spoiler visualizarMarie.Luvvant 01/01/2024
Maus - Um livro reflexivo (pelo menos para mim)
Resenha Crítica de Maus
O livro de autoria de Art Spiegelman, publicado no ano de 2005, retrata o relacionamento de Art com seu pai, enquanto este descreve os horrores do Holocausto atraves dos relatos de seu pai e, escreve as consequencias deste de um jeito unico.
No início do livro, percebemos que Art não é próximo de seu pai por divergências internas no passado. A partir de um projeto do autor, através de seus desenhos, ele escreve sobre os relatos de seu pai, visitando-o regularmente.
O pai do autor, Vladek Spielgerman, que é um judeu polones que migra para os Estados Unidos após o Holocausto, nasceu de origem humilde, largando os estudos aos quatorze anos. Por ser belo, muitas mulheres o queriam. Este, conhece a mãe do autor anos depois de seu relacionamento com Lúcia, uma judia polonesa que “não largava de seu pe´”, como ele a descreve.
Na década de 30, Vladek conhece Anja que se apaixona por ele, e eles namoram por um tempo, neste ocorre uma divergência da qual Lúcia falsifica uma carta para acabar com o relacionamento deles, porém, com a explicação de Vladek, eles se casam e tem seu primeiro filho em 1938, Richieu.
Seu sogro lhe entrega créditos para iniciar uma fábrica de tecidos na Polônia, Anja, sua esposa, descendia de uma família rica o que os “ajudou” durante a Guerra.
Em 1939, a Polônia é invadida pelo exército alemão que a separa em duas partes, uma sob o domínio do Reich e outra sob domínio alemão sem influência do Reich, ou seja, apenas anexada à Alemanha.
Os judeus são mortos pelos alemães e até pelos poloneses, em que o antissemitismo se fortalce na Europa. Vladek e sua família se asseguram por um tempo. Nesse período, Anja sofre de depressão e é encaminhada para um “retiro”.
Vladek é chamado pelo exército polones para lutar contra a Alemanha, todavia é encaminhado para ser prisioneiro de guerra desta. Ele se torna um soldado da Alemanha. Apesar dos trabalhos duros, eles são libertados pela Gestapo e ele volta à família de Anja. Antes, ele passa na casa de seus pais, em que sua mãe está doente e seu pai o recebe.
A familia sobrevive do mercardo negro.
O antissemitismo piora e a cogitação de entregar Richieu a um conhecido de um amigo de Vladek se torna realidade. Ele vive com Tosha e mais duas crianças.
Idosos acima de 70 anos são obrigados a ir para uma vila de “acolhimento”, entretanto a família os esconde num bunker. A polícia descobre e os obriga a ir para este, onde morrem (a vila é na verdade um caminho para Auschwitz)
A Hungria é tomada e todos os judeus são levados a Auschwitz (em que as histórias de lá não são boas para a família de Anja), Tosha realiza uma ação drástica, mata as crianças e a si com veneno.
Há uma reunião no estádio onde judeus são qualificados como bons, aqueles que vão para direita, e ruins, aqueles que vão para esquerda. A família de Anja vai para a direita, já a família de Vladek vai para a esquerda, onde morrem.
Eles se escondem em um bunker, que apesar dos cachorros saberem que há judeus lá, os oficiais alemães não encontram apenas carvão e vão embora. Até que um dia, um judeu os encontra e os entrega.
Eles vão para um gueto, onde ficam por um tempo e fogem disfarçados de poloneses. Anja e Vladek procuram abrigo com poloneses, em que ficam de revezamento entre duas casas, um antigo caseiro polones da família em que ficam no abrigo de palha e outra esposa de um oficial da Alemanha que a visita a cada 10 dias (participava do mercardo negro). Nos dias da visita, ficavam no estábulo.
Anja e Vladek tentam fugir para a Hungria onde são deportados para Auschwitz e estão separados, Vladek fica na parte menor e Anja na parte maior. Ambos recebem tratamentos desumanos pelos oficiais nazistas.
Na porta de Auschwitz está escrito em alemão “O trabalho liberta”
Vladek ensina inglês para um polones que o “ajuda” a sobreviver por um tempo, porém é obrigado a fazer outros trabalhos. Este passa fome e adquire tifo, porém escapa com ajuda de amigos.
Anja não perde contato com Valdez por causa de uma prisioneira chamada Manzie, ela está fraca e magra mas trabalha carregando sopas e caso não consiga é chicoteada pelos oficiais do outro lado. É libertada.
Eles se reencontram com Valdez e tem um filho, o autor. Em 1968, comete suicidio, o que perturba Art e seu pai, a História em Quadrinhos “Prisioneiro no Planeta Inferno” é baseada nisso.
Vladek é uma pessoa racista como é observado ao falar que todo negro é ladrão. Após a morte de seu pai, Art sofre de crises existenciais em relação ao livro e a si mesmo.
A História em Quadrinhos intitulada de Maus descreve os horrores do período nazista na Polonia de forma unica, atraves de animais, como gatos serem alemaes, ratos serem judeus, sapos serem franceses e cachorros serem os estadunidenses.
O nome Maus, que significa rato em alemão, é a forma que o autor descreve do como os judeus foram caçados pelos nazistas na Europa e em outras partes do globo. A narrativa revela além do que o Holocausto é mas do que causou, em que podemos afirmar do jeito “pão-duro” de Vladek e do suicidio de Anja.
Revelando mais do que um lado histórico, o autor revela o lado humano dos personagens, como Vladek ser racista, demonstrando que os judeus são humanos como nós. Ademais, a narrativa revela as consequências que Artie possui por ser filhos de sobreviventes, como achar que a água do chuveiro é o gás das câmaras.
Logo, a narrativa é inteligente e humana, e retrata de forma objetiva e única o que foi o Hlocausto e as consequências que este traz até a atualidade. Além disso, o uso dos erros de fala de Vladek caracteriza-o como um refugiado e o torna único.
Observação: Desculpe, exagerei um pouco kkkkkkk