Resenhas - Édipo Rei / Antígona

aryyss 27/10/2024

Gostei muito
senti tanta pena do Édipo, vítima de profecias
e seus filhos coitados
antigona gostei muito da história dela
mas meu personagem favorito foi um guarda que fala com creonte, ele é um divo

Cabeça 09/10/2024

Oia, até que me pegou um pouco
Livro muito interessante, história muito gostosa mas tem seus pontos negativos. Tipo, acho que a gente já usou tanto nas artes os ?fundamentos e ideias? gregas, que tipo, pareceu muito clichê KAKAKAKAKKAKA tipo ?aaaah ele já matou o pai, que é o único cara que ele matou e ja pegou a mãe, sendo a única esposa dele? NOOOOOOOOSSA QUE SURPRESA? KAKKAAKAKKAKA mas é muito bom, outro problema é o texto universitário de 54 páginas que eu não li pois não entendi nada (não sufoque o artista) mas eu gostei bastante do livro. Infelizmente, não o amei

Pipo 29/04/2024

Excelente!
Este é o primeiro livro que leio acerca da tragédia grega e um das primeiras obras primas da literatura universal que tive o prazer em conhecer. Édipo Rei e Antígona, protagonistas desta trama, encabeçam um dos temas mais discutidos nestes últimos milênios: a obediência a Lei Suprema em face das leis dos homens; o poder supremo de Deus que rege e governa tudo em detrimento do poder temporal com suas inúmeras falhas e patentes defeitos. Em forma de diálogos, Sófocles expõe o destino de um rei amaldiçoado, que mata o próprio pai e casa-se com a própria mãe, tendo com ela filhos, herdeiros desta mesma sorte. Antígona, filha desta relação incestuosa, para mim, é o reflexo do heroísmo grego, e opositora ao poder tirano. Com frases de efeito - vale dizer, verídicas -, rebela-se contra o despotismo em nome do poder Eterno, preferindo a morte a ter que viver sob o julgo da injustiça.

Korvus 10/03/2024

Uma Curiosidade Morta Por Mim
Já tinha feito estudos acerca da História de Édipo em diversos momentos, tanto no meio estudantil quanto no âmbito autodidata. Fiquei impressionado pelos detalhes mais aprofundados e confuso por determinadas consequências ao longo da trajetória de Édipo. É uma grande mescla de tristeza, trajédia e infortúnios, com uma dose de elementos sobrenaturais. Eliminei uma curiosidade, porém não foi uma leitura extremamente interessante.

Daianne.sgs 08/11/2023

Tragédia grega com enredo interessante
O livro é bem fácil de ler e a escrita de fácil compreensão.
Mesmo não sendo um gênero que eu não tenho hábito de ler , consegui acompanhar perfeitamente.
O enredo é envolvente e da aquela vontade de continuar lendo pra saber o desenrolar da história.

Louise Mariane 05/11/2023

Eu adorei a leitura. Já conhecia a história mas nunca tive a oportunidade de ler o livro. Esta peça com certeza me abriu novos olhares para as tragédias gregas, por tanto, pretendo continuar a comprar livro nesses moldes.
No mais, coitado de Édipo! Nota-se que era um homem bom. Ninguém que não presa por si e pelos outros faria o que ele fez. Nem mesmo se compreendesse que nada fez por intenção.

Bruna 26/10/2023

Sendo psicóloga eis aqui a origem de um complexo. Um dos mais famosos, escrito de forma bela por Sófocles. Neste nos contemplamos com duas tragédias que detalham uma linhagem infeliz. Suas historias são conhecidas, então o valido de ler as obras são as reflexões que podemos tirar para nossa vida. Ações por impulsos, justiça a todo custo, impaciência, e tantos outros.. no fim, colhemos escolhas.

silvia 03/09/2023

Minha primeira Tragédia Grega!
Esse livro comporta duas tragedias: Édipo Rei e Antígona. A escrita é um tanto rebuscada, então não é todos que irão gostar, creio que o público alvo seriam pessoas mais velhas que já possuem uma certa maturidade. Um exemplo é que se me dessem esse livro 5 anos atrás eu odiaria.
As tragédias não passam de 100 páginas cada uma e são envolventes e instigantes, mesmo escritas a mais de 2000 anos ainda traz valores que devemos aplicar ao dia a dia.
Édipo Rei fala sobre a maldição que recai sobre Laio, onde seu filho o mataria e esposaria sua mulher (a própria mãe de seu filho), daí que surge o ?Complexo de Édipo? que vemos na psicanálise.
Já Antígona, filha de Édipo, conta uma Tragedia sobre amor fraternal, onde a mesma morre em prol de seu irmão, e seu noivo morre em prol da mesma.

deadly_romantic 18/07/2023

O invencível destino
Em suas duas mais influentes obras, sófocles revela a tragédia como um efeito do destino imposto pelos deuses como um ato de vingança. aqui (e essa edição em específico tem um ótimo prefácio sobre isso) podemos entender como esse tema era importante para a geração de dramaturgos do século de pericles e como o mito de édipo e sua linhagem acabou se tornando um simbolo perfeito disso, além de um clássico essencial do teatro grego

ey kety 04/06/2023

O poder cega qualquer pessoa
Li esse livro pra apresentar um seminário, fui mais na obrigação mas cara, que livro incrível e super necessário.
Acho que todo mundo um dia deveria sentar para ler essa história.
Antígona me dá raiva, mas me cativa, ela era comum mas tinha coragem, não tinha voz naquela sociedade, mas não teve medo de enfrentar um rei inflexível e cego pelo poder para dar a seu irmão um fim digno. Rainha?

Ana Bernhard 10/05/2023

O mau que atrai o mau
Nesse livro vemos duas histórias que se complementam, de uma tragédia que se iniciou com uma profecia terrível para o Rei Laio: de que ele seria morto por seu próprio filho. No desejo de que ele não viesse a morrer disso, o Rei encarregou um servo de matar seu filho. O servo teve misericórdia da criança, o levando para uma terra distante para viver. Com o desenrolar da história, o filho do Rei Laio, Édipo, acaba por retornar para sua terra, matando sem saber o seu pai e se casando sem saber com sua própria mãe (a Rainha Jocasta, ex esposa de Laio).

Anos depois, após a morte de Édipo, sua filha Antígona se rebela contra o rei Creonte a fim de realizar o funeral de seu irmão. O Rei se mostra irredutível contra ela, o que mais tarde gera a morte de Antígona, de seu filho Hermon e de sua esposa Eurídice.

O que vejo nessa e em outras histórias da filosofia grega (como a Ilíada) é como o medo extremo pode nos levar exatamente ao destino que tanto evitamos. E que também o mesmo amor que nos dá a vontade de viver pode nos levar até a morte.

O mau causado pelo Rei Laio de desejar matar o próprio filho a fim de permanecer no poder, retorna para ele mesmo e amaldiçoa até a segunda geração de sua família, mesmo após a sua morte. Isso poderia ser simplesmente evitado tendo amor por sua família, sem grandes preocupações com o destino ou com a escolha dos deuses.

Também vejo que o abandono da sabedoria e a cegueira por causa de nossas emoções nos leva a fazer exatamente o que repreendemos nos outros, como é o caso do Rei Creonte. Durante o reinado de Édipo, ele o aconselhou a ser sábio e ponderado, mas quando chegou a sua vez de passar pela adversidade ele ignorou todos os sábios conselhos de seu próprio filho.

E mais uma vez, o mau causado (aqui pelo Rei Creonte) recaiu sobre suas gerações.

denis.caldas 13/04/2023

Clássico fundamental da humanidade
Puxa, que bacana ler um clássico direto da fonte (traduzida, claro), que traz questões filosóficas e psicológicas fundamentais da humanidade!

"Sabedoria é essencial para a felicidade. Não se deve agir contra os deuses. As palavras dos homens arrogantes trazem consigo, em troca, os grandes golpes do destino, que cobra os débitos na velhice ensinando, assim, sabedoria." (Êxodo, Antígona)

"Habitantes de minha pátria Tebas, eis o Édipo! Que os famosos enigmas soube, o homem poderoso; Cuja sorte, na urbe, todos viam com inveja: Vede em que onda horrenda de desgraça ele voga! Assim, nenhum mortal que o último dia ainda; Está por ver, não feliciteis antes; Que sem prova de mágoa chegue ao termo da vida." (Exôdo, Édipo Rei)

"Ó deuses, sofro males sem número! Toda a minha tropa enferma; E não tenho na ideia adaga; Que corte o mal. Nem frutos brotam; Da terra ilustre, nem filhos; Dos trabalhos gementes obtêm as mulheres. Um depois do outro, vê-se precipitar meu povo, como pássaros de penas; Mais rápido que fogo infatigável; Nas ribas do deus do ocaso." (Segunda Estrofe, Édipo Rei)

Gustavo 03/03/2023

Dramaturgia
Uma das maiores referências da dramaturgia na história. Um conto trágico, de certa forma empolgante.

Lorena.Mireia 21/02/2023

Obras-primas do teatro grego
Édipo Rei

Esta, que é uma das mais famosas peças teatrais da cultura ocidental, foi a responsável por trazer visibilidade e prestígio ao dramaturgo Sofócles na Grécia Antiga.
No início da trama, temos o rei Édipo, casado com Jocasta, vivendo com seus quatro filhos. O rei decide consultar o Oráculo de Delfos a fim de buscar resposta para a causa da peste que está assolando a cidade de Tebas. Logo, descobre que a calamidade se deve ao fato do assassino do rei Laio ainda estar vagando impune.
Ao saber que Laio foi seu predecessor, consulta o adivinho Tirésias para esclarecer os fatos. Atormentado com a inquietante resposta, Édipo recorre a sua esposa, a qual tenta acalmá-lo lembrando de uma profecia que aconteceria com seu filho, mas que isso foi um engano dos deuses, visto que não havia se concretizado. Entretanto, essa revelação o aflige ainda mais, pois ele escutara algo semelhante e, por causa dela, incorreu em uma desatinada fuga para escapar do cruel destino prenunciado.
A profecia reside no seguinte: Édipo mataria o pai e desposaria a própria mãe. O que Édipo não imaginava é que ao tentar fugir dessa má sorte é que rumaria justamente ao encontro dela. No seu percurso, ele entra em discussão com um grupo de homens e, encolerizado, tira-lhes a vida. Dentre esses homens, um era o seu pai biológico Laio, a quem ele nunca conhecera. Até esse ponto, ele estava convicto de que seus pais eram os reis de Corinto, pelos quais foi criado. Após tal incidente, Édipo segue para Tebas, resoluciona o enigma da esfinge, salva a cidade que vinha sendo dilapidada por esse monstro mitológico e, por conseguinte, é imediatamente aclamado rei de Tebas. Naturalmente, já toma Jocasta, que é a esposa do rei anterior.
Foi assim na completa ignorância que Édipo cometeu o parrícidio e, posteriormente, um incesto. Vítima de uma fatal predestinação antes do seu nascimento, era inevitável que ele escapasse ou tivesse livre arbítrio para realizar suas escolhas. Como se não bastasse a sucessão de desditas do nosso valente herói, ele não consegue lidar com o fardo das descobertas indigestas e pune terrivelmente a si mesmo.
A obra da Antiguidade Clássica foi objeto de uma série de estudos ao longo dos séculos. Nesse contexto, serviu de contribuição a Freud para desenvolver a teoria denominada Complexo de Édipo.

Antígona

Em Antígona, temos um desdobramento com os descendentes de Édipo. Seus dois filhos, Etéocles e Polinices, matam-se mutuamente em uma altercação. Diante disso, o rei Creonte (irmão de Jocasta) resolve que apenas um receberá as devidas honras fúnebres, ao passo que o outro (Polinices) será acusado de traidor e terá seu corpo insepulto, jogado ao relento para as aves e os cães.
Essa medida desperta uma baita indignação em Antígona, a qual está disposta a comprar uma briga com o Soberano se possível, mas jamais permitir que seu irmão fique sem uma sepultura digna. Não obstante os esforços da irmã Ismênia em dissuadi-lá, a jovem determinada Antígona vai até o corpo do irmão para sepultá-lo em consonância com as ordens dos deuses, ainda que na contramão do rei despótico.
Em decorrência desse ato corajoso e insubmisso de Antígona, ela é levada pela sentinela à presença do rei Creonte. Este, por sua vez, reage enfurecido ao ser desobedecido por uma simples mulher, e dessa forma, sentencia a sua morte.
Em meio a essa tragédia, o seu filho Hermon sendo o noivo da jovem condenada, contesta a decisão do pai. Creonte fica zangado com o filho, porém permanece irredutível. No entanto, quando o experiente Tirésias, que nunca errara uma previsão, prediz a Creonte que uma terrível desgraça vai acontecer com seu descendente se ele insistir em sua postura tirana, o rei tardiamente se dá conta que precisa urgentemente reverter a situação: libertar Antígona e sepultar Polinices.
Todavia, a imprudência desmedida de Creonte a essa altura vai lhe custar a perda fatal do filho, da esposa que morreu lançando-lhe maldição, e da pobre inocente Antígona. O rei fica desolado e amargamente arrependimento por ter sido tão cruel e desobediente aos deuses.
A peça nos faz refletir sobre o amor ao poder, bem como as graves consequências que resultam de um governo marcado por imprudência, autoritarismo e orgulho. Como afirma uma frase proferida pelo Coro: ?Sabedoria é essencial para a felicidade.?

Satiro 07/12/2022

A potencialidade do trágico
Não há definição melhor do que TRÁGICO! Incrível como a história é bem ditada e com bom ritmo, tendo em apenas poucas linhas ter tamanha empatia por cada personagem e compreendendo o desenrolar da narrativa. E em alguns trechos gerando precisas reflexões e nos marcando o porquê dessa obra perdurar mesmo tendo sido escrito na antiguidade. Vale demais ler as duas obras (destaque para a ótima edição - simples, porém bem fundamentada)!