Elogio da Loucura

Elogio da Loucura Erasmo de Roterdã




Resenhas - Elogio da Loucura


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Fabimaias 19/06/2021

A Loucura crítica e irônica
Inacreditalvemente escrito em 1509 e narrado por ela, a Loucura (com L máiusculo mesmo) simples, direta, reta, nada fofa, sedutora e cativante.
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Gabi 16/06/2021

Racionalmente louco
O livro é um discurso da própria loucura divagando sobre seus adeptos. Uma crítica muito afiada, sobretudo aos políticos e aos religiosos, garante boas risadas num humor sarcástico. Senti falta de um grupo de estudos durante a leitura desse livro, que com certeza acrescentaria um bocado.
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Brenoarf 26/05/2021

‘’Contentar-me-ei de ter elogiado a loucura sem estar inteiramente louco.’’
Irônico e objetivo, Erasmo de Rotterdam, exímio teólogo e humanista, estabelece uma crítica cirúrgica à Igreja do século XVI, asfaltando esse percurso mediante uma certa “ridicularização” dos ditos sábios e filósofos da Antiguidade Clássica. Na obra, é estruturado um auto-elogio por meio do qual Erasmo assume a voz da loucura e passa a “desfazer” a sociedade de modo a explicar os mecanismos em que o desvairar se faz presente enquanto uma dinâmica vinculada às ocasiões, atitudes, vivências e profissões de uma forma geral. Sob essa ótica, não há como negar a excelência com a qual o autor transcendeu a rasa definição gramatical do termo loucura, pois, para além da ideia de “insanidade mental”, ele trata a loucura de uma forma externa ao homem, de tal maneira que o homem só será louco se desejar ser. Nessa sátira, a "Deusa da Loucura", divindade metaforicamente responsável pelos maus comportamentos humanos, se auto elogia por ser a única forma de fazer o homem sentir-se bem perante seus atos que afrontam as demais divindades. Aqui, a loucura é a verdade, é responsável pela perpetuação da espécie, pois, para viver como homem, é preciso abster-se de sabedoria. Engana-se quem acredita que o que nos torna humanos é a racionalidade, a sabedoria em sua versão dicionarizada... o que nos faz humanos é a Loucura. A alegria é preenchida pela incompreensão, não há razão que a define, que a limite. Quando isso ocorre, ela logo escapa! O bem-estar, a felicidade e, até mesmo, a verdadeira sabedoria, quando significados apenas na ideia limitada de razão, fazem com que passemos o restante da vida atrás daquilo que sempre está nos escapando na medida em que a encontramos, definimos, limitamos. Entender ‘’Elogio da Loucura’’ é entender a essência da Reforma Protestante, é conceber um esclarecimento acerca da ruptura religiosa com a educação, a política e ciência, é ter contato com uma perspectiva atemporal do aspecto moralista e hipócrita da idade média e do Renascimento. Uma obra excelente, contemporânea em narrativa e essencial a todos que almejam compreender a loucura como um patrimônio universal da humanidade necessário à vida e à felicidade dos mortais.
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Vitoria Caroline 18/04/2021

Por mais que seja um livro certamente antigo, ele possui a sua clareza e atualidade, consegue tratar vários pontos importantes de forma sútil, de certa forma sarcástico e irônico.
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N4te 09/04/2021

Insuportável!!
Eu estava procurnadonum livro para para experimentar uma leitura nova. Estava em busca de um clássico da literatura internacional, e nunca me senti tão arrependido de ter começo por esse.
Não estou dizendo que o exemplar é ruim, mas que simplesmente não funcionou para mim. Em muitos momento eu me senti completamente perdido, apesar de no começo eu ter começado a me interessar pelas falar.
Sem contar o fato de ser uma leitura antiga, e ter palavras difíceis, isso foi o que menos me incomodou nele.
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Daniel.Nery 01/04/2021

Atualíssimo
Como um livro escrito no início do século XVI pode ser tão atual? Afinal quem nunca viu nas redes aqueles que bancam os sábios, limpinhos e cheios de virtude? Ainda bem que a loucura nos ensinou a verdade e nos mostrou o abismo entre a realidade, o que somos e aquilo que forjamos, o que parecemos ser!
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Dessa 06/03/2021

Sobre loucura
Recomendo esse livro pra quem quiser aprofundar em estudos sobre a loucura.
Uma literatura antiga, mas atual!
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DihMoraes 22/02/2021

Com a voz, a Loucura.
A obra Elogio da Loucura de Erasmo de Rotterdam é uma das principais obras do período renascentista, período este em que se tem uma valorização da Antiguidade Clássica partindo sobretudo da máxima de Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas, das que são enquanto são e das que não são enquanto não são.".
Buscando colocar o homem como centro do universo - Antropocentrismo - o movimento humanista pretendia através da sabedoria grega projetar na sociedade os ideais de arte, de política, de filosofia, dentre outras coisas. Erasmo, como um humanista cristão tendo se debruçado durante muito tempo sobre os manuscritos escolásticos (corrente filosófica que buscava uma conciliação entre as obras de Aristóteles e a doutrina cristã) além de estudar os dogmas pregados pela igreja católica percebeu que as ações feitas tanto pela igreja quanto pelos nobres não condiziam com os princípios da fé e da caridade pregada por Jesus.
Desse modo, passou a criticar de modo feroz a conduta da igreja e dos filósofos (sábios) que buscavam fascinar o povo através de belos discursos, ou seja, faziam muito uso da retórica, gramática e dialética (o trivium) enquanto enchiam o bolso das ofertas e do dízimo que o povo dava.
Assim, em sua obra Elogio da Loucura Erasmo dá voz a própria Loucura, que se autoelogia partindo do seguinte provérbio: Se não tens quem te elogies é bom que elogies a ti próprio. Só então essa deusa, a Loucura começa a discursar sobre a extensão dos domínios de seu poder, alegando que até mesmo Zeus não escapa de suas influências quando precisa se metamorfosear em animais para seduzir mulheres mortais. A Loucura afirma que os loucos são mais felizes do que os sábios, pois os últimos por viverem com a cabeça nos livros mal percebem o quanto envelhecem e o quanto tristonhos ficam. Ao contrário de seus loucos que gozam sempre de uma felicidade estável e de uma eterna juventude. Com relação a igreja, a Loucura expõe em formas de pilherias as más ações dos papas e dos padres.
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Ana Elisa Dotta Maddalozzo 14/02/2021

Resenha Elogio da Loucura
Você já se imaginou lendo um livro escrito sob o ponto de vista da loucura? Essa é a premissa inédita explorada pelo teólogo e filósofo Erasmo de Rotterdam em 1509.

Essa obra renascentista traz um autoelogio da loucura, que arma-se de cinismo e sátira para explicar como é indispensável a uma sociedade. O autor nos mostra que sua protagonista pode ser dividida em dois grupos distintos:

Loucura boa: aquela que gera uma doce ilusão capaz de libertar o espírito de suas árduas preocupações, levando o indivíduo a apreciar a vida em plenitude e com disposição. Além disso, ela é responsável por sermos capazes de amar alguém apesar de seus defeitos; traduz-se como uma cegueira necessária a todos aqueles que convivem em um meio social. O tempero da loucura ameniza o definhamento da vivacidade e nos permite arriscar.

Loucura má: é aqui que Erasmo destila sua crítica contra a nobreza e a igreja. Como exemplo dessa categoria, temos os homens que vão à guerra, mesmo sabendo que cada um dos lados sempre colhe desvantagens e prejuízos; ou as histórias mentirosas e infundadas, como aquelas propagadas por clérigos a respeito de falsos milagres, a fim de manipular as massas e prover benefícios próprios. Além disso, essa loucura está presente em quem, ao pagar o dízimo, acredita estar eximido de uma vida repleta de perjúrios, bebedeiras, assassinatos e traições.

Essa leitura foi bastante reflexiva e serviu como fonte de informação para diversas práticas deploráveis que ocorriam na época, que poucos autores possuíam a coragem de denunciar. Ademais, somos instigados a pensar sobre a “loucura boa”, que nos é essencial para termos uma jornada mais leve e feliz. Esse livro, embora escrito há séculos, continua mostrando-se extremamente atual em seus ensinamentos e em suas censuras.

“Dois obstáculos principais impedem o sucesso nos negócios: a hesitação que perturba a clareza de espírito e o medo que mostra o perigo e impede a ação. A Loucura livra-se deles com a maior facilidade, mas são poucos os que compreendem a imensa vantagem que há em jamais hesitar e a tudo ousar.”
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laura.leles 11/02/2021

Livro clássico, muito divertido, faz jus à fama. É uma abordagem criativa para as críticas de Erasmo à sociedade de seu tempo. Interessantíssimo para pensar o humanismo do século XVI, seus debates e características, que podem ser vistos durante toda a obra.
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Milena300 29/01/2021

O livro começou bom, fluiu bem até uns 35% depois começou a ficar rançoso e contraditório em algumas partes na minha opinião.

Fora essa questão parece ser um livro bem introdutório na filosofia, bom pra ser discutido.

Não sou letrada no assunto, mas gostei um pouco.
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Thay'OSF 27/01/2021

O tipo de livro que todo ser humano precisa ler. Mesmo sendo datado de 1511, tras temas tão atuais que chega ser inquietante. O autor aborda de forma satírica temas polemicos, principalmente de dentro da religiosidade da época, e nos faz pensar nos comportamentos e atitudes dos homens que são completamente destituídos de lógica e que podem ser considerados "loucos." Ele faz um critica tão bem feita aos estereótipos, mostrando como é algo baseado na loucura aceitar diversos comportamentos e paradigmas como algo normal e sábio, apenas porque é o que esta sendo disseminado na sociedade. Temas do cotidiano são abordados de forma crítica e nos leva a pensar com mais sabedoria nas atitudes que tomamos e aquilo que taxamos de "normal".
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