O Quinze

O Quinze Rachel de Queiroz
Shiko




Resenhas - O Quinze


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supostovictor 18/11/2024

Livrin véi triste
Refugiados climáticos sem o ?glamour? de ser chamado assim por um agência internacional. Um retrato literário sobre uma parte que enraíza as relações histórico-geográficas do meu país até hoje.
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ByRay.99 16/11/2024

O quinze
Um livro que nos mostra a dura realidade da seca através da visão e vida de Chico Bento e sua esposa , filhos e cunhada que se tornam retirantes na estrada pós serem dispensados da fazenda onde trabalhavam, Conceição que é professora, nunca casou e leva sua avó pra cidade, e Vicente primo de Conceição que mesmo mediante a seca decide seguir na fazenda cuidando de seu gado.
Leitura fluída que nos coloca a enxergar através da ótica de cada figura citada na narrativa sem nos deixar confusos, consegui identificar quando cada personagem estava narrando sua parte, e tem um final em aberto de certa forma que apesar de ter me deixado curiosa não deixou a leitura se tornar ruim pra mim.
Particularmente encontrei metáforas e descrições que achei muito bonitas e adoraria implementar no meu dia a dia quando expressando meu sentimento em relação a algumas coisas, pessoas ou situações. Adorei.
Conceição é uma figura/ mulher interessante e admirável, que ajuda personagens em sua trajetória e deixa a gente com um quentinho no coração.
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BArbara994 13/11/2024

Resistência
O Quinze, de Rachel de Queiroz, é aquele tipo de livro que pega a gente de jeito e faz pensar. A história se passa durante a grande seca de 1915, e a gente acompanha a luta de Chico Bento, um vaqueiro, e de sua família, tentando sobreviver com o pouco que resta. Do outro lado, tem a Conceição, uma professora que, mesmo vivendo na cidade, se preocupa em ajudar quem sofre no sertão. O jeito como Rachel conta tudo é muito real, dá pra sentir o sofrimento e a força do povo nordestino em cada página. Não tem nada de enfeite ou floreio; ela escreve como quem conhece de verdade essa realidade. É uma leitura intensa, que faz a gente pensar no que é ter esperança e coragem, mesmo quando tudo parece perdido.
Mari 13/11/2024minha estante
Quero muito ler esse, da autora só li Memorial de Maria Moura e amei. Foi uma jornada extraordinária




leiturasdaursula 11/11/2024

Um retrato real e sensível da seca no sertão
Publicado originalmente em 1930, O Quinze é o romance de estreia de Rachel de Queiroz, escrito aos 19 anos e inspirado na grande seca que assolou o Nordeste em 1915. A obra ganhou destaque pela visão autêntica da realidade nordestina e deu início a uma nova fase no regionalismo brasileiro, trazendo a literatura nordestina para o cenário nacional. Rachel de Queiroz (1910-2003), cearense, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, onde também conquistou o respeito como cronista, romancista e tradutora.
Rachel é admirada por seu estilo direto e poético, que parece dançar entre a força do cotidiano e a sutileza dos sentimentos. Diferente de autores que usam a seca como recurso para chocar, ela desenha as agruras do sertão com um toque humano, sensível e envolvente, sem recorrer à desgraça extrema.
Na história, acompanhamos a luta de Chico Bento e sua família, que, pobres e exaustos, enfrentam uma travessia hostil para fugir da seca, enquanto a jovem professora Conceição vive um conflito mais íntimo. Apaixonada por seu primo Vicente, um homem simples e dedicado às suas terras, Conceição se vê diante das diferenças de valores e interesses: ela é educada e sonha com um futuro na cidade, enquanto Vicente está enraizado no sertão. A avó de Conceição, por sua vez, reluta em deixar suas origens e acompanhar a neta para a cidade, temendo abandonar o lar mesmo diante do sofrimento da seca.
Rachel de Queiroz constrói uma narrativa em que as relações entre os personagens secam e se distanciam à medida que a paisagem também se torna árida, criando uma harmonia poética entre o enredo e o cenário que engrandece a história.
Tendo lido anteriormente Melhores crônicas, já conhecia o tom leve e perspicaz de Rachel, mas aqui percebo uma força particular. O Quinze não é uma história que se esgota no desespero. Ao contrário, é refrescante, juvenil até, pois a autora descreve a seca com a honestidade de quem a conhece, mas sem que o sofrimento ofusque o valor e a dignidade de seus personagens. Para mim, a obra é mais que um retrato: é um cântico sereno do Nordeste e de sua gente!
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Maria Hortência da Silva 07/11/2024

Brutal
O livro mostra uma realidade há muito conhecida pelos sertões nordestinos, a anos atrás com o período de seca que assolava e aterrorizava a vida dos que lá vivia.
Rachel fala sobre a pobreza, a fome, a seca, e a fé na melhora de condições e até mesmo na sobrevivência, que o sertanejo carregava durante esse período pré e pós seca, é triste de ler algumas partes.
Amei a história e a determinação que Rachel trouxe pra dar vida a Conceição, admirável.
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Terra 02/11/2024

?Pouco a pouco, porém, coma luz do dia que entrava pelas frinchas da camarinha, a névoa otimista foi-se adelgaçando, e se foi sumindo a onda aquecedora de entusiasmo; e o projeto ambicioso só lhe ficou, triste e aguda, a melancolia do desterro próximo"
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Elle07.xx 26/10/2024

Leiam por favooorrrr!
É um livro com uma narrativa triste, na qual Rachel busca descrever a realidade da seca nordestina e a cada momento e situação, você meio que se coloca no lugar das pessoas: Chico Bento e a família, Vicente, Conceição e Dona Inácia. A descrição rica em detalhes e sentimento, desde os cenários, um pouco da trajetória e dificuldades de Chico com a família, as dificuldades de Vicente ? As mortes... minha gente! ? Cada criançaaaa ??
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Maria9689 26/10/2024

1915 - A Morte que se transforma em Oceano
Rogam, fazem preces, para nada se ajoelham.

Em vão, aos santos não se é possível ouvir ou sequer enxergar o clamor daqueles que nada mais têm senão a secura do solo, a miséria da fome, a revolta dos céus.

Assolado pela seca nordestina, sem a menor reserva de destacamento, involucrado por uma fé vacilante, Chico Bento, antes impelido à despedir-se do seu posto de vaqueiro, parte em uma jornada de incertezas, em meio a aridez e fervor do solo nordestino, ao lado de Cordulina, sua esposa, e os seus pequenos e numerosos cinco filhos.

De forma contrastante, inserida também no núcleo basilar e principal da obra, Conceição, uma jovem professora de vinte e dois anos, com uma mente que foge dos padrões e conformismos sociais da época, consegue escapar dos males físicos e degradantes da seca. No entanto, sente na pele da alma duas importantes instâncias: a incompatibilidade entre ela e o seu amado primo Vicente, e a condição de sobrevida que a seca e a indiferença governamental reduz à existência humana.

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Rachel de Queiroz, apesar de não ter vivenciado na pele os efeitos mortíferos de 1915, conseguiu elucidar com maestria a dor e o sofrimento de um povo que necessitara abandonar a sua terra e sofrer os males de uma esperança ilusória.

"O Quinze" é uma obra direta, daquelas que não se repuxam em prolixidades inúteis, revelando, sob o manto da adversidade, o que há de mais sublime e pútrido no ser humano. É uma escrita que, hora ou outra, te fará suar o coração.

Chico Bento existiu. Talvez, quem sabe, não por tal nome, mas certamente por outros que, assim como ele, carregaram no corpo, na pele e, sobretudo, no coração, a aspereza do sol, a dor da fome, o desespero ansioso do fim.

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(Opinião - Contém Spoiler)

A primeira coisa que me veio a mente quando terminei a leitura e fechei o livro, foi: MAS E O CHICO BENTO?

Eram tantas perguntas e inconformidades que eu, no auge dos meus quase vinte e quatro anos, mais parecia uma interrogação berrante do que uma pessoa.

O que aconteceu com aquele pobre coitado? Conseguiu ele chegar a São Paulo com o que sobrara de sua família? Teria o homem enriquecido e dado a volta por cima?

Eu esperei com afinco uma conclusão sólida e fechada, numa ânsia de menina ingênua que, confesso, me é um pouco estranha. Então, meio que acordei e percebi que não estava lendo um conto de fadas.

Não seria isso o que o sofrimento traz? Dispersão. Incertezas. Perguntas que talvez nem o tempo faça caso de responder. Afinal, não foi exatamente isso que a suposta fuga de Pedro, filho de Cordulina e Chico Bento, trouxe ao casal?

Não se houveram de saber o que de fato aconteceu ao filho, assim como a nós, leitores, não foi nos dado o exato conhecimento do que aconteceu a eles. É caso de se achar e que se dane e vire a imaginação da nossa mente.

Uma hora, meio que por insensibilidade, outra por sensatez, penso que o melhor para eles é terem se achado mortos. Assim, não haveriam de sentir mais sede e fome. Na morte, não se há mais precisão de coisa alguma, pois tudo que é, não há.

"A morte que morro me cura".

Em outras, no entanto, acho e penso e imagino que Chico Bento conseguiu chegar na Terra da Garoa, que Cordulina está lá, atoa em risos com os seus filhos, gorda como costumava ser, ainda que atole no peito a dor de ter perdido dois dos seus meninos.

E o tão sonhado e clemente inverno, enfim...
floresceu entre eles.
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MarcosQz 21/10/2024

"deus nasceu para os ricos"
O Quinze é a grande obra de Rachel de Queiroz, é profunda, bruta, verdadeira, cruel, sem esperanças. Demorei tanto para ler a obra que não conseguia largar quando comecei, Rachel nos deu uma história que rasga nosso peito, nosso coração. É impossível sair ileso da leitura, em diversos trechos eu precisei respirar fundo tamanha a dor e angústia que sentia.
Rachel faz parte do panteão que se completa com Jorge Amado, Graciliano, José Lins e vários outros, trazendo uma história verdadeira do nordeste, a seca de 1915 que deixou tantos na miséria e mortos. Histórias reais de um povo que não desiste fácil de nada.
Sempre que leio um romance que aborda a vida e o tempo do nordeste eu volto ao passado, nas histórias dos meus avós e pais, dos meus tios e tias do sertão, consigo visualizar tudo tão claro que chega ser palpável.

A história de Vicente, Conceição, Chico Bento, Cordulina e todas as crianças presentes na obra não é nada ficcional, pode ser a história de qualquer pessoa que viveu e ainda vive no sertão do nordeste brasileiro, muitas coisas mudaram, melhoraram, mas ainda existem pessoas na mesma situação de miséria no nordeste mais profundo.
Ler e reler obras como esta é não esquecer do passado, é entender e conhecer as mazelas do nosso país.
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Larissa 20/10/2024

O quinze
Um clássico literário muito bomm. Amei a escrita da Raquel de Queiroz, o livro me prendeu muito e gostei muito disso. Enfim, um clássico brasileiro que vale super ler, pois traz algo histórico e que todos devem saber. 4 estrelas pois em algumas partes me "perdi" , mas foi culpa minha ?
Ju_allencar 20/10/2024minha estante
Livro incrível




La.izz 20/10/2024

Um dos favoritos
Um dos meus favoritos quando falo sobre os romances sociais. Afetivo, bem escrito, emocionante e envolvente. Um afago
Vitória Pereira 20/10/2024minha estante
Apesar de toda a miséria, adorei esse!




Nina Pina 19/10/2024

Tristeza no sertão
Meu primeiro contato com a autora Raquel de Queiroz.

O livro é inspirado na grande seca que atingiu o Ceará em 1915 ? por isso o título O Quinze

O livro conta todo o sofrimento do povo cearense, seca, fome e pobreza. Os que ficaram no sertão viram seu gado, suas roças morrem lentamente, os que partiram também sofreram horrores, se deslocando com filhos pequenos, passando fome ou morrendo na beira das estradas, fugindo da morte para encontrá-la no caminho.
Um livro muito triste.
Uma joia da literatura brasileira.
Minha personagem favorita foi a Conceição, uma mulher independente, amante dos livros do conhecimento.
Um clássico é sempre um clássico.
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Paula 18/10/2024

O Quinze
Publicado em 1930, quando Rachel de Queiroz tinha apenas dezenove anos, o romance ?O Quinze? retrata a seca ocorrida em 1915 no nordeste brasileiro, especificamente no Ceará. A narrativa se divide em dois núcleos de personagens. O primeiro encerra Conceição e sua família - na qual se destacam sua avó ?Mãe? Nácia e seu primo Vicente - e o segundo núcleo é composto pelo vaqueiro Chico Bento, sua esposa Cordulina e cinco filhos.
A escrita de Rachel de Queiroz é bastante concisa, direta e, ao mesmo tempo, delicada, além de transparecer muita maturidade para uma escritora tão jovem, em sua obra de estreia. Por se tratar de um romance curto, não pretendo entregar aqui todo o enredo, mas o leitor acompanha o deslocamento desses dois grupos e suas dificuldades no sofrível percurso de fuga da seca. Conceição é professora e realiza trabalhos voluntários nos chamados ?campos de concentração?, ou seja, campos organizados pelo governo, que fornece escassos mantimentos aos retirantes. No início de sua história, ela está de férias na casa de sua avó em Quixadá, tentando convencê-lá a morar com ela em Fortaleza. Chico Bento é vaqueiro em uma fazenda vizinha cuja dona decide soltar o gado e demitir os trabalhadores. Em certo ponto, as duas linhas narrativas se cruzam.
Excelente leitura!
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Lai Mile 15/10/2024

Gente,sinceramente mesmo,eu tava 0 expectativa pra essa leitura e meu Jesus,superou totalmente minhas expectativas. Simplesmente um livro que faz você viver o sofrimento de um povo,viver uma desigualdade social enorme,ver pessoas tomando decisões entre a cruz e a espada,pessoas sendo fortes em momentos onde já n faria sentido e uma fé inabalável. Que escrita bela,que história fascinante,que realidade sofrida! Chorei,fiquei sentida e com toda certeza é um livro que deixa a refletir muitas coisas. Rachel de Queiroz escreveu uma obra e tanto. Favoritado!
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Millena50 14/10/2024

Apesar de ser uma escrita antiga, mostra exatamente os dias atuais. A obra consegue transmitir milhares de sensações para o leitor. Há quem diga que a história retrata a seca, mas acredito que retrata muito mais que isso. Retrata a tristeza, a morte, a perda, a fome, a solidão, a tradição, o Brasil. O Brasil que muitos conhecem e poucos dão importância. A autora consegue passar por diversas situações de uma forma rápida, que me fez agradecer. Eu não conseguiria parar para sofrer todas as situações. É preciso ter maturidade e discernimento. É uma escrita muito tranquila, com capítulos curtos, facilitando ainda mais a compreensão e o fluxo de leitura.
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