Ulisses

Ulisses James Joyce




Resenhas - Ulisses


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Fabi 24/03/2018

Um encontro infeliz
Não quero atribuir a culpa exclusiva à obra, mas dividi-la.
É difícil escrever sobre um livro famoso quando não se gosta dele. Você fica com receio das críticas e até mesmo em ofender a alma do autor (no meu caso). Mas o que eu vi em Ulysses, foi a mais profunda falta do que fazer de uma pessoa.
E eu não peço perdão por achar isso.
Tive a nítida impressão de que James Joyce perdeu algum tipo de aposta e se viu obrigado a escrever aquilo.
Prefiro pensar assim a pensar que tenha sido algo intencional.
***
Também creio que não tenha sido um bom momento para iniciar esta leitura. Final de ano, época de festas, sei lá... a gente fica meio aéreo. Talvez por isso, meu espírito não estava preparado para as palavras do Sr. Joyce.
***
Fato é que não gostei, desde o início.
Achei totalmente desinteressante, fraco, pretensioso, beirando o ridículo. E me senti desinteressante, fraca, pretensiosa e ridícula quando terminei.
Eu lamento ter lido.
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Racestari 17/09/2018

Putz
A leitura é desafiadora, e li de forma pausada, sempre atentando às notas do final do livro e análises colhidas na rede. São infinitas nuances e a cultura do autor é assustadora.
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Ratinha de Biblioteca 02/03/2019

"Se você não leu Ulisses, seu nome é legião"...
A frase que usei como título dessa resenha pertence ao escritor brasileiro Sérgio Rodrigues. Realmente, não são muitos os que leram esse romance. Menos ainda os que o fizeram sem obrigação, como no meu caso, lendo apenas por entretenimento. É uma obra de difícil leitura, muito descritiva, com alusões (intertextualidade) à viagem realizada por Ulisses, da mitologia grega e outras obras da literatura mundial.
O enredo de "Ulisses" é a narração de um dia na vida de Leonard Bloom, Acontece que Leonard Bloom não é um personagem cativante, às vezes chega a ser vil e asqueroso e, em determinados momentos, temos a sensação de estarmos lendo sobre os sonhos ou as alucinações de alguém. Não me sinto mais inteligente por haver lido "Ulisses". Tenho certeza que aproveitaria melhor a leitura se, antes de lê-lo, tivesse lido mais sobre mitologia grega e clássicos da literatura mundial. Mas, enfim, meu nome não é mais "legião".
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Gabriel.Tesser 29/11/2019

Leitura eterna
Um clássico. O livro é difícil demais, a um nível tão alto quanto a miríade de histórias construídas por Shakespeare. Aliás, para ler essa belezinha você deveria começar por Hamlet, A Odisseia, Dublinenses e Retrato do artista quando jovem para ter um pouco de noção de como desfrutar do livro. Claro, só soube disso depois de acabar de ler as 1106 páginas de Ulysses. Disseram, também, que o livro não deve ser lido de cabo a rabo, coisa que não sabia. Contaram-me que celebram o Bloomsday (sempre no dia 16 de junho) na Irlanda, dedicado à leitura do livro em voz alta pelas ruas de Dublin, visitando os lugares aonde Bloom e Dedalus andaram. O livro é um marco na literatura, um divisor de águas. Nunca se esgotará, sempre terá algo a ser descoberto dentro do universo o qual Joyce criou. Cenas e pessoas de fato existiram, Bloom de fato existiu, existe e somos todos nós. Parte de nós, de nossos sonhos e desejos em nos tornarmos grandes heróis como Odisseu (Ulisses), mas que de fato somos normais, ansiosos, desastrados, divertidos e abobalhados esperando que o tempo nos consuma ao tutano. É uma homenagem ao homem comum, nosso espelho que torce, espreme aquele lasco de felicidade tão necessário, às vezes mendigado na expectativa de se obter um pouco de sustento. Ulysses faz analogia com A Odisseia, de Odisseu retornando a Ítaca; Leopoldo Bloom voltando para casa após um dia circulando pelas ruelas de Dublin expurgando um fluxo de pensamento frenético, com uma constante mudança de estilo de escrita.
Haverá sempre um retorno ao livro, pois é enigmático, lindamente escrito, complexo e elementar. Mal comecei a ler essa obra, acredito que me tomará uma vida para entendê-la e assim espero.
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Jé Cerqueira | @contudoeentretanto 14/04/2020

A experiencia de ler Ulysses
Ulysses é totalmente ligado ao poema épico de Homero, “Odisséia”. O que Joyce faz é uma releitura das características do poema, uma espécie de paródia no estilo de fluxo de consciência. Joyce vai espelhar em seu livro todos os episódios da história de Odisseu, os 10 anos que levou para voltar a Ítaca após a queda de Tróia. Bloom é o Ulisses de Dublin, que vai levar 1 dia inteiro de procrastinação para voltar para casa pois suspeita que sua esposa irá se encontrar com seu amante. Sendo assim, o livro TODO se passa em apenas um dia.

O autor também vai parodiar com muitos assuntos pertinentes a época em que o livro foi escrito, como por exemplo o antissemitismo que pairava no pré-guerra, as relações sociais, nacionalismo, adultério, sexualidade, intelectualidade, morte e claro, a narrativa.

É um livro com muita informação histórica, política e cultural. Além de algumas menções de acontecimentos ou personagens de outras obras do Joyce, como “Dublinenses” e “Retrato do artista quando jovem”. Sem contar que também é uma espécie de autobiografia parodiada. Joyce vai espelhar aqui acontecimentos de sua vida.

A narrativa do livro é totalmente inovadora, Joyce vai experimentar diversas formas linguísticas em torno do fluxo de consciência, vai colocar muitas referências históricas, intelectuais que deixam a leitura bem repleta mas ao mesmo tempo lenta.

Grande parte da minha dificuldade com fluxos de consciência, e principalmente em Ulysses é a ambientação das cenas. Estamos acostumados a ter descrições de ambientes de mão beijada, e neste livro isso não acontece. A ambientação é diferente, são apenas flashes do ambiente, e na grande maioria, andanças pelas ruas de Dublin com nomes dos locais e comércios. Só percebemos onde a personagem está depois de um bom tempo na cena.

O fluxo de consciência é presente em todo o livro e tem suas variações. O fluxo da vida a consciência e inconsciência da personagem e do livro, que também parece ser consciênte. Devido a isso, emoções, ações e ambientações estão todas entremeadas no texto ao mesmo tempo, necessitando de muita atenção pois qualquer detalhe pode passar batido, e na maioria das vezes esse detalhe vai fazer falta lá na frente.

Os diálogos são, na maioria das vezes jogados no texto, os assuntos não tinham um começo, sempre pegamos o bonde andando, pois o fluxo de consciência está em constante movimento. O enredo dos diálogos possuíam diversas referências, muitas delas eu não peguei, outras Joyce ironiza, tira um sarro do leitor, intelectualiza algo só para parodiar.

...

A RESENHA COMPLETA VOCÊ ENCONTRA NO BLOG

site: https://contudoeentretanto.com.br/resenha-ulysses-de-james-joyce/
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Bbortolotti 28/07/2020

Mais um feliz leitor a ter escalado o Everest da literatura
Sim, Ulysses é um grande desafio de leitura para quem está acostumado com romances mais convencionais, linguagem mais simples, personagens nem tão complexos. E mesmo comparado com grandes livros da literatura ocidental, Ulysses é difícil. Contudo, deixem essa fama de leitura impossível de lado. Impossível pra mim é eu, como leigo, ler os livros do Kant ou do Heidegger, isso sim. Mas Ulysses? É um romance, uma história e com uma trama relativamente simples: personagens circulando, interagindo, conversando, bebendo, transando, refletindo durante 18 horas na cidade de Dublin. É simples assim. A riqueza e a beleza do livro estão, no entanto, na linguagem revolucionária de Joyce. Justamente o ponto mais difícil do livro é também o mais fascinante. Se você está acostumado com diálogos, narrações em primeira ou terceira pessoa ou mesmo o famoso discurso indireto livre, prepare-se para uma experiência de leitura radical. Por vezes você vai se sentir num bar em Dublin com um pint de Guiness e várias vozes falando ao mesmo tempo, outras vezes você vai se perder em monólogos profundos e dissonantes, como o famoso capítulo de Molly Bloom, ou mesmo um flâneur caminhando e observando cotidianas ocorrendo simultaneamente pelas ruas de Dublin.

Dito isso, posso falar das minhas maiores dificuldades nesse tortuoso e prazeroso trajeto de Ulysses.
A primeira é a própria linguagem. Como Joyce a todo momento brinca com estilos, joga, experimenta, por vezes a leitura exige muito. Você está acostumado com uma forma de narrar e ele muda, muda de novo e de novo e de novo. Isso, para quem não está acostumado com romances modernistas ou obras mais vanguardistas, pode virar um grande empecilho para seguir no livro. Mas não se deixe abater, essa experiência mais blasé em alguns momentos da leitura é também algo que faz parte da própria simulação da experiência fragmentária da modernidade. Você vai se perder e se achar em vários momentos na Dublin de Joyce.

A segunda dificuldade e a mais árida pra mim foi a enorme quantidade de referências. Tenho certeza que há muitas coisas em Ulysses que só um irlandês que conheça a história do país vai conseguir pescar. Há também várias referências de livros, autores , e experimentações comlcom vários gêneros literários. Por fim, há várias citações, poemas e frases em outros idiomas. O Google pode ajudar, mas não se preocupe porque provavelmente você vai passar longe de entender todas as referências.

Há alguns outros desafios como o fato do livro ser longo, às vezes parecer monótono, mas não se engane, isso é algo bem tranquilo de superar. Insista.

Posso dizer com toda sinceridade que esse livro merece ser relido por mim. Parece ser um livro inesgotável e que sempre vai trazer várias novas percepções. Quem sabe posso relê-lo talvez num Bloomsday?
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Moises Celestino 13/08/2020

Revisão deste clássico...
Concordo integralmente que "Ulysses", como entretenimento literário é mesmo difícil de compreender e de ser lido até o fim. Confesso que já pensei também em abandonar a leitura, mas decidi ir até o final da mesma. Trata-se de paródia de altíssima complexidade, meticulosa e meramente figurativa. O autor simplesmente elaborou uma obra desafiadora adaptando a Odisseia de Homero, condensando a viagem aventurosa de Odisseu pelo mundo helênico no regresso da Guerra de Troia à ilha de que era rei, Ítaca, e onde havia ficado a sua esposa, a rainha Penélope. Cheguei à seguinte conclusão de que James Joyce criou um livro revolucionário no estilo e na concepção. Mas, só quero deixar bem claro aos amigos e amigas do Skoob que (ainda não leram o romance na íntegra) este "Ulysses", na minha modesta opinião, não é um livro adequado para quem queira iniciar na literatura.
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umafacasolamina 16/12/2020

"a vida é muitos dias. esse vai terminar."

li esse livro por Ele sim Ele meu namorado querido stephen dedalus te amo vida. eu já sabia que seria algo bem diferente de tudo que eu já tivesse lido na vida mas pelo amor de deus. entre fluxos de consciência e alucinações e narrações em primeira pessoa e contos e etc etc etc passei o dia mais longo da história da humanidade e confirmei que sim james joyce é deus.
ps faltou stephen dedalus precisava de mais
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Felipe Augusto 30/12/2020

Maravilhoso!!!
Acabando de ler esse clássico da literatura mundial.
Foi uma leitura muito difícil em um ano muito difícil, mas como foi bom conseguir terminar esse livro ainda este ano, tive muitas dificuldades e ler esse livro nem tanto pela quantidade de páginas que são 1112 pág mas pela complexidade foram 339 dias!!!! Mas é maravilhoso o livro não entendi muito do livro com certeza, terei que ler ele novamente mas é sensacional.
Teve momentos que pensei em abandonar a leitura ia ler outros livros mas depois voltava a ler novamente ele.
Fico feliz fechar minhas leituras este ano com essa épica história do James Joyce.
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HigorM 09/01/2021

"Aprendendo com Nabokov": sobre as perambulações sem rumo e pequenas aventuras em Dublin
Um dos pilares da Literatura, sendo o responsável por consolidar o romance modernista através do fluxo de consciência e de tantos outros métodos tidos como revolucionários e impublicáveis, Ulysses é um livro-base em toda e qualquer boa lista de clássicos da Literatura que se preze, logo, encará-lo é questão tempo.

O problema de Ulysses é que, além de figurar em tais listas, o tijolo de mais de 1000 páginas de James Joyce também é figura carimbada em listas temíveis e desencorajadoras, como Livros mais temíveis, mais difíceis, mais incompreensíveis de se ler, logo, a quantidade de pessoas que não leu Ulysses, mas conhece sua fama, é maior que a que leu e tem algo a pontuar de fato.

Contando em 18 episódios dentro de 3 capítulos - onde cada episódio possui uma técnica de escrita - um dia da vida de Leopold Bloom, o dia de junho de 1904, Ulysses ousa justamente quebrar as fronteiras da narração convencional para contar situações banais, corriqueiras e até monótonas, que fazem parte da vida de cada um de nós. Há momentos em que o personagem vai ao mercado, ou quando vai ao banheiro fazer cocô, ou ainda quando se masturba. Cenas nada emblemáticas, mas que certamente eram tratadas com indiferença pelos escritores, talvez com a ideia de que não há nada de novo ou interessante a se contar a partir daqueles prismas.

Então vem James Joyce, com o pensamento e mundo recém-saídos da Primeira Guerra Mundial, e linhas e pensamentos já se encaixando no que viria a ser a Segunda Guerra, mas não decide escrever sobre tal assunto, que seria o mais comum de se abordar na literatura, principalmente após a Segunda, mas inspirado pelo movimento dadaísta decide ir na contramão do comum e, depois de 7 anos e três países, Suíça, Itália e França, lança um livro que choca a todos justamente por fugir do convencional, do senso comum, mas que, na verdade, parodia e critica tudo o que vinha sendo produzido até então.

Não que relatos de guerra, como Soldados Rasos, ou ficções sobre, como Adeus às armas e Viagem ao fim da noite não sejam válidos; pelo contrário, pois têm seu espaço e respeito na literatura, mas é justamente o fato de ousar, andar na contramão, quebrar todas as barreiras da literatura que fazem com que Ulysses seja o que é de fato. Épico. Imponente. Um Senhor Livro.

Óbvio que há um preço a se pagar para apreciar tal livro. Assim como a escrita deste livro, a leitura é um experimento que nem todos entenderão ou sairão sequer satisfeitos. A jornada é árdua e muitos, a maioria, ficam no caminho, mas o preço de encarar as 1000 páginas e chegar ao fim é impagável.

Não é exagero quando dizem que Joyce recompensa cada esforço. Eu ri, me emocionei, fiquei com raiva, compadecido e frustrado com muitas situações apresentadas na mente de Bloom, mas não sou hipócrita de dizer que entendi tudo do livro. Devo ter entendido uma mísera migalha desse universo gigantesco e que, ao mesmo tempo, se limita a um microcosmo do centro de Dublin. E por conta da dificuldade de entender, eu me empolguei, me frustrei, fiquei indignado, desmotivado, cansado, em vários momentos, mas persisti e estou aqui dizendo que entendi quase nada, mas que adorei a experiência e que preciso fazer releituras. Mais de uma.

Temido por uns e adorado por outros, Ulysses ocupa o respeito que lhe é devido não por acaso. Caótico e intragável de maneira friamente calculada, mostra quando um verdadeiro autor tem a escrita e a literatura em suas mãos.

"Lendo Lições de Literatura" é um projeto baseado no livro 'Lições de Literatura', de Vladimir Nabokov, em que suas aulas da década de 1940 sobre os Grandes Mestres da Europa foram transcritas e compiladas. Para saber mais sobre a lista e conhecer os demais livros, acesse:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
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AndrA65 04/05/2021

Uma odisseia
Senti-me como em momentos de flashes ao final do livro. É como se o entendesse em fragmentos, mas sem conseguir significar o todo. Fora isso, a obra é intrigante, de certo ponto maravilhosa inclusive. Dito isso, agora vou atrás de um livro de comentários desta obra. Não queria contaminar minhas impressões com opinião de terceiros, mas agora que o terminei lerei mais sobre ela pela lupa de outros.
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Arruda 17/05/2021

Não desista.
Excepcional! Consegui ler na segunda tentativa e não me arrependo. Joyce foi um artista quando escreveu Ulysses. Cada capítulo usa estilos diferentes e alguns até inéditos. É necessário uma leitura prévia de Odisseia e de Hamley. Mesmo assim vai ser uma leitura difícil. O importante é não desistir. Já preciso de uma releitura.
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Ramalho 16/06/2021

Só leiam. Hilário!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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Chele 05/10/2021

Numa espécie de paródia da Odisseia de Homero, Joyce faz uma saga de dois personagens principais - Bloom e Dedalus - pela cidade de Dublin no início do século XX. Com teor autobiográfico Joyce põe a si mesmo em dois personagens diferentes dentro da mesma obra, só por esse fato já se tem uma ideia de tão denso que é o livro, muito difícil pra um primeiro contato com James, um erro crasso meu e provavelmente de muitos outros. É uma obra difícil, é inegável mas igualmente bela cheia de risos, lágrimas e raciocínio. E com um adendo fascinante cada capítulo do livro - são 18 no total, inspirado nos primeiros dezoito cantos da Odisseia - é escrito em um estilo e com referências culturais diferentes numa mistura insana que desafiam até os mais estudiosos pelo mundo até os dias de hoje.
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