Ladrão de Olhos

Ladrão de Olhos Jonathan Auxier




Resenhas - Ladrão de Olhos


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naniedias 19/01/2013

Ladrão de Olhos, de Jonathan Auxier
Peter Nimble, como todos os garotos, nasceu sem nome e com olhos. Só que por motivos desconhecidos foi deixado em uma cesta e um corvo bicou seus olhos até não restar nada.
Assim, ele recebeu um nome, mas não olhos novos. E para sobreviver teve que se tornar um ladrão, já que não tinha pais para sustentá-lo, - e um ladrão muito habilidoso, por sinal.

Ele passou parte de sua infância com um homem terrível - Seamus - que se aproveitava das habilidades do menino para se apoderar dos bens alheios e ainda por cima deixa o garoto viver em condições terríveis. E assim teria sido a vida de Peter para sempre, não fosse a chegada do caixeiro-viajante.

Peter estava realizando mais roubos para o detestável Seamus quando se deparou com essa figura singular - que parecia saber exatamente quem era o menino e quais eram seus pensamentos. Sem conseguir se segurar, o garoto roubou o simpático caixeiro-viajante, levando dele uma curiosa caixinha contendo seis ovos.
O mais surpreendente é que dentro de cada ovo encontrava-se uma gema e elas deveriam ser muito preciosas.

Peter Nimble descobriria que as gemas não eram apenas preciosas: eram olhos fantásticos com poderes incríveis! E esse era apenas o início de sua jornada.


O que eu achei do livro:
Descobri, eu tenho 10 anos.
Ou algo parecido.
Porque uma aventura como Ladrão de Olhos me deixa maravilhada!

A escrita de Jonathan Auxier é tremendamente gostosa e a imaginação do autor é incrivelmente afiada!
A forma como ele conduz a narrativa, com algumas "verdades" típicas de livros infantis é encantadora demais - adoro quando leio livros que fazem as crianças parecem muito melhores do que os adultos.
Porque elas são mesmo na verdade.

Não consegui discernir exatamente a época em que o livro se passava ou o local - e isso torna tudo ainda mais mágico.

Os personagens criados pelo autor são uma graça. Como não se apaixonar pelo ladrão Peter Nimble?! Ou pelo Sir Tode (o homem-gato-cavalo)?!
Aliás, são tantos personagens estranhos e encantadores, que eu me senti no meio de um grande grupo de amigos.

Esse é aquele tipo de livro para ler para o seu filho pequeno. Um livro que você vai começar lendo para ele e que ele vai pegar inúmeras vezes no futuro para ler novamente.
Uma história que mostra que as limitações estão em nossos preconceitos e não na realidade. Mostra ainda que o futuro nos reserva algo brilhante - muito além de qualquer sonho ou pretensão que possamos ter tido.

A edição da editora LeYa muito me agradou. A capa é linda demais (embora eu prefira a original, que é praticamente a mesma, só que com um pequeno ladrão nos telhados), as folhas são acinzentadas e os capítulos são abertos pelas ilustrações desenhados pelo próprio autor - conforme feito na versão original do livro.

Quanto à tradução eu tenho algumas ressalvas.
Primeiro, o título. Não gosto do título nacional, porque Peter Nimble é um grande ladrão, mas não exatamente de olhos... O título original traduzido ficaria algo como "Peter Nimble e seus Olhos Fantásticos" - o que tem muito mais a ver com a história e combina muito mais com o livro. Como é um título absolutamente traduzível, eu não entendi mesmo por que a opção de trocar o título.
A segunda ressalva é quanto aos nomes dos personagens. Eu achei legal terem mantidos os nomes originais, mas nesse caso acho que eles pediam, ao menos, notas de rodapé. Porque quase todos os nomes do livro são palavras ou gírias e têm um significado em inglês, que fica perdido em português (ainda mais para crianças que não sabem falar nada de inglês). Por exemplo, Nimble, que é o sobrenome de Peter, significa ágil, ligeiro. Não acho que os nomes deveriam ser traduzidos no texto - gostei da decisão de deixá-los conforme o original -, mas acho que seria extremamente necessário colocar notas de rodapé para que os leitores tivessem noção de como os nomes e sobrenomes encaixam com os personagens e são ainda mais divertidos do que aparentam em um primeiro momento.

Eu não encontrei nada referente a um próximo livro - nem no site do autor (onde você pode se divertir colocando barbas, chifres e outras coisas na foto dele) nem no site do livro (onde você também pode se distrair rabiscando o autor), mas o final de Ladrão de Olhos deixa muito espaço aberto para que novas aventuras sejam escritas.
E como eu gostei demais de Peter Nimble e Sir Tode, espero mesmo que novas aventuras destes dois companheiros sejam escritas pelo talentoso Jonathan Auxier.

Ladrão de Olhos é um livro muito delicioso, com uma aventura fantástica capaz de maravilhar adultos e crianças.
Uma leitura rápida e extremamente agradável, Ladrão de Olhos encanta e diverte com toques de cinismo e maluquices.


P.S.: Esse livro eu ganhei no Amigo Oculto das Blogueiras Literárias. Quem me tirou foi a Carol Estrella, do blog Romances & Leituras. Ela escolheu esse livro de presente e não poderia ter acertado mais!
Muito obrigada, Carol, eu amei essa leitura.


Nota: 10


Leia mais resenhas no blog Nanie's World: www.naniesworld.com
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lfcardoso 19/12/2012

Como as boas e velhas histórias de fantasia
Peter Nimble é um garoto órfão e cego. Um corvo bicou os olhos do menino quanto este ainda era um bebê. Para sobreviver, Peter se tornou um ladrão. A audição e o olfato apurados permitem ao garoto ser capaz de "dizer o que há atrás de uma porta trancada mesmo a metros de distância".
Com o cruel sr. Seamus, Peter aperfeiçoou suas habilidades de ladrão. Entretanto, o “tutor” trata o garoto como escravo. Durante o dia, o menino cego fica trancado dentro de um porão. Somente à noite, Peter tem permissão para sair, contudo ele é obrigado a roubar os habitantes da cidade portuária onde vive.
A sorte do jovem ladrão cego muda quando rouba um misterioso caixeiro-viajante. O objeto furtado é uma caixa com três pares de olhos mágicos. Ao experimentar um dos pares, Peter é transportado para a ilha do Professor Cake. Depois de quase se afogar, o garoto cego encontra um grande amigo e companheiro de aventura: Sir Tode, um cavaleiro que foi transformado numa estranha mistura de cavalo e gato. É também na ilha que Peter recebe uma importante missão: ajudar um povo em perigo no desconhecido Reino Desaparecido.
Além de uma longa viagem de barco, Peter e Sir Tode terão que sobreviver em um imenso deserto habitado por ladrões e corvos ferozes. O perigo e a tensão aumentam quando os dois amigos finalmente chegam ao Reino Desaparecido. Lá Peter e Sir Tode irão enfrentar gorilas carnívoros e serpentes marinhas. Há ainda um rei cruel que usa uma estranha mas mortal armadura. Para não estragar o prazer daqueles que forem ler o livro "Ladrão de olhos", nada será dito sobre a relação de Peter e o cruel monarca. O que pode ser adiantado é que ao ajudar o povo do Reino Desaparecido, Peter Nimble irá descobrir a verdade sobre o seu passado e a identidade de seus pais.
A história escrita por Jonathan Auxier possui elementos das boas e velhas histórias de fantasia que encantam gerações. Os esperados animais falantes e criaturas mágicas estão presentes. Há também o tradicional artefato mágico. Os três pares de olhos mágicos são objetos poderosos, mas Peter deve usá-los com moderação. Um dos prazeres da história é ir descobrindo junto com o protagonista os poderes dos olhos. As demonstrações de coragem e bondade também estão presentes no livro. Apesar de ser um ladrão, Peter tem um bom coração. Dentro de suas possibilidades, ele ajuda aqueles que se encontram em situação difícil.
O narrador da história não se contenta apenas em descrever pensamentos e ações dos personagens. Ele também faz comentários sobre o que acontece na história. Essa espécie de diálogo do narrador com o leitor torna a leitura do livro prazerosa. O leitor fica com a agradável sensação de que a narrativa foi feita e está sendo contada exclusivamente para ele.
Para aqueles que querem uma boa história, o livro "Ladrão de olhos" é uma boa dica. Jonathan Auxier busca elementos nas tradicionais histórias de fantasia para criar uma narrativa com potencial para encantar várias gerações. Além disso, o narrador da história parece estar dialogando com o leitor.
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Vivi 18/12/2012

LADRÃO DE OLHOS
O livro Ladrão de Olhos - As aventuras de Piter Nimble é perfeito, não pensei que fosse gostar tanto assim dele. O livro conta a historia de Piter, um menino cego que foi achado no porto e cresceu orfão até ter que embarcar em uma aventura emocionante com seu futuro amigo e fiel companheiro Sir Tode. É um livro que vale muito a pena ler.
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spoiler visualizar
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Heidi Gisele Borges 22/10/2012

Mundo de Fantas http://mundodefantas.blogspot.com.br
Uma ótima história, sem dúvida!

Esse foi um daqueles livros que me chamaram. Na verdade não sabia exatamente o que esperar, não li nenhuma resenha, e passei os olhos pela sinopse. Mas o livro simplesmente me chamou e eu fui atrás. Em nenhum momento me arrependi.

Literatura juvenil é a minha paixão. Leio vários livros do gênero e é ótimo conseguir fugir de histórias chatas, repetitivas e cansativas. Ladrão de olhos - As aventuras de Peter Nimble (Editora Leya, 424 páginas, R$34,90) foi uma grata surpresa nesse meio. Um livro diferente que me encantou e me prendeu.

“As palavras dele não poderiam ter sido mais corretas. Como você sabe, as crianças, ao contrário dos adultos, são muito mais inteligentes para não ser enganadas por impostores, um fato que justifica, com sobra, a desconfiança de madrastas e professores substitutos”.

Peter foi encontrado em um cesto boiando ao lado de um navio e um corvo bicava seus olhos. Resgatado por marujos bêbados, cresceu nas ruas e, com cinco anos, foi achado e criado pelo sr. Seamus, um homem muito mau que abrira um negócio de adoção de órfãos em que fazia os meninos roubarem de tudo para ele, o que me lembrou de Oliver Twist, de Charles Dickens.

Numa de suas saídas, Peter encontra uma caixa com três pares de olhos, cada um com uma função. Ao colocar um, o menino é levado para um lugar muito molhado. Depois é avisado que saberá a hora certa de usar cada par. Acaba encontrando também um destino, precisa ajudar alguém, mas quem? E por que ele?

Em companhia de Sir Tode, um homem transformado por uma bruxa numa mistura de cavalo e gato, mas com bigode de gente, o ajuda na busca pelo Reino Desaparecido. E muitas coisas acontecem antes e depois, com corvos, ladrões, crianças, adultos... E o fato de ser cego pode atrapalhar e também ajudar em certas partes.

As páginas são num tom levemente escuro nos cantos e fica mais claro na parte do texto. Cada capítulo tem uma pequena ilustração acima do título. Esses detalhes deram um charme a mais na obra.

Acompanhar as aventuras de Peter Nimble foi ótimo! O único porém é o final meio corrido, mas nada que estrague todo o resto. Tirando isso, é muito bom. A história é tão gostosa que li bem rápido e queria mais. Recomendo!

*****
Outras resenhas Mundo de Fantas
http://mundodefantas.blogspot.com.br

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gleicepcouto 29/08/2012

Vídeo resenha: http://www.youtube.com/watch?v=iyNYHld-plg
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Juliana Pires 28/08/2012

Cheguei a uma conclusão, que já deveria ser óbvia para mim, que meus livros favoritos são fantasias infanto-juvenis, isso deve explicar o quanto eu fiquei empolgada quando li a resenha de Ladrão de olhos no blog Fallen In Me, foi amor à primeira vista, fui dominada pela sensação “preciso disso agora”, e foi o que eu fiz.

Só demorei um pouquinho para ler, por que estava passando por um período difícil, onde nenhum livro estava me interessando. Mas passado esse período negro, me dediquei a leitura desse livro, e QUE FOFURA MAIS LINDA, eu amei demais.

Logo de cara eu fiquei com uma dó danada de Peter, primeiro por que ele foi abandonado e jogado em um cesto no mar, isso lhe custou a visão, por que nesse período que passou até ser encontrado por alguns marujos, pássaros o cegaram.

É ou não é para ficar com dó do menino, ele nunca mais encontrou os pais, cresceu nas ruas de uma cidade portuária, e por ali ele praticou a arte da ladroagem, o fato de não poder enxergar aprimorou seus outros sentidos, e desde muito pequenininho, já era conhecido como o maior ladrão que já existiu.

Essa sua habilidade incrível logo chamou a atenção do charlatão Sr. Seamus, que lhe prometeu mundos e fundos, e o convenceu a ir morar em sua casa, onde teria comida, uma cama para dormir e até um bichinho de estimação. Mas não era nada daquilo, o Sr. Seamus queria era explorar a habilidade de Peter, e viver daquilo.

Peter era obrigado a roubar para sustentar o sr. Seamus, que só o maltratava, mais mesmo assim ele não ia embora, não tinha mesmo para onde ir e por isso ele aguentava todo aquele sofrimento.

Mas tudo mudou em sua vida quando um dia ele se deparou com um vendedor na praça local. Por não ter a visão, os outros sentidos de Peter são bastante aguçados, principalmente o olfato, quando ele encontrou a aglomeração na praça, logo foi atraído por um cheiro muito diferente que vinha da carruagem do caxeiro, que o pegou roubando e o obrigou a participar de sua apresentação, mais assim que surgiu a oportunidade ele foi averiguar ao que pertencia àquele cheiro.

Quando Peter arrombou a carruagem, não fazia ideia que ia de encontro ao o seu destino, o que ele encontrou na carruagem foi a coisa mais estranha que já havia encontrado na vida, uma caixa com três pares de olhos, que ele descobriu mais tarde que eram mágicos.

Depois de encontrar os olhos maravilhosos, a vida de Peter mudou para sempre, ele se viu no meio de uma jornada fantástica, que dependia somente dele, para encontrar um reino perdido, e mesmo que ele não saiba, sua própria história.

E nessa jornada ele terá a companhia de alguém, muito, muito, muito diferente, Sir Tode, um cavalheiro aprisionado a um corpo metade gato, metade cavalo por um feitiço há muito tempo, e juntos eles enfrentarão um terrível deserto cheio de prisioneiros, corvos de bicos afiados, um tirano sádico e monstros marinhos para libertar o reino esquecido.

Esse livro vale muito a pena, e apesar de ter quatrocentas páginas, elas passam voando, por que não dá para parar de ler, e torcer para que Peter Nimble, tenha um final feliz.

Acho que vale a pena ressaltar que esse livro apesar de parecer uma fantasia, fica melhor classificado como uma história fantástica, por que sim, essas categorias são diferentes, o que eu não fazia idéia, até ler no blog da Mel, Livros de Fantasia, a respeito:
"O fantástico não apresenta qualquer explicação, as coisas simplesmente acontecem. Não há regras, não há história, não há criação de mitologia nem razões de ser. De repente o personagem entra num mundo mágico (ou em mundo estranho e diferente, não necessarimanete mágico) sem pé nem cabeça e passa por uma experiência fantástica."
E o livro é assim, ele não te dá explicação do por que a magia que ela apresenta funciona, ela simplesmente acontece, não tem razão de ser, mais está ali. Outra coisa muito interessante, e que me lembrou uma das coisas que eu mais gosto em Desventuras em série, é que muitas vezes o autor se dirige diretamente ao leitor, o que torna a leitura muito mais prazerosa.

http://sobremimemeumundo.blogspot.com
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Jacqueline 25/08/2012

Publicado originalmente em www.mybooklit.blogspot.com.br
Peter Nimble foi deixado ainda bebê em um cestinho no mar. Entregue à própria sorte, o início de sua vida não começou nada bem. Corvos bicaram seus olhos, deixando-o cego. Após ele teve que driblar todos os obstáculos para sobreviver sozinho, até ser achado pelo cruel Sr. Seamus.

O aproveitador Sr. Seamus, obrigava o pequeno Peter a roubar todo tipo de coisa dos moradores da cidade, e a noite ainda o mantinha preso em um porão.
Porém, a vida de Peter estava prestes a tomar um rumo diferente, com o roubo de uma caixa contendo olhos mágicos. Com o primeiro par de olhos nas mãos, ele irá viver muitas aventuras em busca de um reino desaparecido.

" E assim era a vida de Peter Nimble. Era infeliz, maltratado e forçado a cometer delitos - dia após dia, uma estação depois da outra, ano após ano -, até que, numa tarde chuvosa e muito especial, ele conheceu um estranho que mudaria sua vida para sempre." (pág. 16)

Recheado de ação, aventura e uma história comovente sobre um menino órfão e cego, que parte em busca de um reino desconhecido, Ladrão de Olhos me conquistou com sua narrativa simples e seus personagens únicos.
Narrado em terceira pessoa, em diversas passagens o narrador fala diretamente com o leitor, o que nos transporta diretamente para o livro, como se fizéssemos parte do enigma.

O sofrimento de Peter fez meus olhos ficarem marejados várias vezes durante a leitura. O tratamento recebido pelo Sr. Seamus, e as intempéries que era obrigado a enfrentar, permanecendo na rua até encontrar algo de valor para o malvado homem, ao invés de endurecerem o nobre coração do nosso protagonista, obteve um efeito contrário.
Treinado para roubar, a falta de visão não era um sério problema para ele. Suas agéis mãozinhas davam conta dos mais difíceis tipos de cadeados, e essa era a sua especialidade.
Ao encontrar a caixa com os olhos mágicos é quando a verdadeira aventura tem início. Cada par de olhos mágicos possue um poder diferente, e Peter só os descobre quando experimenta.

Todos os personagens possuem uma peculiaridade que os tornam especiais. A começar por Peter e também por seu amigo de missão, o cavaleiro Sir Tode, que é uma estranha combinação de cavalo e gato.
Apesar da falta de visão, todos os outros sentidos de Peter são extremamente aguçados, e isto auxilia bastante em sua jornada.
Encontramos corvos, pássaros e besouros que falam, monstros assustadores, ladrões dos piores tipos e uma prisão em pleno deserto. Tudo beira ao surreal, de modo que Jonathan te faz acreditar em tudo que está lendo.

A quantidade de páginas não foi um problema para mim, já que uma vez mergulhada na história de Peter, eu não conseguia deixar o livro de lado.
Todo o suspense para saber se Peter completaria o seu objetivo, e qual era o seu papel em tudo isso, me deixou ansiosa para chegar logo ao final. O desfecho não poderia ser mais emocionante (confesso que chorei).
Não posso deixar de comentar o belo trabalho da capa, e a diagramação diferenciada das páginas acinzentadas. Cada início de capítulo trazia uma figura do que estaria por vir a seguir.
Recomendo para todas as idades, é impossível não se comover e admirar a determinação de Peter e seu companheiro Sir Tode.
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Adriana 18/06/2012

Me surpreendeu!
Leia minha resenha no blog: http://migre.me/9xT7d
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Andressa 14/06/2012

Ladrão de Olhos - Jonathan Auxier
Este livro me conquistou logo de início, principalmente por sua belíssima diagramação. Detalhes que para mim fazem muita diferença em um livro são os diversos cuidados que a editora tem para publicá-lo e que podem tornar a leitura mais desejável e agradável. É uma história de aventura infanto-juvenil e assim, um pouco diferente das que ando lendo ultimamente mas que sem perceber, sentia falta.

O protagonista Peter Nimble é um garoto encantador e que, apesar da conhecida cegueira, na maioria das vezes não se intimida, fazendo de tudo para concluir a missão a que foi enviado. Em alguns momentos vemos alguns momentos de fraqueza no personagem, presentes na maioria das crianças, mas que logo são superadas pelo garoto em prol da sua aventura. Ao longo da história vamos percebendo que além de ser um ótimo ladrão, daquele que consegue abrir qualquer tipo de fechadura ou cadeado, o pequeno garoto é acima de tudo um excelente amigo e companheiro, principalmente se tratando de Sir Tode - um homem amaldiçoado por uma bruxa e condenado a viver como uma mistura de gato, cavalo e cavaleiro. A amizade entre eles é algo bonito e que por vezes me pareceu como algum tipo de lição: apesar da aparência estranha de Sir Tode, Peter não conseguia vê-lo e aceitava essa sua condição, mostrando que o que importa na verdade é o interior de cada um de nós e não nossa aparência exterior. O garoto, com certeza, foi o meu personagem favorito do livro, que me cativou logo no início.

Só posso dizer que adorei o rumo que toda a trama tomou e que apesar de em algumas partes ter descoberto alguns dos mistérios nela envolvidos, outros ainda foram uma boa surpresa para mim. Cada vez que Peter experimentava um de seus olhos mágicos eu ansiava pelo resultado extraordinário que teriam e como poderiam ser de alguma maneira importantes no momento, o que acabava sempre me surpreendendo. Mesmo assim, os que mais gostei foram os olhos esmeralda, que conseguiram me admirar ainda mais que os outros dois.

Os dois companheiros passam por diversas aventuras inimagináveis, nunca tornando o livro monótono ou cansativo e digo que adorei cada uma delas e o modo como o autor as narrou. Com isso, o ritmo da história é muito bom e a leitura flui rapidamente, apesar de ser um livro infantil razoavelmente grande. Quanto mais avançava a leitura, mais empolgava ficava com a trama e isso chegou ao ponto onde nos últimos capítulos, não queria mais largar a história. Além disso o livro possui duas curiosidades que o caracterizaram, sendo a primeira o poder do autor conversar com os leitores. Muitas vezes me senti verdadeiramente em uma roda de contos de história, só ouvindo o contador narrá-las de um modo único. A narrativa era as vezes interrompida para explicações interessantes e dicas que o autor tinha a dar para nós leitores e, como nunca tinha visto nada parecido antes, acabei por gostar das partes em que acontecia. A outra curiosidade do livro, agora por parte da editora, foi a já dita ótima diagramação: a mudança que a editora fez na coloração de suas páginas, ao contrário de deixá-lo cansativo de ser lido, deixou a trama com mais um aspecto único.

O livro não chegou a se tornar um favorito, mas com certeza foi um dos livros mais divertidos que li este ano. Creio que mesmo se tratando de um livro infantil, Ladrão de Olhos vai agradar não somente esse público específico como também todos os leitores que apreciam uma boa aventura, repleta de fantasia e criaturas espetaculares, assim como eu.
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Ronan.Azarias 03/06/2012

Interessante
Ele é meio grandinho, visto que foi escrito para crianças (424 páginas, mas mesmo assim é uma história cativante. O início é um pouco estranho, mas a partir do ponto de Petter Nimble parte para sua aventura, tudo fica mais interessante. Mesmo um adulto pode se divertir lendo o livro. Achei ele relaxante e cativante. É uma boa opção pra quando se quer passar o tempo.
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Yasmin 04/04/2012

Encantador

Assim que soube do lançamento de "Ladrão de Olhos" fiquei curiosa para ler, afinal eu gosto bastante de livros do tipo. No estilo conto de fadas moderno. O mais intrigante, no entanto foi o fato de o protagonista ser cego. A curiosidade foi tanta que o livro mal tinha sido lançado e eu já tinha comprado o meu. Após 424 páginas posso dizer que não fui precipitada ao querer tão avidamente ler esse livro. Jonathan Auxier criou uma história encantadora e um personagem extraordinário. Uma história fantástica e uma edição linda da editora LeYa.

Certa vez um bebê foi encontrado dentro de uma cesta boiando perto de uma embarcação com um corvo empoleirado. Os marinheiros recolheram o bebê e perceberam que mais um pouco e o corvo tinha comido a criança, seus olhos já estavam perfurados. A criança recebeu o nome de Peter Nimble e sem lar acabou amamentado por uma gata que de certa forma cuidou de Peter até que um trágico acontecimento separou os dois. Nessa idade ele começou a se destacar no meio da multidão por sua habilidade para sobreviver. Com seus dedinhos ágeis Peter logo começou a roubar itens necessários como roupa, comida e uma venda para os buracos dos olhos. Aos três anos ele já era uma ameaça conhecida para os vendedores, mas muito antes de os guardas serem alertados Peter já estava longe. O problema disso tudo é que as chances de ser adotadas eram cada vez menores. Bons cidadãos não adotavam meninos acostumados a roubar para viver. Foi então que Peter conheceu Sr. Seamus, um empreendedor segundo ele dizia. Ao notar o talento do menino de surrupiar as coisas sem ser notado Seamus logo tratou de convidar Peter para viver em sua mansão, com seu super cachorro, onde eles seriam sócios.

Peter aceitou, vendo a chance de ter uma casa, cama e comida sempre. Contudo não tinha mansão nenhuma, muito menos um super cachorro. Seamus tratou de ensinar todos os truques da ladroagem para Peter e torturava o menino sempre que podia com ameaças. O deixava sem comida. Se Peter quisesse comer deveria abrir os cadeados apenas com as mãos. Muitos anos se passaram e Peter foi vivendo essa vida miserável. Roubos na calada na noite, maus tratos de Sr. Seamus e aguentando o pior cachorro de todos. Ele se tornou um ladrão muito habilidoso e sendo cego aguçou seus outros sentidos. Era como enxergar através do olfato. Foi por isso que se aproximou do cacheiro viajante e se sua carruagem repleta de tesouros guardados por muitos cadeados. Mal sabia Peter Nimble que ao roubar aquela caixa com seis supostos "ovos" ele estaria entrando na maior aventura de sua vida. Aquela aventura que mostraria a ele o valor da amizade, da inteligência e devolveria a Peter o lado bom da vida. A partir daquele roubo tudo mudaria e ele descobriria muito mais sobre ele do que jamais imaginou.

A narração de Auxier é uma coisa de tão boa de ler e a possui uma característica que costumo notar em livros escritos por autores que são também roteiristas. A história flui tão bem que o passar das páginas é imperceptível e Peter é um garoto tão sofrido, tão inteligente que fica impossível não se prender a história dele. Com descrições exatas e sem exageros o autor deixa nítido aos olhos do leitor esse mundo fantástico que criou. A mágica aqui não é comum, é um mundo que mistura a ciência e razão com pequenos detalhes como bichos falantes e outras coisas mais que não posso citar sem estragar a surpresa. A viagem de Peter com Sr. Tode é deliciosa de acompanhar e o desenrolar da trama é tão bom que já estou imaginando se aquele final é o começo de um novo livro. O mundo criado é tão vasto que seria desperdício não ter mais nada nesse cenário.

Adoro quando o narrador "conversa" com o leitor. Através das observações do autor vamos acompanhando o progresso da história. Usando um exemplo que a maioria vai entender é como se tivéssemos dentro da penseira com Dumbledore, no caso com o autor, acompanhando de perto a história. É essa a sensação que tive. Como se ali, alguns passos adiante estivessem Peter, Sir Tode, Peg, o corvo Simon e todos os outros. Falando em corvos adorei os personagens. Simon, capitão Amon, todos eles. Só achei que Peter e Sir Tode poderiam ter sido mais espertos. Acabaram dobrando os problemas ao confiar na horda de ladrões ao invés de confiar nos corvos.

Enfim, um livro encantador em vários os sentidos. Claro que depois que ele conheceu Peg e a história foi contada não ficou difícil decifrar a charada, mas isso não estragou em nada. Pelo contrário, foi muito bom acompanhar Peter nessa descoberta que mudaria tudo. É um conto de fadas moderno, poderia dizer uma fábula, mas elas têm que ter alguma lição e apesar do livro se mostrar muito belo em sua essência não tem uma lição de moral exata. O livro também tem uma pequena, veia no steampunk, gênero que mistura máquinas e engrenagens no passado. "Ladrão de Olhos" não é um livro para exigentes, é um livro para quem consegue ver a beleza em pequenas coisas. A história de um garoto órfão, cego, ladrão, mas leal e inteligente. Adoraria ver o livro transformado em filme. Daria um belíssimo filme. A edição da LeYa é linda. As folhas escurecidas em um tom de cinza deram o clima certo ao livro. Eu adoro as cores da capa e foi ótimo vê-las juntas em um livro. Recomendo o livro a todos, de crianças a adultos. Tenho certeza que Peter Nimble vai conquistar-te nas primeiras páginas. Que saudade de ser criança...

Outras resenhas em: http://cultivandoaleitura.blogspot.com/2012/04/resenha-ladrao-de-olhos.html

Jacqueline 10/04/2012minha estante
Ain, adorei a resenha.
Estou louca para ler esse livro, parece ser realmente encantador!!!


Juliana Pires 27/06/2012minha estante
Fiquei com mais vontade ainda de ler o livro.


JessicadeSouza 05/01/2015minha estante
Simplesmente maravilhoso, linda história que te prende, te faz rir, chorar, torcer pra que as coisas aconteçam. Comprei o livro "no escuro" gostei da capa (que é linda por sinal) e resolvi trazer pra casa. Não me arrependi em momento algum.




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