Mari Ribeiro @oqueamarile 18/03/2023Eu voltei pra casaReler esse livro foi uma mistura de quentinho no coração, com preguiça, dor e sofrimento, e nostalgia.
São muitos acontecimentos nesse último volume, mas apesar de amar a introdução dos novos personagens e conclusão de todos os arcos dos personagens de As Peças Infernais e da própria saga de Instrumentos, eu acho que poderia ter tirado umas 100 páginas.
O período todo em que eles passam em Idris até ir para o reino e o próprio período do reino demoníaco, foram partes beeeeem arrastadas para mim, tiveram momentos que me deram ansiedade porque parecia que eu lia lia lia e não acabava nunca.
Mas a Cassandra consegue me dar a nostalgia que eu sempre procuro quando pego o livro para reler, os momentos de perdas, foram tão tristes e dolorosos de ler como se fosse pela primeira vez e os momentos em que os Blackthornes e a Emma aparecem, meu Deus, que vontade de colocar todos em um potinho.
Eu concluí com essa releitura que eu não gosto do Sebastian como vilão, perto de Valentim, eu sinto que ele não tem um propósito, ele muda toda hora o que ele quer, e se tornar governante do Inferno, matar toda a humanidade e ter só demônios e um exército de "robôs" sem almas e livre arbítrio para governar?? Tipo, que? Que propósito burro. E depois mudar tudo só para ter Clary com ele para admirar seus "grandes feitos" e fazer ela escolher, salvando o resto do mundo e ficando no reino de Edom que não tem absolutamente nada pra fazer? Tédio. Misturado com uma obsessão louca ah lá Targeryen, G.R.R. corre aqui.
Mas que o "Saudações mestre" foi FODA no final, isso foi. CLARY, FINALMENTE mostrou algo, finalmente. Porque foram 5 livros panguando, que até a Emma de 12 anos lacrou em cima dela.
Mas tirando isso, eu amo todo o resto. Amo em quem o Jace se transformou, amo as histórias de conectando. Amo a declaração de Clary no epílogo. Sofro muito pelo destino de Simon, mas amo o que vem depois e o propósito que é dado a ele. Amo Alec e Magnus, amo rever a Tessa e poder sentir junto com ela muita saudade do Will, mas ao mesmo tempo sentir mil possibilidades pela frente com Jem. Amo conhecer o começo da Emma e saber quem ela vai se tornar depois.
O sentimento que fica é o mesmo que Catarina descreve para Magnus, passado e presente se reencontrando e é essa sensação que eu tenho em ler Cassie Clare, sinto que vivi 5 gerações de Caçadores de Sombras, não lembro dos mínimos detalhes, mas lembro do que importa e sinto saudade como se tudo fosse real. Eu amo isso, e valeu muito a pena reler tudo e voltar a ser a menina de 14 anos que eu fui quando descobri esse universo pela primeira vez.