Ibn.Al-Ahlam 15/01/2024
Uma crítica ao clero
A estória, ela é muito bem feita, apesar de a escrita ser lenta e bastante cansativa. Uma clara crítica ao clero, Eça de Queiroz nos mostra certa dificuldade dos sacerdotes na vida clerical, onde devem abster-se do que, para eles, é mundano. Privar-se dos desejos naturais é uma das regras, e ela é quebrada pelo padre Amaro, ao se apaixonar pela Amélia e manter uma relação, obviamente, em segredo, aos maiores cuidados. Ora, ora, virar um padre faz você se abster, automaticamente, dos prazeres naturais? Claramente não, vêem apenas como uma obrigação, seus desejos não vão sumir num piscar de olhos. Portanto, os sacerdotes mantêm, lá no fundo, todos esses desejos ocultos... No fundo, eles querem! E às vezes fazem! Não continuarei a descrição, não quero falar nenhum spoiler.
Para mim, a escrita do Eça de Queiroz pecou bastante por ser tão, mas tão cansativa! Estória lenta, densa, para se ler devagar mesmo, mas, sinceramente, me cansava lendo-o e isso não me agradou. Mas, o que valeu quase suas quatro estrelas ? três e meia, para ser mais exato ?, sendo assim, considerado "bom", fora o enredo, que foi muito bem feito, tudo se ligando... Muito bem feito!