A Montanha Mágica

A Montanha Mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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Nicole.Mastella 13/06/2021

Essa grande escalada - resenha no @entrefolhasefolhas
?A montanha mágica?, do alemão Thomas Mann, é um clássico romance do século XX e suas mais de 800 páginas escritas minuciosamente foram inspiradas na visita do escritor à sua esposa, que se tratava em um sanatório em Davos, na Suíça, por problemas pulmonares.

A obra se passa pouco antes da Primeira Guerra Mundial, e nela vemos um retrato da sociedade europeia da época e os pilares de suas construções sociológicas e políticas.
Hans Castorp, o personagem central, pretende visitar por três semanas seu primo Joachim Niemssen ,que tratava a tuberculose nos alpes suíços.

A ida de Hans à montanha mágica tem como significado trilhar a busca por si mesmo - por esse motivo a obra é denominada romance de formação. Formação de seu caráter, da sua moral, do seu próprio eu.

Para construção da  identidade do jovem Castorp, com cerca de 20 e poucos anos e uma recém completa formação em engenharia naval, em diálogos e pensamentos, perpassam pela história temas como política, arte, o estado doentio, o confronto entre corpo e espírito, o amor, e o tempo. O tempo é ressignificado para Hans, desde que saíra da planície para subir às montanhas, como se a experiência temporal se diluísse na construção infinita do tempo ali nas montanhas, sem haver mais referências para o personagem acerca do presente, passado e futuro. Tudo se funde em um só, eterno. A experiência vivida n?A montanha mágica muda a temporalidade sensorialmente sentida.

Prolongando sua estada, Hans então passa a conhecer intimamente personagens que vivem lá: o humanista Settembrini, o jesuíta Nafta, a hedonista Peerperkorn, e a paixão de Hans, Madame Chauchat, dentre outros. O microcosmo retratado pela obra se dissolve no macrocosmo: as vivências de Hans nos Alpes suíços se assemelham aos pensamentos da sociedade pré-guerra na Europa. Mas, assertivamente, viver na montanha se demonstrou para o personagem uma ascensão de corpo e alma em relação à planície, ao mundo externo à Montanha Mágica.
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Carol 25/05/2021

Escalando uma montanha
Foi a impressão que tive lendo esse livro, que eu escalava a Montanha, pois é uma narrativa muito longa e muito densa, então de fato leva muito tempo e a gente sente o progresso. Me comprometi a ler 5% a cada dia de leitura, às vezes parecia que não chegava nunca e outras vezes eu nem percebia que já tinha alcançado. No geral é um livro muito bom, com uma ótima história e personagens incríveis. Mas tem algumas partes arrastadas, principalmente as que narram discussões e divagações de caráter filosófico. São interessantes, mas exigem bastante do cérebro e por isso cansam mais do que a narrativa ficcional. De qualquer forma fico feliz de ter conquistado esse clássico tão famoso e agora conhecer a história de Hans Castorp.
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Adalgiane 19/05/2021

Muito interessante e profundo!! Nos faz refletir muito a respeito da vida!! Recomendo para quem gosta também de filosofia. Livro inteiramente filosófico.
Rafael Bezerra 19/05/2021minha estante
As brigas filosóficas entre Settembrini e Naphta são tão acalorada que acaba em tragédia...




Felipe1503 18/05/2021

Muito demais...
A montanha mágica parecia muito promissor no início. Tinha personagens interessantes, um cenário que poderia render excelentes tramas... Mas no fim das contas eu achei a história muito... "Demais". Bem arrastada... Senti que o autor tentou nos prender na história pra tentar dizer algo.
Não gosto desse modelo de novela onde os personagens ficam por várias e várias páginas divagando filosoficamente sobre determinado assunto... Não gosto porque nos tenta passar uma imagem que está havendo uma discussão, quando NÃO ESTÁ. O Autor criará uma situação para expor sua visão sempre.

Achei muito parecido com Crime e Castigo do Dostoievski e lamentei porque o fim parecia que poderia render muito mais. - Senti como se a história não tivesse uma trama central.

Afinal de contas, Hans estava ou não doente? Acho que nunca irei saber.

Me perdoem, mas foi isso que pensei.
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Carolina.Gomes 18/05/2021

Tempo... tempo.. .tempo
Enfim, cheguei ao topo da montanha!

O que dizer dessa obra prima?! Após cerrar as páginas, o livro ainda ecoa em mim.

Ao longo dessa leitura, eu experimentei múltiplas sensações. Às vezes como leitora distanciada da historia, às vezes como hóspede da montanha.

Me surpreendi com a elegância e a genialidade de Mann. O domínio absoluto da narrativa, a fina ironia, a profundidade com que ele aborda os mais variados temas.

Esse é um romance de formação, mas é também um romance sobre o tempo e sobre a doença não só física, mas também social, moral e política.

A montanha é o Olimpo de Mann: Do alto ele contempla a humanidade. Para Hans e seus companheiros, a montanha é como a caverna de Platão: um refúgio onde é permitido se alienar do mundo real. Um lugar onde nada se faz e onde o tempo parece não passar...

É um livro repleto de simbologia. Cada leitor encontrará sua própria interpretação.

Não posso dizer que foi uma leitura fácil e fluida, mas ao final, sinto-me recompensada por ter enfrentado o desafio.

Para mim foi, sem dúvida, uma experiência literária incrível !
Ana 18/05/2021minha estante
Que resenha maravilhosa!


Carolina.Gomes 18/05/2021minha estante
Inspirada por amigas maravilhosas como vc! ?


Thales 18/05/2021minha estante
Carol quando eu crescer eu quero ser que nem você. Baita resenha!


Carolina.Gomes 18/05/2021minha estante
Thales, as suas são maravilhosas!! ?


Brenda.Podanosqui 19/05/2021minha estante
Excelente resenha. Já estava na minha lista agora quero ler o quanto antes ?


Carolina.Gomes 19/05/2021minha estante
Que bom, Brenda! ?


Thamiris.Treigher 19/05/2021minha estante
Amei sua resenha! ??????


Carolina.Gomes 20/05/2021minha estante
Obrigada, Thami ?


Eliza.Beth 20/05/2021minha estante
Que lindooooo... acompanhei sua jornada e quase sinto que subi essa montanha tbm hahaha
Mas o tempo da minha escalada chegará ?


Carolina.Gomes 20/05/2021minha estante
Vou lembrar de vc sempre q pensar nesse livro, Beth! ?




Rafael Bezerra 18/05/2021

Um romance de formação muito bom, porém extenso. Achei muito cansativo, mas gostei. Tenho que ler de novo devido à complexidade do livro. Um Romance sobre o tempo.
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Tiago Fachiano 15/05/2021

Tempo na vida
Este livro do Thomas Mann fala de tantos assuntos que é difícil escolher o tema principal. Podemos dizer que o assunto básico é o transcorrer do tempo na vida. O tempo que é marcado pelo movimento é uma das poucas medidas imutaveis da ciência. É comprovado cientificamente que podemos voltar micro segundos no tempo, dependendo de diferentes pressões atmosféricas, mas é impossível mudar nossas ações que transcorreram no tempo passado. O herói principal da jornada se chama Hans Castorp. Um jovem alemão que vai fazer uma visita a um primo que está instalado no alto da montanha em um sanatório (antigamente sanatórios eram usados para cuidar doenças respiratórias). Ele vai para essa visita com proposito de ficar por 2 semanas, mas lá ele percebe que tudo tem um tempo diferente e que sua estadia vai se prolongar e muito. Ele vive por muitas situações nesse caminho e inclusive encontra um grande amor. A grande questão do livro é realmente os acontecimentos versus o tempo. O quanto isso é importante em nossas vidas.

Outro fator interessantíssimo do livro são as discussões entre dois amigos do Hans. O Sr Naphta e Setembrini. Naphta é um Jesuíta com aversão a evolução da humanidade e apaixonado pela Idade Média, enquanto Setembrini é um humanista progressista e liberal. Uma discussão (dentre dezenas) me chamou a atenção e foi sobre o comunismo. Setembrini faz uma comparação fantástica entre comunismo e a igreja jesuita, onde ambos abominam as riquezas, mas seus líderes vivem em prol da luxúria. Cada discussão de ambos são ricas em conhecimento e história europeia.
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Pagliuca 05/05/2021

Coisas da Vida.
É um livro grande, longo... de uma história que poderia ter acontecido com qualquer um. Se é que boa parte dela já não tenha acontecido...
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SLMM 03/05/2021

Uma Obra Peculiar
Não é um livro para novatos na arte de ler. E também dificilmente se prestará a aqueles que buscam páginas emocionantes com uma estória onde virar as páginas se faz com pressa para se descobrir como uma trama, um enredo, um mistério se resolverá. Livro denso, estória lenta, onde o tempo da leitura se alinha ao tempo da estória.
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marcosm 26/04/2021

A montanha mágia
Não sei como avaliar este livro.
Gostei bastante e acho que consigo entender porque se tornou um clássico. A prosa do Mann é cativante e ele consegue prender o leitor mesmo sem muita coisa acontencendo e com o protagonista sendo, segundo o próprio narrador, medíocre.
Surpreendeu-me muito como trata de assuntos diversos, de biologia à maçonaria e tem uma parte que lembra até um filme de terror. Eu comentei com amigos que é um livro 'sobre tudo', porque não tem uma trama propriamente dita, mas o Mann usa a permanência do Hans Castorp no sanatório Berghof para discorrer e filosofar sobre o tempo, a vida, o amor e outro temas mais. Chamam atenção os personagens 'secundários', Settembrini e seu nêmesis Naphta, o calado Joachim, Clawdia, e o deslumbrante Peeperkorn.
Léo Queiroz 15/04/2022minha estante
Simplesmente apaixonante e de uma magnitude ímpar! Fenomenal!




Clara 17/04/2021

O tempo
Eu pretendia terminar esta leitura em um mês, mas tal qual, Hans Castorp, minha estadia foi mais longa, exatos três meses.
A leitura por vezes é massante e desgastante, capítulos de 1h40 falando somente da anatomia da pele (é a morte para mim), no mais o narrador é muito bom, acho que é uma das jogadas do Mann, o narrador conversando com o leitor.
Mas é uma leitura "gostosa", recomendo que leia em conjunto com outra, ela sozinha desgasta demais.
Viviane Stenzel 17/04/2021minha estante
Adorei a analogia com o tempo na montanha e p tempo na leitura do livro.


Clara 17/04/2021minha estante
Mulher, vi que você leu também. Quanto tempo levou ??? Eu achei massante demais, mas o final valeu a pena. E madame Chauchat é tudo em minha vida.


Viviane Stenzel 17/04/2021minha estante
Eu demorei uns seis meses, mas isso pq eu comecei a ler e parei na página 400. Só voltei agora em março e terminei em abril.




Viviane Stenzel 17/04/2021

Leitura desafiadora
O primeiro dia na Montanha foi o mais difícil pra mim**.. depois disso a leitura engatou. É uma obra de peso de um autor que ganhou o Prêmio Nobel (com o livro Os Buddenbrook).
Pode ser difícil no começo, mas no final vale a pena.
** Depois de ler, vocês irão entender! Hahaha
Ediane.Siqueira 05/05/2021minha estante
Estou contando com isso, li 100 páginas e não me sinto motivada a continuar a leitura.. Mas vou fazer isso pq todos dizem que vale a pena rs




Diego Rodrigues 16/04/2021

"Aqui não há tempo nem vida" - Um romance sobre o tempo e a morte
Em 1912, Katia Mann, esposa do renomado escritor alemão Thomas Mann, foi internada em um sanatório de Davos, na Suíça, para tratar de um caso de tuberculose. Naquele mesmo ano, inspirado em uma visita que fez ao local, Thomas Mann começou a escrever a obra que viria a se tornar uma das mais influentes da literatura mundial. Doze anos e uma guerra depois, "A Montanha Mágica" foi finalizada e, finalmente, publicada. E cinco anos mais tarde, em 1929, Thomas Mann venceu o Prêmio Nobel de Literatura e entrou de vez para o hall dos maiores romancistas da história. "A Montanha Mágica" é um romance de formação que vai nos contar a história de Hans Castorp, um jovem órfão que está prestes a iniciar sua vida adulta e que decide, por recomendação médica, tirar um pequeno período sabático nos Alpes suíços, mais precisamente no Sanatório Internacional Berghof, local onde seu primo, Joachim, está internado para tratar de uma doença pulmonar. Mas, ao chegar no sanatório, Hans descobre que ali "não há tempo nem vida" e as três semanas que ele pretendia passar nas montanhas logo começam a se alongar.
.
Os dias vão passando e Hans vai se aclimatando, ou melhor, se habituando ao fato de não se habituar ali em cima. No Berghof tudo é diferente, o tempo, o clima, a vida, nada é como na "planície", e Hans vai, aos poucos, se desintoxicando (ou seria se intoxicando?). Os muitos personagens, pacientes e funcionários do sanatório, encarnam os medos, as aflições, os conflitos e os pensamentos que assolavam a Europa no início do século XX, durante o período pré-guerra. O doutor Behrens e seu assistente Krokowski, o humanista Settembrini e seu rival jesuíta Naphta, a madame Chauchat, o hedonista Mynheer e até o próprio primo Joachim, cada um deles é um enigma a ser decifrado, tanto por Hans quanto por nós, leitores. A narrativa é extremamente existencial, repleta de simbologia e sujeita a longas digressões. Temas como a arte, a filosofia, a política, a religião e o amor são profundamente investigados, mas o maior destaque fica por conta do tempo e da morte, temas centrais da obra.
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Difícil dizer o que "A Montanha Mágica" significou pra mim. Enquanto permanece no Berghof, é como se Hans houvesse se desprendido do tempo e a narrativa é construída de tal forma que o mesmo se dá com o leitor. É um livro que entorpece e causa uma sensação de fuga e de total isolamento do mundo ao redor. Ao final da leitura, é como se nós também tivéssemos ficado internados ali no sanatório, junto de Hans Castorp. Nos apegamos aos pacientes e funcionários do Berghof e nos habituamos ao clima da montanha. E claro, ficamos órfãos quando a história chega ao seu fim. Ao mesmo tempo, parece que nada e tudo aconteceu ali em cima. O tempo realmente esteve suspenso ou era apenas sentido de alguma outra forma? Seria tudo uma analogia ao estado de espírito e psicológico do jovem Hans Castorp?
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A que conclusão cheguei sobre essa história? A resposta é: nenhuma. "A Montanha Mágica" é um livro que não nos leva a uma conclusão clara, não nos dá respostas e sim perguntas. Faz a gente olhar para a nossa vida de certa distância, ou melhor, de certa "altura", e nos possibilita ter uma perspectiva diferente sobre nós mesmos. Reflete muito a bagagem de vida do leitor, talvez por isso tenhamos tantas interpretações diferentes. Thomas Mann dizia que para que a obra fosse minimamente compreendida deveria ser lida duas vezes. Eu iria além e diria que essa é uma obra que deve ser revisitada em diferentes fases da nossa vida. Não por ser um livro difícil, não é, mas por ser extremamente existencial, o que faz com que cada leitura seja única e traga diferentes sensações. Com certeza voltarei a visitar o Berghof algum dia e sei que estarei diante de um novo livro.

site: https://discolivro.blogspot.com/
Nimrod Serrano 16/04/2021minha estante
???


Pri.Kerche 28/12/2023minha estante
Ótima resenha


Diego Rodrigues 04/01/2024minha estante
Grato pela leitura!


Pri.Kerche 04/01/2024minha estante
Estou lendo esse livro. Sua resenha me ajudou a situar o momento histórico (tanto pessoal do autor qt da Alemanha)




Iolanda 16/04/2021

Fiz a leitura deste livro na virada de 2020 para 2021. Que experiência!
Comecei a leitura como muita expectativa. Ainda não havia lido nenhuma obra do autor e achei que começar com este livro me mostraria bem quem é Thomas Mann. O que de fato aconteceu.
É uma leitura que, ao menos para mim, não transcorreu de forma simples. Alguns momentos me senti na própria montanha sem saber bem o que ali eu fazia. Isso para não falar do tempo...não sei dizer em horas quanto foi gasto na leitura do livro e muito menos quanto tempo eu estive envolvida em pensamentos para absorver o que havia lido em diversas passagens do livro.
Ao final, tive a sensação de que não havia entendido a mensagem e ao isso me perturbou ainda mais quando ao final do livro, o próprio autor indica uma segunda leitura do livro, para uma melhor experiência...Mas depois de alguns dias, ainda com o livro "vivendo" em mim, acabei por viver uma experiência muito interessante e embora não pense em realizar uma segunda leitura da obra, recomendo a leitura.
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