O Nome da Rosa

O Nome da Rosa Umberto Eco




Resenhas - O Nome da Rosa


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Dante 15/08/2024

"Rezo para que Deus tenha acolhido sua alma e tenha perdoado os muitos atos de orgulho que sua soberba intelectual o fizera cometer"
Se você busca uma obra que combina mistério, história e filosofia de forma magistral, o nome da rosa de Humberto Eco é uma leitura indispensável capaz de transformar o leitor para o fascinante enigmático no mundo medieval.
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Bia 04/08/2024

Muito mais que uma trama policial
Iniciei a leitura deste livro para relembrar o filme que vi na época do colégio.
Me lembrava que os professores comentavam na época como a trama era importante para entendermos a construção de uma sociedade baseada em poder, hierarquia e religião.

E realmente, a mensagem do livro é isso e muito mais. A narrativa em si, muitas vezes, é arrastada e lenta. Muitas discussões filosóficas e teológicas que, embora tragam um ritmo mais lento, são necessárias para a construção do ambiente austero do mosteiro medieval.

À parte disso, é muito interessante entender como os livros eram de acesso de poucos (inclusive dentro da própria abadia!) e como o conhecimento é uma ferramenta de libertação e, portanto, de controle destes poucos.

?Eu quero o livro grego, aquele que, segundo vocês, nunca foi escrito. Um livro que só trata de comédia, que odeiam tanto quanto risos. Provavelmente é o único exemplar conservado de um livro de poesia de Aristóteles. Existem muitos livros que tratam de comédia. Por que esse livro é precisamente tão perigoso??
O abade responde: ??Porque é de Aristóteles e vai fazer rir?. Baskerville replica: ??O que há de perturbador no fato de os homens poderem rir??
E o abade: "O riso mata o medo, e sem medo não pode haver fé. Aquele que não teme o demônio não precisa mais de Deus"
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marielensantanna 01/08/2024

Resenha O nome da Rosa
Incrível obra justamente sobre o poder das livros, das palavras. Em como um livro e seus ensinamentos, significados podem mudar completamente a vida de uma pessoa!
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Lolobela 30/07/2024

O nome da rosa que não foi dito, mas é inesquecível
Esse livro me encantou e não foi pouco! O desenrolar da trama, cada acontecimento, a construção dos personagens e das múltiplas camadas que compõem essa obra... é uma mistura de mistério gótico com algo semelhante a Sherlock Holmes e Watson, uma fusão apaixonante que prende até o fim! Honestamente, o final não foi exatamente o que eu esperava, mas não diria que deixou a desejar. Pra resumir, foi uma leitura enriquecedora, que me rendeu até o aprendizado de algumas palavras novas e expressões em latim!
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Cris 29/07/2024

?A rosa só permanece no nome, nada temos além dele.?
?Quando os verdadeiros inimigos são fortes demais, é preciso escolher inimigos mais fracos.?

?Sempre acreditara que a lógica era uma universal e percebia então que sua validade dependia do modo como era usada.?

?Mas em vez de conceber um único erro, imagino muitos, assim não me torno escravo de nenhum.?

?Porque a única verdade é aprendermos a nos libertar da paixão insana pela verdade.?

Durante a última semana de novembro de 1327, em um mosteiro franciscano na Itália, paira a suspeita de que os monges estejam cometendo heresias. O frei Guilherme de Baskerville é, então, enviado para investigar o caso, mas tem sua missão interrompida por excêntricos assassinatos. A morte, em circunstâncias insólitas, de sete monges em sete dias, conduz uma narrativa violenta, que atrai o leitor por seu humor, crueldade e erotismo.
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Xicrinho 20/07/2024

Adso de Melk, ou Watson de 1327
Este romance de Umberto Eco transporta o leitor pro auge da Idade Média. Não apenas pelos cenários descritos, mas para o imaginário e filosofia medieval. Ademais, a trama principal - um mistério que não se tem pista nem mesmo no título do livro - é surpreendente e engajante. Apesar da clara inspiração no herói de Arthur Conan Doyle, Eco vai além, e desenvolve um quebra cabeça que muitas vezes parece insolúvel para o leitor. Impressionante e marcante. Definitivamente um dos melhores livros que já li.
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Luana 17/07/2024

Minha primeira leitura 5?? desse ano!
Fiquei presa e obcecada por esse livro, não consegui parar de ler, foram 10 dias pensando o tempo todo ?e se eu largar tudo e ir ler??
e o final, que incrível.

Todos os debates feitos e o mistério dos acontecimentos carregam esse livro e a leitura perfeitamente. Uma obra super detalhada e descritiva, sem ser cansativa, dá pra ver e sentir tudo que é descrito e me deu vontade de me transportar pro ambiente pra ficar ali como espectadora de tudo.

O livro debate acima de tudo sobre o conhecimento e o poder:
a quem pertence o conhecimento?
e mais
quem tem o poder de dizer sobre o que é o conhecimento e quem pode ter acesso a ele?

Se tornou um favorito, com certeza.
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Pedro 17/07/2024

Boa experiência
Um bom livro que possui diversas camadas, mas o que mais me fisgou nele foi a da construção dos personagens:
Como a compreensão de si passa por elementos externos, os personagens só conseguem dizer sobre eles mesmos atribuindo significados para além de suas experiências e isso também está presente nas relações dos personagens, seja com o outro ou com o ambiente.
Além disso, a história, as outras camadas da obra e as reflexões também prendem.
Confesso que não me acostumei ainda com as obras que usam bastante a ferramenta de descrição e ?O Nome da Rosa? está incluso nesse bolo, mas entendo a sua importância.
Resumindo, a leitura proporcionou uma boa experiência.
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Paulo Jr 11/07/2024

Um monumento à literatura, presente de um autor honesto
Este foi meu primeiro contato com uma obra de Umberto Eco e sei que não será apenas esta.
Já tinha conhecimento desta sua obra pois sempre fui mais achegado às histórias de outras épocas e aos clássicos.
É certamente um livro com uma escrita densa e que não se interessa em facilitar a vida do leitor e impoe seu próprio ritmo, e numa era de leituras fracas, pode-se afugentar muitos que não têm a paciência ou a virtude de de propor a leituras mais exigências. Mas é gratificante. Uma escrita que se sobressai e só evidência a capacidade e o domínio literário do autor.
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Alan kleber 05/07/2024

?Coisas são ditas mesmo quando se cala.?
"E disse a mim mesmo que eu era um frágil pecador doendo-me com meus casos pessoais enquanto estavam por acontecer eventos de tanta importância para a história da cristandade. Comparei a pequenez das minhas penas à grandiosa promessa de paz e de serenidade marcada na pedra do tímpano. Pedi perdão a Deus pela minha fragilidade, e atravessei mais sereno o umbral."

"Em breve terei me achegado ao meu princípio, e não creio mais que seja o Deus de glória de que me falaram os abades de minha ordem, ou de alegria, como acreditavam os menoritas de então, talvez nem mesmo de piedade. Gott ist ein lautes Nichts, ihn rührt kein Nun noch Hier? Penetrarei logo nesse deserto imenso, perfeitamente plano e incomensurável, em que o coração verdadeiramente pio sucumbe bem-aventurado.
Afundarei na treva divina, num silêncio mudo e numa união inefável, e nesse afundar-se será perdida toda igualdade e toda desigualdade, e naquele abismo meu espírito perderá a si mesmo e não conhecerá nem o igual nem o desigual, nem nada: e serão esquecidas todas as diferenças, estarei no fundamento simples, no deserto silencioso onde nunca se viram diferenças, no íntimo onde ninguém se encontra no próprio lugar. Cairei na divindade silenciosa e desabitada onde não há obra nem imagem."


Quando embarquei na leitura de "O Nome da Rosa" de Umberto Eco, esperava um romance de mistério ambientado em um mosteiro medieval, algo que pudesse me entreter por algumas horas. O que encontrei, no entanto, foi uma obra complexa, repleta de simbolismo, crítica social e uma profunda reflexão sobre a natureza do conhecimento e do poder. Este livro é uma verdadeira viagem intelectual, onde cada página desafia e instiga o leitor a questionar as estruturas de pensamento estabelecidas.

Eco nos transporta para um mosteiro beneditino no século XIV com uma habilidade impressionante. A descrição do local é tão detalhada que quase se pode sentir o cheiro de pergaminho velho e o frio das pedras. Mas o mosteiro não é apenas um pano de fundo para a trama; ele é um personagem vivo, pulsante, cheio de segredos e armadilhas. A biblioteca, em particular, é um labirinto tanto literal quanto metafórico, simbolizando a busca tortuosa pelo conhecimento.

Guilherme de Baskerville, o protagonista, é uma figura que encanta e intriga. Eco o molda à semelhança de Sherlock Holmes, um homem de lógica implacável e curiosidade insaciável.
Um frade franciscano e ex-inquisidor, que se destaca por sua mente lógica e abordagem científica. Guilherme é uma figura fascinante que utiliza métodos dedutivos para resolver os mistérios que se desenrolam no mosteiro. Sua mente analítica e curiosidade insaciável o colocam em contraste direto com a mentalidade dogmática e supersticiosa da época.

Adso de Melk, o jovem noviço e narrador da história, é o nosso guia pelo mundo intrincado do mosteiro. Sua visão ingênua e curiosa nos permite acompanhar a evolução de sua compreensão do mundo. Adso começa como um observador passivo, mas à medida que a trama avança, ele se torna um participante ativo, questionando e aprendendo. Sua transformação reflete a jornada intelectual que Eco deseja que o leitor empreenda.

Os monges do mosteiro são igualmente interessantes, cada um com suas próprias complexidades e segredos. Jorge de Burgos, o bibliotecário cego, é especialmente intrigante. Ele vê o riso e o conhecimento como ameaças à ordem estabelecida, representando a repressão e o medo do desconhecido.

A trama começa com a chegada de Guilherme e Adso ao mosteiro, onde estão para participar de um debate teológico. Porém, a situação rapidamente se complica quando um monge é encontrado morto em circunstâncias misteriosas. Guilherme, com sua experiência em investigação, é chamado para desvendar o caso. À medida que mais monges são encontrados mortos, cada um em situações mais bizarras que o anterior, a tensão cresce.
A investigação de Guilherme o leva a explorar a biblioteca do mosteiro, um local proibido e perigoso. Aqui, Eco tece uma trama repleta de pistas, códigos e segredos. Cada morte parece estar ligada a um livro específico, e a busca por este livro leva Guilherme a confrontar não apenas os mistérios do mosteiro, mas também os próprios dogmas da Igreja
.Paralelamente à investigação dos assassinatos, Eco introduz debates teológicos e filosóficos que revelam as profundas divisões dentro da Igreja sobre questões como a pobreza, a heresia e o poder. Esses debates são tão centrais à trama quanto os próprios assassinatos, refletindo o tumulto intelectual e espiritual da época.

Um dos temas mais marcantes do livro é a tensão entre fé e razão. Guilherme de Baskerville, com sua abordagem racional e científica, representa o início do pensamento crítico que desafiaria a supremacia da fé cega. Por outro lado, os monges que se agarram ao dogma representam a resistência ao progresso intelectual e a manutenção do status quo.

A biblioteca do mosteiro, com seus livros proibidos e passagens secretas, simboliza a eterna luta pelo controle do saber. É um lembrete de que a censura e a manipulação da informação são ferramentas poderosas nas mãos de quem detém o poder.

A escrita de Eco é rica e densa, repleta de referências literárias, filosóficas e históricas que adicionam camadas de profundidade à narrativa. É uma delícia para os intelectualmente curiosos.
A estrutura do romance, dividida em dias e horas, imita a rotina monástica e aumenta a tensão a cada momento, criando um ritmo quase hipnótico.
Eco utiliza uma linguagem que, embora erudita, mantém a clareza, guiando o leitor através das complexidades da trama sem perder o engajamento. Cada capítulo é uma peça de um quebra-cabeça maior, e Eco desafia o leitor a decifrar as pistas junto com Guilherme, criando uma experiência de leitura profundamente interativa e recompensadora.

Eco joga com o leitor, desafiando-o a decifrar os códigos e a entender as múltiplas camadas de significado. Não é apenas uma história; é um quebra-cabeça intelectual que provoca, instiga e, às vezes, exaspera. Mas é precisamente essa complexidade que torna "O Nome da Rosa" uma obra tão envolvente e duradoura.

"O Nome da Rosa" é uma obra que desafia e enriquece. Umberto Eco nos entrega um romance que é ao mesmo tempo um thriller de mistério e uma meditação profunda sobre a natureza do conhecimento, a fé e o poder. Sua narrativa densa e erudita pode ser desafiadora, mas é essa complexidade que torna a leitura tão gratificante

Se você busca uma leitura que vá além do entretenimento, que provoque reflexão e instigue o questionamento, "O Nome da Rosa" é uma escolha indispensável. Eco nos mostra que a literatura pode ser uma arma poderosa, iluminando os cantos mais escuros da mente humana e da história. É uma obra que desafia, provoca e, acima de tudo, enriquece o leitor, deixando uma marca duradoura em nossa compreensão do mundo e de nós mesmos.
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gu6ustavo 30/06/2024

Não é só um whodunit ala Agatha Christie
É na real uma ode gigantesca (pra não dizer p*nhetação) do catolicismo italiano da idade média, então sei lá, se você não tem muito um interesse específico nisso ou até mesmo mediano, cê vai achar bem chatinho, sinto muito... o que salvou pra mim foram os momentos whodunit, resolver mistério e alguns dos diálogos entre Adso e Guilherme.
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Mel 23/06/2024

O nome da rosa
Esse é um livro que acredito não conseguir fazer uma resenha que faça jus à beleza e ao conteúdo do livro. Confesso que fui surpreendida positivamente pela narrativa, bastante enredada e com uma riqueza de detalhes sem se tornar maçante. Trata-se também de um livro que prende o leitor desde as primeiras páginas com a investigação sobre a morte ocorrida na abadia. Entretanto, o envolvimento do livro não o torna fácil de ler. Ambientado na época de 1300 e transcorrido num grupo social onde latim era a língua de escolha, diversos elementos textuais (citações, em sua maioria) são difíceis de compreender. Ademais, as reflexões e filosofias, acerca de Deus, do mundo, da fé, das verdades e da própria ciência são, por vezes, difíceis de acompanhar, mas ao mesmo tempo me provocaram reflexões ainda maiores nos tempos atuais. Achei uma leitura fascinante, com temas que gosto muito: a investigação e a fé. Um livro para se ler e reler, pensar e repensar acerca dos temas. Eu, infelizmente, só não consegui entender o título do livro ? Mas isso não compromete em nada a leitura.
Valney 02/07/2024minha estante
Estou lendo no momento e até que tô gostando dessa " dificuldade" ( coloquei entre parênteses pq pra alguns a forma da escrita em nada dificulta ) pra mim é um desafio pois já tem tempo que não leio com uma escrita desse tipo




sabren 18/06/2024

Que livro magnífico, a escrita extraordinária, os diálogos, as descrições, todo o fundo histórico tão bem trabalhados. eu era apaixonada pelo filme desde pequena e o livro se tornou um dos melhores que eu já li. perfeito.
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