Notas do subsolo

Notas do subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Notas do Subsolo


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Michelle Lopes 17/03/2024

Um clássico, que deve ser lido com atenção e reflexão.
Dostoievski costuma ser uma leitura difícil, que exige atenção e reflexão para conseguir aprofundar. Nesta obra, traz um anti-herói, que fala de forma extrema sobre aspectos comuns a todos nós, em alguma medida.

O personagem é emocionalmente instável, traz ambiguidades entre a necessidade de aceitação e pertencimento e a sua individualidade, com desprezo por certos padrões sociais ao tempo em que tenta se adaptar a eles em certos momentos.

Contando histórias que ilustrem sua vida no subterrâneo, traz uma crônica pesada, com reflexões interessantes.

O livro é um clássico da literatura russa e vale à pena ser lido! Mas é preciso levar em consideração a necessidade de atenção e reflexão que falei no início!

Algumas passagens:

"(...) o homem gosta de se lembrar fos seus males, mas não se detém em suas alegrias" p. 109

"(...) antes de acusar os outros, é preciso que nós mesmos aprendamos a viver!" p. 111

"Chegamos quase a considerar a vida real como um esforço, como um trabalho pesado, e concordamos entre nós que nos livros a coisa é melhor. E o que buscamos? Que queremos? Nem nós temos ideia; e se nossos ambiciosos pedidos fossem atendidos, seria pior para nós. Tentai, por exemplo, dar a qualquer um de nós um pouco mais de independência, desamarrarmos as mãos ampliar nosso raio de ação, acabar com a tutela... Pois bem, asseguro-vos que imediatamente pediríamos para ficar de novo sob tutela." p. 143
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Isabelle 11/03/2024

"Sou um homem doente. Um homem mau. Um homem desagradável. Creio que sofro do fígado. Aliás, não entendo níquel da minha doença e não sei, ao certo, do que estou sofrendo..."

Dostoiévski, senhoras e senhores. Não há muito que dizer. Livro incrível, ótima história. Recomendo muitíssimo.
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Ana Luisa 06/03/2024

Mto diferente do que eu esperava
Confesso que não gostei mto dessa leitura, não foi prazerosa, eu quase desisti varias vezes de terminar, o final até que fez sentido, mas queria que tivesse mais momentos de reflexão pra mesclar com as descrições dele sendo babaca? não foi o que eu esperava de um autor tão elogiado, mas darei mais chances para outros livros dele, talvez só não era meu estilo
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readbarbss 29/02/2024

Foi minha primeira experiência com Dostoiévski e mal vejo a hora de conhecer mais sobre esse autor. Gostei principalmente de como ele sabe aproximar o leitor de pensamentos tão secretos e contraditórios que o mesmo se corrige.
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Nezuminos0 29/02/2024

Eu sou um belo homem doente
Escolhi o pior momento pra ler, meu cérebro não registrou nada, me senti muito burra lendo. Quando eu achei que entendi, eu não tinha.
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Phen0 13/02/2024

MDS, QUE ESPETÁCULO DE LIVRO!!! Eu comecei o livro sem entender nada, achei que ia desgostar do livro pela forma como tava começando, pois estava esperando literatura e recebi um livro filosófico (não que isso fosse ruim, só me pegou desprevenido). Mas depois chegou a parte em que a literatura e a filosofia se misturaram e BOOM! Criou essa obra de arte. E claro, como sempre, não tem um romance feito por esse desgraçado que tenha um final feliz. Mas eu já esperava.
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Manu 13/02/2024

"Somos natimortos"
Tentei ler esse livro umas três vezes, no mínimo, e antes dessa última leitura, essa era a obra de Dostoiévski que menos me interessava. Hoje vejo que, nas tentativas anteriores, eu não estava disposta a entender a histeria do Homem do subsolo, hoje eu ainda não sou capaz de compreendê-lo bem, mas eu tive a disposição e me apaixonei pelo livro.      
Das obras que li do autor, essa é, sem dúvidas, a mais complexa por conta da primeira parte, que é um monólogo muito corrido e num (quase) fluxo de consciência que causa algumas confusões. Entretanto, a segunda parte é uma narrativa mais fluída, apesar de continuar bem densa. O personagem principal é muito parecido com a maioria dos protagonistas do autor, o que na minha opinião é algo ótimo, porque eu adoro como Dostoiévski os desenvolve! O jeito paradoxal de ser do nosso anti-herói é muito típico de suas obras e a metalinguagem, super bem desenvolvida, torna o livro ainda mais interessante e nos aproxima do ritmo histérico ? e até maluco? do protagonista. Resumindo tudo isso, amei o livro!



"Deixem-nos sós, sem livros, e imediatamente ficaremos confusos, perdidos ? não saberemos a quem nos unir, o que devemos apoiar; o que amar e o que odiar; o que respeitar e o que desprezar. Até mesmo nos é difícil ser gente ? gente com seu próprio e verdadeiro corpo e sangue; sentimos vergonha disso, achamos que é um demérito e nos esforçamos para ser uma espécie inexistente de homens em geral. Somos natimortos, e há muito tempo nascemos não de pais vivos, e isso nos agrada cada vez mais."
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tearsbug 13/02/2024

"Memórias do Subsolo" de Fiódor Dostoiévski é uma obra literária intensa que mergulha nas profundezas da psique humana. O autor, através do protagonista não nomeado, explora as complexidades do isolamento, da alienação e da autodestruição. A narrativa se desdobra em duas partes distintas: uma reflexão filosófica e outra narrativa, ambas repletas de angústia existencial. Dostoiévski, neste clássico, desafia as convenções literárias e oferece uma visão penetrante sobre a condição humana.
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gi.mmelo 23/01/2024

Uma visita ao subsolo
"Notas do Subsolo", de Dostoiévski, revela-se uma leitura profundamente humana, explorando a dimensão interior do ser humano. É possível compreender o subsolo como uma dimensão interior, o indivíduo precisa descer ao seu próprio subsolo durante seu processo de formação. Para mim, a questão central está expressa em: "Por acaso um homem com consciência pode ter algum respeito próprio? ". Adentrar o próprio subsolo é, também, se deparar com suas mazelas.
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Nathan 23/01/2024

A leitura é esmagadora. De uma profundidade psicológica que raras vezes testemunhei em qualquer obra que seja. Dito isso, não poderia deixar de recomendar esse livro.
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Julia1638 22/01/2024

A ponto de coringar...
Foi o primeiro livro do Dostoiévski que eu li e confesso que demorei para entender a sua forma de escrita, mas conforme fui entendendo, comecei a refletir sobre tantos assuntos e questões do ser humano, de como a mente pode nos levar a loucura, de como o homem pode ser ruim e se degradar pela forma que pensa, vive, age... Me fez refletir sobre muitas questões, senti que estava afundando junto com o personagem, em sua lamentação e melancolia.
Não entendi tão bem a questão do título "notas do subsolo", pois não fica explícito a questão da escolha do nome, mas pela minha interpretação, "notas" seria os comentários e reflexões do personagem, e o subsolo seria o quão baixo ele conseguiu chegar pela sua degradação, defeitos, melancolia, todas as coisas ruins, das quais pode fazer um homem chegar tão baixo, que ficaria em um subsolo pela sua ruína.
- Minha interpretação, mesmo sem eu conseguir explicar todos os meus pensamentos.
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b3li.notess 18/01/2024

O livro não é ruim, mas o personagem principal é extremamente chato. Eu já li outros livros existencialistas e eu particularmente gosto, mas esse aqui foi uma experiência muito maçante e chata de leitura. Eu demorei muito tempo para ler e nem consegui me conectar com a história para poder sentir uma empatia por esse insuportável desse personagem. Passei o livro inteiro xingando ele de chato ksksksks. Mas é Dostoiévski né?! ele escreve muito bem e não tem como negar.
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Triz11 05/01/2024

Pois vou lhes dizer quem vive:os tolos e os canalhas.
"Somos natimortos, e há muito tempo nascemos não de pais vivos, e isso nos agrada cada vez mais."

"A "Vida viva" me sufocava tanto, devido à minha falta de costume, que até respirar estava difícil."

Esse é definitivamente meu novo livro favorito.
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Gustboy 21/12/2023

É incrível e ao mesmo tempo bizarro como o autor consegue se fazer contemporâneo até hoje. Em uma época da supervalia do ego, da vontade, do individualismo.
Parece surrealista pensar nesse personagem que nos fala, mas é assustador pensar que em alguns momentos agimos, pensamos, idealizamos como ele.
Mas também não significa por isso romantizar o subsolo, é impossível viver nesse espaço, em que o solo deva se curvar as vontades só subsolo. Nós somos a tensão que habita nessa fronteira.
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Laura.Brito 17/12/2023

Meu primeiro contato com Dostoievski. A crueza e amargura dessa escrita lança ao leitor uma série de questionamentos sobre ser no mundo. Do personagem, talvez um anti-herói, pode se dizer tudo, menos que ele não é provocativo. Gosto de como as ideias apresentadas há tanto tempo atrás permanecem extremamente atuais. Uma ótima introdução à obra do autor.
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