O Começo do Adeus

O Começo do Adeus Anne Tyler




Resenhas - O Começo do Adeus


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Ana Luiza 03/10/2012

É preciso dizer adeus
Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br

Aaron desenvolveu uma deficiência no braço e perna direita durante a infância, o que somado a uma pequena dificuldade na fala, fez com que ele fosse sempre muito mimado pela mãe e pela irmã. Na realidade, Aaron é mimado por muitas pessoas, colegas de trabalho, vizinhos, conhecidos, principalmente após a morte de sua esposa Dorothy, o que o irrita profundamente. Ele odeia depender de outras pessoas, ser considerado incapaz e até mesmo receber qualquer tipo de demasiada atenção, o que faz com ele seja extremante recluso, antissocial e até meio mal-humorado.
Aaron seguia sua vida normalmente, trabalhando na pequena editora da família e sempre tentando escapar de interações sociais desnecessárias. Ao procurar uma médica para ajudar em um dos livros da editora, Aaron conhece Dorothy, uma médica super dedicada ao trabalho e que, como ele, é bem antissocial. O que mais atrai Aaron para Dorothy é o fato dela não o mimar, e assim, em poucos meses eles se casam.
Quando Dorothy é atingida pela árvore que cai sobre a casa deles e falece alguns dias depois, Aaron tenta seguir em frente e superar a dor e a saudade da esposa. Mas, quase um ano depois, Dorothy começa a aparecer nos lugares mais inesperados e Aaron percebe que ele ainda sente muita falta dela e que ainda não superou sua morte.
“Talvez seja um caminho muito, mas muito longo a ser percorrido e, por isso, Dorothy tenha demorado aqueles meses todos para voltar. Ou talvez ela tivesse tentando ficar sem mim, como eu já tinha tentado ficar sem ela – para ‘superar’ minha perda, ‘fechar o ciclo’, ‘seguir em frente’ e todas aquelas frase ridículas que as pessoas usam quando incitam a suportar o insuportável. Mas, no final das contas, ela havia encarado o fato de que simplesmente sentíamos demais falta um do outro. Ela tinha desistido e voltado. Era nisso que eu queria acreditar.” (Pág. 12/13)
Enquanto tenta seguir a vida normalmente, mesmo que esteja vendo a esposa morta, Aaron acaba por voltar ao passado, relembrando muitos momentos com Dorothy, ele acaba descobrindo que não quer que a esposa parta novamente e que poderia ter feito muitas coisas diferentes.
“Eu costumava brincar com a ideia de que, ao morrermos, finalmente ficamos sabendo para que a vida serviu. Nunca imaginei que poderia descobrir isso quando outra pessoa morresse." (Pág. 162)

O Começo do Adeus é uma história simples, com uma pitada sobrenatural e de romance que traz um tema delicado, mas muito comum a todos: como se dizer “adeus” aos falecidos queridos, como “superar” a morte de pessoas próximas. Todo mundo, em algum momento da vida, vai passar pela mesma situação de Aaron. Não é fácil nos despedir de quem parte (em todos os sentidos), mas é necessário.
Anne Tyler criou uma história pouco complexa, mas que tem seu brilho e beleza. Além de ser fácil de ler, o livro cumpre seu papel de nos fazer refletir sobre um tema difícil, mas de forma leve e, acredite, sem nos fazer soltar uma lágrima.
Os personagens são simples e reais, mas possuem suas singularidades. Apesar de não me identificar com nenhum deles, consegui vê-los em pessoas que conheço. Aaron, como já disse, é extremante recluso, antissocial e até meio mal-humorado. Em alguns momentos tive vontade de xingá-lo pela sua completa falta de tato e sensibilidade, mas em outros momentos, fiquei com pena dele e entendi seu comportamento e sua dor. Dorothy se parece muito com Aaron, mas como o livro é narrado por ele, a vemos apenas pela visão dele, portanto é difícil saber realmente como ela é.
A editora, como sempre, fez um ótimo trabalho. A tradução está bem feita e o único erro que encontrei foi uma frase sem ponto final. A capa ficou bonita, mas não vi muita relação dela com o conteúdo do livro.
O Começo do Adeus é um livro bom de ler e por causa de sua temática, o recomendo a todos. O livro superou as minhas expectativas e fiquei com muita vontade de ler outras obras da autora.

Autora da resenha: La Mademoiselle

Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br
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Rayra Mirelem 07/09/2012

O Começo do Adeus
O livro conta a história de Aaron, que após perder sua esposa em um acidente ele começa a vê-ela.

Desolado com a morte de Dorothy, Aaron começa relembrar momentos vividos, de como sua irmã e sua mãe eram protetoras, principalmente depois de que ele sofreu uma deficiência em seu braço e na perna, que o fez precisar usar uma bengala - mesmo ele não gostando, e sempre a perdendo. - Aaron relembra de como conheceu Dorothy e de como era a vida deles antes da morte dela.

"Fechei os olhos e desejei, de todo o coração, que ela aparecesse só para colocar uma mão em meu ombro. Mas elas não veio" Pág. 163

Os personagens foram interessantes, gostei de Aaron, do jeito como ele descrevia verdadeiramente Dorothy. Gil, também foi um personagem que mesmo não sendo o principal, eu gostei.

Um ponto negativo é que não há muito que se esperar do livro, a narrativa segue sempre um pouco previsível. Sobre o final para mim foi o esperado, já imaginava que "aquilo" poderia acontecer, gostei mais não me surpreendi.

Achei a capa muito bonita, mas não tem nada a ver com a história.

A leitura flui, pois li o livro bem rápido, a autora escreve de uma maneira gostosa o que faz você prosseguir a leitura mesmo não gostando do gênero.

Books Lovely | http://www.rayramii.com/2012/09/resenha-o-comeco-de-adeus-anne-tyler.html
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Lelê 02/11/2012

Resenha
Um livro bem bonitinho e com uma premissa muito boa.

Narrado em primeira pessoa, Aaron conta ao leitor sua história.

Quando criança ele sofreu uma doença que o deixou com uma deficiência no braço direito e na perna também, que o obriga a fazer uso de bengala para andar, mais isso nunca o impediu de estudar, trabalhar e ser respeitado na sua profissão. E muito menos o impediu de paquerar e namorar.
Contudo, ele passou a vida toda sendo protegido demais pela mãe e também por sua irmã. Então, claro que Aaron tinha que se apaixonar e se casar com a fria e dura Dorothy.
Tiveram um casamento simples e sem lua de mel. E assim viveram por alguns anos, até que um acidente na casa deles acontece e Dorothy não resiste aos ferimentos.
Aaron não consegue se livrar da dor da perda, se sente abandonado, perdido, mesmo assim não deixa de trabalhar e faz questão de mostrar aos outros que está tudo bem.


" - Sempre fico incomodado com mulheres que
pintam as unhas dos pés. Isso me faz pensar
no que elas estão escondendo."
Pag. 28


Até que Dorothy começa a aparecer para ele. A princípio são aparições rápidas, depois eles começam a se comunicar, tentando assim terem conversas que nunca tiveram.


"Não havia ninguém como ela. Meu Deus,
ela deixou um enorme vazio! Eu me senti
como se tivesse sido apagado, como
se tivesse sido rasgado em dois."
Pag. 19


Aí é que está a beleza da história.
Mesmo que Dorothy tenha realmente voltado, ou isso tenha sido só a saudade, o que eu gostei foi a superação do protagonista; de que mesmo sem a esposa por perto, o que ele sempre quis foi ser feliz.
A maneira simples que a autora usou para mostrar como ele tentou dar a volta por cima é bem legal. Com delicadeza, ela conta a história de um homem que perde sua esposa e sendo ela boa ou má, ele só quer que ela de volta, ou ter mais alguns minutos com ela; ter a última conversa, aquela que não teve tempo de ter.
E quem não viveu isso?
Quem não teve vontade de ter essa conversa com quem já se foi?

Por isso que gostei da leitura!

É um romance levíssimo e muito rápido de ler.

Recomendadíssimo!!
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Pandora 19/10/2012


Como falar de um livro de Anne Tyler sem cair no labirinto das lembranças? Acho que essa foi a primeira pergunta que me fiz ao terminar de ler “O começo do Adeus” e começar a encarar a tarefa de resenhar esse texto. Mas, como a Irene tá mais para mainha do que para chefinha, me sinto a vontade para sentar e contar das minhas lembranças enquanto conto a respeito de como foi ler Anne Tyler depois de sete anos de saudades.

Sim, a Anne é uma velha conhecida minha. Lá pelas bandas de 2003/2004 eu e Aline fomos presenteadas por nossa amiga Natally com uma coleção de livros. Saca a história da coleção: “A patroa da prima de Natally queria se desfazer de uns livros velhos ainda em bom estado então deu a prima dela. A prima dela não era fã de leitura e deu os livros a Natally. Natally gosta de ler, mas acha que eu e Aline gostamos mais, então nos deu todos em uma sacola daquelas de ir a feira de verduras no fim de semana.”.

Dentre esses livros, todos excelentes, estar “Um jantar no restaurante da Saudade” de Anne Tyler. Aline leu primeiro, em 2005, e no mesmo ano passou para mim, até hoje estou com ele. Ele me trás boas lembranças e me faz pensar que ler junto é uma forma única de construir intimidade.

Anne Tyler faz parte da cumplicidade afetiva e intelectual que existe entre mim e minha melhor amiga/irmã e isso me fez dar saltos triplos, duplos, me remexer muito e derivados quando a Novo Conceito anunciou entre seus lançamentos “O começo do Adeus” porque eu já sabia que era uma coisa ótima que chegaria as livrarias brasileiras.

Anne Tyler não é uma autora que se preocupe em escrever uma narrativa muito fora do comum, ou contar uma história improvável cercada de suspense, aventuras, idas e vindas e derivativos. Na verdade o jeito dela é mais apegado ao real e psicológico, “O jantar no restaurante da saudade” (primeiro livro que li dela) faz parte de uma coleção chamada: “Romance e Psicanálise”, então o começo “O começo do adeus” é uma história com um que de psicológica e quem é freudiano vai se acabar, jogar os pés para cima e curtir muito tudo isso.

Eu que vivo uma eterna saga de amor e ódio com Freud não sei bem como descrever a sensação de ler a história de como Aaron, um sócio de uma editora que publica livros de autores independentes e aquelas séries de livros tipo: “Alguma coisa para iniciantes”, perde a esposa em uma acidente domestico e de repente tem que enfrentar a perda de uma pessoa com a qual planejava compartilhar a vida e continuar a viver.

No meio de seu caminho de enfrentamento da perda Aaron começa a ver a esposa dele em alguns lugares e é nesse momento que nós nos encontramos com ele. Posteriormente a isso o livro segue e nós nos sentimos como um psicanalista escutando Aaron nos contar em tom de segredo e suplica por quais caminhos afetivos andou até começar a ver sua esposa morta ao seu lado.

Ele nos conta da sua infância, de como adquiriu depois de uma doença infantil uma pequena deficiência física, de como a mãe e a irmã dele sempre o mimaram e de como ele sempre detestou esse jeito superprotetor delas, apesar de todo o amor que sentia pelas duas. De como conheceu Dorothy, uma médica de jeito voluntarioso e independente com pele de oliva, cabelos negros e o habito de andar de jaleco com uma bolsa tipo carteiro pendurada de lado. E como em um certo dia de repente a árvore que ficava do lado de sua casa cai e ele se ver viúvo aos 35 anos tendo que recomeçar.

Toda a história de Aaron é muito simples e real, quem de nós não conhece alguém que perdeu um marido, esposa, filho ou filha, mãe ou pai assim de repente e teve que enfrentar o Adeus... E no processo de enfrentar o adeus não teve que rever toda a trajetória de vida e reavaliar prioridades, metas e formas de viver?

Se brincar, você que me ler agora pode ser um Aaron tentando se recuperar de uma perda, não é difícil encontrar ou ser Aaron, porque todos temos que um dia enfrentar perdas, parece mentira, mas todos, cedo ou tarde, vamos enfrentar a difícil tarefa de dizer adeus a alguém que ocupa um lugar central em nossas vidas. #QueMedo

Enfim, em termos de leitura, é fácil ler Tyler, o texto dela flui como a brisa de fim de tarde que sopra em Recife nessa tarde de domingo... Não é difícil ler e compreender seu texto, ela tem aquela simplicidade de escrita que só os bons contadores de história tem, aquela falta de necessidade de palavras complicadas ou caminhos tortuosos na construção do pensamento.

Tortuoso é somente encarar algumas questões a respeito das quais ela me fez pensar enquanto lia seu texto...

Link Postagem Saleta de Leitura
http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2012/10/resenha-do-livro-o-comeco-do-adeus-de.html
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Tribo do Livro 03/12/2012

Resenha por Gio Vaz

Fui de um livro sobre uma esposa que perde seu marido (P.S. Eu te amo) direto para este: onde é o marido que perde a esposa. Achei interessante essa experiência. Confesso que a escrita de Anne Tyler tem mais a ver comigo mesmo o personagem principal, um homem de 36 anos chamado Aaron, ser mais racional do que emotivo. O que encanta na narrativa, feita pelo próprio, é justamente a busca de como lidar com algo de uma carga emocional desta magnitude, como é a perda de sua esposa de forma tão drástica, sendo uma pessoa tão racional.

É através das aparições pós-morte de sua esposa, Dorothy, algo realmente inexplicável racionalmente, que consegue a ajuda necessária para atravessar essa fase e começar a dizer adeus. Ele pouco questiona essas aparições, assim como não questiona Dorothy por medo de a espantar. A narrativa é envolvente e a confusão de sentimentos e pensamentos é muito bem transmitida.

Fiquei assustada quando vi que uma pessoa de 36 anos (estou quase lá) é considerada de meia- idade e, em muitas partes, achei a descrição de Aaron como alguém muito mais velho por sua falta de motivação pela vida, mesmo antes do acidente.

Existe uma personagem que merecia mais destaque pois é introduzida à história sem seu devido valor e o fechamento do livro nos deixa a desejar mais informações sobre ela. Como é um enredo curto, havia espaço para esse complemento.

Gostaria de comentar que a capa, apesar de bonita, não tem qualquer conexão com a história. Fiquei curiosa. Baseada em que foi feita sua criação?

Acredito que este livro agradará mais as pessoas de meia- idade como eu (rsrsrs... nossa, como estou me sentindo velha agora!) pois se apega às entrelinhas, às delicadezas. Não é uma história de começo, meio e fim.
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Renata 15/09/2012

O Começo do Adeus é diferente de tudo que eu já li sobre pessoas e suas perdas! A história contada por Anne Tyler retrata a desde a perda, passando pela vivência do luto até a hipótese de um recomeço!


Nesse livro conhecemos de imediato Aaron Woolcott, um homem de meia idade (se é que uma pessoa com supostamente 36 anos possa ser considerado de meia idade, se formos levar isso em consideração eu estou quase lá :/) que tem uma deficiência na perna e no braço esquerdo o que o faz utilizar uma bengala e o obriga a conviver com a piedade das pessoas e que perdeu a esposa em um trágico acidente dentro de sua própria casa e que agora aparece pala ele esporadicamente e com quem ele conversa como se ela ainda estivesse entre os vivos.
"Eu morreria se ela fosse embora. Já tinha passado por aquilo uma vez. Não achava que pudesse fazer isso de novo."(p.11).
A Dr.ª Dorothy Rosales, mais velha do que Aaron sete anos, famosa radiologista e workaholic assumida, sempre trabalhou demais, estava sempre com seu jaleco branco e sua bolsa marrom estilo carteiro como o próprio Aaron faz questão de enfatizar. Morreu em um dia comum quando uma árvore de seu quintal tombou atingindo o solário onde ela estava depois de ter tido uma boba discussão com o marido!

Aaron nos conta a seu relacionamento desde o começo, como ele e Dorothy se conheceram, como começaram a se relacionar, como ele gostava da forma que ela o tratava, o sofrimento com a rejeição de seus pais que se posicionaram contra o casamento dele com uma mulher mais velha e até como sua irmã Nandina não gostava nem um pouco de Doroty!
"Ela era única entre as mulheres. Não havia ninguém como ela. Meu Deus, ela deixou um enorme vazio! Eu me senti como se tivesse sido apagado, como se tivesse sido rasgado em dois." (p.19).
A história é contada de forma bem leve e com uma profundidade muito sutil! Quando comecei a ler, estranhei um pouco a narrativa, uma vez que a Anne começa a nos contar a história do meio e depois vai retomando todo o começo até chegar a um desfecho, mas esse estranhamento passou logo que fui me familiarizando com os personagens. Digo familiarizando do real e fiel sentido da palavra, pois os personagens são tão humanos que parecem realmente que os conheço.

Aaron é um cara chato, muito rabugento que não gosta que as pessoas cuidem dele ou demonstrem a menor preocupação porque acha que só fazem isso por causa de sua deficiência, mas nem por isso deixa de ser encantador, enfrentou a perda da esposa com muita dignidade e sem se fazer de vítima da situação. Já a Dorothy é carrancuda, rigorosa com seu trabalho, porém não gosta de se abrir muito, pois pelas experiências anteriores que teve sempre teve que ser médica em tempo integral, achava que as pessoas só se aproximavam dela pra ter um diagnóstico sem precisar pagar uma consulta. Isso fez com ela se tornasse uma pessoa muito fechada!
"Tomei gosto por me alimentar esses pequenos defeitos e não apenas por refletir sobre a razão de me irritarem tanto. Eu desejava que eles ainda me irritassem, para que eu pudesse parar de sentir saudades dela!" (p.59)
O Começo do Adeus me lembrou muito a introspecção e o sofrimento que traz a perda de um ente querido e a forma com que lidamos com isso. Penso que, todos nós gostaríamos de dizer algo que não foi dito, antes que a pessoa se vá, e é pra isso que Dorothy “volta”, para se resolver com Aaron.

O livro me conquistou, a narrativa é limpa, fluida e muito gostosa, a temática foi abordada de uma forma bem simples, mas muito profunda e que precisa ser lida nas entrelinhas. Indico muito O Começo do Adeus é um livro simples e profundo!

Beijo♥♥♥

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naniedias 12/09/2012

O Começo do Adeus, de Anne Tyler
Aaron trabalha em uma editora que publica livros de autores independentes. Não é um trabalho muito recompensador, mas ele até parece gostar. Não é esse o problema de Aaron. Também não é sua deficiência no braço e na perna direitos - com isso ele já se acostumou e sabe lidar muito bem (ao menos é o que ele acha).

O que atormenta Aaron é a morte recente de sua esposa - que ele ainda não conseguiu superar. Mais de uma ano depois da partida de Dorothy, Aaron ainda não conseguiu seguir em frente. É quando ele começa a ver algumas aparições da mulher.
Será que é tudo alucinação? Dorothy teria voltado para ajudá-lo?

Uma cativante história de crescimento e descoberta.


O que eu achei do livro:
Eu não sabia muito bem o que esperar de O Começo do Adeus. Nunca havia lido nada de Anne Tyler, nunca havia ouvido falar da autora. Na minha usual maluquice também decidi que não queria ler a sinopse. Eu gostei da capa, amei o título e só isso já havia sido o suficiente para me instigar a ler essa história. Portanto, comecei a leitura sem a menor ideia do que esperar. Ainda bem que resolvi ler - foi uma surpreendente delícia me deparar com essa história tão linda!

Não, eu não chorei lendo O Começo do Adeus. Me emocionei muito, mas não chorei. Refleti bastante - sobre quem eu sou, como me porto e o que faria caso um ente querido partisse repentinamente. Percebi que não saberia o que fazer. Como todo mundo, eu sei que um dia a vida acaba e que para morrer basta estar vivo. A pessoa mais saudável do mundo pode morrer de forma súbita e inesperada. Todavia, saber disso não faz com que encarar a morte seja algo mais fácil. Porque não é, certo?! O que eu faria se algum parente próximo morresse?! Eu não sei - acho que choraria muito. E, claro, teria que seguir em frente. Fácil falar, mas não é fácil de fazer.

Foi isso o que aconteceu com o protagonista dessa história - Aaron. Em um segundo ele estava casado. Talvez não exatamente em um casamento perfeito, mas ainda assim, ao lado da esposa que ele certamente muito amava. E no segundo seguinte algo acontece - e sua esposa acaba morrendo. Agora ele está sozinho e todo mundo parece ter pena dele - e ele não quer a pena de ninguém, nunca quis. Mas tampouco consegue lidar bem com a perda da esposa. Aaron fica perdido e não sabe o que fazer.

Com uma escrita sedosa, Anne Tyler nos mostra a história desse homem. Um homem imperfeito - cheio de defeitos - que era esposo de uma mulher cheia de defeitos também. Acho que encontrar personagens tão problemáticos assim me fez gostar mais ainda do livro. Geralmente quando lemos uma história sobre o amor são ambos tão bonzinhos, tão maravilhosos... os defeitos existem, mas são suplantados pelas qualidades gritantes. Não é o caso de Aaron e Dorothy (aliás, de nenhum personagens do livro! A autora consegue trabalhar os personagens secundários de maneira incrível).
Quando era criança, Aaron teve uma doença que deixou sequelas visíveis - o braço e a perna direitos não são normais. A mãe sempre foi superprotetora - e a irmã também - e isso deixou marcas inegáveis no garoto, que cresceu um homem ranzinza - vê qualquer gentiliza como um ato de pena e, por isso, as despreza. Com a leitura do livro, é possível perceber que até mesmo o casamento dele sofre com tudo isso. Ele é grosseiro, mandão, frio e distante. Às vezes, mesmo visto sob seu próprio ponto de vista, já que é ele o narrador, Aaron é um babaca, um completo idiota - um homem que é incapaz de compreender as necessedidades dos outros e,sem se dar conta, só tem olhos para si mesmo.

O mais incrível no livro, entretanto, é ver o crescimento de Aaron - a forma como, aos poucos, ele vai se dando conta do que está fazendo. É muito interessante acompanhá-lo quando vai descobrindo e amadurecendo aos poucos. O protagonista aprende a encarar melhor a vida, a aproveitar melhor um relacionamento, a escutar quem está ao seu redor e a enxergar além de seu próprio umbigo.

O título do livro em português é frustrante. Não faz muito sentido. Ok, na verdade até faz, já que é a história de um personagem que precisa dizer adeus. Mas não foi por isso que o título do livro foi escolhido. Em inglês ele faz todo o sentido. Aaron - narrador e protagonista - trabalha em uma editora que publica alguns livros duvidosos, dentre eles a série "Para Iniciantes" (The Beginner's), que seria algo como a famosa série "Para Leigos" (for Dummies, em inglês). E é baseando-se nos títulos publicados pela editora onde Aaron trabalha, que a autora nomeou o seu livro: The Beginner's Goodbye. Seguindo a tradução do livro, o título do livro teria que ser algo como "Adeus Para Iniciantes". Seria mais interessante - mais engraçado até. Por esse e alguns outros lapsos, eu fiquei pensando o quanto a tradução desse livro pode ter deixado a desejar. A revisão, certamente, não ficou muito boa. Imagino que a tradução também não tenha ficado excelente, embora não tenha o original para comparar. O que é uma pena, certamente.
A capa do livro (que é uma adaptação de uma das versões de capas americanas) também não me agradou - nada tem a ver com a história. Mas as outras capas que vi na internet também não têm... Não me pergunte qual seria uma boa capa - mas essa certamente não foi. Esses são os únicos pontos negativos do livro - nenhum ligado a história em si, que é muito boa!

Eu não sei explicar exatamente como Anne Tyler fez dessa história algo tão incrível, marcante e tocante, mesmo sendo tão simples e comum. Mas ela fez e eu amei o que encontrei! Espero poder ler outros livros da autora. Com histórias simples - que parecem cotidianas -, personagens cativantes, muito reais e imperfeitos, além de um enredo envolvente e encantador, O Começo do Adeus é um livro que desperta sentimentos e emoções, além de fazer o leitor refletir bastante sobre suas escolhas e suas atitudes. Muito recomendado.

Nota: 8
Dificuldade de Leitura: 5


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05/09/2012

"Se você se distanciar de um evento o bastante, ele se nivela e se mistura a paisagem de sempre. p.154"

Em O Começo do Adeus, conhecemos a história de Aaron e como ele perdeu sua esposa em um acidente, dentro de sua própria casa. Aaron e Dorothy, sua esposa, eram completamente diferentes, mas se davam muito bem. Ele havia tido uma doença quando criança que o deixou com uma deficiência do lado direito do corpo, e tudo o que não queria era receber tratamento especial por isso. E ela era uma médica radiologista que sempre vivia ocupada, e que nunca se preocupava com coisas superficiais.

Aaron perde Dorothy depois de uma discussão entre eles, e passa pelos estágios do luto se cobrando, dizendo coisas como 'se eu não tivesse discutido por besteira', ou 'se eu tivesse feito diferente, ela poderia ainda estar aqui.' Todos ao seu redor tentam fazer-lhe gentilezas, que são vistas com maus olhos por ele. Aaron não queria piedade, queria sua esposa de volta.

Por um tempo ele voltou a morar com sua irmã, Nandina, na casa em que se criaram. Sua rotina era casa-trabalho-casa; sendo ele e sua irmã donos de uma editora de livros independentes. As coisas mudam quando Dorothy começa a aparecer para ele. Começa a andar ao seu lado, a até cobrar atitudes que ele não tinha tomado. Aaron estaria ficando louco? Tudo o que ele sabia era que não queria passar a ficar sem ela novamente.

"Mas agora eu queria as dores e as delícias de uma vida normal. Queria que minhas consoantes interrompessem minhas vogais ao falar, meus pés tocando os dela em um abraço, meu nariz cutucando o dela durante um beijo. Eu queria a realidade, mesmo que fosse imperfeita e repleta de falhas.
Fechei os olhos e desejei, de todo o coração, que ela aparecesse só para colocar uma mão em meu ombro. Mas ela não veio. p.163"

Quando recebi os lançamentos de agosto da Novo Conceito, além de encantada com os kits, fiquei curiosa para ler logo este livro. Mas estava esperando que ele me fisgasse, estava esperando me envolver com a estória. Isso, infelizmente, não aconteceu. O Começo do Adeus é um livro que fala sobre perdas, e sobre continuar seguindo em frente. Sobre como aprender com os erros, e se dar uma segunda chance. É uma estória bonita e bem contada, mas não pude evitar sentir que faltou algo nela - algo que não sei o que é.

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Leandro | @obibliofilo_ 04/12/2012

http://www.leandro-de-lira.com/
Eu não gosto criar expectativas antes de começar alguma leitura. Confesso que há alguns livros em que é impossível não criar. Quando eu recebi esse livro, não criei expectativas e esperava apenas uma boa leitura. Mas infelizmente eu não tive uma boa leitura, apesar de a autora escrever de uma forma sublime. O grande problema foi a história.

[SINOPSE] Anne Tyler nos leva a um romance sábio, assustador e profundamente tocante em que descreve um homem de meia-idade, desolado pela morte de sua esposa, que tem melhorado gradualmente pelas aparições frequentes da mulher — na casa deles, na estrada, no mercado. Com deficiência no braço e na perna direita, Aaron passou sua infância tentando se livrar de sua irmã, que queria mandar nele. Então, quando conhece Dorothy, uma jovem tímida e recatada, ele vê uma luz no fim do túnel. Eles se casam e têm uma vida relativamente modesta e feliz. Mas quando uma árvore cai em sua casa, Dorothy morre e Aaron começa a se sentir vazio. Apenas as aparições inesperadas de Dorothy o ajudam a sobreviver e encontrar certa paz. Aos poucos, durante seu trabalho na editora da família, ele descobre obras que presumem ser guias para iniciantes durante os caminhos da vida e que, talvez para esses iniciantes, há uma maneira de dizer adeus.

O protagonista da história é Aaron — um homem deficiente — que vive normalmente com sua mulher Dorothy. Ela é mais velha que ele, porém nada atrapalha o casamento deles — que é bastante comum, por sinal. Inesperadamente, Dorothy morre e a vida de Aaron muda completamente.
Ele vai morar com a sua irmã e não sabe o que o destino reserva para ele. Porém, nos locais mais improváveis, Aaron começa a ver o espírito de Dorothy.
À partir dessas visões, ele começa a se indagar: eu realmente vivia um casamento perfeito? Será que os sentimentos que ambos sentíamos um pelo outro era recíproco?

"Andei numa espécie de transe, mantendo minha marcha o mais constante possível, como se Dorothy fosse um líquido e eu estivesse cheio dela até a borda, movendo-me cuidadosamente e vagarosamente para não derramá-la."
Pág.: 135

A história do livro é basicamente essa e foi justamente por isso que eu não gostei. A autora escreve muito bem e até já recebeu muitos prêmios literários devido a seu talento, porém a história é muito desinteressante.

O livro é pequeno e eu sinceramente pensei que não demoraria para terminá-lo. Porém, estava completamente enganado. A história começa bem, mas depois fica bastante enfadonha e até mesmo repetitiva, e eu demorei bem mais do que o necessário para concluí-la.

A personagem principal — Aaron — foi bem construída e acredito que algumas pessoas se identificarão com ela. Mas quando se trata das personagens secundárias, esperava um aprofundamento melhor por parte da autora.

Sobre o final, foi o que eu esperava e consequentemente não me surpreendeu.

Concluindo, eu não gostei do livro. A história é basicamente sobre como conseguir superar a perda de alguém e seguir em frente. Foi uma leitura que não me trouxe ensinamento algum ou mudou minha forma de pensar. Apenas mais uma leitura. Caso tenha interesse, leia e tire suas próprias conclusões. Só não espere uma grande história, pois talvez não seja isso que você realmente encontre.

Fica a dica!
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Jaqueline 18/09/2012

O começo do adeus conta a história de Aaron, um homem de meia-idade, trabalha em uma editora independente de sua família, e desde os dois anos vive com uma deficiência no braço e perna direita. Ele passa sua infância tentando viver sem ter que aturar a falação da sua mãe e irmã, que aparentavam acha-lo incapaz de fazer certas coisas, e ele acaba mostrando que é igual a todo mundo, independente de sua deficiência.

Então ele conhece Dorothy, uma médica louca por trabalho e nada organizada. Apaixonam-se, casam e levam a vida em diante da melhor forma possível, até que uma árvore cai em sua casa e acaba atingindo sua esposa, que não resisti e morre.

Aos poucos ele vai tentando superar, mas em certos momentos ele começa a ver Dorothy, e então passa a se perguntar se é possível isso, ou será que ela voltou para cumprir com sua missão?

Enfim, a leitura desse livro para mim fluiu muito bem, eu comecei e terminei de ler ontem, mas confesso que terminei com um vazio enorme. Não consegui entender onde a autora queria chegar.

A capa é bonita, mas em compensação não tem nada haver com a história.

Não estava com expectativas, então não me decepcionei, apenas achei um livro morno, mas a leitura é agradável então não perdi nada lendo-o.

Se forem ler não tenham nenhuma expectativa, por favor, caso contrário você correrá um sério risco de se decepcionar.
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Paloma Viricio 26/11/2012

Uma nova vida a partir do Adeus
Por Paloma Viricio

FICHA TÉCNICA

Autores: Anne Tyler
Titulo: O Começo do Adeus
ISBN: 9788581630397
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2012
Edição: 1
Número de páginas: 208
Formato/Acabamento: 16x23x1,4
Peso: 0.291 kg
Preço Sugerido: R$ 29.90
Área Principal: FICÇÃO
Assuntos: ROMANCE


NOTAS
Capa: 9,0
Conteúdo: 6,0
Diagramação: 10
Nota geral: 8,33

Visão Geral
Esse livro é muito bom pelo fato de ser magicamente descritivo e te fazer viajar ao lado dos personagens na história. Entretanto deixou um pouco a deseja no quesito emoção. A primeira vista o leitor pode pensar que o livro irá leva-lo para um caminho e ele acaba guiando a outro. Não consegui sentir o amor do casal principal como, por exemplo, senti o amor de Travis e Gabby em A escolha- Nicholas Sparks. Acredito que a autora poderia ter explorado mais a vida dos dois como casal e principalmente a personalidade da figura feminina que ficou meio apagada durante a trama.

Aaron sofre de uma deficiência, trabalha em uma editora e é casado com a médica Dorothy Rosales. Esses dois formam um casal bem típico.... Repleto de brigas, manias individuais, mas apesar de tudo se amam. A médica tinha as manias dela, mas o Aaron é meio irritante. Ele é chato em algumas partes e tem manias bem estranhas. Por causa da deficiência ele sempre quer ser mais que pode e recusa ajuda dos outros por pensar que estão com pena dele. Os dois se conhecem de forma bem singela, namoram e casam-se sem festa nem muito luxo. A vida deles e principalmente do Aaron muda quando uma árvore cai na casa e mata a esposa. Ele sente-se muito sozinho, com saudades eternas dela, fica mais grosseiro do que era antes e frequentemente tem visões da mulher desencarnada.

O final do livro é satisfatório, porém ficou um clima no ar que Aaron nunca deixaria de amar Dorothy mesmo ela tendo falecido. Ele tenta refazer a vida e seguir em frente, mas tudo é pesado e cansativo demais. A história é gostosinha, mas tinha vezes que Aaron me arrastava junto com ele e as manias chatas. A principal mensagem que podemos tirar dessa trama é não jogar fora o tempo que passamos com alguém que amamos. Aaron deixou de fazer muitas coisas, de falar muitos “Eu te amo” para Dorothy e viver momentos agradáveis ao lado dela... Infelizmente só se deu conta disso depois que ela morreu. Esse livro é ficção, mas vejo muitas pessoas fazendo o mesmo na vida real e descobrindo que depois é tarde demais. Com todos os prós e contras o livro vale muito a pena ser lido.


Designer e diagramação
A capa do livro está muito linda e passa uma grande sensação de tranquilidade, mas não vi onde a mulher da mesma se encaixa na história. Não consigo ver ela como um personagem central... Vejo apenas como uma espectadora da trama contada, porque não se encaixa no perfil de ninguém dali. As folhas amarelas tranquilizam bastante a visão. Só acho que os capítulos ficaram grandes demais... Poderiam ter sido menores. O kit do livro é muito fofinho e um dos melhores que a Novo Conceito fez. Ele é composto por Caixa do livro, marcador, livro e um porta cartão com bloquinho, mini marcadores e caneta embutidos.

Sobre a autora
Anne Tyler nasceu em Minneapolis, Minnesota, em 1941 e cresceu em Raleigh, Carolina do Norte. Este é seu 17º romance. Um deles ganhou o prêmio Pulitzer em 1988. Membro da Academia Americana de Artes e Instituto, ela mora em Batimore, Maryland.


O trabalho Uma nova vida a partir do Adeus de Paloma Viricio foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Brasil.
Confira mais em: http://palomaviricio.blogspot.com.br
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Paula 26/09/2012

Simplesmente adorei O Começo do Adeus, 19º romance da autora Anne Tyler. A narrativa é perfeita, em primeira pessoa, e a história é tocante e sensível, pode-se dizer que achei o livro trágico-cômico, com personagens muito singulares e alguns bastante excêntricos.

A história é narrada por Aaron, um homem que está quase na casa dos 40 e Aaron é um personagem único e complexo, que dá a obra uma leveza incrível e ao mesmo tempo nos mostra, de forma bem desajeitada, todo o seu sofrimento.

Aaron está sofrendo com a perda da sua mulher, que morreu em um acidente um tanto "bizarro", mas ele não está se lamentando pelos cantos, pelo contrário, Aaron odeia que as pessoas fiquem perguntando se ele está bem ou se precisa de algo. Sempre foi superprotegido pela mãe e pela irmã, o que faz com que tenha certa dificuldade em aceitar a aproximação de outras pessoas. A narrativa de Aaron chega, por vezes, ser hilária. Sua vida é extremamente comum mas seus pensamentos e devaneios são um tanto extravagantes.

Por ter sido tão superprotegido, casou com Dorothy, uma mulher mais velha que parecia compartilhar com ele a idéia de que ambos deveriam viver suas vidas de forma independente. Mas com a sua morte e, pior, com as aparições de Dorothy após a sua morte, Aaron acaba repensando sua forma de agir. Não que existam mudanças drásticas ou diálogos profundos entre os dois, Dorothy simplesmente aparece e fica lá, ao lado de Aaron.

Ele até cogita a hipótese de Dorothy ter uma missão à cumprir, mas não seria Aaron que precisa aprender a perdoar, especialmente a si mesmo?

Um livro muito bonito e surpreendente, recomendadíssimo!
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jacdeoliveira 10/09/2012

Uma história bonita, mas triste.

Aaron é um homem que não consegue ter perspectiva de vida, ele trabalha na editora independente de sua família e desde os dois anos de idade ele tem um problema na perna e braço direto, mas isso não o impede de nada. Um fato que acontece com ele é que sua mãe e irmã o mimam muito devido a isso, estão sempre ao seu lado, o cercando, o que ao meu ver prejudica Aaron, pois parece que ele não tem liberdade.
Certo dia ele conhece Dorothy, uma médica por quem se apaixona completamente, e logos os 'pombinhos' se casam.
E então, num dia 'triste' um carvalho cai em cima da casa deles e Dorothy acaba morrendo. Com toda a dor seu coração Aaron começa a ter alucinações (ou não), com sua finada esposa, que o acompanha em diversas situações e que no fundo está ajudando Aaron a superar a sua morte e poder finalmente dizer um adeus 'digno' a ele.

Um livro que teria tudo para ser emocionante e lindo, mas que apesar de ter um contexto incrível não me surpreendeu tanto assim.
A autora por mais que tenha uma escrita ótima não conseguiu me tocar com suas palavras, nada foi tão emocionante e tão triste como tinha tudo para ser. Um assunto tão delicado e bonito (e que eu amo) como esse, não confirmou as minhas expectativas e confesso que fiquei um pouco chateada com isso.
O livro ganhou minhas 3 estrelas e apesar de tudo, num apanhado geral o livro é bom, mas não espere muito da história, pelo menos não tanto quanto eu esperava. Depositei todas as minhas expectativas nele e acabei me chateando, mas espero poder lê-lo mais uma vez daqui a algum tempo e aumentar essas minhas estrelinhas.

PLAYLIST: Adele - Someone like you
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Joe Silva 22/11/2012

O Começo do Adeus
Aaron Carter começa a ver sua esposa morta esporadicamente no seu dia a dia. Isso seria algo assustador, mas longe de ser algo sobrenatural, suas aparições se dão de uma forma normal e explicável ao longo do livro. Ele que é herdeiro de uma editora famosa por seus guias para as diversas situações da vida tenta seguir sua vida como se nada tivesse acontecido, apesar de todos à sua volta o lembrarem do contrário.

Narrando sua história desde o acidente que resultou a morte de sua mulher até o momento em que ele encontra uma resposta para a sua dor, grandes lições são passadas de como seguir em frente mesmo em meio a tanta dor.

Em vida, Dorothy era uma médica metódica e cheia de manias. Um pouco mais velha que o seu marido e também acima do peso, se apaixonou por ele através de um grande acaso. Mesmo não tendo correspondido as expectativas da família de Aaron, ela aceita se casar com ele e a partir de então constroem um lar modesto e feliz. Aos poucos vai conquistando os familiares e amigos do círculo social de seu marido. Mas o destino trama para ela e, num dia após voltar do trabalho cansada e discutir com o seu Aaron por causa de uma coisa bem besta, o velho carvalho do seu jardim despenca sobre o cômodo onde ela estava obtendo resultados fatais.

O Começo do Adeus não é um drama sobre a morte de um ente querido, mas uma linda história sobre o recomeço após uma morte.

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