Ulisses

Ulisses James Joyce




Resenhas - Ulisses


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ComTruise 12/05/2023

A Leopold, Stephen e Marion
Se Ulysses não vale a pena ser lido, a vida não vale a pena ser vivida. Uma experiência desafiadora e enriquecedora para amantes da Literatura. Mudou meu jeito de falar e escrever.
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Bia Pampuch 05/05/2023

O autor é realmente um gênio, mas eu não sou, então não entendi muito bem o livro :((( leitura complicada, acima da minha capacidade de compreensão. Daqui uns anos tentarei ler novamente.
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Ariadne 30/04/2023

Maravilhoso
Levei quase um ano lendo Ulysses e só posso dizer que valeu muito a pena. Com certeza não é um livro fácil, mas que vale muito o esforço porque você se sente recompensado ao final.

O livro é triste, engraçado, tedioso, estimulante e não nunca te deixa numa posição confortável como leitor porque, acredito, que Joyce realmente conhecia muito bem a estrutura normativa do romance tradicional e quis desconstruí-la para ver onde ela poderia chegar. Várias partes eu não entendia direito onde os personagens estavam, quem estava falando e onde Joyce queria chegar com tanta digressão, mas apenas siga lendo.

O monólogo de Molly ao final do livro talvez seja a coisa mais bem escrita da literatura mundial.
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Zuarete 13/01/2023

QuE LiVrO
Não poderia descrever o tão incrível é esse livro, claro que não entendi tudo teve muitas coisas que ficaram em aberto, mas o pouco que compreendi mudou drasticamente a minha visão sobre o mundo, os costumes e as pessoas.
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Daisy 02/01/2023

Esse é meu presente de natal: ter concluído Ulysses!
Eu já não gostava do Joyce quando eu disse sim! Isso é um fato, só tenho a dizer que nada mudou! KKK vivi um casamento tóxico KKK.
Todos que me acompanharam lendo esse livro sabem como sofri, como me irritava, e não é por causa das 1112 páginas, é por que Joyce é único em sua forma de compor, ele dá um nó no seu cérebro, muda sua forma de escrever 18 vezes durante o livro todo, é enfadonho ao relatar fatos corriqueiros, mas, tenho que tirar o chapéu, por que ele é um gênio! Só um gênio pra fazer leitores tentarem (alguns sem sucesso) durante 100 anos ler seu livro! Só um gênio pra fazer leitores durante 100 anos o amar e o odiar com tanta força, só sendo um gênio pra escrever 1112 páginas de 1 dia comum (16/06) da vida de um homem, que até parece comum ... Mas o Bloom não tem nada de comum... Através dele vemos nossa humanidade, tão frágil e tão forte de muitas formas, quebram-se muitos Tabus (estamos falando de um livro de 1922 senhores) conversa-se de tudo, e vc se pega chorando por não entender o que djanho esse homem tá falando kkk E ele estava falando da Odisseia, de Shakespeare, de divino masculino e feminino, de androginia, de pornografia, de criação, de racismo, de intolerância religiosa, e afinal, de tudo o mais que poderia um judeu que vive em uma Irlanda recém independente da Inglaterra poderia falar.
Eu tive de ler esse livro, apoiada por um guia (de outro curitibano, escritor, professor, mestre e doutor em linguística, Caetano Galindo) e por um grupo especial de amigas que fiz pouco antes da pandemia, e que não largo mais! (Esquece meninas, vão ter de me aturar pra sempre agora kkkk) sem esse suporte, já teria desistido no terceiro capítulo ?. E sim, esse livro foi um marco na minha carreira de leitora, e não indico a ninguém fazer igual, a não ser que vc tenha apreço por sofrimento ? por isso ele está aqui, marcando o meu Sim, e graças a Deus, o meu adeus. Mas um ciclo fechado em 2022. Daisy Bernacki 25/12/2022 - Curitiba - PR.
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cibelefrahm 25/12/2022

Ulisses é um livro que não é pra ser lido como uma história normal. Se for, a gente acaba achando simplesmente chato e/ou ruim, porque não segue um processo narrativo usual, algo que estamos acostumados. É um livro de experimentações de forma e linguagem, principalmente da metade pra frente.
Por esse motivo não gostei muito, porque complica demais, por vezes beirando o incompreensível e tornando a leitura densa. Só que é por esse mesmo motivo que também gostei dele, principalmente porque tive minha leitura mediada através de outros profissionais das letras. Muito do sentido de Ulisses foi trazido à tona por causa disso, apesar de que não podemos ler esperando tirar sentido de tudo.
O caso é que perceber quais são as experimentações faz com que se veja/leia a história sob outro prisma, tornando possível entender o caráter da suposta genialidade de James Joyce. Além disso, as três principais personagens são maravilhosamente humanas e bastante progressivas dentro do contexto em que vivem.
Para quem conhece Dublin, isso deve ser um ponto positivo extra, já que vai tornar possível reconhecer onde eles estão e para onde vão geograficamente - já que é justamente essa a premissa do livro, a odisseia pela qual passam durante aquele 16 para 17 de junho. Já esse espaço para mim não teve tanto impacto, porque li como uma ambientação somente, sem ter a visão do todo, numa primeira leitura.
Destaque para os episódios 10, 17 e 18.
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Jane 08/12/2022

Terminei
O que dizer desse livro. Sim, é complicado por causa da enorme quantidade de informações sobre a história da Irlanda, de Dublin, literatura, música, religião e pessoas ilustres que não conhecia, ou conhecia muito pouco.
Ainda tem a questão da variedade narrativa, cada capítulo tem uma, umas mais poéticas, musicais, outras que tem que reler para entender do que se fala, monólogos e fluxos de pensamentos.
Não digo que entendi tudo,mas consegui até achar momentos engraçados.
No fim, considero uma boa leitura, provocante.
Tem-se 3 personagens centrais: Stephen Dedalus, um jovem professor que tem uma relação conturbada com o pai e é atormentado pela morte da mãe. Um quase padre,quase médico ( estudante) e escritor. Sua jornada é em busca de um pai, mesmo que ele não saiba, precisa de alguém que o oriente, sem se meter em sua vida. Ele é um intelectual, cativante e que gosta de expor suas opiniões.
Leopold Bloom é responsável savel pelos anúncios do jornal, marido de Molly, pai de Milly e Rudy,filho que morreu com poucos dias de vida. Sua jornada é ficar a maior parte do tempo fora de casa para evitar a esposa que vai se encontrar com outro homem naquele dia. É um personagem que no início parece meio bobo, que não entende ser insultado ( judeu,🤬 #$%!& ),mas que vemos que ele só não gosta de confrontos, que tem seus defeitos e qualidades e que ao tentar ajudar Stephen, torna-se pai de um menino novamente, e revê sua vida e principalmente sua posição no casamento com Molly.
Molly Bloom só conhecemos de verdade no final. É uma mulher que deseja ser amada e que lhe demonstrem isso. Não se prende a rótulos e nem a sociedade.
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Mariinaisabel 04/11/2022

Adeus
Ulysse foi O livro de 2022 para mim e foi o elo de ligação em cada decisão que tomei e aos acontecimentos de cada etapa.
Mês a mês eu encarei Ulysses, dizendo para mim mesmo que  era só mais um livro, mas absolutamente, não.
Por vezes vi só um amontoado de palavras e frases sem sentido perdidas nas páginas até perceber que eram  simples pensamentos.
Pensamentos sobre cada micro momento do dia 16 de junho de 1904.
Os anseios, temores, amores, luto, fracasso, dúvida de cada personagem,  senti como se fossem os meus próprios.
Se eu devesse resumir em uma palavra essa leitura, seria experiência. Foi válida e grandiosa, mas foi isso. Não nos veremos mais Ulysses. Adeus.
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pagina_liter 29/09/2022

Adoro me propor desafios, e talvez ler Ulysses tenha sido um dos maiores desafios literários que me propus nos últimos tempos.
Acho que inicialmente senti vontade de lê-lo por ser um calhamaço (pois é, os calhamaços me atraem), mas de uns meses pra cá, lendo as revistas complementares que vêm na caixinha da TAG Livros, (nas entrevistas com os autores e curadores do mês) observei na categoria de livro abandonado, que muitos deles respondiam Ulysses. Achei aquilo incrível, tantos escritores terem abandonado o livro, e claro fiquei me perguntando: o que este livro tem para que tantas pessoas tenham medo, ou o abandonem.?
Esse foi o maior incentivo que eu tive para querer iniciar essa leitura.
E tenho que admitir, que apesar de ser uma pessoa com muito foco naquilo que realmente me interessa, passou pela minha cabeça algumas vezes abandoná-lo, o que não aconteceu devido a estar participando de uma leitura conjunta, principalmente, nossos debates divertidos de todas as quintas-feiras, que me trouxeram maior esclarecimento durante esses três meses de leitura.
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gabrieus 11/09/2022

Houve quem dissesse que qualquer pessoa com tinta, tempo e uma teimosia suficiente poderia escrever esse livro; discordo totalmente. Joyce foi um cientista antes de tudo, ele fez inúmeras descobertas e colocou todas aqui. Sobre o que eram essas descobertas? Sobre as deficiências da linguagem e nosso fracasso nas comunicações. Joyce também foi um artista, ao usar sua arte para criticar e debochar do heroísmo, do nacionalismo, do antissemitismo, do machismo, da monarquia, e, por fim, debochar do próprio deboche. Joyce navegou para dentro dos seres humanos para evidenciar nossa solidão e de como ela está ligada ao nosso lado poético. Por seu protagonista, Bloom, ele nos mostra o valor da empatia, o heroísmo que é conseguir ter orgulho de si mesmo que todos à volta o desprezem e a arma de defesa que é a imaginação (que o Joyce dizia que não tinha, mas que sua memória servia para os mesmos fins). Vemos aquilo que somos e Ulysses no mostra justamente isso; cada personagem enxerga a si e ao mundo de sua própria maneira, seja como um pesadelo, um sonho, ou um romance barato. Os meus episódios favoritos foram o Hades, Ciclope, Gado ao Sol, Ítaca e claro, Penélope com o atordoante monólogo da Molly. Porque Ulysses mata o romance? Porque é tido como um anti-romance? Só posso dizer minhas impressões; depois de 1000 páginas dum livro que foi até os limites da linguagem ele sempre se chocava com as mesmas barreiras: a insuficiência da língua para expressar o que sentimos. Talvez por isso muito do Ulysses não está escrito, só subentendido, onde nós, com nossa empatia, podemos acessar. É um livro extremamente engraçado, sensível e tocante. Leia o quanto antes! Foram dois meses maravilhosos para esse livro que pretendo reler várias vezes.
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Matt 27/07/2022

Mais que um livro difícil!
Ulisses? de James Joyce. Eis um livro que tem uma fama: a de ser dificílimo. ?É impossível de ler?; ?é muito complicado?; ?desisti no primeiro monólogo interno, no segundo fluxo de consciência?. O que não falam desse livro é o quanto ele é divertido e profundo. Não profundo pela dificuldade de suas narrativas, mas pela quantidade de humanidade que ele tem em suas personagens.
Pelo medo da leitura, fiz toda a peregrinação: Li Dublinenses, amei. Li ?O Retrato do Artista Quando Jovem?, amei e fiquei levemente perturbado pela história. Em seguida, não pude evitar ler Ulisses.
Ao longo de suas 787 páginas, a gente acompanha o dia 16 de junho de 1904 na vida de Leopold Bloom (o ?Ulisses? da Odisséia de Homero), e de Stephen Dedalus (O mesmo do ?Retrato do Artista??, aqui como uma bela analogia do Telêmaco do poema grego). Stephen, profundamente marcado pela morte recente da mãe e o conturbado relacionamento com o pai, Simon; Leopold, carregando as marcas do luto de seu filho, morto há 10 anos, aos 11 dias de vida, e o conturbado relacionamento com sua esposa Molly, que ele acredita estar tendo uma relação extraconjugal. Acompanhamos a jornada e os sentimentos dessas personagens durante aquela quinta-feira em Dublin. Suas emoções são explícitas, seus pensamentos detalhadamente redigidos e suas ações minuciosamente relatadas.
James Joyce dizia que esse é um livro para debruçar-se toda a vida. Thomas Mann disse que esse foi o romance para pôr um fim a todos os romances. O que eu posso dizer é que essa é uma obra que faz o leitor crescer, não somente na experiência da leitura, mas na sua percepção de mundo e humanidade; uma leitura que marca profundamente e alcança o âmago do ser, apenas sendo um espelho, às vezes embaçado, às vezes bem definido, diante o gênio do homem pós-moderno.
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Milena.Saleh 28/06/2022

Um livro incomum
O livro trata de Bloom e Dedalus, alternadamente narradores, e sua peregrinação por Dublin no dia 16/06/1904. Ocorrem de cenas comuns do cotidiano até alucinações bizarras e episódios sexuais inusitados nesse meio tempo. Há muitos pensamentos que intercalam com a maioria da narrativa. E há passagens em forma de poema.
Ulysses não é um livro a ser lido por diversão. É para os determinados. Não se entende o livro 100%; no meu caso, arriscaria 50. Mas nem tudo precisa ter explicação; há mistério em quase tudo. Há fluxos de pensamento abundantes que interrompem a história, que não é reposta depois. Há eventos que dão dicas de revelações que chegam só depois de 500 outras páginas. Nem tudo, ou quase nada, é o que parece. Alguns personagens nos inspiram amor e ódio. E tudo isso em somente um dia dentro da história.
Algumas recomendações aos aspirantes à leitura: leiam ilíada e odisseia antes, nem que uma versão resumida, para entender o rumo da peregrinação de Bloom; tenham algum conhecimento da obra de Shakespeare para entender as múltiplas referências; usem algum guia de Ulysses (existem vários no mercado), caso desejem compreensão completa e minuciosa de referências escondidas.
Para aqueles que, como eu, têm um objetivo com a leitura, nem que seja para conhecer um clássico, boa sorte; tentem não desistir na passagem da praia, que é onde todos desistem; e muita paciência.
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Fabiana.Caroline 08/04/2022

Comentários sem spoiler:)
Interessei-me por James Joyce na adolescência. Fui inventar de ler Ulysses quando ainda não tinha maturidade pra isso. O resultado foi uma leitura extremamente difícil e complexa. Pretendo reler. C:
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@thereader2408 04/04/2022

A odisseia do homem comum
Em fevereiro de 1922 o livro mais controverso, complexo e polêmico da história da literatura foi publicado. James Joyce fez questão de publicar seu livro na mesma data de seu aniversário de 40 anos e a editora "Shakespeare and Company" de Sylvia Beach foi a única que se arriscou a publicá-lo. Na época o livro foi banido em vários países por abordar temas considerados "impublicáveis" e até hoje tem fama de livro "difícil". E é um livro muito difícil.

Ulysses vale a pena? O livro é um baita desafio, e como desafios literários me atraem criei o "Mr. Bloom project", é a segunda vez que leio o livro e pretendo ler outras vezes, meu objetivo é um dia ler na língua original, até lá vou lendo e relendo e aprendendo um pouco mais sobre o "mito do homem comum" criado por Joyce como uma paródia de "A odisseia" de Homero.

Apesar das dificuldades do livro (talvez Finnegans Wake seja mais difícil e os dois foram escritos por Joyce), este é uma obra prima da literatura mundial. A comoção é tanta que há um dia especial para comemorar o livro, o "Bloomsday", onde milhares de pessoas do mundo inteiro se vestem como os personagens do livro, recitam passagens e circulam pelas ruas de Dublin fazendo o mesmo percurso de Leopold Bloom.

Apesar da aparente simplicidade do tema, não temhá nada simples em Ulysses, cada capítulo apresenta um estilo diferente e é o que torna o livro complicado. Todas as 900 páginas vão falar de apenas um dia na vida de Mr. Bloom, conhecemos sua esposa infiel, Molly, e Stephen Dedalus, alter ego do escritor, que aparece como protagonista do livro "O retrato do artista quando jovem". Em um dia vemos Mr. Bloom em casa, indo às compras, a um enterro, indo a um pub, a um teatro, um bordel...

O enredo é claramente uma sátira ao Ulysses de Homero que passa mais de 20 anos tentando voltar para sua fiel esposa. Já Ulysses de Joyce vai passar 18 horas do dia 16 de junho de 1904 peregrinando em Dublin evitando voltar para sua esposa infiel. Bloom é um judeu irlandês, um heroi profundamente humano, assim como todos nós, e se o livro é chato, engraçado, inteligente, sarcástico, curioso e frustrante é porque a vida também é assim.

@thereader2408
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