Sophia 06/04/2024
Noites brancas.
Eu estou simplesmente devastada após ler este livro. Penso, como pode um ser dar tanta esperança e luz para alguém, e, em tão pouco tempo, acabar com isso? Entendo o pensamento de ambos, Nástienksa, por um lado, não estava errada... deixara explícito que nunca quisera que o senhor apaixonasse por ela. Porém, quando ele se confessou, iluminou o mundo do senhor com falsas esperanças, com promessas que nunca seriam cumpridas. Ele, por outro lado, acabou permitindo se apaixonar por ela. Mas como podemos julgar alguém por se apaixonar? E, mesmo ciente de que o sentimento não era, e nunca seria mútuo, foi iludido pelas promessas da mulher.
Mas, não concordo de forma alguma com os atos dela. Além de iludir o senhor, ? posso estar me equivocando, já que, com a certeza de que o jovem havia esquecido-a, todas as palavras que Nástienksa dirigiu ao senhor acabaram por tornassem-se verdadeiras ? ela esperava que ele aceitasse seu comportamento. Porém, como aceitar? Como, esse senhor que teve seu mundo cinza colorido por essa jovem, fingir que estava tudo bem ver a mulher que ele amava casar com outro? Como poderia ele aceitar que, ela mesma considerava-o melhor que seu pretendente, e mesmo assim optou por deixá-lo no final.
Esse pobre senhor que viveu sempre na solidão, foi apresentado a um mundo com cor, e em tão pouco tempo, foi abraçado novamente pela solidão. Como poderia ele ficar após isso?
Apesar disso, confesso que foi um leitura interessante. É a primeira obra que leio do autor, e foi algo que me prendeu. São poucas páginas, porém, eu não consideraria como uma leitura fácil. Talvez devido a minha ignorância perante livros clássicos, eu possa ter demorado um pouco para entender cada linha. Ainda assim, eu gostei muito. É algo que foge do meu padrão de leitura.