balajaca 30/07/2024
Adote Árvores, Acabe Crianças
Um jogo honesto entre a coluna de Cultura e o jornal de escorrer sangue. Não se usariam classes abastadas para justificar violência, nem denunciar, mas incorporá-las, assim como fazem com tal 'ralé' ao falar da violência urbana, selvageria, para o encontro universal brasileiro na depravação e violência da época. Símbolos de um país absorto a tanto tempo em certa cordialidade notaria que ela se faria absolutamente pela carne, perante o revólver ou bordel.
A liberação sexual no Brasil levou não só o sexo, mas os escrúpulos do debate artístico brasileiro, e o autor se provou o que é sepago por cada palavra, dando, de certa forma, um produto dessa fervura violenta da sociedade. Por isso os contos soam baratos, cotidianos e jornalescos. Algumas partes lembram romances policiais, pela crueza com a cidade e protagonismo noir. Não é surpresa que tenha vendido (e se censurado) tanto.