O Sol Também Se Levanta

O Sol Também Se Levanta Ernest Hemingway




Resenhas - O Sol Também Se Levanta


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Júlia 20/08/2010

Leia bebendo vinho
É engraçado como quase todo mundo que leu esse livro não gostou. Eu adorei. Para mim, um dos melhores de Hemingway. Poucos escritores descrevem tão bem cenas e lugares como EH. Poucos livros me fizeram sentir no lugar em que a história acontece, quanto esse. Era como se eu estivesse o tempo todo embriagada de vinho, com pó no rosto, levantado pelas touradas.
Ok, às vezes você vai se irritar com a chatice da mocinha (ou seria megera?), mas a qualidade da escrita fará você esquecer essa mala.
Upiara 22/02/2012minha estante
Eu fico impressionado que muitas vezes as cenas são "descritas" só com diálogos




Bell_016 26/06/2010

O Sol também se Levanta conta a história de um grupo de amigos conhecidos como a Geração Perdida. Pós-guerra eles não encontram mais motivos sólidos para viver. Jake raramente fala de si mesmo, só podemos perceber seu personagem pelo modo como ele interage com o mundo, ele é esperto o suficiente para captar os problemas, mas não tem força para mudá-los. Só sutilmente chegamos a saber a real natureza do seu ferimento e como isso afeta sua vida, seu amor por Brett pelo qual ele faz qualquer coisa inclusive trair seus próprios desejos. Jake ressente-se dos outros por poderem proporcionar a ela o que ele não pode e isso reflete-se inconscientemente no tratamento que dispensa.


Uma geração de homens que se viram enfraquecidos, perdeu-se a imagem romântica do homem capaz e suficiente, pois a guerra provou não ser assim. Insegurança, tentativas de impor-se, dificuldade de criar qualquer tipo de laço, isso tornou-se essa geração. A mulher, Brett, no livro se mostra o ser dominante, apesar de ela mesma estar perdida, é ao seu redor que todos orbitam e por ela que se batem e brigam entre si. O fim do seu relacionamento com Romero se dá mais porque ele tenta mudá-la do que por auto-sacrifício.


O aumento de proximidade masculina fez surgir uma preocupação em não confundir esse comportamento com qualquer tipo de homosexualidade, como Bill deixa claro ao dizer que gosta de Jake.


Hemingway sempre escreve pouco para dizer muito, as cenas dos bois são metáforas da personalidade de Jack, assim como as corridas e a morte de um aficionado a metáfora da morte do velho mundo, pré-guerra.


Mike, sempre bêbado, confronta os outros com as perguntas que tem medo de fazer a si mesmo, seus comentários sobre uma época tão traumatizante são sempre disfarçados com piadas e grosserias.


Cohn, deslocado e tímido, encara os valores pré-guerra que ele mesmo acaba por trair e tenta recuperá-los, porém isso é impossível. Pra alguns ele é o personagem principal do livro por encarnar a metáfora maior da morte dos velhos valores. Todos ressentem-se de Cohn que não consegue mais impor-se e foge.


Não há esperança nessa novela, talvez com um leve vislumbre no capítulo da pescaria, essa é realmente uma Geração Perdida.
Itala 25/12/2012minha estante
sua resenha me fez entender um pouco melhor o livro... mas mesmo assim, não tive uma boa impressão dele... me pareceu fútil pela sequencia interminável beber-comer-dormir-brigar... enfim... valeu a leitura por ser um clássico mas... não recomendo!


bieel 26/02/2015minha estante
Nossa, enquanto lia os comentários nas resenhas fui me desanimando, mas percebi na sua resenha que não se trata da interminável sequencia de beber,comer,dormir,brigar... até porquê isso é uma característica de uma 'geração perdida' chegando a ser quase inevitável (como o filme embalos de um sábado a noite consegue) retratar, ela mostrou (sua resenha) que a superficialidade dos acontecimentos e alguns eventos não mostram apenas um conto (filme) sem objetivo, mas sim a complexidade de sentimentos envolvidos na construção de cada personagem. Estou muito empolgado para poder lê lo. thanks!




CrisValmont 22/01/2010

Motivações
Em julho 1925 Hemingway acabara de chegar da celebração da fiesta de San Fermin em Pamplona, onde introduzira um grupo de amigos de Montparnasse à estética das touradas. Esses cinco amigos tornaram-se os principais personagens fictícios de O sol também se levanta, com Hemingway como o modelo de Jake Barnes, o protagonista e narrador. O autor explorou os tensos relacionamentos e francas hostilidades que a viagem motivou, documentando a fiesta e sequências anteriores da vida em Montparnasse, no estilo vivo e simples que seria a pedra fundamental da sua reputação.
Para quem quer enteder um pouco mais sobre esse livro e a Geração Perdida é só acessar: http://anosloucos.blogspot.com/2010/01/o-sol-tambem-se-levanta.html
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FEbbem 30/11/2009

O SOL TAMBEM SE LEVANTA
O SOL TAMBEM SE LEVANTA É SEGUNDO OS CRITICOS DA EPOCA O PRIMEIRO GRANDE ROMANCE DE ERNEST HEMINGWAY CONTA A HISTORIA DE JAKE BARNES E SUA TROPE DE AMIGOS EM MEIO A BEBEDEIRAS, FESTAS E DESAVENÇAS.
JAKE É UM EX-COMBATENTE, QUE FORA ATINGIDO NO PERIODO DA GUERRA SE TORNANDO IMPOTENTE E DEVIDO A ISSO VE O SEU GRANDE AMOR SE ENTREGAR A OUTROS PRAZERES.
JÁ HAVIA LIDO HÁ ALGUM TEMPO A OBRA EM QUESTAO E CONFESSO NÃO TER SIDO BEM SUCEDIDO NA PRIMEIRA LEITURA, LI, LI, E NADA ENTENDI, ALIAS ENTENDI PERFEITAMENTE, MAS AO FINAL DO LIVRO FIQUEI COM AQUELE PONTO DE INTERROGAÇÃO NA CABEÇA QUE SIGNIFICAVA:
SOBRE O QUE MESMO ERA ESSE LIVRO?
É CLARO QUE EU NÃO HAVIA ENTENDIDO, SE TODOS NO MUNDO INTEIRO ELOGIAM HEMINGWAY, COMO EU OUSARIA CRITICA-LO, O QUE FIZ FOI APENAS ME ATER A OUTROS ESCRITORES CUJA ESCRITA ME DESPERTAVA O INTERESSE PARA UM SEGUNDO LIVRO.
POR SER OBSTINADO E TER LIDO ESTE ANO MAIS DE 40 ANOS, ME DEI AO LUXO A ALGUMAS RELEITURAS, E PORQUE NÃO DISSECAR A OBRA DE HEMINGWAY CUJA UMA VAGA LEMBRANÇA ME ATORMENTAVA A MEMORIA.
PARA QUE NÃO HOUVESSE MAL-ENTENDIDOS, ME ASSEGUREI DE UMA EDIÇÃO QUE FOSSE NO MINIMO CONFIAVEL E LOGO LA ESTAVA EU COM O LIVRO DA EDITORA ABRIL EM MAOS.
A LEITURA FOI RAPIDA, NÃO QUE DESTA VEZ TENHA SIDO DESPERTADO PELA MAESTRIA DA OBRA, QUE EM CERTO MOMENTO SE TORNA ATE MAÇANTE, SEM TER MUITO A OFERECER ALEM DE BARES E DIVERSOS TIPOS DE BEBIDAS, MAS SIM PELA ANSIEDADE PELOS LIVROS DE JOSTEIN GAARDER, CUJO PACOTE COM NOVE DELES EU RECEBERA NA SEXTA-FEIRA E CLAMA PARA SEREM DEVORADOS.
TRANSCORRI PAGINAS E PAGINAS COM A SENSACAO VIVA DE ESTAR DENTRO DOS BARES DESCRITOS PELO AUTOR; NÃO FORAM POUCAS, AS VEZES QUE SENTI VONTADE EM DAR BOAS TRAGADAS, MESMO TENDO ENFIM PARADO DE FUMAR JÁ ALGUM TEMPO, VIAJEI PELAS CIDADES DAS QUAIS ELE CITOU, CRIEI PERSONAGENS E HOTEIS, IMAGINEI OS CAFES COMO OS PUB´S DE HOJE E ATE DIMINUIU POUCO A MINHA AVERSAO A TOURADAS, NÃO SE ENGANE FOI SÓ UM POUCO.
OBSTINADO A DESVENDAR O SEGREDO DE HEMINGWAY, CHEGUEI ATE O FIM MAGOADO E MAIS IGNORANTE, SEM DESCOBRIR A ARCA DO TESOURO, SERIA ENTAO APENAS UM GUIA TURISTICO SOBRE BEBIDAS, FESTANÇAS DA EUROPA DO PERIODO ENTRE GUERRAS ESTE LIVRO DO TAO BEM CONCEITUADO ESCRITOR ERNEST HEMINGWAY? ERA EXATAMENTE ISSO QUE ME ATORMENTAVA MINUTOS DEPOIS APÓS AS ULTIMAS PALAVRAS DE HEMINGWAY.
MINHA DECEPÇÃO ERA GIGANTESCA NÃO COM AMIGOS, IMPRESSA E PROFESSORES QUE TANTO ELOGIAVAM HEMINGWAY MAS SIM COMIGO MESMO POR NÃO NOTAR ALGO QUE ESTAVA ALI NA MINHA FRENTE, EM MINHAS MAOS.
E EIS QUE UMA LUZ SUBSTITUI O PONTO DE INTERROGAÇAO NA MINHA “PEQUENA CABEÇINHA” ENQUANTO EU DEVAGAVA A OBRA EM PENSAMENTOS.
O LIVRO O TEMPO TODO ABORDA O FATO DE AMIGOS VIVEREM EM HABITUAL BEBEDEIRAS, FESTANÇAS E SEM TER MUITO COM O QUE SE PREOCUPAR, ESSES AMIGOS SÃO TODOS ESTRANGEIROS QUE OPTARAM EM VIVER NA EUROPA, SÃO ARTISTAS, ESCRITORES E EM SUA MAIORIA EXCOMBATENTES.
SERIA DE FATO SÓ MAIS DO MESMO SE NÃO FOSSE O CONTEXTO HISTORICO, O QUAL PRECISAMOS CONHECER, PARA QUE NÃO CAIA NO MESMO ERRO QUE EU CAI E ASSIM TER O MELHOR ENTENDIMENTO POSSIVEL DESTA OBRA DE HEMINGWAY (E PORQUE NÃO DAS OUTRAS?)
O QUE SE SABE A PRIMEIRA INSTANCIA, É QUE MUITOS ARTISTA E ESCRITORES DESTA GERAÇÃO ACABARAM SE EXILANDO EM PAISES EUROPEUS, FRANÇA, ESPANHA, ITALIA ENTRE OUTROS.
NESSA EPOCA ERA COMUM VER NAS RUAS, ENTRE BARES EM PARIS, NOMES CONCEITUADOS DA LITERATURA NORTE AMERICANA, EPOCA A QUAL FICOU CONHECIDA COMO GERAÇÃO PERDIDA; É JUSTAMENTE NESSE PONTO QUE SE PERCEBE A INTENÇÃO E POR QUE NÃO A HABILIDADE DE HEMINGWAY, QUE DESCREVE PERFEITAMENTE A FALTA DE INTERESSE COM ASSUNTOS RELATIVAMENTE IMPORTANTE EM SEUS PERSONAGENS.
OUTRO FATO NÃO MENOS IMPORTANTE DEVE SE LEVAR EM CONSIDECARO, ANTES DE CHAMARMOS HEMINGWAY DE UM ALCOLATRA E QUEIMARMOS OS SEUS LIVROS EM UMA FOGUEIRA NO “AA” DA PROXIMA ESQUINA E BOM LEVAR EM CONSIDERAÇÃO QUE NESTA EPOCA NOS E.U.A. VIGORAVA A TAO FAMOSA E ODIADA “LEI SECA” QUE PROIBIA A COMERCIALIZAÇÃO DE BEBIDA ALCOOLICA NO PAÍS; CONTRAPONDO ASSIM O HABITUAL CONSUMO DE BEBIDAS DOS PERSONAGENS DESTE LIVRO. OQUE HOJE PODERIAMOS CHAMAR DE IRONIA OU NO POPULAR “SACADA”.
ENFIM, PRECISO LER AINDA MAIS ALGUNS LIVROS DE HEMINGWAY PARA ENTENDÊ-LO MELHOR, MAIS A PRINCIPIO JÁ SEI QUE NÃO FOI EM VÃO TANTOS ELOGIOS E TANTA SEDA RASGADA.

BOA LEITURA.
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Bell_016 22/04/2010minha estante
Se vc leu, leu, leu Hemingway e não viu nada de mais na história sugiro dar uma pesquisada na "teoria do iceberg" dele.




marinamonteirog 06/04/2009

Simplesmente Lindo
Hemingway definitivamente é o meu autor preferido, mas esse livro tem para mim um significado especial, foi o primeiro dele que li.
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GCV 23/03/2009

Ah, a Espanha...
Primeiro, confissão particular: quando terminei de ler, pensei "Poxa vida, mas sobre o que é esse livro?". Aquela dúvida me corroeu. Sentei então na varanda e comecei a divagar.

Precisei então rememorar todo aquele vinho, os copos de champagne, as touradas, os piqueniques, as trutas frescas, as viagens... Embora o cânone a leia como uma obra sobre a geração do entre-guerras, minha leitura nem levemente tocou nisso. Eram tantos bares, e bebedeiras, e novos amigos a fazer que a guerra não precisava ser lembrada: afinal, "uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. Nasce o sol [The sun also ariseth], e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu" (Eclesiastes, 1:5-6; de onde, aliás, saiu o título).

Então todo aquele vinho, os copos de champagne, as touradas, os piqueniques, as trutas frescas, as viagens, já faziam mais sentido do que qualquer guerra. E isso basta.
Adriana F. 23/08/2009minha estante
Não li o livro, mas não consegui evitar de comentar esta resenha: Linda! Li apenas um livro do Hemingway e é um dos meus grandes favoritos EVER. Depois de ler esta resenha, procurarei conhecer a obra!


Bell_016 01/06/2010minha estante
Não entendi. Você quis dizer que a preocupação em "viver o momento" deles era tão grande que as lembranças da guerra não importavam mais? Que ela tinha ficado para trás enquanto eles "celebravam o momento?



Ariba 23/11/2010minha estante
Me senti da mesma forma que você qaundo acabei de ler esse livro.


wolfbraga 23/02/2013minha estante
Discordo completamente de você. Esse livro e sobre uma geração perdida sim. superficial, sem rumo, vivendo apenas 10% do que se pode viver e se afogando no álcool (como a geração perdida de agora se afoga em drogas mais pesadas). Do mesmo modo que Hermann Hesse retratou as profundesas da alma do periodo entre guerras Hemingway fez o caminho inverso ficando na superficie. Pena que isso tenha lhe custado a sanidade e depois a a vida.


Renan Machado 10/12/2014minha estante
Também não entendi muito quando acabei de ler. Só fui entender quando assisti o filme "A Doce Vida", que também é sobre uma geração que afoga as mágoas no copo e na cama. O que fica mesmo é o estilo leve e bem humorado do Hemingway mesmo em cenas complicadas.


Luiz Marcelo 15/02/2016minha estante
Galera, é justamente o oposto. Eles bebem o tempo pq estão fugindo. Não é que não precisam lembrar da guerra, eles querem esquecê-la. Não tem nada de festivo, a não ser na aparência. É pra fugir da guerra, que tirou amigos e parentes deles. Jake ta na merda, perdeu a virilidade na guerra, ficou brocha e isso o impede de ficar com a mulher q ama (e q o ama), pq não consegue consumar o amor. Isso é curtição?




Cesar AS 13/02/2009

Quando lia, sentia uma sensação constante de frio ao meu redor.


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