Ressurreição

Ressurreição Leon Tolstói




Resenhas - Ressurreição


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Dora Aventureira 03/05/2022

Um livro que eu superestimei?
Esse livro, sinceramente, eu esperava algo a mais.
Tolstói é um dos meus escritores favoritos na literatura russa, talvez em razão disso eu tenha esperado mais.

O livro gira em torno de um romance frustrado.
Quando sua amada é condenada por um crime que, sinceramente, passou em branco para mim se ela cometeu ou não? mas enfim, com sua amada, Máslova, presa, Nekhliúdov tenta consertar o seu passado tão horrendo com ela.

Nos últimos capítulos, como em várias obras, Tolstói traz reflexões religiosas de seus personagens com o que condiz a história. Tirando essa reflexões, em vários outros capítulos ele traz vários pensamentos sociais e políticos, principalmente.

Não é um livro ruim, de forma alguma! Ele é muito bom, aliás. Porém, criei expectativas altas demais.
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Tiago Fachiano 28/04/2022

Sua plenitude
Tolstoi se encontrava em sua plenitude literária ao escrever Ressurreição. Quase no final da vida e lutando contra suas ambiguidades, o escritor revela todo o seu lado descrente, mas ao mesmo tempo buscando a fé na forma pura e cristalina.
O livro é escrito para ajudar uma tribo que estava sendo perseguida por sua religião. A divulgação do livro tem o intuito emigrar esse povo para liberdade e nesse contexto se encontra o personagem principal. Emergir da escuridão pelos atos. O que você fez no passado pode ser alterado no futuro e remediado? Questão principal do livro e todas as vertentes traz a tona genialidade do Tolstoi em criar personagens e linkar com sua vida real.
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Bribslucas 07/04/2022

Um clássico.
Sem dúvidas, um dos livros mais reflexivos que já li...saciou temporariamente e, ao mesmo tempo, alimentou a vontade de retornar aos clássicos.
Abarca pensamentos sobre diversos aspectos da sociedade, política, justiça.
Sobre a humanidade.
Embora parte de princípios também muito simples.

Magistral.
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Conça 04/03/2022

Minhas impressões, opniões e sentimentos?
Liev Nikoláievitch Tolstói nasceu no dia 28 de agosto de 1828 (9 de setembro, pelo calendário atual), em Iásnaia Poliana, propriedade rural de sua familia, na Rússia. Tinha três irmãos mais velhos e uma irmã mais nova: Nikolai, Serguei, Dmitri e Mária. Embora tivesse boas relações com todos eles, foi Nikolai quem lhe marcou mais profundamente o temperamento. De um lado, era seu modelo de homem, belo, elegante, forte e corajoso. De outro, estimulava sua imaginação, afirmando possuir um segredo capaz de instaurar no mundo uma nova Idade de Ouro, sem doenças, miséria e ódio, e na qual toda a humanidade seria feliz. Nikolai alegava ter gravado esse segredo num graveto verde, o qual enterrara numa ravina da flo resta de Zakaz.

Tolstói mais uma vez apresenta uma obra espetacular com uma abordagem sensível que lhe é bem peculiar. Confesso que, essa é uma das inúmeras razões pelo qual admiro esse autor que denota total empatia pelo figura humana.

Um romance profundo e surpreendente, posso afirmar que até polêmico pelas abordagens dos temas como: sistema prisional, política, religião, metafísica dentre outros?não só na época em que foi escrito como reverbera até os dias atuais.

O enredo dá início no tribunal para compor o júri que vai definir o futuro da prostituta chamada Máslova, acusada de roubar e envenenar um cliente. O príncipe Nekhliúdov reconhece os olhos da serva por quem, no passado, se apaixonou. Depois de seduzi-la e abandoná-la, ele agora se vê às voltas com a difícil decisão de incriminá-la ou salvá-la da sentença.

Com a narrativa na terceira pessoa, o narrador perspicaz nos apresenta a miríade de personagens que encontramos ao longo do romance, e, não se enganem, cada um vai deixar suas marcas ao serem relevados.

?Ao conhecer de perto as prisões e as paradas da viagem rumo ao local de deportação, Nekhliúdov se deu conta de que todos aqueles vícios que se desenvolviam entre os prisioneiros: a bebida, o jogo, a crueldade e todos os crimes terríveis cometidos por detentos, e até a antropofagia não eram acidentes, nem fenômenos de uma degeneração, de um tipo criminoso, de uma monstruosidade, como interpretavam sábios obtusos para agradar ao governo, mas sim a consequência inevitável do erro incompreensível segundo o qual umas pessoas podem castigar outras. Nekhliúdov via que a antropofagia não havia começado na taiga, mas sim nos ministérios, nas comissões e nos departamentos e apenas se concluía na taiga; que o seu cunhado, por exemplo, bem como todos os juízes e funcionários, desde o oficial de justiça até o ministro, nada tinham a ver com a justiça ou com o bem do povo, de que falavam, mas sim precisavam pura e simplesmente dos rublos que Ihes pagavam para fazer tudo aquilo que gerava tal degradação e sofrimento. Isso era completamente óbvio.?

A partir dessa leitura fui me aprofundando nessa cultura, ao mesmo tempo, é impossível não fazer um paralelo como a nossa cultura e a realidade desses temas nos tempos atuais. É importante salientar o quanto me causou impressões na força e determinação do personagem principal e, mais ainda, nos personagens revolucionários. E, definitivamente, Máslova pode se considerar uma heroína dessa trama fascinante.

E, por fim, recomendo a obra para todos que tem o desejo de descobrir e compreender um pouco mais do autor, da Rússia e do tema central sobre a justiça e a situação carcerária que brilhantemente Tolstói aborda.
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Jessé 16/02/2022

Meio decepcionado.
Eu li Anna Karienina em 2019, e naquele ano considerei esse livro a minha melhor segunda leitura do ano. Depois disso entrei em contato com novelas e contos do Tolstoi. Por tudo que já havia lido dele, cheguei em ressurreição com muito entusiasmo, mas acabei me decepcionando.

Esse livro é bem inferior aos outros trabalhos que tive contato, e teve momentos que fiquei em dúvida se Ressurreição tinha realmente sido escrito pelo Tolstoi. Sem falar que tinha horas que esse livro virava um dramalhão mexicano e exagerado difícil de engolir.

Outro ponto que me incomodou, foram as repetições infindáveis do escritor. Tinha horas que eu falava comigo: tá bom Tolstoi, eu já entendi que esse cara tá arrependido, ou qualquer coisa do tipo kkkkkk

E por último, o livro é extremamente cansativo. Anna Karienina tem praticamente o dobro de páginas, e em nenhum momento eu me cansei dele igual aconteceu com Ressurreição.

Valeu a experiência de leitura, mas nem tudo de um determinado escritor vai agradar não é mesmo. Mas também não vou ficar falando que amei só por se tratar de Tolstoi. Rsrs
Carolina.Gomes 22/09/2022minha estante
Eu ia ler, adiei. ????


Jessé 23/09/2022minha estante
Não faça isso pelo amor Deus!!! Kkkkkkkkkkkk

Lembre-se que nos divergimos sobre O idiota e O vento levou ?????


Carolina.Gomes 23/09/2022minha estante
KKKKKKKKKKK


Jessé 23/09/2022minha estante
A única coisa que aconselho, caso seja essa a sua edição, a ler a apresentação só depois de ter finalizado a história. Eu li a apresentação até a metade, e o Rubens Figueiredo me pareceu muito tendencioso. Deu a entender que ele queria que lêssemos o livro sobre o ponto de vista dele.




Haryadne.Moreto 23/01/2022

Eu amei todas as leituras de Tolstoi até hoje, mas esse não me prendeu. Terminei de ler pq estava na expectativa de mudar e eu amar a leitura.
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valentina 18/01/2022

muito bom livro, não é a leitura mais fácil do mundo, tanto pela história como pela linguagem, principalmente no começo, mas conforme a história avança e você se acostuma, tudo fica bem mais fluido. acredito que saber o contexto de escrita desse livro, das posições políticas e religiosas do autor também complementa muito a experiência de leitura, principalmente em relação à jornada de auto esclarecimento do protagonista e da conclusão que ele chega no final.
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Meury3 31/12/2021

Para a alma...
Ressureição, além de se tornar um dos meus livros preferidos, senão o preferido, tem sido meu livro de cabeceira - não paro de reler passagens dessa obra... É um convite humano a olhar o outro, pensar o sistema de justiça e seus atores, pensar sobre nós mesmos e como nos dispomos ao coletivo. É um convite a ser mais gente, em um mundo que tem sido, a cada dia mais, cruel..

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- Não se sabe o que é maior, aqui: a crueldade ou o absurdo. Mas parece que tanto uma coisa como a outra alcançaram o último grau.

- Centenas de milhares de pessoas, todos os anos, eram levadas ao mais alto grau de degradação e, quando estavam plenamente degradadas, eram postas em liberdade para espalhar, no meio de todo o povo, a degradação que assimilaram nas prisões.

- Quem dera conseguíssemos ver o tronco que está em nosso próprio olho, como seríamos melhores."
Maria 14/02/2022minha estante
Amei a resenha.


Meury3 14/02/2022minha estante
Obrigada! ???? Recomendo muito a leitura dessa obra maravilhosa!




Carol 05/12/2021

Impressões da Carol
Livro: Ressurreição {1899}
Autor: Liev Tolstói {Rússia, 1828-1910}
Tradução: Rubens Figueiredo
Editora: Companhia das Letras
448p.

Menos incensado do que "Guerra e Paz" e "Anna Kariênina", "Ressureição" é o último romance escrito por Tolstói. Livro inescapável para o leitor que se interessa pelo tema da Justiça.

O enredo é simples. Nekhliúdov, um homem rico, pertencente à aristocracia rural, se depara num Tribunal do Júri com Katiucha, antiga criada de suas tias, acusada de homicídio. Anos antes, o protagonista seduzira, engravidara e abandonara a moça que, sem alternativa, viu-se obrigada a uma vida promíscua. Começa, então, para Nekhliúdov, uma crise de consciência, motor para a mudança de vida, a ressurreição do título.

Em lugar de um quadro com centenas de personagens, descrições de paisagens que se prolongam por capítulos inteiros e digressões de todos os tipos, o narrador de "Ressurreição" é claro, direto ao ponto, dinâmico. Tolstói deseja passar uma mensagem ao leitor.

E que mensagem seria essa? A Justiça, da maneira como se apresentava na Rússia, em fins do século XIX, é apenas "um instrumento administrativo para a manutenção do estado de coisas vigente, vantajoso para a classe que detém o poder". p. 322

Nekhliúdov, ao enxergar a crueldade e o absurdo da máquina de moer gente que era o sistema penal russo, horroriza-se, "como pôde ficar sem perceber tudo isso antes, como outros podiam não perceber." p. 133?. É o mesmo horror que qualquer pessoa sã sente ao ver o sistema penal brasileiro.

No art. 59 do Código Penal, a pena tem dupla finalidade: punir e prevenir. Sabemos bem que crimes e quem são as pessoas punidas. E sabemos bem que a sociedade não está mais segura, nem melhor. Então, qual a saída?

Para Tolstói, a saída é calcada no cristianismo, no respeito, no amor ao próximo, na não-violência, na vida simples. "Delírio!", dirão alguns. Porém, não é delírio manter as políticas de encarceramento atuais quando, empiricamente, vemos seus resultados?

A boa literatura não nos traz respostas, mas nos impõe as questões certas. "Ressurreição" é um clássico, Tolstói ainda tem muito a nos dizer.? Lido com o pessoal do @litrussa.
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MarciaCannecchia 30/11/2021

Crítica social, do sistema judiciário e carcerário
Se não tivesse lido, não faria falta. Não me pegou.
Até a metade, estava me interessando. Do meio para o fim, o autor reforçou de várias formas os problemas do sistema judiciário, o carcerário e a sociedade. Ficou neste tema. Era sobre isso.
Não lembrarei com saudades, não.
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Nara 22/11/2021

Incrível como é atual
Extremamente necessário esse livro. Parece que nada mudou. A Rússia de Tolstoi e o nosso Brasil. Tudo muito parecido. Esse sistema prisional injusto, desumano, ineficaz. Impossível acreditar nele.
Livro perfeito. Amei o final.
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Eduardo Santos 19/11/2021

Aulas sobre o sistema carcerário russo como pano de fundo a dezenas de questionamentos filosóficos sobre a natureza humana.
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geo 25/09/2021

?que horror! não se sabe o que é maior, aqui: a crueldade ou o absurdo. mas parece que tanto uma coisa como outra alcançaram o último grau.? esse trecho praticamente resume o livro, que é maravilhoso! crítica muito necessária e traz boas reflexões
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Sabri 08/09/2021

Ressureição
Uma aula de empatia e humanidade. Todo jurista deveria ler esse livro. Já são quase 3 da manhã e não quero ficar escrevendo resenha. Hahaha leiam, vale a pena.
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