O Sol Também Se Levanta

O Sol Também Se Levanta Ernest Hemingway




Resenhas - O Sol Também Se Levanta


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Paulo 29/01/2013

E também se põe
Meu primeiro comentário é que a tradução de Berenice Xavier, feita há muitas décadas e que tem se perpetuado em todas as edições, é uma tradução um tanto defeituosa. Isso me deixou bastante afastado do livro, uma vez que eu tropeçava o tempo todo em frases estranhas que estavam obviamente mal traduzidas.

Além disso, o livro não é realizado num estilo que realmente me agrade. É algo pessoal, sem dúvida, mas gosto quando um autor explora a capacidade do romance para expor reflexões ou imaginações. Este romance de Hemingway aproxima-se mais do ideal de um bom roteiro de cinema, com seu excesso de diálogos e situações bem mais diretas.

Para completar, os aspectos temáticos não me cativam. Nem os mais profundos - geração perdida, o mundo entreguerras, etc - nem os mais evidentes, que se proliferam na primeira metade e culminam na fiesta em Pamplona.

A interessante mistura de personagens, com seus dramas pessoais, foi o que me fez manter a leitura até o final.

Entendo que este livro seja um clássico e tenha especial significado para a cultura americana, e certamente também agradará muitos de nossos leitores. Nesse caso recomendo, se possível, tentar ler no original em inglês. Para mim foi uma leitura talvez intelectualmente proveitosa, mas emocionalmente fria.
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Mel 15/01/2013

Por ouvir falar tanto em Hemingway e pegar a dica de O Sol também se levanta do prefácio de um clássico mundial, pequei por esperar muito do romance. Esperava mais emoção.
Achei que ou o autor se preocupou apenas em narrar a história ou eu, realmente, não peguei a essência do livro - salvo algumas passagens das touradas, principalmente a batalha final que me fez sentir muitas coisas e refletir também.
Pouco me apeguei à ele, mas gostei do final (previsível) e de conseguir me imaginar na Espanha de 1924.
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Gabriela 10/01/2013

Retrato da Lost Generation
Já havia ouvido falar que se tratava de um livro bobo, onde as pessoas apenas bebiam e de alguma maneira tinham grana pra isso. Aquela coisa Manoel Carlos, mas com brigas.
Blasfêmia.
O livro começa com uma frase de Gertrude Stein: "You are all a lost generation" (Vocês todos são uma geração perdida).
E assim ficou conhecida a geração de autores americanos vivendo em Paris no período pós Primeira Guerra, começo da Grande Depressão (turminha que ficou famosa por ser retratada no filme Meia Noite em Paris).
O enredo gira ao redor de duas personagens: Lady Brett e Jake Barnes.
Lady Brett é uma mulher linda e especialista em manter homens ao seu redor o tempo todo. Gosto muito da maneira que Hemingway tece a personagem. O mais legal? É descrita como uma mulher andrógina, de cabelos curtos e forte. Yet, "a damned fine-looking woman".
Um dos meus trechos favoritos é a descrição de Lady Brett andando pelo caos da fiesta caótica em Madrid, como se a festa fosse feita em sua homenagem. A narrativa esconde o estilo do autor no ritmo do andar de Lady Brett. Lindo.
É uma personagem apaixonante, mas muitas vezes odiada pela facilidade com que ilude, descarta e mantém os homens ao seu redor, conseguindo tudo o que quer deles, da maneira que lhe convém. Eu, particularmente, adoro. E também vai gostar quem gosta de um mal-feito. Lady Brett representa a tal "imoralidade feminina" em sua face mais adorável.
Jake Barnes é um rapaz educado, rico, inteligente. É ele a linha que segura o livro, que é cercado por personagens caóticas como Lady Brett e o judeu Robert Cohn. Todos alcólatras e precisando desesperadamente de um terapeuta.
Jake parece ser o único homem equilibrado, que todos confiam, e é o fio condutor do livro. Apesar de (também) apaixonado por Lady Brett, Jake tem um pequeno problema: um ferimento de guerra que o tornou impotente. E talvez por isso mesmo mantenha sua sanidade.
Razões pra amar o livro: uma heroína masculina, um herói impotente.
O enredo gira ao redor da viagem que as personagens, entediadas com a rotina de cafés e festas em Paris, decidem fazer até Madrid assistir as touradas e corridas de touros.
Um retrato divertido e melancólico da Lost Generation.

Anotações randômicas sobre o livro:
- Hemingway gosta tanto da palavra "swell" quanto Cole Porter (ou seja, muito);
- Razão pra amar: uma heroína masculina, um herói impotente;
- É.muita.cerveja;
- Notei um pouco de anti-semitismo na descrição do Robert, mas talvez isso seja um vício da minha geração politicamente correta;
- Cerveja não resolve nossos problemas existenciais, mas ficar sóbrio também não;
- A Espanha é uma coisa meio bárbara;
- As touradas eram uma desculpa pra espanhol fazer uma festa de vários dias, tipo o Carnaval;
- Ser impotente é foda, mas te mantém nos eixos;
- A Lady Brett não desembolsa um centavo pra nada;
- Toureiros são gatos;
- Gertrude Stein estava certa, e Hemingway sabia muito bem disso.

Se você se interessa pela literatura em língua inglesa da época, é uma obra essencial por ser uma bonita e cruel auto-caricatura da glamourizada Lost Generation.
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Jonara 19/12/2012

Este livro parece um diário de viagem de um sujeito decadente e infeliz. Apesar de tudo, ele tem que continuar vivendo. Ele e seus amigos estão completamente entediados e suas vidas são deprimentes e vazias. Pra se distrair decidem ir a uma "fiesta" na Espanha, onde acontecem touradas e outras atividades típicas. Jake é um sujeito inteligente e dá pra notar isso pela maneira como ele percebe o olhar dos outros para ele. Ele sabe que seus companheiros são bem desagradáveis... no entanto, convive com eles. Ele precisa preencher o vazio de alguma forma...
Os outros personagens também são deprimentes e cínicos. Brett espalha infelicidade por onde passa. Mike, coitado, é um infeliz. Bill não é de todo mal. Cohn é imperdoavel.
Fiquei meio deprimida depois de ler porque detesto ver gente completamente sem rumo na vida, sendo esnobe e demonstrando tédio. Mas é um bom livro e retrata um pouco a decadência do pós-guerra.
Não vou me esquecer de quando eles saem para pescar as carpas, gostei especialmente deste capítulo. É o momento em que esquecem de tudo, das feridas, de Brett, Mike e Cohn... só olhar a paisagem e pescar. É bem bonito. As descrições das touradas também são muito boas, creio que o Hemingway era um "aficionado", passa muitos detalhes e uma certa paixão. É bom ver um pouco de empolgação no meio de tanto desânimo.
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Raphael 13/11/2012

O Sol Também se Levanta
Hemingway é um dos meus favoritos. Um homem que não se preocupava com histórias épicas e fantásticas, pois sabia que nenhuma história é boa se não se sabe contá-la. E ele sabia e sabia que sabia - confiança que quase nenhum escritor tem.

Li alguns comentários sobre como esse livro não tem gênero definido ou trata apenas sobre superficialidades, tornando-se, então, um livro sobre nada. Bom, esse é o livro sobre nada mais profundo que eu já li na vida. Para aqueles que precisam de um gênero para se situar, o gênero é a vida. É isso que acontece nesse livro - a realidade.

Tente imaginar por um segundo, viver sua vida de forma normal após ter lutado em uma guerra. Amigos seus foram assassinados em sua frente e você matou alguns jovens da sua idade, com os seus sonhos e desejos. Tudo isso em nome de alguma coisa, eles te disseram, mas essa coisa nunca veio, ou pelo menos não para você. Tudo que você tem é sangue nas mãos e um ferimento que te impede de demonstrar o amor àquela que você ama. Agora tente passar por isso sem se tornar um tanto cínico, como os personagens "tão superficiais" do livro.

A bebida, as festas, a luta contra a natureza, tudo isso é uma grande compensação, com o objetivo de superar ou fazer esquecer todas as perdas. É tudo falso, então uma hora explode, mas é só isso que é possível fazer, adiar a explosão a qualquer custo.

Esse livro não deve apenas ser lido. Deve ser analisado. Cada caso, cada personagem, cada palavra, está no livro por algum motivo muito maior que simplesmente contar uma história para animar o leitor.

Obs.: Não indicado para aqueles que precisam ser emocionalente masturbados por tudo e por todos.
Maria Ferreira / @impressoesdemaria 03/05/2014minha estante
Suas resenhas são as melhores!


Flávia Lira 03/04/2016minha estante
Puxa Raphael adorei suas palavras, caraca! por isso gosto de ler resenha antes de começar o livro antes de qualquer expectativa é melhor começar com a essência. Vou atrás desse livro.




Leonardo 11/10/2012

O Sol Também se Levanta é um romance do americano Ernest Hemingway, autor cuja obra eu tenho conhecido ao longo dos últimos anos e que apreciando com cada vez maior intensidade.

Hemingway é um dos maiores escritores do século XX. A variedade de situações vividas lhe possibilitou a capacidade de escrever sobre os mais distintos assuntos, desde a passagem pela Primeira Guerra Mundial até aos safáris na África.

Em O Sol Também se Levanta Hemingway nos transporta à decadência da década de vinte do século passado e nos dá o conhecimento, numa primeira fase, do ambiente boêmio de Paris, dos cafés e das festas borbulhantes, aos passeios nas boulevards cintilantes de uma cidade mágica e centro cultural mundial.

Não obstante a maravilhosa descrição de Paris, este livro é, sobretudo conhecido devido à sua segunda parte: a descrição da fiesta na cidade espanhola de Pamplona com as suas típicas touradas.

Não é fácil encontrar descrições tão encantadoras da tourada à espanhola como aquela que nos é feita por Hemingway neste livro. Os detalhes e a paixão transmitida e o relato realístico da faena na qual o toureiro desafia a morte são magistrais.

O Sol também se Levanta não é um livro apenas e só para aficionados. Ainda que algumas das descrições possam ferir algumas sensibilidades esta é uma obra que relata muito mais do que apenas a fiesta. Hemingway era um gênio. É pecado não o ler!
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Luciana Couto 28/03/2012

Os animais de Hemingway
Inquieto, perturbado, inconformado, atormentado. Adjetivos que podem ser utilizados para uma das figuras mais importantes da Literatura do século XX: Ernest Hemingway. Longe de ser um rebelde sem causa, Hemingway foi jornalista e fez da sua profissão a base da sua escrita, aparentemente simples e objetiva, mas reveladora de verdades incômodas.

Em seu livro O sol também de levanta, o autor, inspirado em uma viagem feita por ele mesmo com amigos, desenha o retrato de uma geração perdida em futilidades e ainda sem futuro certo após a Primeira Guerra Mundial. Em 1925, o grupo de amigos - expatriados ingleses e norte-americanos em Paris - viaja a Pamplona, na Espanha, para acompanhar a Fiesta de San Fermín, onde por tradição se realizam as touradas. Com sua escrita mordaz, Hemingway evidencia toda a crueldade cometida aos touros, em contraste com personagens que por vezes se comportam menos civilizados que um animal.

Sua crítica não é direta, nem obvia, mas sabe se encaixar na estória de forma a deixar clara a posição contra do autor, sem o apelo das lições de moral simplistas. Hemingway soube construir personagens sólidos sem fazer uso de descrições complexas e mostrou que, por trás da falsa ingenuidade de uma geração se esconde a crueldade humana.

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Aline 30/09/2011

Teor Alcoólico 40%
Jake, Brett, Bill, Mike e Cohn bebem. Bebem Whisky. Bebem Vinho. Bebem Cerveja. Bebem Martini. Bebem Absinto. Bebem em Paris. Bem em Pamplona. Bebem em Madri. Entre uma dose e outra, se amam e se odeiam. E participam da Festa de São Firmino, espécie de Sapucaí com ímpetos de crueldade contra os animais.

Os fãs podem argumentar que a história trata das relações humanas e de seus conflitos. E eu responderia o seguinte: pois então me arranja um pano de fundo melhor, porque eu não gosto de bêbado e abomino touradas.
Aline 30/09/2011minha estante
Já estou esperando a represália, uma vez que a minha foi a única resenha que critica o livro negativamente. Hehehe


Matheus 13/03/2013minha estante
Fui me busca deste livro por causa do ótimo "Meia Noite em Paris", de Woody Allen. Nunca havia me interessado pelos grandes escritores americanos, como Hemingwuay e Fitzgerald. Comprei o livro esperando uma história que mostrasse como era o universo dos boêmios que iam dos EUA para a capital francesa, e depois para a Espanha. Mas o livro está mais para um diário de viagem, do qual fiquei esperando, até quase o final, um acontecimento singular que despertasse minha atenção. Não aconteceu. Não é que Hemingwsy não fosse um grande escritor; eu é que não gosto de histórias que parecem não ter objetivo, que são só um relato do cotidiano. Quando pego um livro, quero ver algo diferente do que eu veria num filme da sessão da tarde. Quero emoção, quero profundidade, quero personagem pelos quais torcer ou ao menos me interessar. E em O Sol Também se Levanta, não encontrei nada disso.


Edison Garreta 19/12/2013minha estante
Faltou dizer que além de tudo isso, o livro é chato.


Luiz993 30/12/2014minha estante
Hemingway escreve muito bem, mas concordo com você, as sequências de bebedeiras são um pé no saco, e mais, as intermináveis descrições das paisagens, do recolhimento aos aposentos de Jake são chatas demais. Terminei de ler o livro por teimosia e por esperança de encontrar uma boa trama, mas senti pena de mim mesmo em não ter lido outros clássicos que na época gostaria de ter lido.


Christie 11/01/2021minha estante
Aline, você expressou exatamente o que pensei ao terminar o livro. Sinceramente eu não encontrei nada de útil nessa obra, alias havia terminado a pouco "Por quem os sinos dobram" e anteriormente "O velho e o mar", e com exceção aos odres de vinho e alguns nuances, O Sol Também Se Levanta em nada lembrou o Hemingway que eu tanto admirei nas outras leituras. Sem contar que eu tive que ler a primeira parte do livro com um mapa de Paris do lado (risos)




Peterson Boll 29/09/2011

Uma leal descrição do niilismo europeu ocidental dos anos 20, pós- Grande Guerra. Os personagens bebem, brigam, bebem, se divertem, choram, mas tudo muito superficialmente, sem realmente grandes arroubos passionais, tratando a vida como apenas um passatempo de domingo a tarde. Hemingway descreve os seus lugares com uma simpatia tão verdadeira que deixa o leitor com vontade de visitá-los. (a narração de uma das touradas é realmente teatral).
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Pablo Italo. 13/08/2011

Quando começei a ler o livro, me deparei com uma experiência nova. Ele não possue uma trama complexa nem ao menos uma sequência de acontecimentos que iriam acarretar uma emoção forte no final.
Em vez disso, somos atraídos para o mundo pervertido e decadente das bebedeiras. Quando você se dá conta, já está sentido o gosto da bebida descendo pela sua garganta, a atmosfera dos bares já invadiu seus sentidos e você até já começa a sentir ressaca! Achei o livro perfeito em todos os capítulos. Essa viagem à Pamplona e as personagens que a realizaram (Jake, Brett, Bill, Mike e Cohn) não vai sair de minha cabeça tão cedo. O início da obra é toda trabalhada em um ambiente coletivo, um ambiente em que todos são amigos (exceto Cohn).
Já no final do livro, quando o narrador-personagem fica sozinho, esperimentei a mesma sensação de saudade dos outros e da "fiesta" que, com certeza, o personagem sentiu.
Hemingway me deu uma visão da chamada "fiesta" e suas touradas que eu não possuia.
Peterson Boll 29/09/2011minha estante
Exato! A gente fica mesmo com saudade dos amigos que partiram, Hemingway faz com que o leitor sinta-se igual ao protagonista, o Jake. (e também como descreveste, percebe-se realmente nesta obra o fascínio do escritor pela bebida, afinal de contas,ele era alcóolatra).




Marcos 30/05/2011

Depois de ler, não dirija.
Um livro entumescido de álcool. Talvez, pode-se dizer, que seja isso que corra nas veias dessa narrativa deliciosa, mas que mostra a vaziez do pós-guerra. Hemingway, de forma fluida e divertida, critica a sociedade da época: seus valores e ocupações. A suspensão e o subterfúgio são os remédios de uso contínuo.
Ademais, não risquem fósforos nem tampouco dirijam após a leitura desse livro.
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Gláucia 17/02/2011

O título é lindo.
Mas o livro nem tanto. Achei esse romance muito parecido com Trópico de Câncer de Henry Muller. Os protagonistas são jovens no periodo pós guerra tentando retomar o rumo de suas vidas perdidas. Um tanto quanto melancólico. Não foi a toa que Hemingway cometeu suicídio.
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Fabio 22/10/2010

Em primeiro lugar preciso dizer que estou falando de Ernest Hemingway. Seria equivalente ao comentar algo sobre a obra de Machado de Assis. Inclusive, na minha opinião pessoal, eles tem estilos um pouco parecidos, mas temas completamente diferentes.

O resumo da história é bem breve. Um grupo de amigos: escritores, jornalistas, correspondentes e afins, passam seu tempo em Paris. As primeiras setenta páginas do livro mostra a interação das personagens se movimentando entre hotéis, bares, cabarés e restaurantes. Mostrava boemia, efervescência cultural e a "geração perdida". Tudo bem descritivo...

Lembro que o livro foi escrito em 1926. A lei seca imperava nos EUA e a maioria da intelectualidade boêmia americana foi para a Europa. Principalmente Paris.

Esses amigos decidem ir para a Espanha, na cidade de Pamplona para ver o festival de São Fermin e as touradas. É isso.

O livro mostra basicamente três coisas que Hemingway mais gostava. Bebida, boemia e a força da natureza contra o homem.

É um bom livro. Um clássico.

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