Resenhas - Lord of the flies

Samu 15/11/2024

As crianças presas na ilha e eu preso no livro (não no bom sentido)
Essa foi a minha primeira vez lendo um clássico em inglês, e aproveitei para testar algumas formas de facilitar esse processo, como ouvir o audiobook em português enquanto lia o texto original, além de usar o dicionário do Kindle para entender palavras ou expressões novas. Funcionou super bem! Acho que esse pode ser um bom ponto de partida para quem quer começar a ler livros mais complexos em inglês, já que Senhor das Moscas não é EXTREMAMENTE difícil, mas ainda assim é um clássico.

Sobre a história em si, não rolou conexão nenhuma. Já tinha começado o livro há algum tempo e travado, sentia que nada estava acontecendo, e essa sensação continuou até o último capítulo. Tudo parece repetitivo, a história poderia ter sido resumida em um conto curto, talvez com menos de 50 páginas, sem perder o impacto ou a profundidade. Tive a impressão de estar lendo o mesmo capítulo várias vezes, esperando pelo plot (que nunca chegou).

Decidi ler esse livro quando soube que ele foi uma das inspirações para a série The Society, que eu gostei muito, mas foi cancelada antes de ter um final. Confesso que li com a esperança de encontrar aqui um desfecho que a série não teve, mas não rolou. O final do livro, para mim, não foi grandioso como as expectativas que eu criei.

Ainda assim, reconheço as reflexões que ele traz. É legal ver como o autor explora o comportamento de crianças deixadas sem adultos para impor regras e limites. A forma como elas constroem (e destroem) estruturas de poder e controle, além das rebeliões que surgem, gera conexões com coisas que vivemos em nossa sociedade atual, politicamente falando ou até em nosso dia a dia no trabalho ou na simples convivência com as pessoas. Grifei vários trechos que me fizeram pensar sobre isso. Mas ainda assim, para mim, essas reflexões não foram suficientes para salvar o livro.

Li a edição importada da Penguin Books, que, mesmo sendo econômica, tem uma diagramação boa e vários conteúdos extras. O posfácio e o capítulo adicional foram incríveis, com referências a outras obras e conteúdos relacionados à temática do livro, além de curiosidades, como um episódios dos Simpsons inspirado em Senhor das Moscas.

No final, foi uma leitura que agregou em reflexões, mas não me conquistou como eu esperava. Acho que o problema foi a expectativa que, infelizmente, não foi suprida.

gistella 17/10/2024

Fiz essa leitura durante meu intercâmbio, na disciplina de inglês, confesso que lembro quase nada da história, mas ao mesmo tempo sei que me marcou muito, vinha tentando lembrar o nome do livro há séculos, até que ouvi a sinopse em um vídeo de uma booktuber, e agora finalmente vou poder reler :)

Neylane Naually 23/09/2024

Mankind?s essential illness
Assim que recebi o e-mail da editora dizendo que poderia solicitar a nova HQ de Senhor das moscas (adaptada e desenhada pela Aimeè de Jongh) eu soube que precisava ler o livro antes, livro esse que era uma leitura desejada há muito tempo, e então movida por essa sorte de ganhar a HQ eu finalmente li.

Peguei a edição da penguin classics deluxe no kindle, que conta com a apresentação do Stephen King (um dos meus autores favoritos), e nela ele fala que esse foi o primeiro livro ¨com mãos" que ele tinha lido - mãos fortes que saíam das páginas e apertavam sua garganta. E lendo eu compreendi porque o pequeno Stephen King sentiu isso, Senhor das moscas é um livro sensorial, primeiro acordamos numa ilha, encontramos uma concha e dois garotos - Ralph e Piggy - e, logo mais, Jack, e as coisas começam.

O que aconteceria numa ilha deserta habitada somente por garotos ingleses entre 6 e 12 anos? Sem adultos, num primeiro momento é uma festa, liberdade plena, banhos de sol e de mar; depois as primeiras preocupações surgem, depois o medo, depois as brigas, os desentendimentos, a loucura, o sangue... a ilha de Senhor das moscas é conhecida como devoradora de infâncias. Nela, aquelas crianças são forçadas a encarar uma realidade impensável, cercadas do desconhecido. da solidão, do medo do invisível - a besta que se esconde na floresta - e da escolha entre buscar estabelecer um tipo de ordem ou tentar a sorte nas caçadas. Simon, um dos mais velhos, tenta descrever os garotos mas não consegue colocar em palavras o que o narrador traduz como "mankind?s essential illness." Penso que essa meia-epifania do personagem explica bem a visão do autor com essa ilha e seus novos habitantes, Simon é um dos personagens mais emblemáticos do livro, algumas das passagens mais inquietantes são protagonizadas por ele.

Senhor das moscas é um dos nomes de Belzebu, um dos príncipes do inferno, que representa a decadência, destruição, desmoralização, histeria e pânico. No livro, a passagem "They listened, and the loudest noise was the buzzing of flies over the spilled guts." foi a que mais me chamou atenção nesse quesito. Eu tinha muita curiosidade em saber porque o livro tinha esse nome, e imagino que uma das explicações esteja exatamente nessas linhas. O que elas te dizem?

Esse é um livro violento, desolador, devorador como sua ilha, e um marco na literatura. Gostei muito da leitura, mesmo aos 28 anos ele me impactou profundamente com sua crueza e crueldade.

Denis.Kubo 17/09/2024

I already had some prior knowledge about the book's themes and story, thanks to the film adaptations from which I had seen excerpts. This prior exposure piqued my interest, leading me to delve into this remarkable book.

"Lord of the Flies," written by William Golding and published in 1954, is a prestigious work that gained worldwide recognition, including the Nobel Prize in Literature in 1983. The plot of the book unfolds after a group of British children survive a plane crash on a deserted island. They were fleeing an imminent catastrophe caused by a nuclear bomb threatening Europe. Golding uses the narrative of children isolated on a deserted island to explore human cruelty. The very title of the book, "Lord of the Flies," is a parallel to Beelzebub, which means "Lord of the Flies" and symbolizes evil.

Golding argues that violence and malice are inherent to human nature, echoing the ideas of Thomas Hobbes, who asserted that humans are naturally bad and corrupt society. For Golding, there is no better figure than a child, with their appearance of innocence, to demonstrate this pessimistic view of human nature. This parallel suggests that even in childhood, humans already carry the potential for evil, indicating that we are doomed to this cruelty from an early age.

Golding's experience as a soldier in World War II and his exposure to the devastating consequences of atomic bombs profoundly influenced his view of the world and human nature. At the time of the book's release, the world was in the midst of the Cold War, a period of great tension between the United States and the Soviet Union, which reinforced the atmosphere of fear and conflict depicted in the work. Despite being an older work, "Lord of the Flies" has never been more relevant. In a world where we see children suffering from the consequences of wars and human malice, Golding's book makes us reflect on the persistence of these issues and the fragility of our civilization.

Clara 24/08/2024

Que livro do 🤬 #$%!& boy que coisa linda papo reto
da a series como lost, the wilds e the society um significado muito mais profundo

Juliana 21/08/2024

Não é à toa que é um clássico?
Eu já conhecia a história e lembrava por alto de alguns acontecimentos por causa do filme, mas ler e ver como as coisas vão se desenrolando ladeira abaixo é outra experiência. Achei a leitura hipnotizante, e nos faz refletir sobre vários aspectos sociais. O livro é super curtinho, mas nossa, que história!

Gustavo.Ponte 03/05/2024

Leitura entediante. Parece que o tempo não passa. Tem uma pretensa lição de moral, mas bem bobinha. Confesso que esperava bem mais deste "clássico"

aloLGPD 30/04/2024

Foi choque atrás de choque nessa história

comecei a ler sem saber o que esperar e só fui me interessando mais e mais a cada capítulo que passava

cada acontecimento era cru e violento sem perder a organicidade, tudo é contado de forma natural e ainda assim chocante, me diverti a cada descoberta

Manuela222 26/04/2024

Real, raw and remarkable
I started reading this book as mandatory reading at school, I confess I wasn't very excited but the story caught me so much that I decided to finish it even after it had already been used.
This book is painful, real and raw. An engaging narrative that will certainly bring you a feeling of anguish, the kind that rises up in your throat and makes you grimace.
William Golding outdid himself in this book, bringing a unique story that is still relevant today. It's impossible to read this book without liking at least one topic.
In addition to being a narrative beyond its time, William manages to create a very important dynamic between anarchism and capitalism, nature vs nurture and the painful evil that we all have within us, That Golding carried with him throughout his life.
A must read before you die.

Mah 02/12/2023

Lord of the flies
Eu li em inglês e é meio difícil para quem não é fluente fala sobre alguns meninos que estavam viajando e caíram numa ilha e como eles sobreviveram lá, e como alguns meninos mudaram e ficaram más .

Bia 18/11/2023

Acabei de terminar a leitura, tô eufórica ainda
Gente pelo amor de Deus eu AMEI o livro! A escrita do autor é muito envolvente e bonita. Eu li em inglês e se vocês tiverem a oportunidade recomendo que leiam também, foi uma leitura difícil, é um inglês bem britanico e um pouco antigo, mas foi uma experiência incrível! No início eu estava desmotivada por ter que pesquisar várias palavras (e bom não tinha nada acontecendo ainda na história), mas do meio pro final o negócio ficou tão bom que eu senti literalmente todas as emoções humanas possíveis. Agora quero ver um dos filmes! Ahh fica de recomendação também a série Yellowjackets, é a mesma ideia de um acidente de avião, mas são garotas e é num lugar bem frio (entre u.s.a e canada), tem sido uma das minhas série atuais favoritas!

Felipe Lapa 01/10/2023

Lord of the Flies
"O Senhor da Moscas", do escritor William Golding, traz a história de um grupo de garotos que foram isolados em uma ilha por causa de um acidente de avião, nesse caso, o avião que os transportava foi atingido por um ataque e caiu. Assim, os garotos tem como prioridade sobreviver na ilha e conseguir um possível resgate. Ao decorrer da história, Ralph assume a liderança do grupo que se formou e eles começam a se organizar, mas nem todos concordam com as decisões que são tomadas, então a convivência na ilha acaba se tornando uma imensa luta por poder.

O livro retrata a vertente da natureza humana caracterizada pela selvageria. A natureza selvagem é representada em maior parte pela tribo que originou-se da aversão à liderança de Ralph, sendo o seu principal objetivo a caça e o derramamento de sangue. A história é um excelente exemplo da crueldade e brutalidade humana, além de representar, em certos momentos, a loucura e a perda de sanidade mental, tudo sendo influenciado pela pressão de se manterem vivos na ilha. Além do mais, é possível ver os questionamentos sobre as fronteiras da inocência da juventude e a vida adulta.

Em questões de leitura e experiência, o livro possui uma escrita muito boa e fácil de acompanhar, além de apresentar uma história que prende o leitor do começo ao fim, já que os conflitos vão aumentando de forma gradual e se intensificando ao longo do tempo. É um ótimo livro para quem busca discussões sobre a natureza humana e uma aventura eletrizante.

Anne Balbueno 03/08/2023

Atenta
Comecei a leitura influenciada pelo meu personagem preferido em Lost e nem sabia sobre o que se tratava a história.

A premissa e o desenvolvimento achei genial! Todo o esquema de como a ilha e a convivência vão moldando os garotos é muito bem trabalhada.

Único ponto foi que o enredo me deixou entediada :(

JPHoppe 01/08/2023

The end of innoence, the darkness of man's heart
"Lord of the Flies" é uma dessas obras que passam a sensação de familiaridade. Seus personagens e temas centrais são objeto de estudo há muito tempo, desde as aulas de literatura de um jovem, até o experiente filósofo ou crítico. Eu mesmo já me peguei citando o livro para ilustrar algum exemplo, me referindo "as crianças de Golding" e conjecturando sobre o que o Senhor das Moscas titular diria. Achei que seria um desses livros que, por causa dessa carga externa, produziria poucas surpresas. Que a leitura seria apenas uma lenta progressão linear para chegar nos checkpoints conhecidos.

Estava enganado. E como.

Golding quis escrever algo após a leitura de outro livro, que descreve a vida idílica e social de um grupo de crianças que cai em uma ilha. Ele simplesmente não conseguia aceitar que a natureza humana, especialmente em mentes ainda em desenvolvimento como de uma criança, se comportaria dessa forma. "E se eu escrevesse algo sobre o que crianças fariam de verdade em uma situação assim?", ele perguntou a sua esposa. Uma referência a essa obra aparece nas páginas finais do livro, com o marinheiro falando da Ilha Coral.

Apenas senti falta de um desenvolvimento que chegou a ser escrito, mas foi cortado pelo editor: o misticismo envolvendo Simon e o titular Senhor das Moscas. Há apenas um breve "diálogo" entre eles, mas que deixa claro o tema espiritual que poderia ser abordado.

Um dos melhores livros que já li. Merece toda a tinta que foi gasta para discuti-lo, e mais.

Gabi1568 05/07/2023

Completamente apaixonada
Eu não esperava nada, juro. Mas esse livro me cativou tanto que eu li inteiro em uma tarde.

Os conflitos, o Ralph tentando ser maduro mas ao mesmo tempo ainda sendo uma criança, a complicada conexão entre ele e Jack, que beira o ódio e o amor, o fofo e inteligente Piggy, cujo nome verdadeiro eu gostaria de saber, a temática de liderança, as dificuldades, a força de vontade para manter a cabeça no lugar e manter a civilização.

Esse livro foi uma verdadeira viagem para mim. Eu me teletransportei para essa ilha, vivi tudo, senti tudo, me apeguei aos personagens, foi uma experiência incrível.

Eu amei e recomendo.