O Evangelho segundo Jesus Cristo

O Evangelho segundo Jesus Cristo José Saramago




Resenhas - O Evangelho Segundo Jesus Cristo


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Mariana113 18/11/2024

Maestria.
Eu tenho uma péssima mania de ler ficção e ter aquilo como verdade absoluta, e nessa leitura é um dos momentos que isso veio a tona. Acredito fielmente no que Saramago escreveu.

Não nego que a leitura pode ser cansativa pela forma que é formatada, mas nunca é entediante.

Minha parte favorita foi depois dos 80% e simplesmente devorei, quando vi já estava na última página.

A conversa entre Jesus, Deus e o Diabo faz tanto sentido que pode magoar o mais crente, imagina o bafafá que esse livro gerou na época.

É tanta maestria e genialidade.. queria saber o que acontece depois, mas a verdade é que eu já sei, pois vivo nesse futuro.
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reiwoods 17/11/2024

Saramago monstro
Faz um pouco mais de um mês que comecei a ler esse livro. É Saramago, né? Dá um desconto! É interessante ver a reação das pessoas quando me viram lendo um livro com esse título. Uns diziam ?Quem te viu, quem te vê, hein Rei?? e outros, com aquela soberba de crente, falavam ?Até que enfim encontrou o caminho, já era tempo!?. A verdade é que é um puta de um livro foda, Nobel né! Um livro que, apesar de difícil leitura, te prende! Seria lindo e revolucionário se todos os crentes o lessem também, se ao menos tivessem o hábito de leitura. Mas parece que conhecem apenas um livro na vida, e acredito que nem bem o leem! Não posso julgá-los, eu também não leio a Bíblia; o máximo que fiz foi bolar um baseado com uma página do Apocalipse!
O que me prendeu em ?O Evangelho segundo Jesus Cristo?, de Saramago, foi a reflexão sobre a figura humana de Jesus Cristo. Um homem que, se para a época era normal, pelo menos era bastante singular, ao menos na narrativa do livro. Ele é retratado como alguém que questiona tanto seu passado quanto seu futuro, desafiando, de certa forma, os desígnios de seus dois pais.
Um livrão da 🤬 #$%!& !
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Hênio 15/11/2024

Jesus, Madalena e um Deus CEO: Saramago não poupa ninguém
É impossível encarar O Evangelho Segundo Jesus Cristo sem perceber a ousadia de José Saramago em subverter um dos pilares mais sólidos da cultura ocidental: a narrativa bíblica. Neste romance, Saramago não só reconta a vida de Jesus como a humaniza, trazendo um protagonista que vive, questiona e sofre como qualquer outro ser humano.

A linguagem, característica do autor, é quase um sermão em si: fluida, sem pausas formais, mas carregada de significados. O Jesus de Saramago é um homem em constante confronto com sua humanidade e sua divindade imposta. Em sua relação com Maria Madalena, há afeto e carne, uma dualidade que parece se estender ao longo de toda a narrativa: Deus e o Diabo, amor e destino, obediência e rebeldia.

A crítica à religião é evidente, mas não é gratuita. O autor expõe o poder e a manipulação divina de forma incisiva, deixando ao leitor o espaço para refletir sobre fé, moralidade e escolhas. Deus, aqui, não é o ser magnânimo da tradição, mas uma figura ambígua, tão capaz de criar quanto de destruir, interessado em seu próprio protagonismo.

Mais do que um romance provocador, O Evangelho Segundo Jesus Cristo é um convite ao pensamento. Para quem tem fé, ele pode ser uma perturbação. Para quem não tem, talvez uma reafirmação. Mas para todos, é uma obra que nos força a olhar para o divino com os olhos bem abertos e críticos.

Um livro impactante, desconfortável e essencial.
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Pantaleoniano 14/11/2024

A única teologia consequente
"É preciso ser-se Deus para gostar tanto de sangue".
"Homens, perdoai-lhe, porque ele não sabe o que fez".
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Barbara1780 03/11/2024

Emocionante
A escrita é densa e requer muita atenção na leitura, mas nada apaga o brilho de uma história tão conhecida ser reescrita de forma sensível e humana. É sempre incrível ver óticas diferentes sobre o melhor ser humano que já habitou a Terra: Jesus.
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Barbara857 03/11/2024

Li esse livro em 2014 e estou escrevendo a resenha em 2024. Só lembro que amei, Saramago é genial.

"Em verdade, em verdade, vos digo, não há limites para a malícia das mulheres, sobretudo as mais inocentes."
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DiegoDeLarge 28/10/2024

Deus é medonho
Mais do que uma humanização de Jesus, Saramago faz nesse livro uma análise da psique do deus do velho testamento.
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Tati.Tatiana 24/10/2024

Homens, perdoai pois Ele não sabe
O que faz.
Que livro fantástico! Cada livro que leio do Saramago, me apaixono mais pela escrita do autor
Em O Evangelho o autor vai recontar umas das histórias mais conhecidas da Humanidade, a De Jesus Cristo.
Mas nessa obra JC é visto de uma forma mais humana. Com suas fraquezas, seus erros, suas incertezas e seus amores.
Saramago conta a história de Jesus, filho do Homem.


Amei se tornou um dos favoritos
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Erica.Pierre 29/09/2024

Não é sempre uma leitura fácil. Definitivamente tive que dar uma forçada em alguns momentos. Mas não pela história ser chata, de maneira alguma. Achei fascinante a forma que ele tem de contar o que se passa. Marquei várias passagens que me fizeram refletir. Foi até bom ter lido esse livro na versão digital, já que não gosto de marcar livros físicos e esse é cheio de trechos dignos de serem realçados.
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nicorobin 13/09/2024

"Homens, perdoai-lhe, porque ele não sabe o que fez."
Sobre a leitura: Não vou mentir, demorei muito pra me acostumar com a escrita do Saramago e, por um bom tempo, enrolei e procrastinei sob essa desculpa. Mas valeu muito a pena. De uma forma quase imensurável. Creio que a partir da 100° página a história se desenrola de uma forma que é quase impossível não se maravilhar, você sente como se tivesse aprendido a ler apenas para que, algum dia, pudesse ler esse livro. E eu sinceramente acredito que esse é um dos melhores livros que eu vou ler em toda a minha vida.

Sobre o livro: Saramago soube subverter muito bem os elementos cristãos, isso provavelmente incomodaria muito um religioso, mas é preciso saber separar e entender o que está sendo dito, a crítica não necessariamente é direcionada a Deus, pois sendo Saramago o ateu que era, não poderia criticar algo que não acredita existir, mas ao conceito que temos e que disseminamos desta divindade.
Falando ainda a respeito do Deus de Saramago ( e quero deixar claro que, quando eu falar de Deus aqui, estarei falando do Deus retratado neste romance), dá pra ver claramente que ele é mais inspirado na versão do velho testamento, enquanto a versão mais benevolente e misericordiosa acaba sendo completamente manifestada através de Jesus, que foi retratado de uma maneira tão humana e sincera que só poderia ter acontecido através dele.
Achei absolutamente genial a ideia de não tratar o Diabo como um inimigo, mas como um irmão gêmeo do próprio Deus, os dois nascidos ao mesmo tempo, pois jamais haveria um sem o outro.
A referência aos heterônimos de Fernando Pessoa naquela conversa do Barco foi um dos ápices para mim. Não sei se tô tirando leite de pedra, só que, assim como Jesus, Deus e o próprio Diabo, fiquei assustada. Uma sensação de perigo iminente, como se uma outra dimensão tivesse se sobreposto de repente e não fôssemos capazes de sequer compreender o que estamos presenciando. Enfim, foi só um parágrafo. E foi muito bom. (leiam Saramago).
O final é estarrecedor e, mesmo que todos nós saibamos que fim levou o Cristo, ainda nos choca. Não podemos almejar sermos mais do que peões, manipuláveis e descartáveis, no grande jogo de Deus. É cruel.

Não pautei tudo o que eu queria (até porque seria impossível), porém acho que consegui expressar o quão espetacular esse livro foi e ainda está sendo mesmo agora que o concluí. Sério, apenas leiam Saramago.
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Veri 11/08/2024

Obra Prima!
Para mim, depois dessa 3a leitura, O Evangelho Segundo Jesus Cristo continua sendo uma obra prima e um dos livros favoritos da vida.

A humanização de Jesus e todos os personagens ao seu redor, na minha humilde opinião, longe de afrontar a igreja católica, deveria ser vista como uma ficção que tornaria toda a história de Jesus mais crível.

E o melhor, a relação entre Deus e o Diabo. Mais humana impossível.

Um livro que deixa muita coisa para pensar.
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Nicolas523 01/08/2024

"Deus não perdoa os pecados que manda cometer"
Para poder escrever esta resenha, tenho que humildemente me ajoelhar diante desse livro de Saramago. Que obra! Fui completamente fisgado pelo modo de narrar do autor, a prolixidade cristalina de seu texto que, mesmo quando parece perder-se em meio às suas próprias digressões, é interessantíssimo no mais mínimo comentário.

A obra de Saramago é permeada por polêmicas religiosas, e este livro matiza todas críticas do escritor em relação ao cristianismo, retratando o divino da mesma forma que a própria Bíblia o permite considerar (principalmente no Velho Testamento): vingativo, irritadiço, colérico e dominador. No entanto, a existência de Deus em nenhum momento é questionada. Enquanto isso, Jesus é humanizado ao máximo, e por isso mesmo o melhor personagem dentre todos da história; o Jesus de Saramago nasce e é concebido como todos humanos o são, aprende antes de passar a ensinar (o livro bem pode ser um romance de formação, a formação de Cristo) e comete erros, deslizes, julgamentos, coisa que aproxima o leitor ainda mais de sua figura.

Saramago tem a habilidade sobrenatural de tornar cada capítulo igualmente fascinante, se o demorei para ler foi apenas para adiar seu fim, saboreando e absorvendo palavra por palavra. Mesmo assim, há um capítulo em específico que cintila entre as joias preciosas dos outros: o que trata sobre a conversa entre Jesus, Deus e o Diabo. Neste momento, o plano de Deus é revelado, e Jesus se vê como um joguete nas mãos de seu criador, um meio estratégico para que Ele difunda sua religião aos quatro cantos do mundo, um plano de séculos que estava em andamento desde à criação, e que Jesus, ao tentar fugir, acaba por consumar.

("Então Jesus compreendeu que viera trazido ao engano como se leva o cordeiro ao sacrifício, que a sua vida fora traçado para morrer assim desde o princípio dos princípios [...]")
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Giovana.Otani 01/08/2024

Impressionante.
Tive que ler por causa da faculdade, mas esse livro é simplesmente genial. Chocante em alguns momentos, claro, porém toda a construção da história que ele criou em cima das ?brechas? da Bíblia e o Jesus humanizado, dualidade entre o bem e o mal? simplesmente incrível. A obra relaciona-se perfeitamente com ?O Anticristo?, de Nietzsche, confirmando ainda mais a genialidade do autor.
Sem palavras. Saramago é foda.
Nicolas523 02/08/2024minha estante
Achei muito interessante isso que comentou, do autor trabalhar em cima das "brechas" da Bíblica. É livro foda mesmo. ^^




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