Knulp

Knulp Hermann Hesse




Resenhas - Knulp


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Fernando Schubach 13/12/2020

Que livro!
Incrível incrível incrivel. Libertador e humano. Ser o que é.
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Manezera 08/12/2020

Knulp é um andarilho. Caminha pelas regiões da Alemanha, dependendo da caridade de amigos e conhecidos para se manter na estrada.
O livro apresenta 3 histórias desse homem que escolheu viver sem muito apego a bens materiais, mas com verdadeira paixão pelas conversas, a dança, a música e principalmente pela estrada.
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Bookster Pedro Pacifico 16/11/2020

Knulp, de Herman Hesse
O meu primeiro contato com o ganhador do Prêmio Nobel de 1946 foi com “Sidarta”. Amei a leitura, sobretudo a forma como Hesse conseguiu em poucas páginas construir personagens profundos e nos conduzir por questionamentos existenciais.

Apesar de tratar de uma temática bem distinta, a verdade é que a leitura de “Knulp” me lembrou bastante o estilo de “Sidarta”.

Também em poucas páginas, acompanhamos algumas passagens da vida de Knulp, um andarilho sem muito rumo na Alemanha do final do século XIX. A sinopse até parece simples demais e, por isso, não há nem muito como desenvolver a narrativa por aqui. É um daqueles livros que parecem ser sem graça quando você tenta contar para alguém, mas que encantam pela simplicidade.

E essa simplicidade e pureza nos sentimentos do personagem me tocaram muito. Knulp é a imagem da liberdade e do desapego a bens materiais e a laços sociais mais profundos. Por outro lado, o modo de vida do personagem acaba gerando um certo incômodo nas pessoas que cruzam o seu caminho. Todos pensam que Knulp está deixando de aproveitar a vida quando opta por andar sem rumo e sem “objetivos”. Todavia, é justamente aí que aparecem as principais reflexões encontradas na leitura: a simplicidade não seria uma forma de curtir a vida?

É um verdadeiro ato de rebeldia para os padrões sociais da época. Na verdade, ainda que esse tipo de história costume aparecer com mais frequência hoje em dia, em que pessoas abrem mão das convenções sociais e da rotina “normal” e resolvem tomar novos rumos, a sociedade ainda enxerga essa decisão como um desvio do que é certo.

A escrita de Hesse é incrível e a leitura flui muito bem. Recomendo muito, até porque você só vai conseguir entender o valor desse livro após lê-lo.

Nota - 9,5/10


site: http://instagram.com/book.ster
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natália rocha 13/11/2020

Uma das minhas leituras de outubro foi “Knulp”, escrito por Herman Hesse - meu primeiro contato com a obra do autor, aliás.

Foi uma leitura rápida e carregada de questionamentos sobre o roteiro que nos é imposto quando nascemos: crescer, estudar, trabalhar, casar, ter filhos e, enfim, morrer. As consequências de fugir dessa norma, seguindo um caminho totalmente oposto, livre de vínculos, vão aparecendo aos pouquinhos, de mãos dadas com sentimentos de solidão, não pertencimento e fracasso.

‘’Vivi a minha vida como quis, nunca me faltaram liberdade e coisas belas, mas permaneci sempre sozinho’’.

Acompanhamos três momentos na vida de Knulp, o andarilho, na Alemanha do fim do século XIX. Em suas andanças, o personagem encontra amigos que os dão casa, comida e carinho por alguns dias, mas nunca se deixa ser pego pelas amarras sociais.

“Era preciso deixá-lo ser o que era, e, caso o amigo estivesse mal e precisasse de abrigo, seria um prazer e uma honra recebê-lo – e era quase preciso ser grato por isso, pois ele tornava a casa alegre e solar.’’

No meio dessas andanças, conhecemos um pouco sobre a vida de Knulp e sobre como ele tomou esse rumo – ou melhor, de como não tomou nenhum rumo certeiro. O andarilho parece não ter dúvidas sobre suas escolhas na maior parte do tempo; mas, ao se deparar com uma casa limpa e aconchegante de um velho amigo, parece hesitar de leve.

O livro é repleto de reflexões sobre diversos assuntos, como a superficialidade do que é exposto socialmente como uma situação feliz; a efemeridade da beleza e o quanto essa muda conforme a nossa percepção momentânea; sobre a felicidade humana que nunca é plena e sempre quer mais; e sobre nostalgia atrelada a sensação de não pertencer mais.

‘’Na minha opinião, cada um deve decidir por si o que é verdade e como deve levar sua vida, não se aprende isso em nenhum livro.’’

Recomendo muito, certamente foi umas das minhas melhores leituras do ano!
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Aline.Robles 05/11/2020

As três histórias da vida do andarilho Knulp
"Knulp tinha razão em seguir o que mandava sua natureza, e eram poucas as pessoas que podiam agir como ele. Era preciso deixá-lo ser o que era."

"Ele conhecia aquilo, quando alguém muito se vangloria e canta loas sobre sua felicidade e virtude, costuma não haver nada ali."

"De fato, tudo pode ser belo se visto no momento certo."

"Cada pessoa tem sua alma e não pode misturá-la à mais ninguém. Suas almas são como flores, cada uma enraizada em seu lugar. Uma não pode ir até a outra, ou arrancaria suas raízes, e isso ela não pode fazer. As flores espalham seu aroma e suas sementes, porque gostariam de estar umas com as outras, mas uma flor não pode fazer nada para que uma semente chegue ao lugar certo, quem o faz é o vento, e este vai e vem a seu bel prazer."

"Um homem não faz isso por um salário de fome ou por prazer, e sim porque deve trazer consigo uma grande clareza e uma grande certeza."

"Você sabe, sempre segui meus instintos, e quando estou atrás de algo não existe mais nada para mim no mundo por um tempo."

"Não vê que justamente por isso teve de ser um fanfarrão e um vagabundo, para poder levar um pouco da alegria e da risada das crianças para todo lugar que fosse? Tudo correu bem e que nada deveria ter sido diferente? Eu não gostaria que você fosse de nenhum outro jeito além daquilo que é"

"Tudo está como deveria ser."
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tripsdapaula 02/11/2020

Foi a primeira obra que li do Herman Hesse e fiquei encantada! A cada página que eu virava, me deparei com diálogos e reflexões incríveis sobre a vida. Recomendo fortemente a leitura para todos que se questionam sobre a vida e propósito!
tripsdapaula 02/11/2020minha estante
*me deparava


Bruna 15/12/2020minha estante
Amiga, indico você ler também "O Lobo da Estepe", do mesmo autor, excelente livro.




O resenheiro 23/10/2020

Leves histórias de um andarilho pensador
Uma leitura leve, três pequenas histórias em momentos distintos de uma pessoa que de certa forma mudou o curso de sua vida após uma desilusão amorosa na adolescência.

Knulp é cheio de amigos, conhecidos de tempos antigos que sempre acabam querendo ajudá-lo de alguma maneira. Seja oferecendo abrigo, amparo, uma boa conversa ou uma refeição. Tudo parece que está bem para ele, mas será mesmo?

Em suas andanças, Knulp aprecia a natureza, valoriza o desapego, o fato de não estar preso a ninguém. Vive cada dia como se não houvesse depois, até que enfim seu dia parece chegar.

Conversas com Deus o fazem repensar se tudo valeu a pena, qual o sentido da vida, não poderia ter sido tudo diferente? Enfim, histórias simples se passam neste pequeno livro de um autor consagrado chamado Hermann Hesse.
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Wynícius 06/10/2020

Obrigado por tudo, Hermann. Não tenho palavras para descrever o quanto o mundo deve a você.
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djoni moraes 02/10/2020

Um passeio rápido pela vida de um andarilho.
Primeiro contato que tenho com este Nobel. Num estilo bastante simples, conhecemos a história pacata do andarilho Knulp, uma pessoa extremamente simpática que acaba conhecendo pessoas com quem trata, através da dialética, alguns assuntos importantes.
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Cinti 04/09/2020

Andarilho solitário
Finalmente um livro do Hesse que gostei, ou que pelo menos li no momento certo. A história de um homem que vaguei pelo mundo, fazendo amigos e tentando não depender deles, mas sem a menor aptidão para trabalhar ou se fixar em algum lugar. O típico andarilho romântico.

Vive de cidade em cidade, sempre muito bem recebido e bem quisto pelos amigos. Coração nobre e bom caráter. Vida simples, sem muitas expectativas, apenas tentando ser feliz e levar alegria.

Muito bom. Diálogos interessantes. Material para pensar...
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jota 28/08/2020

Avaliação da leitura: 4,8/5,0 – ÓTIMO (afinal, Knulp foi escrito por Hesse, não tem como não gostar)
Kant, Rousseau, Nietzsche e o poeta Rimbaud apreciavam as caminhadas. Nietzche (1844-1900) especialmente acreditava que caminhar era de grande auxílio na busca e ordenação das idéias, do conhecimento do próprio indivíduo. Ele não é citado por Hermann Hesse (1877-1962) em Knulp (1915), embora se observe certa correlação entre suas ideias sobre caminhar e as do personagem-título, um andarilho. Por outro lado, nesta (cara) edição da Todavia temos o escritor paulista Ferréz dando seu depoimento no Posfácio, onde explica porque Hermann Hesse salvou sua vida. E tudo começou com outro livro dele, mais conhecido, Demian (1919).

A menção àqueles pensadores é oportuna porque Knulp não deixa de ter certo conteúdo filosófico, não apenas sobre caminhar, como quase sempre ocorre com a maioria dos livros de Hesse. Ou com todos mesmo, não sei; li várias obras dele, mas não tudo o que escreveu, claro. Sei que aqui e ali os personagens costumam expor suas ideias a respeito da vida, do mundo: Hesse é conhecido como um escritor de ideias, sua marca registrada. Os três textos de Knulp apresentam muitas conexões nesse sentido, podendo ser enquadrados então como um romance de ideias, episódico. Knulp é um andarilho (mas não um maltrapilho) e temos aqui três momentos de sua vida. Ou, como a Todavia escolheu como subtítulo, três histórias da vida de um andarilho.

Knulp é um vagabundo no bom sentido da palavra: não trabalha, mas não pede esmolas, não perturba as pessoas, é um sujeito de paz. Ser humano delicado e sensível, com idéias próprias a respeito do mundo, passeia entre as belas paisagens do interior da Alemanha do final do século XIX, com suas festivas aldeias, suas igrejas, cemitérios e campos, seus artesãos e camponeses. O motivo de Knulp levar essa vida só ficamos sabendo na parte final do livro, O Fim. Antes, lemos os dois primeiros textos com vontade, buscando encontrar a razão de assim viver o personagem. Que está mais para cigarra do que para formiga, se estivéssemos lendo a conhecida fábula de Esopo.

Para entender um pouco melhor a personalidade de Knulp vale transcrever um pequeno trecho do livro, justamente o começo do primeiro texto, que se intitula Início da Primavera: “No início dos anos 1890, nosso amigo Knulp teve de passar algumas semanas no hospital. Recebeu alta em meados de fevereiro, quando fazia um tempo horrendo, de modo que, passados poucos dias de caminhada, já voltara a ficar febril e logo precisou encontrar abrigo. Como nunca lhe faltaram amigos, ele encontraria sem esforço uma acolhida amistosa em quase todas as cidadezinhas das redondezas. Porém Knulp era curiosamente orgulhoso em relação a esse tipo de coisa, tanto que, quando aceitava algo assim, os amigos consideravam uma grande honra.”

Continuando, hospedado na casa de um amigo artesão, agora casado, Knulp ignorava esse fato, fica constrangido com a atenção exagerada que a esposa dele lhe dá. Na verdade, ela parece querer oferecer-lhe mais do que isso, o que vai profundamente contra os princípios do rapaz. Ela insiste, novamente procura ter mais intimidade com ele, então Knulp toma uma decisão... Mas antes disso ocorrer vamos conhecendo um pouco mais sobre a vida do rapaz: ele gostava de ler, portava cópias de alguns poemas e provérbios, imagens recortadas de revistas, apreciava os povos nórdicos e o mar. Um recorte surrado que portava trazia a imagem da atriz Eleanora Duse e outro, a de um veleiro... De volta ao começo: ele conta ao amigo sobre a esposa assanhada ou fica calado?

No segundo relato, Minhas Memórias de Knulp, é um amigo de caminhadas que discorre sobre os tempos da juventude do andarilho, hoje com cerca de quarenta anos e bastante adoentado, como se lerá no terceiro e último texto. Neste, o narrador fala de Knulp com admiração e mais do que isso, através de alguns fatos passados entre eles, ficamos conhecendo melhor o pensamento de Knulp, suas qualidades e fraquezas. Tudo isso se dá enquanto ambos descansam na paz de um bucólico cemitério, uma oportunidade para falar não apenas sobre a vida, mas sobretudo acerca da morte. Esta é a parte mais filosófica ou espiritual do livro, puro Hermann Hesse.

O Fim, terceiro episódio, é mesmo sobre o fim da vida do andarilho. Passados os anos, aquele jovem que era admirado pelos amigos e que deixava as mulheres fascinadas por sua beleza cede lugar a um homem adoentado, tuberculoso, com pouco tempo de vida. E que teimosamente se recusa a se internar num hospital recomendado por um antigo companheiro de escola, hoje médico. Knulp consegue voltar à cidadezinha onde nasceu e entre muitas lembranças que lhe vêm à mente, também estão os acontecimentos que o levaram à vida de andarilho. E depois, quando ele parte, é como se estivéssemos contemplando a partida de um querido amigo, que jamais tornaremos a ver novamente. E isso é tudo.

Lido entre 24 e 27/08/2020.
jota 01/05/2022minha estante
Registro errado no início: correto é Nietzsche, faltou um "s" no nome do alemão na segunda citação a ele. E "ideias" não tem acento. Pode haver outros erros de grafia, alguns provocados pelo próprio Word, desculpem.


rafaelladm 29/03/2023minha estante
quando leio um livro que estou apreciando muito, venho ler os comentários e resenhas e sempre há uma ótima análise do Jota :)




Mariane.Guerra 26/08/2020

Três histórias de um andarilho!
Das descobertas litera?rias da quarentena. O autor alema?o Hermann Hesse e? um autor ganhador de pre?mio Nobel e que influenciou o ini?cio da
gerac?a?o beat (movimento litera?rio dos anos 50 , que inspirava poetas e escritores a produc?a?o de textos que expressasse livremente a visa?o de mundo diferente da ?pregada?.

No livro Knulp, ele narra tre?s histo?rias da vida de um andarilho , que vivia na contrama?o dos moldes da e?poca e que se negava a assumir uma papel social pre? determinado pra ele. Pore?m ele na?o encara esse seu lugar como um lugar de privile?gio e sim um lugar inevita?vel que ele deveria estar. Knulp e? algue?m amado por todos onde ele passou , questionado e muitas vezes invejado , apesar de na?o possuir lac?os afetivos duradouros , muito menos bem materiais pra carregar. O que ele tinha era a liberdade de ter certeza de na?o precisar ter certeza de nada e que podia ficar pra conforta?vel e hora desconforta?vel com isso , porque na?o vivia a vida pra provar nenhuma teoria. O livro tem mais de 100 anos e acredite cheio de lic?o?es atuais.

Ps: o posfa?cio dele e? um histo?ria a parte!
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Lara.Martins 23/08/2020

agradável surpresa
minha primeira leitura de hermann hesse e me encontro louca pra ler os demais.

knulp fala sobre o presente, viver o aqui e o agora, a busca pela liberdade, pela satisfação total e imediata. apesar de falar sobre tudo isso, o livro não se aprofunda muito nos tópicos, apenas nos apresenta as dores e as delícias de viver a vida como um andarilho, fala do agora de Knulp.
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Machado 17/08/2020

Infelizmente, três pequenos contos, poderia de ter mais e mais, do Knulp, um andarilho, e sua relação com os conhecidos e com a vida, amor e liberdade.
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