Manuelzão e Miguilim

Manuelzão e Miguilim João Guimarães Rosa




Resenhas - Manuelzão e Miguilim


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Debora 11/09/2018

Miguilim - um futuro grande homem
Que lindo acompanhar Miguilim em sua infância, suas relações com os irmãos, com a família, mas, também, com os animais e a natureza à sua volta. Como ele presta atenção à sua volta, com que coração ama a mãe, a "mais ladina de todos". Um grande prazer ler este livro.
Já em seu conto, seria Manuelzão ou a festa o grande personagem?
Não sei... sei que a contação de histórias me encantou. E me acalentou o coração ver o filho fazendo o que ele desejava: se oferecer para tentar reduzir sua dor/solidão pelo viver sofrido e pelo caminho.
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Kymhy 31/03/2018

Manuelzão e Miguilim - João Guimarães Rosa
Dois personagens totalmente diferentes, o pequeno Miguilin e o adulto Manuelzão nos mostrarão recortes de suas vidas, criando duas novelas singelas e recheadas de criticas quanto à forma de ver e viver a vida.

site: https://gatoletrado.com.br/site/resenha-manuelzao-e-miguilin-joao-guimaraes-rosa/
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Aryane57 16/02/2018

Amei!
É impossível não se apaixonar por Miguilim e Dito.

site: amoremletras.wordpress.com
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Mr. Jonas 07/02/2018

Manuelzão e Miguilim
As duas obras de Manuelzão e Miguilim, inicialmente publicadas no volume Corpo de Baile unidas a outras cinco novelas, podem ser vistas como exemplos de um procedimento recorrente na obra de Guimarães Rosa: partir do regional para atingir valores universais. Dessa forma, cada uma apresenta um momento da vida: infância e velhice.
Em Campo Geral, embora o protagonista não seja o narrador, todos os fatos são apresentados de acordo com sua visão de mundo. Dessa forma, pode-se perceber que a intenção de Rosa era criar seu universo ficcional a partir da percepção de um menino em processo de crescimento. Trata-se também de uma história de aprendizagem, já que acompanhamos o processo de amadurecimento do pequeno Miguilim.
Em Uma Estória de Amor, o procedimento narrativo também é bastante interessante, está presente o foco em terceira pessoa e, assim como em Campo geral, em diversos momentos o autor emprega o fluxo de consciência, recurso através do qual falas e pensamentos são misturados. O recurso cria um ritmo que dá dinamismo e sofisticação à narrativa.
Ambas as narrativas têm por característica a forte presença da oralidade, desenvolvida, porém, em um universo que também dialoga com a alta cultura. Além disso, há nas novelas os típicos procedimentos de criação de palavras de Guimarães Rosa.
Em relação ao tempo, as duas narrativas também apresentam pontos comuns, em ambas a temporalidade psicológica é mais importante que a cronológica. O tempo de amadurecimento de Miguilim, assim como a percepção temporal de Manuelzão, que inclui vários períodos de resgate do passado, são as que realmente contam para a estruturação da narrativa.
O espaço também é fundamental para a compreensão das novelas. Ambientadas no sertão de Minas, a natureza local parece favorecer a construção das narrativas, fornecendo o ambiente necessário para o desenrolar dos enredos.
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eneida 30/01/2018

O fato de ser mineira, filha de nordestinos, talvez justifique o quanto gosto de Guimarães Rosa, pois reconheço e identifico tantas coisas da fala, das comidas, da fauna, da flora, dos costumes e etc.
A descrição da natureza, do sertão do interior de Minas Gerais, o vocabulário, natural e inventado, a vida simples, sem nada de modernidade, uma simplicidade e uma inocência que beiram o nada, onde somente existe o seu sentimento e o do outro, e a natureza.
Se Grande Sertão Veredas e Sagarana me conquistaram, Manuelzão e Miguilim me encantou.
Miguilim é uma criança, o mais velho de cinco irmãos, inocente e puro, descobrindo a vida, suas alegrias, tristezas, maldades e sofrimentos.
Manuelzão é um senhor, no final da vida, analisando a vida que levou, seus erros e acertos, seus amigos e família.
Representam extremos da vida, da inocência e da sabedoria.
Mas sem dúvida Miguilim foi o mais marcante, leitura que emociona.
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Gladston Mamede 13/11/2017

São duas novelas que foram colacionadas num só livro. Duas novelas de poesia estranha para alguém de ambiente urbano. Estranhas não só pelas palavras, mas pelos valores que são expressados, pelos costumes que são narrados, pelo jeitão tão comum e, simultaneamente, tão diferente dos enredos. Já li, reli e reli outra vez. Sou apaixonado com esse livro.
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Luiz993 17/07/2017

O melhor de Guima
Por enquanto, para mim, a melhor obra de Guimarães Rosa. Miguilim é a infância, Manuelzão, a maturidade. Um universo condensado na vida de dois personagens encantadores e tão próximos de nossa humanidade.

Miguilim é a inocência da aurora da vida, os descobrimentos, um mundo de fantasias e o desejo de ver mais da vida. Dor e alegria, componentes da vida!

Trecho preferido da obra: “Mas porquê você foi falar do capeta, Dito?” Eu me acabo de tanto rir imaginando o semblante chocado de Miguilim e o empávido colosso rosto de Dito.

Manuelzão é a exteriorização do que é a vida, com suas mazelas e cadinhos de felicidade. Ah, poi, é a vida selada com honestidade, justa de justiça, vivida de viva vida.
Êta trêim bão, minêro!
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Ana Ruppenthal 06/04/2017

Lindo!
Uma pérola na literatura brasileira. Mantém o vocabulário rústico do interior do sertão mineiro sem perder a riqueza narrativa e literária, e, sem, ademais, deixar o leitor confuso. Aliás, confusão é a última coisa que pode se esperar desse livro: o enredo é tênue como o pensamento das pessoas e o leve passar da vida naqueles rincões. A primeira parte, pois, é a história de um menino, sua vida, seus sentimentos puros que aos poucos se amarguram, a sua percepção da vida, suas expectativas - mas tudo narrado de um modo tão infantil e tão bonito que deixa a gente até besta, lembrando da nossa própria infância. A segunda parte é a história de um rude homem sertanejo, mas um cara rude que tem sentimentos e vontades perfeitamente humanas, só tendo que assumir um aspecto de durão. Ambas as partes são simplesmente fantásticas. Ao meu ver Guimarães Rosa é um dos escritores mais genais da língua portuguesa, e merece ser lido em cada mísera linha.
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Eliana198 09/03/2017

Miguilim
Amor total pelo Miguilim,um encantamento, Já a segunda parte, gostei não
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Reinaldo 27/10/2016

Manuelzão é bom. Miguilim é uma pequena obra prima. Dito é um personagem inesquecível.
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marciofleury 21/02/2016

Um romance sertanejo narrado por uma percepção infantil
É um dos clássicos da literatura brasileira. Narrativa acontece a partir da percepção de uma criança que se compara com seus irmãos na leitura do mundo em sua volta. É um romance que mostra a vida sertaneja a partir de seus conflitos intrínsecos e subjetivos.
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Brnoliver 28/11/2015

Duas visões do sertão
O livro conta duas estórias que não tem uma conexão exata entre elas. Confesso que a segunda, "Uma estória de amor", que conta sobre a vida de Manuelzão que administra uma lugarejo, não me agradou muito, talvez pelo fato de estar acostumado com clímax, antagonismo e mistérios. Mas gostei do "Campo geral", que é a primeira parte do livro que narra a estória de Miguilim. Apesar das dificuldades com as palavras que não são nada usuais (usei o Priberam para enteder os significados rs), Miguilim emociona pela lembraça da infância e pelo final que realmente apresenta um desfecho interessante ao contrário da segunda história que parece não se desenvolver... Ah, e não exatamente tem uma estória de amor na segunda parte.

Citação: "O ruim tem raiva do bom e do ruim. O bom tem pena do ruim e do bom... Assim está certo." ? Campo geral.

Citação²: "Quem castiga nem é Deus, é os avessos." ? Uma estória de amor.
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Aline164 19/01/2014

Miguilim do Mutúm
Título: Manuelzão e Miguilim [novela "Campo Geral"]
Autor: Guimarães Rosa
Editora: Nova Fronteira
Número de páginas: 268
Ano de publicação: 2001 (11ª edição)

***

A vida pelo olhar de uma criança. Poesia em prosa.

Deste livro, li apenas a novela "Campo Geral", também conhecida como "Miguilim"; deixei "Uma estória de amor" para mais tarde, pois tinha urgência de ver como ficou a adaptação para o cinema, feita pela diretora Sandra Kogut, que acabou sendo uma ótima surpresa.

"Um certo Miguilim morava com sua mãe, seu pai e seus irmãos, longe, longe daqui, muito depois da Vereda-do-Frango-d'Água e de outras veredas sem nome ou pouco conhecidas, em ponto remoto, no Mutúm. No meio dos Campos Gerais, mas num covoão em trechos de matas, terra preta, pé de serra. Miguilim tinha oito anos."

É assim que a novela começa. Ao longo da narrativa, vamos acompanhando as impressões de mundo de Miguilim, seus sentimentos em relação às pessoas que o cercam, até chegar a um fim que julgo "libertador".

Miguilim gosta muito da mãe, do irmão Dito (seu melhor amigo) e do Tio Terêz, embora não se dê bem com o pai, de quem tenta gostar e a quem tenta agradar, mas parece nunca conseguir. No início, notamos uma tensão em relação aos adultos: o pai de Miguilim expulsa o irmão, Tio Terêz, de casa, e sua mãe, embora não diga nada, se fecha no quarto.

Dias depois, quando Miguilim levava o almoço para o pai, que estava trabalhando em uma roça a uma certa distância da casa, Tio Terêz surge do meio do mato e lhe pede que entregue um bilhete para sua mãe. Miguilim se sente bastante angustiado, pois não queria ser desleal com o tio e, ao mesmo tempo, pressente que, se entregasse o bilhete para a mãe, estaria fazendo algo de errado. Ele chega a perguntar a várias pessoas (mãe, irmão, avó, vaqueiro) como é que se sabe se o que fazemos está certo ou não.

"- Mãe, o que a gente faz, se é mal, se é bem, ver quando é que a gente sabe?" "- Ah, meu filhinho, tudo o que a gente acha muito bom fazer, se gosta demais, então já pode saber que é malfeito..."

Não há como não se identificar, pelo menos um pouco, com Miguilim nessa passagem, pois é muito provável que tenhamos passado por situações parecidas na infância. Às vezes não é nada tão sério, mas, para as crianças, pode ter uma dimensão gigantesca.

Depois que seu irmão Dito morre de doença, após momentos de muita aflição por parte de todos, Miguilim parece perder a vivacidade de antes e também se desentende com o pai e, um tempo depois, fica muito doente, achando que vai morrer.

Após o período de provação, sua trajetória ganha um novo rumo, quando um médico passa pelo lugar onde a família mora e, após uma breve conversa, diz que Miguilim tem a "vista curta" e lhe empresta seus óculos. É um momento mágico para o menino, que, através dos óculos do médico, consegue ver o mundo com um pouco mais de nitidez.

"Miguilim olhou. Nem não podia acreditar! Tudo era uma claridade, tudo novo e lindo e diferente, as coisas, as árvores, as caras das pessôas. Via os grãozinhos de areia, a pele da terra, as pedrinhas menores, as formiguinhas passeando no chão de uma distância. E tonteava. Aqui, ali, meu Deus, tanta coisa, tudo..."

Interpretei essa passagem como uma despedida da infância, o momento em que o mundo toma proporções mais ou menos condizentes com a "realidade", de certa forma, deixando de ser infinito e embaçado.

João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, Minas Gerais, em 27 de junho de 1908. Formou-se médico, profissão que deixaria alguns anos depois, por sentir falta de vocação, voltando-se à carreira de diplomata, tendo oportunidade de utilizar os vários idiomas que dominava.

Li em alguns sites que "Campos Gerais" tem traços autobiográficos, mas como não tenho conhecimentos profundos sobre a vida e a obra do autor, não posso afirmar nada. (Para saber um pouco mais sobre Guimarães Rosa, clique aqui.)

Sobre o filme, vale a pena vê-lo, pois a adaptação ficou ótima. Também vale a pena ver o making of, quando a diretora explica sobre a escolha da locação e do elenco (as crianças são da região, não são atores com experiência), da preparação do elenco (as crianças e os atores adultos - profissionais ou não - moraram de verdade, por um tempo, na casa que fez parte do filme antes de as gravações começarem). O ator que interpreta o Miguilim, Thiago da Silva Mariz, é fantástico, e, segundo a diretora, ele não perdeu a simplicidade mesmo depois de ter feito o filme - portanto, foi uma escolha muito acertada.


site: http://www.panisetlibris.blogspot.com.br/2013/12/miguilim-do-mutum.html
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Paulo 15/03/2013

É dificil ler Guimarães Rosa e não tornar-se seu fã. A novela Campo Geral, que fala do menino Miguilim,é de uma simplicidade tocante. As palavras, escritas pelo Rosa,parecem adquirir um significado mágico, e bailam pelas páginas. Todos aqueles que tiveram a sorte de serem crianças,crianças de fato, daquelas que brincam,tem duvidas, fazem "arte"( no mal sentido) se enxergam nesse tal Miguilim. Desde o início,você sente como se estivesse "passando uns dias " com aquela família. Os conflitos,as dúvidas, tão comuns.. O que aprendemos com Miguilim? Bom,aprendemos que nunca vamos entender certas coisas que acontecem,aprendemos que o mundo é cruel,mas é preciso manter alguma inocencia,alguma pureza,apesar de tudo...o que é preciso é buscar alguma felicidadezinha no meio de tudo,como o Dito ensina a Miguilim: " Miguilim,vou ensinar o que agorinha eu sei,demais: é que a gente pode ficar sempre alegre,mesmo com toda coisa ruim que acontece acontecendo. a gente deve de poder ficar então mais alegre,mais alegre,por dento!".
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MARA 06/02/2013

Duas histórias para sentir. Miguilim e as angústias de uma criança cheia de dúvidas sobre a vida e as reações que suas atitudes despertam. Um menino que só deseja que todos vivam simplesmente, sem buscar respostas, pois estas são complicadas de entender e amargam o doce que experimentamos quando somos crianças. Tem no irmãozinho Dito- mais novo porém a seus olhos, mais sábio- um conselheiro de assuntos difíceis. Mas nem a ele confessa o terror que vive com o bilhete do Tio Terêz para a mãe. Um menino que percebe que o mundo ainda é mais bonito quando um doutor lhe empresta uns óculos. Na segunda novela, o contraste do fim de uma vida do velho Manuelzão. Este, sente que seu corpo tem diferenças de antes. No preparo da festa de inauguração de uma igrejnha no meio do mato, tenta corrigir seu sentir. A boiada que deve partir e sua desvontade de ir dessa vez com os companheiros de quase toda vida. A saudade do rumorzinho do riacho que secou de noite e acordou até os cachorros. Esperanças de continuar vivendo...
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