A Ilha do Tesouro

A Ilha do Tesouro Robert Louis Stevenson
Edvaldo Arlégo
Edvaldo Arlégo




Resenhas - A Ilha do Tesouro


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Arine-san 22/01/2019

Sabe aqueles livros que, independente de sua idade, sempre trazem um sabor gostoso de infância? A Ilha do Tesouro, do Robert Louis Stevenson, é um desses, mesmo para aqueles que não tiveram um hábito de leitura tão grande assim enquanto criança. Cheio de ação, perigos e um protagonista cativante, não há muito como não gostar desse clássico da literatura.

A primeira vez que li a obra era uma criança um tanto inquieta e tinha em mãos uma versão adaptada e resumida (bem resumida, devo dizer!) desse que é um dos principais infanto-juvenis sobre pirataria. Na época, a leitura me deixou encantada, com tantas aventuras e essa busca incessante pelo tesouro, e, não à toa, li aquele livrinho que tinha em mãos dezenas de outras vezes.

Agora, bem mais velha, eu entendo todo meu encantamento pela obra. Tudo bem, esse não é o melhor livro do mundo e a narrativa mais próxima da original é um tanto truncada, confusa e, às vezes, "rápida demais". Porém, a história contém todos os ingredientes para seduzir a criançada e transportá-las para esse universo de piratas e perigos incontáveis.

O mote da história é bem simples. Conhecemos o Jim Hawkings, garoto que mora com os pais, que mantêm a estalagem Almirante Ben Benbow em uma pequena cidade costeira. Por acaso do destino, um velho pirata resmungão, caloteiro e um tanto assustador vai parar na estalagem, onde fica por meses à fio independente da vontade dos donos do local.

Jim e todos os outros morrem de medo de Billy Bones, esse velho beberrão que não faz mais do que embebedar-se com rum e ameaçar qualquer um que ouse chegar muito perto. E Jim começa a temer ainda mais quando uma trupe vem atrás de Billy, aparentemente para um acerto de contas, e ameaça a segurança da família.

Bem, não preciso nem dizer que com hábitos tão pouco saudáveis e animosidade latente, não demora muito para o velho pirata Billy morrer e deixar nas mãos de Jim Hawkings o segredo que tanto queria esconder dos outros piratas: um caderno cheio de anotações e o mapa do tesouro do grande capitão pirata John Flint.

Com a promessa de tesouro, o médico e o lorde da cidade decidem partir junto com Jim — que, afinal, agora é dono do mapa do tesouro — para uma aventura nos sete mares, a procura da fortuna deixada pelo falecido pirata. E é aí que a narrativa começa a ganhar forma, oferecendo para o leitor dezenas de cenas de ação e perigo.

No livro você vai encontrar algumas das principais referências que temos hoje sobre pirataria, desde piratas com perna de pau, papagaios falantes e mapas do tesouro marcados com aquele famoso X em vermelho. O livro foi publicado em 1883 e é, de longe, uma das referências que ajudaram a montar o imaginário atual sobre piratas e aventuras nos mares.

Não à toa, o livro serviu de inspiração para diversas obras cinematográficas e não é incomum ver os principais personagens do livro em filmes por aí. O pirata Davy Jones, que é um dos personagens citados várias vezes em Ilha do Tesouro, por exemplo, também é o nome de um dos personagens de Piratas do Caribe. Pois é!

Aliás, uma adaptação que não posso deixar de citar, por ser uma de minhas favoritas, é a animação O Planeta do Tesouro. Essa é uma obra de ficção científica que utilizou o mote de Ilha do Tesouro para criar uma aventura que, ao invés de desbravar os mares, desbrava o universo. Recomendo demais — e está disponível na Netflix!

Finalmente, A Ilha do Tesouro é um livro divertido, apesar de não ter uma narrativa perfeita e confundir o leitor em alguns trechos. Recomendo a leitura mesmo assim, e ainda digo que é uma história divertida e ficará na cabeça das crianças por um bom tempo. Foi minha primeira leitura de 2019, e não me arrependo!

site: https://redatoraquele.wordpress.com/2019/01/19/resenha-livro-a-ilha-do-tesouro-robert-louis-stevenson
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CRIS LI 19/01/2019

...e uma garrafa de rum!
Muito fácil de ler essa adaptação. É um infantojuvenil muito acessível e divertido. Ah! Ele não é em quadrinhos! Ele tem texto e algumas páginas com ilustrações. O livro vai contar as aventuras do garoto Jim Hawkins, que vive e trabalha com os pais na Hospedaria do Almirante Benbow, mas vai viver grandes aventuras pelos mares, a bordo do navio Hispaniola a fim de encontrar o grande tesouro pirata do Capitão Flint. Ele vai conhecer piratas, passar por motim e muita confusão. Afinal, Long John Silver estava a bordo e no comando, mas Jim e os amigos não sabiam que a tripulação era composta por piratas que tinham estado ao comando do Capitão Flint e queriam o tesouro pra si mesmos. E apenas isso. Ninguém ficaria com o que o capitão deles lhes havia negado.
Pra quem gosta de uma aventura com piratas, eu recomendo. Vai ser um ótimo início e quem sabe há uma empolgação pra ler o livro original? Seria incrível, não?
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Che 08/01/2019

PASSA-TEMPO DIVERTIDO
Está bem longe de ser qualquer obra-prima este livro do escocês Robert Louis Stevenson (de "O Médico e o Monstro"), aventura de tipo capa-e-espada com piratas, navios e a caça ao tesouro prevista logo no título. Acho, por exemplo, "Robinson Crusoé" e "Moby Dick", que acabam tendo semelhanças de gênero, bem superiores.

Mas ainda assim o resultado é acima da média e, apesar de ser literatura bem infanto-juvenil (do tipo que rende adaptações cinematográficas para a "Sessão da Tarde"), tem uma dose acima da esperada de violência e mortes.

O protagonista é um grumete sem muito a dizer e o autor, que narra em primeira pessoa a história inteira pelos olhos dele, acaba forçando um pouco a barra em situações que ele briga de igual pra igual com gente muito mais velhaca e escolada na atividade náutica. Fora a presença do aristocrata 'do bem', figura para a qual nunca consigo torcer a favor e infelizmente costuma ser frequente na arte de ficção de aventura originada nos países britânicos (que pena que a turma da guilhotina não chegou lá!). O personagem náufrago também é meio bobinho e só serve pra fechar o enredo.

Tem também boa dose de humor (como o cego no começo e o papagaio inconveniente) que tornam o todo leve e despretensioso, por mais violência que eventualmente apareça. E toda a história do motim e da conspiração prende a atenção. Enfim, se você não for com sede ao pote, é apreciável, embora não seja nada de extraordinário.
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Ana Laura Pettini 04/11/2018

Olha do tesouro
Muito confuso porém legal.
Conta sobre um garoto que tinha um hotel isolado no meio do mar junto com sua mãe que, um dia, se hospedou um velho homem barbudo que aparentava estar fugindo de piratas, que estavam atrás de seu baú.
No dia em que o homem morreu, Jim foi ver o que tinha de tão valioso naquele baú, um mapa!
Jim compartilha isso com mais alguns homens e eles decidem ir atrás do tesouro escondido em algum lugar por aí.....
Um livro muito bom!
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Debyh 14/08/2018

Quando estava na escola eu creio que li muitos livros clássicos, isso aconteceu por falta de opção na biblioteca, após eu comecei no meu momento de descobrir meu amor por histórias de suspense, os clássicos vieram antes. Mesmo que muitos lessem os livros por obrigação eu com toda certeza gostava mais dos que não estava na lista de leitura (como todo bom leitor né?). Mas eu não creio que tenha lido este da resenha de hoje, mesmo que eu tivesse pensado que tinha lido pelo título. Minha memória para os livros clássicos é relativamente boa e este de verdade foi uma leitura inédita para mim.
Jim se encontrou com um marujo que diz que viveu grandes aventuras e que conheceu um alguém muito perverso o qual tem bastante medo, e apesar de aparentar que ele aumentou a história (o que claramente parece, e muitos duvidam que até mesmo seja verdade). Um acidente acontece e as coisas saem do controle, mesmo sendo apenas um garoto Jim está preparado para viver aventuras em alto mar em busca de tesouros criando as suas próprias aventuras.
(resenha completa no blog Eu Insisto, link abaixo)

site: http://euinsisto.com.br/a-ilha-do-tesouro-robert-louis-stevenson/
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Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

O Tesouro Perdido
Nascido em 1850, o escritor escocês Robert Louis Stevenson tornou-se um dos mais influentes escritores britânicos em seus 44 anos de vida, precocemente interrompidos por um acidente vascular.

Aliás, dono de uma saúde frágil e debilitada pela tuberculose, ele chegou a viajar para o Pacífico-Sul a procura de um clima mais ameno, residindo durante alguns anos em Samoa. Logo, não é supresa que um de seus livros mais conhecidos, "A Ilha do Tesouro", seja um clássico da literatura infanto-juvenil sobre um tesouro escondido numa paradisíaca ilha.

A história narra as aventuras Jim Hawkins que torna-se amigo de um ex-pirata, Billy Bones, quando ele vai morar na hospedaria do seu pai. Infelizmente, o velho lobo do mar morre pouco tempo depois e na sua velha arca, o jovem descobre um mapa que leva ao famoso tesouro perdido do temível Capitão Flint. A caçada começa e singrando os mares a bordo de uma escuna chamada "Hispaniola", uma série de aventuras levarão até um eletrizante desfecho, recheado de um bom punhado de moedas de ouro.

Essa narrativa influenciou profundamente as histórias de pirataria. Do indefectível papagaio, passando pela perna de pau e indo até a letra "X", que indica onde o tesouro está escondido no mapa, "A Ilha do Tesouro" serviu e ainda serve de modelo para livros, filmes e até video games.

Enfim, li o livro há cinquenta anos e ao relê-lo, fiquei surpresa ao constatar como a história continua fresca em minha memória. Sem dúvida, trata-se de um excelente presente para o leitor em formação, mas que indubitavelmente também agradará pessoas de todas as idades.
Gabriel 09/08/2018minha estante
A ILHA DO TESOURO ELE CONTA A HISTÓRIA DE UM MENINO QUE CONHECEU UM CAPITÃO
PIRATA. ELE VAI COM ELE PARA UMA ILHA PROCURAR UM TESOURO MISTERIOSO, ESCONDIDO EM UMA CAVERNA.
ELES ENTRAM EM GUERRA COM OUTROS PIRATAS, ELE CONHECE UM HOMEM QUE MORAVA NA ILHA A MUITO TEMPO. ELES TENTAM FUGIR DA ILHA MAS PARA ISSO ELES PRECISÃO DERROTAR. ELES CONSEGUEM DEPOIS DE UM TEMPO VENCER OS PIRATAS E VOLTAR PARA CASA E DESCOBREM QUE O TESOURO ERA FALSO.


Gabriel 09/08/2018minha estante
VOU LER ESTE LIVRO HOJE




Nisy 21/03/2018

Não venha com expectativas depois de Black Sails
Sei que não faz muito sentido falar disso aqui, mas eu comecei a ler a Ilha do Tesouro única e exclusivamente por ter visto Black Sails (série da Starz), que é um epílogo deste livro. Apesar de muito famoso e sempre ter ouvido falar, nunca tive curiosidade de ler, nem de ver nada sobre o assunto.

O pessoal da Starz criou um background absurdo pra praticamente todos os personagens deste livro, e, querendo ou não, depois de quatro temporadas, você já conhece intimamente cada um deles. O Flint por exemplo, que apenas é mencionado no livro, é o principal da série e etc. A questão é que eu, iludida como sou, fui com muita sede ao pote e fiquei imaginando milhões de desfechos pros personagens e acabei me estrepando em tudo que imaginei.

Acontece que aumentei minhas expectativas demais, e acabei me frustrando. Achei a história curtíssima e pouco desenvolvida. Estava esperando um livro muito épico e cheio de aventuras e não foi o que aconteceu. Portanto, se você veio de Black Sails, como eu, não espere muito.

Caso contrário, uma leiturinha muito rápida e leve. Com um desfecho satisfatório. Ainda assim, pouco desenvolvido.
Mateus.Cogo 20/06/2018minha estante
Nisy, não que a versão integral seja Muito mais profunda, mas a edição que vc leu trata-se de uma adaptação. De qualquer modo, creio q esse livro nos impressiona mais enquanto crianças/adolescentes..Boas leituras pra vc!




Ana 03/02/2018

Leitura a todo o pano
Esta adaptação é interessante, pois aqui neste volume da coleção Literatura em minha casa, Claire Ubac coloca uma mulher num farol como narradora, que ao abrir um exemplar antigo de A ilha do Tesouro, faz os personagens saírem do livro, para literalmente virem para a realidade.
Ela conversa com Billy Bones, com Jim, com o castelão senhor Trelawney, e cada um dos personagens conta a história de Robert Louis sob seu ponto de vista.
Em algum lugar de uma ilha está escondido um tesouro, fruto de anos e anos da vida de pirata do temido capitão Flint. O jovem Jim, ao conseguir ter em suas mãos o mapa de Bill Bones que indicava o caminho para o tesouro, não podia esperar os riscos que teria de enfrentar.
Um clássico que ao ler, me lembrou de ''Piratas do Caribe''.


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Murillo.Campanha 12/11/2017

ILHA DO TESOURO
EU ACHEI ESTE LIVRO MUITO LEGAL.MOSTRA AVENTURA EM UM BARCO CHAMADO ESPANIOLA .QUEM GOSTA DE AVENTURAS A PROCURA DE UM TESOURO IRA AMAR ESTE LIVRO INCRIVEL

site: WWW.SKOOB.COM
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r.morel 05/07/2017

Tudo sobre “Piratas do Caribe” veio dele: Stevenson
R. L. Stevenson, em carta para o seu amigo W. H. Henley, sobre o livro “A Ilha do Tesouro”, comentou: “Se isto não encantar os garotos, ora, então eles mudaram muito desde que eu era criança.”

Não se pode negar que o filme Disney-Hollywood ressuscitou o prazer das aventuras piratas com Johnny Depp e demais atores de talento, fama e fortuna; riqueza, poder financeiro!, evidente e transbordante na potência blockbuster da franquia, destroçando bilheterias na trilogia inicial, de sucesso imediato no quarto filme (US$ 55.500.000 só para mister Depp em ganhos com salário) e provável repetição de arrecadação monstro no quinto filme da série prestes a invadir os cinemas do mundo. A discussão monetária na produção de “Piratas do Caribe” gira na casa dos bilhões de dólares.

De maneira igual não se pode negar que tudo (sendo bem ousado na assertiva) visto na grande tela cinematográfica já lemos em “A Ilha do Tesouro” (1883) de Robert Louis Stevenson, autor dos famosos Mr. Hyde e Dr. Jekyll (Stan Lee e Jack Kirby, e o Hulk deles, também devem algo ao escrito escocês pela inspiração base do seu personagem), confirmando, ou reconfirmando, a primazia da Literatura sobre o Cinema para quem gosta de embates entre artes, apreciadores de rixas entre diferentes modos de criativamente se expressar — os partidários do objeto-livro urram que “A Ilha do Tesouro” é melhor! e nele epifanias cabem; os fanáticos pelo produto-filme berram que a película expandiu um universo restrito em parágrafos com imagens IMAX únicas jamais sonhadas por Stevenson ou qualquer literato (“Literachato”, provocam…). Entre os descompensados Lado A/Lado B tendemos à… ora, ao justo-meio onde as qualidades valorizam-se e os defeitos recolhem-se inertes (quando possível).

O relicário pirata é notório, suas lendas, não mais simplesmente folclóricas, são mitológicas e não erraríamos se apostássemos que R. L. Stevenson enxertou na sua narrativa outras tantas histórias, feitos, fatos e causos dos sete mares gravados na sua memória, no seu íntimo, pois o próprio admitiu ser fã de tais empreendimentos marítimos e toda sorte de peripécias, reviravoltas e aventuras neles contidos. No entanto, distantes séculos do marco zero pirata em traduções ao português, restou o trabalho de Stevenson para nos situar no espaço-tempo, “A Ilha do Tesouro” sendo o elemento concreto, e válido, na comparação de invencionices “Literatura x Hollywood”, conflito desleal no atual mundo audiovisual de fotografias coloridas arrebatadoras.

1.O rum: como exemplo é o primeiro quase por ser um não-exemplo, afinal, o quê, macacos me mordam!, esses velhacos desgraçados poderiam ingerir em um inferno, um Grande Nada Vazio rodeado por água salgada?! Um bom e apetitoso brandy no five o’clock tea?! Com mil diabos peludos!, nunca!; e da situação precária de marinheiros e capitães em navios e veleiros insalubres entendemos a fixação pela bebida sagrada, “Yo-ho-ho e uma garrafa de rum!”, o hidromel dos piratas, o rum é obsessão tanto na versão literária quanto na fílmica, mais picaresco no cinema, gancho (sem trocadilho…) para inúmeras piadas com Jack Sparrow e seus parceiros infames e trêbados — o texto de Stevenson, pela época, menos permissiva com vícios, não pinta o álcool e seu abuso como virtude ou fator cool maneiro que trará reconhecimento positivo ao seu usuário sobretudo quando o beberrão é um meliante homicida e ladrão (não nos enganemos, porém; a visão de Stevenson não é de todo maniqueísta, é cinza, nublada, isso é o que se espera do pai de Mr. Hyde e Dr. Jekyll, e um dos personagens mais atrativos é o pirata Long John Silver, homem turvo, que joga lá e cá, um tipo de Capitão Jack Sparrow por assim dizer).

2.O baú com tesouro marcado no mapa com um X: novidade implementada por Stevenson; não dá para culpar Hollywood por todos os males da humanidade e, se acusados forem, os demais filmes (e livros) de pirataria juntamente seriam sentenciados por plágio ao utilizar esse hoje lugar-comum nas suas histórias. Absolvidos…

3.A Marca Negra: dessa cópia, disfarçada em atualização (o novo design arrojado engana em velhas carroças), os roteiristas contratados pelo megaprodutor Jerry Bruckheimer são os responsáveis. A Marca Negra (“The Black Spot”), na conjectura pirata de Stevenson, era um papel que significava, negativamente, estar em evidência, ser alvo de um provável atentado, sua vida por um fio. Nas primeiras páginas da “Ilha do Tesouro” logo surge a misteriosa Marca Negra e, adiante, Long John Silver, o vilão, também recebe a marca, seus ex-comparsas os responsáveis, amotinados agora, em uma das viradas no enredo, porém, sem receio do que virá, Silver alerta que o papel da Marca Negra recebida é uma página bíblica rasgada e que tal ofensa por si só amaldiçoará o agente da blasfêmia. Nos “Piratas do Caribe”, a Marca Negra é passada pelo sinistro Davy Jones para o nonsense Jack Sparrow apenas em um relar de mãos, ou melhor, em um relar de tentáculos e mãos que pré-anuncia a dívida a ser paga, a Marca Negra quase pulsando como as chagas de Cristo, ferida aberta escura na palma da mão.

4.Parlamentação: uma das situações mais divertidas, e “originais”, de “Piratas do Caribe” transcorre ao se dizer, exclamar!, “Parley!”, mesmo em um duelo de espadas, para o combate ser momentaneamente interrompido (os argumentos eficazes podem definitivamente interrompê-lo) e o grupo em desvantagem tirar proveito da capacidade oratória objetivando minimizar os danos, o prejuízo que seria até o fim da sua vida. É cômico porque, no auge da luta, um pirata pego desprevenido grita “Parley!”, pede “altos”, malandro, querendo fugir do pior no pega-pega para capar. Que sacada, hein, povo do cinema, porém, a parlamentação se faz presente na “Ilha do Tesouro” e muito presente pois acontece em instantes decisivos para a história, são artifícios fundamentais para mudar o rumo da narrativa ao construir e desfazer alianças e impor condições de como agir aos personagens. Nos “Piratas…” e na “Ilha…” as negociações verbais são armas deveras úteis no exato nível de importância, para encontrar saídas em problemas e confusões, do cutelo enferrujado e das baionetas afiadas, os tiros de canhão e as espingardas com pólvora velha ensopada — Jack Sparrow um dos mais espertos no quesito.

Os contendores parecem satisfeitos, apesar da balança pender levemente ao livro; “A Ilha do Tesouro”, no seu arcabouço pirata, trouxe inovações de tal modo marcantes para a mitologia bucaneira que, desprovidos de curiosidade, inocentes acharíamos ser comum os ladrões dos mares enterrarem suas pilhagens em ilhas tropicais em baús dourados e marcarem a zona sagrada com um X para não esquecerem as coordenadas os segredos (arapucas) e no futuro sabe lá Deus quando retornarem; tão poderosa é a história de Stevenson que dele também nasceu o pirata da perna de paaau, olho de viiidro, e caaara de maaau, sendo a musical e curta descrição física-psicológica um resumo quase preciso de Long John Silver, antagonista e causador dos problemas enfrentados pelo jovem Jim Hawkins, herói destemido (como um herói deve ser) de “A Ilha do Tesouro”.

Ora, não são todos os piratas maus, com olho de vidro, e perna de pau?! Sim, todos passaram a ser depois de R. L. Stevenson e depois de “Piratas do Caribe” a grande maioria precisará se reinventar para ser doutro jeito, de qual não sabemos, se é que existe espaço para histórias de piratas após a franquia hollywoodiana impregnar com seu estilo e dominar o mercado — o velho, e clássico, pirata da canção é homenageado no filme, ele está lá mas seu olho de vidro, sua cara de mau, sua perna de pau nem coadjuvante ou personagem secundário são, ele é um adorno, figuração, um pedaço de cenário em forma de gente, e seu papagaio falastrão a tiracolo (outra concepção de Stevenson que virou mito) tem mais falas e destaque do que o lobo do mar caquético mudo na sua carranca barbuda hilária, Popeye sisudo.

Das cantigas pelo vento perdidas no tempo à Robert Louis Stevenson e sua ilha do tesouro ao blockbuster capitaneado por Johnny Depp, objetivamente (cientificamente!) afirmam, para conter inimizades, o que se verificou foi uma transmigração de almas, uma adaptação ao meio, uma evolução do entretenimento que saiu do oral ao escrito e jaz no audiovisual.
(Nota: Serge Daney, crítico francês, com infinitos filmes em mente, refletiu “O que vai ser filmado (quase) sempre já foi filmado. E quanto às imagens das quais ainda nos alimentamos, devemos concordar que seu referente não é mais precisamente uma ‘realidade’ que experimentamos, mas sim a experiência imaginária que temos por já tê-la visto em outros filmes, o hábito formado pouco a pouco com a sua visão”. Não só assistimos noutros filmes cenas/planos semelhantes como lemos e ouvimos (vivemos) tais cenas reproduzidas por outrem: é uma sucessão ininterrupta de histórias contadas e recontadas através de instrumentos diferentes, e cada uma dessas obras, boas ou ruins, repete a anterior, inspira a posterior, tecem um quadradinho mínimo na tapeçaria eterna, rabiscam a sua linha no palimpsesto antigo — outro termo provindo de Daney — repleto de experiências moldadas em filmes em livros em… é um pergaminho interminável já decifrado por gregos e troianos que por aqui nós continuamos revisitando crendo sermos os primeiros quando nem os últimos somos: os retardatários da sequência anterior que se encerra, os pioneiros da sequência posterior que se inicia — as duas últimas sentenças parafraseei o irlandês James Joyce… não há nada mesmo a ser dito, parece que muitos vieram antes de nós…)

site: [Outros Ensaios Literários em popcultpulp.com]
Kauan.Caminhas 23/10/2017minha estante
A Ilha perdida

jovem Jim, que descobre o mapa do tesouro do temível e lendário capitão Flint; lorde Trelawney, que se dispõe a montar uma expedição para achá-lo; e Long John Silver, o esperto pirata de uma perna só. A ilha do tesouro tem todos os ingredientes para manter o suspense.


Guilherme.Almeida 09/08/2018minha estante
eu sou o murilo estou aqui lendo com meu amigo guilherme e achei muito legal eu vou pegar o livro na biblioteca da minha escola




Kauan.Moreira 13/06/2017

A ILHA DO TESOURO
Uma noite de dezembro, no tempo em que eu era faroleira, descobri um velho livro numa mala que tinha ido dar na praia. As letras douradas do título estavam quase apagadas: A ilha do tesouro. Do autor, só dava para ler os dois primeiros nomes: Robert Louis
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Felipe Duco 14/03/2017

Essa resenha é mais um desabafo do que qualquer outra coisa
Adoro uma versão mais tranquila e compacta de um clássico. Um livro, geralmente, se torna um clássico por ter sido popular e/ou importante na época que foi escrito e a adaptação é essencial pra que esse livro continue causando mesmo impacto nas gerações futuras, pois é crucial que a história seja compreensível e para tanto, a linguagem tem que ser de acordo com a época que estamos. A menos que você seja um estudioso de literatura ou queria, por curiosidade ou prazer ler a obra original, pro resto dos mortais que gostam de entender o que estão lendo (é legal, saber o que está lendo?) as adaptações são significativas. Com um tanto de esforço conseguimos entender uma linguagem arcaica, sim, mas, de acordo com nossa, vida, nosso tempo, com a lista de livros não lidos, temos que medir se tal esforço é necessário. E também se vamos ter prazer em ler um clássico com um dialeto obsoleto.
Tô tão errado assim?
Vamos retificar...
Se uma obra é considerada clássica, ela é antiga. Se eu me interesso pela sinopse, quero ler. Se eu quero ler, eu quero entender o livro. E pra eu entender o livro é preciso que ele converse comigo. E um livro de mais de 100 anos de publicação não conversa comigo.
Porque a ideia do autor não se altera se a linguagem for diferente (ou melhor, modernizada). Ainda teremos contato com a mesma história que o autor tinha em mente quando publicou o livro, com a diferença que a maneira de linguagem que ele se utilizou na época não é mais válida.
Jefferson.Rossi 23/10/2017minha estante
O LIVRO E BOM GOSTEI MUITO GOSTO DE LVRO DE AVENTURA




Erika 07/02/2017

Resenha resumindo a obra: A Ilha do Tesouro.

A obra escrita por Robert Louis Sterverson, desde o século dezenove até os dias atuais habita a imaginação de jovens e crianças. A aventura é contada pelo jovem Jim Hawkings, de quando morava com os seus pais na hospedaria Almirante Benbon, e encontrou um mapa que levava a um tesouro. Um clássico da literatura de aventura, cujas as maiores partes são passadas em três cenários: A enseada de Monte Negro, o alto mar no Hispanhola e na Ilha do Tesouro.
A história começa quando aparece na estalagem um velho homem do mar, tratado como capitão. Cão Negro aparece, brigam, e ele é escorraçado pelo hospede. Para logo após, surgir com outros piratas, anteriormente á sua morte. Jim havia achado em sua arca um mapa, e fugiu com sua mãe para uma aldeia próxima. A guarda chega, o cego Pew é morto, os outros fogem, e Jim vai á casa do morgado Trelawney, com o Doutor Liversey, e lhe mostra o mapa.
Sabendo que o mapa pertencia ao falecido pirata Flint, do seu tesouro, o morgado arruma o barco Hispanhola, e o restante dos marujos é arranjado pelo cozinheiro Long Jonh Silver. O capitão Smollet, ouvindo intrigas receia motim. O Hispanhola parte para o mar aviagem ocorre bem, apesar de Arrow viver embriagado e ser encontrado morto. Silver é adorado pelos marinheiros, e pelo grumete Jim a quem passa a maior parte do tempo.
Antes de chegar á ilha, Jim ouve uma conversa, e descobre que Silver e os outros são da antiga tripulação de Flint. A partir daí houveram lutas e muita matança, entre os piratas e os senhores. Jim encontra Ben Gunn, que lhe diz para falar com seus amigos. Hawkins, resgata o navio dos rebeldes, e ao retornar ao fortim, descobre que seus aliados tinham sumido, e que estava lá era Silver e seus homens. Jim é obrigado a se aliar com eles.
Ao irem procurar o tesouro, o Doutor e Gray salvaram Jim e Silver dos piratas restantes. Na verdade quem guardava o tesouro era Ben Gunn que concorda em dividir com os outros. Retornam á Inglaterra: Jim, o Capitão, Trellawney, Bem Gunn, o Doutor, Gray e Silver que foge antes da chegada ao destino final. Dos embarcados só cinco retornaram.
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