Elogio da Loucura

Elogio da Loucura Erasmo de Roterdã




Resenhas - Elogio da Loucura


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Rita663 16/02/2024

E o seria de nós sem a loucura?! Realmente um clássico atemporal. A ideia da loucura ser uma divindade é realmente genial, mas aos poucos me pareceu repetitivo e foi um pouco difícil de concluir
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Bernal 13/02/2024

Edição perfeita
Um ensaio satírico que conseguiu me prender do começo ao fim. Essa edição incrível ajudou ainda mais, com uma excelente tradução e apresentação que nos contextualiza bastante sobre a obra, inclusive a respeito dessa capa, a pintura ?Nau dos Loucos? de Bosch.

Resenha completa no IG @be.thereader
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Helolocabecademetal 27/01/2024

Ótimo! Uma sátira religiosa muito audaciosa.
Erasmo de Roterdã, foi certamente um homem muito inteligente e à frente de seu tempo.
A sua obra, elogio da loucura, está entre os limitados escritos conhecidos do autor.
O livro se dá na descrição da sua interlocutora: a loucura. É mulher? É homem? Bicho? Bom, não sabemos; afinal, ela é a loucura! Uma doce ilusão que livra os homens dos dissabores mundanos. A loucura deu a ignorância aos homens para fazerem bom uso, ao passo que a ignorância é uma natureza do humano e também uma dádiva. Por que os sábios e intelectuais são tão loucos, mais loucos até que a própria loucura? A resposta pode ser resumida: como já dito, a ignorância é da natureza humana, e, quando um homem quer se apropriar de tais artes, não passa de um homem solitário e insuportável que quer ser mais Deus que Deus.
O que seríamos sem ela? Nada, o mundo seria um grande e vasto deserto. Não conseguiríamos formar matrimônios e muito menos amizades, até porque ambos são compostos por pessoas que têm "loucuras em comum", por assim dizer.
Erasmo, também centra a sátira aos religiosos e teólogos escolásticos ao argumentar que Jesus ficaria decepcionado ao ver monges e Padres que se gabam pelos seus feitos em terra, não obedecendo a principal regra do grande salvador: a caridade
Deixando a sua interlocutora de lado, o filósofo faz uma dura objeção aos religiosos da época: "Em verdade, eles não pensam que os mais funestos inimigos da Igreja são os maus papas que, por seu silêncio, fazem Jesus Cristo ser esquecido, que traficam vergonhosamente com suas graças, corrompem sua doutrina por interpretações forçadas e a destróem inteiramente pelo exemplo contagioso de seus desregramentos abomináveis."
Enfim, a loucura está em tudo, em todos nós! Somos todos loucos! Viva à loucura!
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carolayne.p 26/01/2024

Não é estritamente sobre loucura
Confesso que senti dificuldade logo nas primeiras páginas, mas foi só questão de me habituar a escrita e posso afirmar que esse é um baita livro!

não, esse livro não é diretamente sobre a loucura, mas o autor trás uma crítica permeada por ironias aos poderosos da época. nada passou batido por ele, indo de advogados a igreja católica.

não poderia concordar mais com a crítica jeito a igreja. ele foi cirúrgico ao dizer que a igreja prega hoje tudo, menos o evangelho puro de Jesus e isso é um fato! foi um fato na época dele e é um fato nos dias de hoje. a igreja católica é uma instituição puramente disciplinadora e capitalista, deixando os ensinamentos de Jesus, como a caridade, de lado em prol de dinheiro e de um padrão supostamente exigido pelo Salvador.

padrão esse totalmente irrealista. Jesus acolhia e acolhe os mais favorecidos, os que são apedrejados, as escórias da sociedade, enquanto a igreja os condena ao inferno. contraditório, não? a crítica do autor se baseou nesse fundamento e foi certeiro com meu pensamento frente a instituição.

um belo livro para nós fazer pensar e repensar certas coisas e alguns caminhos que acreditamos ser o certo.
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isabel179 30/12/2023

Sátira social
Esse é o tipo de livro que faz a gente dar risada enquanto pensa sobre as coisas sérias da vida. Erasmo, que era um cara esperto, criou esse livro meio que zoando com a sociedade e cutucando a galera lá do século XVI. Ele inventou a figura da Loucura como uma espécie de personagem maluquinha que faz um discurso debochado, falando que é melhor ser um pouquinho louco do que levar a vida muito a sério. Tipo, ela zoa todo mundo: dos políticos até os intelectuais, passando pelos religiosos. Ninguém escapa das piadas dela!
Erasmo critica as coisas que a sociedade achava super sérias na época, sabe? Tipo as hipocrisias da igreja e das autoridades. Ele fala sobre como, às vezes, a loucura (ou seja, não levar tudo tão a sério) pode ser uma forma de escapar das coisas chatas da vida.
É como se fosse uma comédia filosófica, cheia de ironia e sacadas geniais, que faz a gente pensar sobre como a sociedade é meio maluca mesmo. É tipo um tapinha nas costas pra dizer: "Relaxa, todo mundo tá um pouquinho louco nesse mundo, então que tal aproveitar essa loucura de vez em quando?" É filosofia com bom humor, daquelas que fazem a gente rir e pensar ao mesmo tempo!
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Anna 11/12/2023

Do meio pro final foi ficando muito chato.
vale a pena, muitas reflexões, mas a escrita definitivamente não é fluida!!!
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perdos 17/11/2023

Esse livro não é sobre a loucura
Erasmo simplesmente usa a "deusa Loucura" como uma máscara bem fraca, artificial e extremamente vaga para ele próprio criticar, principalmente mas não apenas, a teologia, a filosofia e a Igreja católica. Se as críticas fossem mais desenvolvidas e não usassem esse instrumento ensaístico da Loucura para defender seus argumentos, quem sabe seu ponto não seria menos tedioso. Eu esperava um estudo sobre a loucura (claro que não um estudo psicanalítico), mas o que há é apenas uma chatíssima e longa sátira ? que tem sim sua importância, principalmente no século XVI, mas que faz parecer que o Erasmo teve preguiça de sustentar seus argumentos e, para fazer valer seus pontos, simplesmente invocou uma personagem que diz estar presente no mundo inteiro e é posta como central para se entender as críticas presentes no livro.
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Marcos774 17/11/2023

Obra de 1511, onde Desidério Erasmo, chamado Erasmo de Roterda, com ironia denuncia a ingratidão, a hipocrisia e a intolerância. Critica ainda as religiões cristãs. Texto atualissimo, pois os problemas ainda são os mesmos neste início de século 21.
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Marcelo 04/10/2023

Leitura Difícil
O texto é carregado de ironia, sarcasmo e muitas críticas que o autor direcionou aos poderosos da época. Não perdoou as autoridades da igreja e nem a nobreza. O que tornou a leitura não tão prazerosa foi a dificuldade com o vocabulário e a grande quantidade de citações e notas explicativas. Isso quebrava constantemente o ritmo devido a constante necessidade de consultar o dicionário e notas explicativas. Ainda sim valeu muito, talvez uma releitura em outro momento seja o mais adequado.
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Marcelo 11/09/2023

Insano.
Livro mais que espetacular. Sim, uma loucura, ele divaga entre mitologia grega, e outras situações, quando não, está em uma vertente totalmente surpreendente. Recomendo a degustação.
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skuser02844 23/08/2023

pensamento ótimo pra época
o livro começa e termina muito bem, e passa por várias parte do mundo e da sociedade aplicando a loucura nelas. o meio é ligeiramente enrolado e repetitivo, mas quando vai se aproximando do fim e começa a falar sobre a igreja, nossa senhora, incrível. depois de ler essetanto de coisa, na hora que eu passar na frente da igreja eu queimo KSJAKJSK

o livro é cheio de frases impecáveis, mas essa em específico é extraordinária:

"Como a igreja cristã foi fundada pelo sangue, confirmada pelo sangue, dilatada pelo sangue, eles continuam a derramá-lo, como se Cristo não soubesse defender os seus à sua maneira."
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Paloma55 12/08/2023

Gostei mas não sei se muito
Eu gostei do jeito dela, mas ao mesmo tempo não, críticas muito bem sinalizadas PRINCIPALMENTE p época em que foi escrito
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Giovanna1920 26/07/2023

Muito bom!
É literalmente a personificação da loucura elogiando a si mesma, é bem interessante a visão dela sobre os sábios e sobre a razão. Além disso, a personagem crítica quase tudo no mundo. Então se você gosta de ver falas polêmica, esse é o livro certo para você.

?É um grande prazer ser louco quando se deseja sê-lo. Em outro lugar,diz preferir parecer estranho e ignorante a parecer sábio e furioso.?

?Santo Deus! Que é ,afinal, a vida humana? Como é miserável, como é sórdido o nascimento! Como é penosa a educação! A quantos males esta exposta a infância! Como é grave a velhice! Como é dura a necessidade da morte!?
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Quel Heloise 17/06/2023

O Ápice da Ironia!
Nesse que é considerado um dos grandes clássicos da literatura universal, temos como protagonista , ninguém menos que a própria Loucura. Munida de grandes habilidades argumentativas se vale da oportunidade para autoelogiar-se e destacar sua fundamental importância à vida humana. Como sobreviveriam as instituições humanas sem uma boa dose de Loucura? O casamento, as amizades, as relações de trabalho, tudo estaria fadado à ruína da racionalização extrema de uma realidade insustentável sem os favores da irreflexão, da filáucia, da adulação. Só a loucura em todo seu esplendor permitiria aos homens aceitar o inaceitável, suportar o insuportável e ainda maquiar de beleza e riso as mazelas da existência. Em toda sua inconsequente coragem "sincericida" a Loucura expõe clara e satiricamente a hipocrisia religiosa de seu tempo e o afastamento da Igreja predominante da pureza dos valores cristãos originais. Aproveitando-se da palavra, a Loucura opõe-se veementemente ao obscurantismo e denuncia os abusos egoístas do poder religioso e político que privilegia interesses particulares a despeito do bem comum. Diante de toda incoerência humana, a Loucura permite aos homens a alegria, os prazeres e os bons vínculos. E ela própria se diverte em uma ode a si mesma, admitindo que "a vida humana nada mais é que um brinquedo da Loucura" e finalmente se despede com um conselho paradoxalmente sensato: Aplaudi, bebei, vivei, ilustres iniciados da Loucura!
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GioMAS 30/05/2023

Para aprender a gostar de filosofia - A Sátira do Humanismo
Sabe um livro que dá gosto de ler?

Posso afirmar com convicção que "Elogio da Loucura" reúne todas as características de uma obra cult, com as pompas e circunstâncias da literatura intelectual, filosófica, sem perder o bom humor.

O autor, teólogo e filósofo humanista, por meio da personificação mitológica da loucura, desenvolve um monólogo satírico, abordando, em uma única "pegada", as características mais pungentes do movimento historico-cultural situado na transição da Idade Média para a Idade Moderna - movimento designado, principalmente nas esferas da arte e filosofia, como humanismo renascentista.

Assim, sob a perspectiva da Loucura, representada como divindade mitológica, solidária e, na mesma medida, aversa aos dramas humanos, o autor nos envolve em debates sobre a hegemonia da Igreja Católica, a relação com a espiritualidade, política, arte e filosofia, traçando, de forma descontraída, os contornos do cientificismo e racionalismo.

Como não poderia deixar de ser, há extensa reflexão sobre a sociedade e a condição humana. O homem, como elemento central do discurso, é avaliado por sua conduta, caráter e posicionamento. A Loucura, enquanto testemunha das dinâmicas sociais e oradora, compreende o indivíduo como agente ativo, autônomo, responsável por seus atos, ilustrando, assim, a ruptura com o autoritarismo religioso e a influência da Igreja Católica na construção da identidade.

A Loucura, inclusive, engrandece a liberdade em todas as suas acepções, opondo-se veementemente à utilização dos dogmas religiosos como subterfúgio para dominação e violência. Aos adeptos desta prática, chama de hipócritas, pedantes, cegos pelo véu da falsa sabedoria e soberba.

Nesse ponto, a obra retrata com excelência o resgate da mitologia grega e romana, decorrente da conversão da visão teocentrista para a antropocentrista. A mitologia pagã, mesclada com a arte, permitia a exaltação das emoções humanas, suas imperfeições, vícios, paixões excessos e decadência, contrapondo-se à rigidez das produções artísticas cristãs.

O ensaio aborda a temática de forma extensa, valendo-se de inúmeras referências à literatura greco-romana, ironizando as mazelas dos deuses e dos homens, ambos absortos em vaidades e devaneios dos mais diversos.

Desnecessário frisar a importância da obra para a Reforma Protestante. Irrelevante, também, mencionar as críticas ao Clero, não é mesmo?Tampouco me ocuparei com digressões sobre os monarcas, fidalgos, comerciantes, advogados, mulheres e o tragicômico papel que, aos olhos da Loucura, eles interpretam. Não! Esses são aspectos já muito explorados e evidentes - não que os demais não sejam. A verdade é que qualquer temática se mostra interessante e inovadora para os leigos, assim como eu. Podendo, por outro lado, soar como infindável ladainha - mais do mesmo - aos cultos. De toda forma, prefiro me ocupar de outro debate.

Por mera satisfação pessoal e petulância, adentrarei em uma análise narrativa que certamente não tenho competência ou conteúdo para travar - desculpem-me os filósofos, mas essa é a beleza das redes sociais, falar com muita convicção e nenhuma erudição. Sim, aceito de bom grado críticas e correções (coragem? Talvez. Arrogância, jamais).

Apesar da manifesta oposição à retórica, o autor utiliza-se de técnicas discursivas para formação do convencimento. Pode-se dizer que a capacidade persuasiva da narradora provém de sua credibilidade, diga-se, inquestionável, eis que dotada de autoridade divina e onisciente.

Além disso, há forte apelo às emoções, crenças profundamente arraigadas e motivações subjetivas, estimuladas, em geral, por enunciados abstratos e, simultaneamente, sensíveis ao interlocur, como a infância, velhice, romances, beleza, ódio etc. Basta identificar pontos comuns, apelo ao inconsciente e pronto, está feito, estreitaram-se os vínculos entre leitor e orador.

Em sequência, são apresentados fatos, verdades universais, conceitos racionais capazes de amparar a conclusão que se pretende. O leitor é conduzido para o desfecho - que lhe parece - óbvio.

Tem-se, portanto, os três pilares fundamentais da retórica de Aristóteles, ethos, pathos e logos, em outras palavras, ética (caráter), emoção e lógica. Veja se não é o triângulo retórico?

Erasmo nos presenteia, ainda, com metáforas, analogias, perguntas retóricas, refutação e exagero (ironia carregada). Um mestre da retórica, não se pode negar.

Calma, eu sei. Ao refutar a retórica, o autor se refere à técnica sofista, descompromissada com a verdade, ou seja, a manifestação da "sabedoria (sapientia) aparente mas não real?, utilizada tão somente para favorecer o orador. Não diz respeito, evidentemente, ao discurso filosófico, voltado para a verdade objetiva e absoluta.

Será?

Estaríamos diante do teólogo ou da Deusa Loucura?

A Loucura estaria mais inclinada à retórica oportunista e charlatã ou adotaria postura sóbria e responsável?

Minerva - talvez - seja capaz de nos responder.

"Quanto a mim, deixo que os outros julguem a minha tagarelice; mas, se o meu amor próprio não deixar que eu o perceba, contentar-me-ei de ter elogiado a Loucura sem estar inteiramente louco."
(Erasmo de Roterdã).

Por fim e finalmente, rsrs, fico com a alegria e jovialidade dos loucos. Deixemos para os sábios a hipocrisia e vaidade.
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