Matheus Alves Carmo 26/04/2024
Instigante
"Pois frequentemente, quando algo precioso se perde, ao voltarmos a encontrá-lo, pode não ser mais o mesmo." (Pág. 94)
Cidades das Almas Perdidas, é o quinto livro da série "Os Instrumentos Mortais", e nos tras mais um capítulo da história de Clary no mundo dos Caçadores de Sombras. Aqui, acompanhamos sua busca incessantes por Jace, desaparecido após os acontecimentos de 'Cidade dos Anjos Caídos'.
"Não se deveria lembrar a última coisa dita a alguém antes de morrer?" (Pág. 94)
O paradeiro de Jace e sua ligação com Sebastian não demoram a ser revelados, abrindo espaço para mais desenvolvimento, e outras perguntas, como sobre o plano de Sebastian. A trama é bem conduzida, focada basicamente em dois núcleos principais (Clary-Jace-Sebastian, Alec-Magnus-Simon-Isabelle), e um terceiro grupo secundário (Maia-Jordan). A acho aqui é bem pouco presente, ganhando força apenas mais perto do final - coincidentemente, ou não, foi a mesma visao que tive de Príncipe Mecânico, que na ordem de lançamento veio logo antes desse.
"Meu coração é seu coração ? respondeu. ? Minhas mãos são suas mãos. " (Pág. 426)
O desenvolvimento de personagens de Clare continua ótimo. É muito legal conhecer a personalidade e evolução de cada um. Achei um pouco repetitiva algumas falas de Clary sobre como Jace está diferente - fica muito melhor quando essa diferença é mostrada na prática, o que acontece algumas vezes. Sebastian é um personagem obscuro, vemos um "desenvolvimento" nele, mas o quanto podemos acreditar em suas palavras?
Clary passa por muitos conflitos, apesar de continuar impulsiva, mas agora parece mais adaptada ao mundo dos Caçadores de Sombras.
Alec passa por um conflito interessante, que leva a uma certa consequência no final. Izzy, Simon e Magnus, também têm sua vez, assim como Maia e Jordan.
"[...] ? Ninguém a culpa.
? Isso nunca importa ? afirmou Alec. ? Não quando você se culpa." (Pág. 26)
Curto bastante a Lore desse universo, e aqui ela continua sendo expandida. Há um certo receio de que, na busca sempre pelo "maior e mais grandioso", a história se perca em seu propósito, mas, até aqui, tudo apresentado me pareceu coerente e plausível na maior parte do tempo.
Minha próxima leitura nesse universo será Princesa Mecânica, lançado após esse, e último livro da trilogia "As Peças Infernais". Aqui há muitos easter-eggs e referências à ess trilogia, que eu recomendo bastante a leitura.
"Como era possível se sentir destruida e feliz, simultaneamente?" (Pág. 185)