O gênio e a deusa

O gênio e a deusa Aldous Huxley




Resenhas - O Gênio e a Deusa


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Zuca 30/08/2020

O gênio e a deusa
Como narrativa O gênio e a deusa segue uma linha razoavelmente tradicional na descrição da estória do então (simplório, apesar da inteligência) estudante de física John Rivers começando sua convivência com a família Maartens (‘gênio’ e ‘deusa’ são seu mentor e esposa, respectivamente), com pitadas de Poe e Dickens (ambos autores citados ao longo do texto) no tempero do curto romance que chega a ser um conto moral.

Mas o valor do livro não está nessa estrutura nem na própria narrativa em si; na verdade estas funcionam somente como moldura para Huxley, na voz do próprio narrador (John Rivers já velho, relembrando as memórias numa noite de natal), questionar de forma aparentemente casual as noções de valor, verdade e referência do leitor. Um a um tabus vão sendo revirados, desmistificados e/ou desprezados ao longo do texto: religião, moralidade, política, cultura, espiritualidade, comportamento social... A ironia está no uso superficialmente familiar da forma de narrativa como Cavalo de Tróia para fazer chegarem questionamentos filosóficos até ao leitor mais desavisado, que pode comprar gato por lebre e levar de brinde pulgas atrás das orelhas.

Independente da ressonância com quem lê ou não, O gênio e a deusa serve bem ao propósito de introduzir Huxley a quem o queira experimentar antes de mergulhar nas suas obras mais densas (que são sempre acima de tudo antropológicas), sejam elas nas versões mais popularmente reconhecidas (ficções científicas como Admirável mundo novo) ou mais introspectivas (os estudos humanos de Contraponto).

site: https://sucintandoresenhas.blogspot.com/
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va 16/08/2020

A realidade nunca faz sentido
Você já parou pra pensar o quanto as crenças que te foram ensinadas a vida toda te impedem de viver? Limitam seu espírito e colocam recorrem sempre à ideia de culpa?
Esse livro é um diálogo entre John Rivers e um romancista, no qual River refaz a biografia de um renomado físico chamado Henri Marteens, do qual ele foi pupilo há trinta anos. Por meio dessa história, Huxley nos fala sobre o despertar do espírito e da humanidade e nos convida a refletir e repensar nossas crenças e valores.
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Rhuana.Macedo 08/08/2020

Nesta curta obra acompanhamos John Rivers, personagem principal, numa viagem ao seu passado e o vemos analisar e fazer apontamentos das situações vividas sob o ponto de vista do maior dilema de sua vida: religia?o/cie?ncia, humanidade/espiritualidade.
Um livro que nos faz refletir sobre nossas crenças e nossa forma de viver a vida como algo que nos foi imposto ou como algo em que realmente acreditamos.
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Saritha 25/06/2020

Foi um livro de altos e baixos com indagações filosóficas pontuais. Apesar de tudo, é um bom livro.
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Karina Fraga 20/11/2019

Excelente leitura
Huxley, como de costume, explora a complexidade da natureza humana sob seus diversos aspectos, de uma forma pouco explorada na literatura. Este livro nos apresenta personagens muito interessantes, com todas as suas idiossincrasias. O autor explora com maestria a psicologia dos personagens, demonstrando como as suas personalidades são compostas por algumas características intrínsecas e outras fruto do meio e das circunstâncias.
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vortexcultural 07/08/2016

Por Lucas Deschain
Vocês vão me chamar de chato insistente por falar de novo desse negócio de ler outras obras do autor além daquela pela qual ele é mais conhecido, mas eu vou me dar o benefício da dúvida e crer que vocês ainda não perderam a paciência com essa minha mania de leitura. Para isso vou dar mais um exemplo: O Gênio e a Deusa, de Aldous Huxley.

O livro é curto e simples, pelo menos do ponto de vista do enredo. Um biógrafo interessado na vida do cientista atômico Henry Maartens procura John Rivers, seu aprendiz, para que esse revele detalhes particulares que o ajudem a compor a história da vida do notório cientista. John Rivers, numa frase que podia figurar naquelas listas de melhores inícios de história, começa seu relato dizendo:

“O mal da ficção (…) é que ela faz sentido demais. A realidade nunca faz sentido. (…) A ficção tem unidade, a ficção tem estilo. A realidade não possui nem uma coisa nem outra. Em seu estado bruto, a existência é sempre um infernal emaranhado de coisas (…) O critério da realidade é a sua incongruência intrínseca.” (p. 1)

[Resenha completa no Vortex Cultural - Link abaixo]

site: http://www.vortexcultural.com.br/literatura/resenha-o-genio-e-a-deusa-aldous-huxley/
Deilson 14/11/2016minha estante
Excelente análise.




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