Robremir 16/10/2024
500 anos depois e ainda esperamos uma Utopia
Neste livro, escrito em plena renascença, em 1516, Thomas, atuando como embaixador fora de seu país, narra seu encontro com Rafael Hitlodeu, um viajante, que após muito conhecer do mundo, acabou indo parar na fantástica ilha de Utopia. Na primeira parte da obra, Thomas e Rafael discutem sobre como uma pessoa como ele pode aconselhar governos e monarcas, e Rafael cita que não acha isto viável devido a política que cerca os governos e vontades dos soberanos para com o seu povo. Na segunda parte da obra, Rafael conta pormenores da ilha de Utopia, em que viveu durante algum tempo: nela não existe dinheiro, nem advogados. As leis são poucas e quem não as cumpre é tornado escravo. Todos têm direito a família, trabalho, alimento, repouso e praticar a religião que lhe convier ( desde que saiba respeitar a religião dos outros, inclusive em templos comuns). As guerras são travadas por estratagema e mercenários, e há um rei que controla a ilha junto com uma espécie de senado que é escolhido por cada cidade da ilha.
O último capítulo é uma perfeição. Mas o livro em si é bem chatinho. Mas vale a pena se você ler com aquela visão de que ele é bem pós medieval, mesmo. Sendo assim ele é completamente revolucionário, até na forma de tratar as mulheres de Utopia ( que eram quase tão importantes, quanto os homens).
Chocado como o autor foi revolucionário.
Curiosidade: Thomas More foi contemporâneo de Erasmo de Roterdã.