes, eu já estava preparada para me irritar e ver uma narrativa de uma mulher boba - como muitos homens escrevem mulheres -, mas me surpreendi com a dureza dessas personagens. Ponto que me deixou muito feliz e sinto que é comum no gótico.

Ademais, como sempre, bato no martelo para que leiam pela edição da Penguim. Tradução fantástica, diagramação boa e um posfácio excelente e muito sábio, é a editora do meu coração.
comentários(0)comente



g.darko 23/07/2024

UAU
no começo eu tive MUITA dificuldade de gostar dessa história, mas do meio pro fim, eu me apaixonei pelo estilo do James, amei a escrita...eu me sentia completamente imersa no cenário em que se passa o drama... mistério?
essa obra me surpreendeu de tantas formas e conversou comigo de uma maneira inesquecível, eu entendo que talvez esse livro não venha a ter um impacto positivo para todo mundo, considero um livro complexo, e cheio de camadas escondidas.
eu gostei principalmente de que o livro é aberto a imaginação do leitor, e que cabe a nós imaginarmos os horrores e os perigos que aqueles dois rostos angelicais lutavam tanto pra esconder.
comentários(0)comente



Mikaelle.Guedes 21/07/2024

Amei
Particularmente esperava algo do tipo da série mas me surpreendi justamente porque achei muito mais interessante o que foi abordado aqui. O final me pegou totalmente de surpresa e só isso já me conquistou por completo.
comentários(0)comente



Rinaldo 17/07/2024

A volta do Parafuso e Daisy Miller
Boas histórias numa época onde a mulher era vista de outra forma, mas nas duas histórias elas assumem o protagonismo, nem sempre sendo a heroína de fato.
comentários(0)comente



Janise Martins 13/07/2024

Outra Volta do Parafuso

Uma leitura sofrida, porque a escrita não é fácil, a primeira publicação foi em 1898, então exige um pouco mais de atenção. A narradora da história também fala de suas sensações, sentimentos, pensamentos a medida em que narra, mas nada conclusivo. Isso torna tudo cansativo, é como andar no mesmo lugar. Mas a sempre a sensação de que há algo errado.

Uma professora foi contratada para cuidar duas crianças, uma menina e um menino, 8 e 10 anos, as quais o tio, responsável, não queria ser incomodado com nenhuma informação sobre eles e sobre nada. Sendo que o menino foi expulso da escola.

Além dessa situação, há a aparição de pessoas que já morreram, e a professora vê pela mansão, e desconfia que as crianças também veem. Agora, o menino é mais assustador que as aparições, além de muita coisa estranha que ocorre naquela casa.

Se não fosse o palavreado de 1800, acho que eu gostaria mais. O final eu fiquei olhando meio que admirada, não esperei, e ainda não acreditei. Acho que terror não é minha “praia”.

E foi isso.

Bjoo.

#mli2024

site: https://www.instagram.com/p/C9YgDZpxnuR/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==
comentários(0)comente



Camila.Santos 10/07/2024

Terror psicológico, com narradora ambígua, que nos deixa em dúvida em muitos momentos sobre suas suposições e julgamentos acerca do que está acontecendo na casa. Muitos discutem inclusive se de fato havia algo de sobrenatural, e embora a narração deixe margem para esse tipo de suspeita, alguns fatos concretos na história me fizeram pessoalmente descartar essa hipótese.
Apesar de ser uma novela curta, a ambiguidade e as voltas que a personagem dá ao apresentar suas impressões sobre as crianças, suas teorias e tudo o mais, tornam a leitura em alguns momentos lenta e morosa. Mas tive a impressão de que tenha sido uma estratégia para distrair o leitor, e nos pegar desprevenidos com os "sustos", da mesma forma que os jumpscares dos filmes do gênero. Mas aqui os sustos estão longe de serem baratos e sem propósito. São cenas cuidadosamente construídas para nos deixar tensos, mesmo que isso não pareça óbvio. E é aqui que a confusão e a ambiguidade da narrativa tem o seu papel, de nos trazer incerteza sem deixar óbvio o que virá a seguir.
comentários(0)comente



767 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR