O Crime do Padre Amaro

O Crime do Padre Amaro Eça de Queiroz




Resenhas - O Crime do Padre Amaro


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Leila de Carvalho e Gonçalves 11/07/2018

Sem Punição Nem Remorso
"O Crime do Padre Amaro" não é só o primeiro romance realista português, também é apontado como o melhor. No entanto, essas constatações deixam de lado o contorno naturalista cuja inegável importância igualmente caracteriza "O Primo Basílio" e "Os Maias", duas grandes obras de Eça de Queiroz.

Tendo como cenário Leiria, a narrativa denuncia o clero devasso e critica a mesquinhez da vida provinciana cujas mazelas garantem destaque não só aos protagonistas, mas também às personagens secundárias. Aliás, optando por um narrador onisciente, Eça aponta sua artilharia principalmente para os padres e beatas, retratados com aspereza, sarcasmo e até mesmo uma certa grosseria.

Sua história relata o relacionamento entre o Padre Amaro Vieira e uma paroquiana, Amélia Caminha. A gravidez da jovem leva o protagonista ao desespero e após uma tentativa frustrada de encontrar um marido para ela, a história encaminha-se para uma tragédia que, sem punição ou remorso, será varrida para debaixo do tapete como se nada houvesse acontecido. Por sinal, é motivo da indignação dos leitores, a célebre frase de Amaro: "Mas tudo passa..."

Eça começou a escrever o romance em 1870. Dois anos depois, ele já era anunciado, mas somente foi lançado em folhetins, na Revista Ocidental, entre fevereiro e maio de 1875. Infelizmente, o resultado não agradou ao escritor que na ocasião, morava na Inglaterra e pretendia revisar o texto, conforme fosse publicado. A distância entre os dois países contribuiu para atrasos e confusões, se não bastasse, o material ainda passou pelo crivo dos editores que, temerosos pela repercussão de algumas passagens, cortaram várias páginas. A edição em livro, publicada no ano seguinte, contribui para que Eça decidisse refazer o texto original que, com o subtítulo "Cenas Devotas", foi publicado em 1880. Essa edição, considerada definitiva, totalizou apenas 800 exemplares e foi paga pelo seu pai.

O grande desafio de "O Crime do Padre Amaro" foi sair ileso da acusação de plágio. Em 1874, Emile Zola publicou "O Crime do Abade Mouret" e, indiscutivelmente, os dois títulos são parecidos. Sequer vou entrar no mérito da discussão de datas, pois tive a oportunidade de ler o livro (edição da Cia. Brasil - 1955) e os enredos são diferentes. Em linhas gerais, Zola apresenta uma alegoria sobre a expulsão de Adão e Eva do Paraíso, tomando como protagonista um padre místico que, após uma febre cerebral, fica desmemoriado. Mouret é levado para convalescer num local isolado, chamado "Paradu", onde sua castidade é posta à prova.

Finalmente, concluo com Fialho de Almeida:
""O Crime do Padre Amaro" é uma obra-prima, igual às melhores que a admiração universal tem consagrado, porque ninguém como Eça de Queirós compreendeu melhor, com a sua prodigiosa sagacidade de artista, como o romance moderno aspira a ser a fotografia da sociedade, surpreendida no seu labutar incessante ou na sua atonia de decadência - manifestação de arte das mais complicadas e esplêndidas."
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alinnefernanda.bertolin 22/04/2018

Já me considerava uma fã de Eça de Queiroz e, após terminar a leitura desta obra maravilhosa, mais admiração tenho por este mestre luso.
A trama bem elaborada expõe a maligna influenca dos padres corruptos em uma cidade portuguesa de médio porte no século XIX.
É possivel analisar também a questão dos limites da mulher naquela sociedade, Como os homens controlavam e manipulavam suas vidas.
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Mr. Jonas 07/02/2018

O Crime do Padre Amaro
Crime do Padre Amaro, obra do escritor português Eça de Queirós publicada em 1875 faz, através de sua narrativa, uma direta crítica à vida hipócrita do clero e da sociedade burguesa.
Após a morte do pároco José Miguéis, foi transferido para Leiria um padre jovem chamado Amaro Vieira. Aconselhado pelo cônego Dias, seu mestre de moral no seminário, Amaro foi instalar-se na casa da D. Joaneira. À noite na casa, havia encontros entre beatos e o clero, marcados por jantares, músicas, conversas, jogos e discussões sobre fé. É nesse cenário que padre Amaro encanta-se por Amélia, uma jovem muito bonita e passam a trocar olhares, despertando o ciúme de João Eduardo, noivo da moça.
O narrador, através de uma retrospectiva, conta que Amaro ingressou no seminário aos 15 anos, por obediência a sua tia que lhe criara com os preceitos cristãos. Porém, não era esse o seu desejo. Desejava mesmo era estar com uma mulher, chegando até associar a imagem de Nossa Senhora a uma, sentindo desejo por ela. Sendo assim, não por vocação e mais por comodismo, Amaro tornara-se padre. Em Leiria, rezava missas por costume, mas seu pensamento e sua ocupação era Amélia.
O primeiro contato físico entre o casal aconteceu numa fazenda da família; Amaro beijou o pescoço de Amélia, e ela saiu correndo. Amaro, com receio de se envolver mais intimamente e todos descobrirem, resolveu se mudar para outra casa. Enciumado pelas visitas de padre Amaro, o então noivo de Amélia escreveu o comunicado ?Os modernos fariseus?, onde fez várias acusações contra os padres, inclusive mencionou que o padre Amaro estaria se envolvendo com uma ?donzela inexperiente?. Após isso, o pároco aconselhou que Amélia desfizesse seu noivado, pois João Eduardo não seria digno. João Eduardo fica sem emprego e, revoltado, dá um soco no jovem padre.
Amaro volta a frequentar as reuniões na casa de D. Joaneira e se aproximar de Amélia, sem os olhos enciumados de João Eduardo. Numa oportunidade, voltando de uma visita à casa do cônego que estava doente, os dois param na casa do padre e tem ali sua primeira noite de amor. Dionísia, criada, aconselha ao padre a se encontrar com a jovem na casa do sineiro, onde seria mais discreto. Para o sineiro Tio Esguelhas, Amaro disse que Amélia queria se tornar freira e que ele iria ajuda-la nessa missão. Para a família, Amélia iria ajudar a Totó nas lições religiosas. Os dois passam então a se encontrar várias vezes na semana. Ela começa a sentir-se culpada, mas não recusa o padre. Amélia acaba ficando grávida. Aconselhado pelo cônego, a primeira saída seria casa-la com João Eduardo. Este, porém, tinha vindo para o Brasil. A alternativa é então mandar Amélia junto a D. Josefa, que estava doente, ao interior até chegar a hora do parto. Quando a hora chegou, Amaro entregou a criança a uma família que tem a fama de matar as crianças que lhe são entregues. E a criança realmente morre. Amélia não suporta ficar longe do filho, acaba também por morrer. Padre Amaro, sem saber o que fazer e tentando fugir dos acontecimentos, muda-se da cidade. Depois de algum tempo, encontra-se casualmente com o cônego Dias e afirma que ?tudo passa?.
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Magasoares 22/10/2017

O Crime do padre Amaro
Excelente livro, muito atual. No começo um pouco entediante, mas depois a estória se desenrola, e, é maravilhosa! É um caso para pensar: Quantos padres Amaro existiu, e ainda continua a existir? Recomendo vivamente.
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Cleiton 08/08/2017

A atualidade da crítica de Queiroz
Por muito tempo “O crime do padre Amaro” esteve inerte em minha estante, aguardando ansiosamente um leitor para desfrutar suas páginas. Decidi ler este livro após ter lido o clássico livro de Gastón Leroux (Fantasma da ópera), pois uma boa experiência com esse clássico me ajudou a refletir sobre os demais, e assim como ocorreu com a obra de Leroux, uma leitura arrastada, depois me surpreendi. Muitas vezes pensei em desistir de ler, cogitei abandonar aquele texto publicado em 1875, em Portugal. Talvez isso se deva a familiaridade que não possuo com um português mais arcaico e também por não ser meu estilo de gênero literário preferido, porém a forte crítica a Igreja Católica, aliada a uma trama que considerei bem elaborada, me deram ânimo para prosseguir a leitura.

Neste livro a maioria das personagens estão inseridas em uma sociedade que apesar de não ser controlada diretamente pelo Clero, ainda está fortemente arraigada a um sistema religioso que consegue controlar sua vida. A história é narrada do ponto de vista de três pessoas, Amaro (um padre jovem a contragosto), Amélia (uma jovem que mora sozinha com a mãe) e João Eduardo (escrevente, prometido de Amélia), um inusitado triângulo amoroso.

Através do Dr. Gouveia, médico de Leiria, cidade onde se passa a maior parte da história, Eça de Queiroz traça sua crítica aquele sistema religioso: “Meu rapaz, tu podes ter socialmente todas as virtudes; mas, segundo a religião de nossos pais, todas as virtudes que não são católicas são inúteis e perniciosas. Ser trabalhador, casto, honrado, justo, verdadeiro são grandes virtudes; mas para os padres da igreja católica não contam. Se tu fores um modelo de bondade, mas não fores à missa, não jejuares, não te confessares, não te desbarretares para o senhor cura (Padre da Igreja Católica), és simplesmente um maroto. ” (p. 248)

A partir de sua narrativa, Queiroz consegue expor a base religiosa de seu tempo, a hipocrisia de seus sacerdotes e os problemas em se manter uma vida de castidade. O que ele percebeu, continua existindo. Podemos perceber a divisão “nós e eles”, na maioria dos sistemas religiosos atuais e quem não faz parte da igreja, quem é “do mundo” ou quem é “afastado” é desprestigiado, é tido como uma pessoa ruim. Neste livro encontramos um ótimo exemplo, pois o médio Gouveia por não ser católico e apesar de ter salvado muitas vidas é considerado uma pessoa pior que Peixoto, que matou sua mulher a pauladas e que continua batendo em sua filha de 10 anos, mas que por cumprir seus deveres de devotos, é bem visto entre o clero.

Por fim, recomendo a leitura!
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Elias 01/06/2017

Estou lendo essa adaptação de O Crime do Padre Amaro com a meninada do nono ano e, para minha surpresa (costumo ser contrário a adaptações), trata-se de um bom livro. Ao que parece, o adaptador não diminuiu em nada a carga explosiva do texto, apenas deixou a linguagem mais direta e reduziu os momentos descritivos típicos do Eça... Mas preciso reler o original pra ter certeza.
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Mariane 11/04/2017

Nossa, o autor Eça de Queiroz é muito bom. O livro "O crime do Padre Amaro" poderia ter tudo para ser como muitos livros clássicos: aqueles antigos (1875), descritivo ao exageros, livro e narrativa longos, complexos, enfadonhos, chatos a ponto de você cansar tanto que desiste logo no início da história, já que alguns livros as primeiras páginas nem tem iniciado ainda a história em si, mas sim a descrição da textura das paredes e do ambiente. Mas não, todo parágrafo do livro Eça é uma nova informação sobre a história, sem descrições como enchimento de espaço. Na história vemos um homem sem vocação para ser padre e sua revolta e sentimentos por terem feito o tornar. Há uma grande crítica a igreja, as beatas e o pseudomoralismo. Ainda vemos sendo expostos as bisbilhotices e futilidades das pessoas que acreditam que ter uma religião é ter um emprego, um poder politico, pessoas que só vivem de aparências. A história me prendeu bastante e o tema ainda trás aquele sentimento de que seja algo herege, proibido, mas que você compartilha daquele segredo com o Padre Amaro. A obra, EÇA DE QUEIROZ é um dos meus novos divos da literatura, então INDICADO. Deu até vontade de ser portuguesa.
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Liliane 29/01/2017

Adorei!
Li Eça de Queiroz pela primeira vez. Li O Crime do Padre Amaro, sua obra que inaugura o Realismo português.

É corrente descrever o Realismo como uma resposta ao Romantismo, pois em vez de idealizar, o Realismo problematiza a sociedade e as relações humanas. Embora os maiores centros do desenvolvimento do século XIX estivessem na França e na Alemanha – que sofriam com as mudanças decorrentes da evolução científica e tecnológica –, Portugal e Brasil souberam adaptar muito bem a crítica realista ao seu meio, a sua sociedade.

“O Realismo é uma reação contra o Romantismo: o Romantismo era a apoteose do sentimento; – o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos – para condenar o que houver de mau na nossa sociedade” Eça de Queiroz *

A história de O Crime do Padre Amaro se passa em Leiria, cidade portuguesa muito católica e conservadora. O jovem padre Amaro assume a paróquia da cidade e logo faz amizade com os outros padres e com as beatas. Essas pessoas, unidas pela cristandade, formam um grupo de amigos que se reúne algumas noites por semana para confabular, comer e beber na casa da S. Joaneira.

A S. Joaneira tem uma filha, Amélia, considerada a moça mais bela da cidade. Amélia está comprometida a João Eduardo, um jovem disposto a acompanhar sua amada na vida religiosa, embora flerte com ideias liberais contrários à igreja.

Acontece que, durante as reuniões na casa da S. Joaneira, começa a medrar uma amizade entre Amélia e o pároco Amaro, e João Eduardo percebe que essa amizade vai além da afinidade cristã.

A fim de afastar a concorrência de Amaro, João Eduardo publica um texto anônimo no qual revela as corrupções dos padres da cidade, além de insinuar uma possível relação de perversão entre Amélia e Amaro.

Naturalmente a publicação do texto gera comoção na cidade e revolta dos padres, que acabam descobrindo a origem do texto. Como punição a João Eduardo, os religiosos usam de sua influência para fazer com que o rapaz perca seu emprego e toda a confiança dos moradores de Leiria. Não satisfeitos, cabe a Amaro intervir na relação do rapaz com Amélia, fazendo com que ela se convença que não deve manter qualquer relação amorosa com o herético. Assim, João Eduardo não vê outra alternativa a não ser sair da cidade.

Logo, Amélia e padre Amaro passam de secretos apaixonados à secretos amantes. Às vistas da cidade, o relacionamento dos jovens não passa de devoção cristã. Para Amélia, os encontros com o padre são tão pecaminosos que, em sua imaginação de devota, a própria virgem Maria não a estaria mais reconhecendo como filha. Por sua vez, Amaro não demonstra culpa. Ele tenta, até mesmo, tranquilizar a menina dizendo que todo o “serviço” que ela presta a um “homem santo” é grandioso aos olhos de Deus.

Em certo momento, o cônego Dias descobre sobre os dois. Porém, Amaro conhece um segredo do cônego, forte o suficiente para fazer com que ele além de concordar em não falar para ninguém, também o ajude a acobertar as graves consequências do romance que logo apareceriam, e entre elas, a gravidez de Amélia. Essas consequências conduzem ao final da história, e o final é de uma tristeza tamanha!

Parece não fazer tanto sentido eu esconder o que acontece, afinal, o livro não é novo, foi publicado em 1875, mas vou esconder. Sugiro que você leia o livro, pois não quero amenizar os sentimentos te acometerá. [Lógico, caso você realmente queira saber, têm algumas resenhas por aí que contam o final ;) ]

Enfim, apesar de o cerne da história ser o romance proibido de Amélia e Amaro, outras questões deveras sensíveis são desenvolvidas na obra. A contradição do celibato, por exemplo, não é questionada somente na relação de Amélia e Amaro.

Há no livro também uma crítica à política dos bons costumes, quando os liberais – vide o caso de João Eduardo – são tidos como ateus, desmoralizadores da sociedade “justa”. Entretanto, é a João Eduardo que eles recorrem quando precisam “tapar o furo” deixado por Amaro. Isso significa que os bons costumes são uma hipocrisia, já que se limitam às aparências da boa reputação.

Apesar de tudo, seria um erro dizer que há uma crítica à religião. Não há. Inclusive, a pessoa que ajuda Amélia em seu momento mais crítico é também um religioso. Os diálogos que Eça desenvolve entre o abade Ferrão e Amélia denotam amor e tolerância. Portanto, fica claro que a crítica do autor é direcionada à igreja e não à religião em si.

O Crime do Padre Amaro é de uma riqueza tremenda. Não pense que as indagações feitas ao longo do livro se limitam a essas poucas linhas escritas. Só digo: leia, leia, leia!

* Tirei essa citação do livro didático Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias, de José de Nicola ;)


site: https://lilianeferreiras.wordpress.com/2017/01/29/o-crime-do-padre-amaro-eca-de-queiroz/
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Sandra 28/10/2016

A história de um amor proibido
O crime do padre Amado é um clássico do escritor português Eça de Queirós. Conta a história do amor proibido entre Amaro e Amélia. Ele, um padre novo, de 30 anos, recém-ordenado, e ela, como diz o livro: “a rapariga mais bonita da cidade”. Tinha 22 anos. Para os padrões da época ela já deveria estar casada...

É um romance realista. O Escritor retrata bem os costumes do seu tempo, sobretudo a decadência moral do clero e da sociedade. Nasceram muitas intrigas e maledicências na casa de S. Joaneira, onde a “padraria” e as beatas de Leiria se reuniam...

Voltando ao casal: Amélia tinha para com o pároco uma senhora devoção: ele era a perfeição para ela. Já os sentimentos de Amaro eram mais “terrenos”. Tive muita raiva de Amaro. Na minha opinião ele foi um covarde, sem escrúpulos. Não mediu as consequências dos seus atos (bem, ela também não, mas creio que ela foi vítima, se foi isso que o autor quis passar, deu certo). Sabe aqueles pensamentos que costumávamos escrever nas contracapas dos cadernos (isso aqui é para as balzaquianas, kk)? Lembro-me de um assim: “o pior erro de um homem é despertar o amor de uma mulher, sem ter a intenção de amá-la”. Achei que o padre vestiu muito bem essa “roupa”!

A paixão enlouquecedora entre eles dava vislumbres de que não acabaria bem.

(Publicado originalmente no meu face em 10/01/14)
Iara.Vianna 12/11/2016minha estante
Gostei do comentário.


Iara.Vianna 12/11/2016minha estante
null


Sandra 12/11/2016minha estante
Obrigada. Se não tiver lindo ainda, recomendo.




Lucas 09/10/2016

Todos deveriam ler!
Uau! Que livro impactante! Posso dizer que estou (usando o linguajar da época e local do livro) furibundo, enxovalhado e banzado com essa leitura!
"O crime do Padre Amaro" não é apenas um clássico, é também a denúncia de uma sociedade corrupta, hipócrita e que se deixa corromper passivamente por uma organização religiosa opressiva e degenerada.
Não se trata de uma critica a Igreja Católica, ou a qualquer outra religião, se trata de uma critica ao uso da moral religiosa, subvertida e utilizada em favor de interesses egoístas e separatistas.
Se trata de uma sociedade que comunga com a hipocrisia.
Triste é ver que mais de um século após a publicação deste livro, as coisas quase não mudaram, apenas adaptaram-se ao século XXI.
As pessoas ainda continuam desprovidas de senso critico, e os lobos revestidos de bons pastores continuam a rondar e propagar principios deturpados e odiosos, que nada tem em comum com o Amor, a Moral e tantos outros principios capazes de abolir o homem das trevas da ignorância racional e espiritual.
Indico muito a leitura desse livro!
Litterae non entrant sine sanguine!

site: Instagram: _lucaspereira
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Alexandre 17/02/2016

Excelente
Um dos melhores de Eça. Crítico e satírico.
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Juh_Oliveira 05/11/2015

Bem atual
Me assusta como um livro de quase 150 anos pode ser ainda tão atual. Eça de Queirós faz uma critica à igreja e à sociedade da época. Não há um final feliz, com eu esperava. Na verdade me indignou o final, pq depois de tudo nada aconteceu, a história foi esquecida. Ficou aquela sensação de impunidade. Mas depois fiquei pensando, quantas histórias parecidas não aconteceram, naquela época e ficaram por isso mesmo?
Retrata a hipocrisia religiosa, a sociedade machista, a influência da religião no Estado.
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