Gui 19/12/2023
Ela iria comprar suas próprias flores.
Se desbravar entre os livros clássicos é se deparar com os diferentes tipos de narrativas, escritas, histórias, autores, alguns que funcionam, outros, não. Mrs. Dolloway, para mim, foi uma história que não funcionou muito.
Por motivos extremamente pessoais, é preciso dizer. Porque, claro, a Virgínia Woolf escreve muito bem, sua história tem personagens muito sólidos e psicólogos multi-facetados. O problema para mim, sem dúvidas, é que não fui o maior fã do fluxo de consciência presente aqui. Talvez porque eu li no momento errado, e precisaria reler uma ou duas vezes para me apegar, ou quem sabe só não foi do meu agrado mesmo. Uma leitura que me foi custosa, precisei reler parágrafos inteiros mais de uma vez, para me situar, para tentar entender que a Virgínia já tinha passado dos pensamentos de um personagem para o outro. É comum, em fluxo de consciência, não ter grandes reviravoltas, enredos mirabolantes e histórias que te prendem: a magia está na narrativa, no desenrolar dos sentimentos dos sujeitos. Isso, Virgínia faz muito bem, não tem como negar.
Uma das minhas coisas preferidas, sem dúvidas, é o contexto que a história de insere. Pós Primeira Guerra Mundial, podemos ver como esse período histórico refletiu nos personagens, em especial um deles, que passou a ter tendências suicidas depois de servir no exército e perder seu melhor amigo. O trauma dele, como a depressão dele é lidada, é muito interessante.
Porém, tirando os pontos citados, nada mais me interessou. No mais, Mrs. Dolloway, para mim, é um livro que não faz o meu estilo, e que talvez eu precise reler para pegar um pouco mais de apreço.